A Conmebol sorteou, na noite desta segunda-feira (17), os oito grupos da Copa Libertadores da América 2025. O Brasil terá sete representantes no torneio, entre eles o atual campeão, Botafogo. Dos sete, dois deles estão no mesmo grupo: Internacional e Bahia caíram no grupo F, que tem ainda Nacional-URU e Atlético Nacional-COL, sendo considerado o “grupo da morte”.
De acordo com o ranking da Conmebol, divulgado ao fim do ano passado, quatro dos sete clubes brasileiros classificados, são cabeças de chaves de seus grupos: Botafogo (atual campeão), Palmeiras, Flamengo e São Paulo. O Colorado, integrante do Pote 2, ficou no Grupo F, enquanto o Bahia, classificado no Pote 4, integra o mesmo grupo.
Pelo regulamento da competição, equipes de um mesmo país não podem ser sorteadas no mesmo grupo, a menos que uma delas venha da fase prévia. Dessa forma, a única equipe brasileira que poderia enfrentar outros brasileiros seria o Bahia, que compõe o Grupo F com o Internacional. Os dois primeiros colocados de cada grupo avançam às oitavas.
Na última edição, o Botafogo venceu o Atlético-MG, por 3 a 1, na grande final realizada no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, e conquistou o título inédito da Libertadores 2024. A final foi a 6ª edição em que brasileiros se enfrentaram na decisão do torneio.
Outros times brasileiros também terão desafios pela frente, como altitude (Flamengo e Palmeiras) e adversários tradicionais (Botafogo, São Paulo e Fortaleza). Abaixo, os grupos da competição:
Wlamir Marques, um dos maiores nomes do basquete brasileiro e mundial, faleceu nesta terça-feira (18), aos 87 anos. Conhecido como “Diabo Loiro” durante os tempos de jogador, ele fez parte da “geração de ouro” do esporte no país, conquistando grandes títulos com a seleção brasileira e também por clubes.
Pelo Brasil, o ala foi bicampeão mundial em 1959 (Santiago) e 1963 (Rio de Janeiro), os dois maiores títulos da história do basquete verde-amarelo. Além disso, ainda levou a seleção a mais duas medalhas de prata em Mundiais: 1954 (Rio de Janeiro) e 1970 (Iugoslávia).
Wlamir também fez parte do ciclo histórico que teve duas medalhas de bronze em Olimpíadas (Roma 1960 e Tóquio 1964) e uma prata e dois bronzes em Jogos Pan-Americanos, fora o tetracampeonato do Sul-Americano de basquete (1958, 1960, 1961 e 1963).
Não à toa, o “Diabo Loiro” entrou em agosto de 2023 para Hall da Fama da Fiba (Federação Internacional de Basquetebol), em cerimônia realizada nas Filipinas. Por clubes, o ala teve passagem histórica pelo Corinthians, defendendo o clube paulista por uma década (1962 a 1972) com enorme sucesso.
Pelo Timão, ele venceu três Sul-Americanos (1965, 1966 e 1969), três Brasileiros (1965, 1966 e 1969), cinco Paulistas (1964, 1965, 1966, 1968 e 1969) e sete Paulistanos (1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1969 e 1970).
O craque também teve atuações históricas contra equipes internacionais, como no dia em 1965 em que fez 51 pontos na vitória por 118 a 109 do Corinthians sobre o Real Madrid, então campeão europeu, no Parque São Jorge – detalhe: jogando gripado e sem conseguir abrir um dos olhos.
Em novembro de 2023, Wlamir ganhou um busto na sede do Timão, tornando-se o primeiro atleta de basquete do clube a receber tal homenagem. Ademais, o principal ginásio poliesportivo do Parque São Jorge também foi batizado com seu nome.
Além do Corinthians, a lenda também fez história pelo XV de Piracicaba, sendo bicampeão do Paulista (1957 e 1960) e penta do Paulista do Interior.
Depois de se aposentar, o “Diabo Loiro” iniciou carreira de treinador, comandando tanto equipes masculinas quanto femininas – ele passou pelo Timão nas duas categorias. Assim como nos tempos de atleta, ele foi um vencedor, ganhando três Paulistas femininos e um Paulista masculino.
Wlamir Marques ainda se destacou como comentarista de TV, com passagens pela Globo e pela Rede Manchete, além de longa e marcante trajetória na ESPN.
O terrorismo fiscal promovido pelo mercado financeiro e seus porta-vozes na mídia falhou novamente, como vem acontecendo com grande frequência nos últimos dois anos. Depois de previsões catastróficas sobre os rumos da economia brasileira, os números divulgados pelo Banco Central expõem a realidade: a dívida bruta do Brasil caiu 0,8 ponto percentual em janeiro, chegando a 75,3% do PIB. Ao mesmo tempo, o setor público consolidado registrou um superávit de R$ 104 bilhões no mês, demonstrando que o governo Lula conduz um crescimento econômico sustentável, com responsabilidade fiscal e inclusão social.
Os números foram celebrados pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. “Dados do Banco Central mostram que a dívida pública bruta em relação ao PIB recuou em janeiro, um indicador muito positivo e que mais uma vez superou expectativas pessimistas”, publicou Gleisi, em suas redes sociais.
O superávit primário de R$ 104,1 bilhões em janeiro foi um pouco maior que o do mesmo período de 2023, de R$ 102,1 bilhões. O governo central (União, Banco Central e Previdência Social) foi responsável pela maior parte do saldo positivo, com R$ 83,1 bilhões. Estados e municípios também registraram superávit de R$ 22 bilhões, enquanto as estatais tiveram um pequeno déficit de R$ 1 bilhão.
Com esse desempenho, o déficit fiscal acumulado em 12 meses recuou para 0,38% do PIB, uma melhora em relação ao mês anterior. No caso do resultado nominal, que inclui os juros da dívida, houve superávit de R$ 63,7 bilhões em janeiro. O déficit nominal dos últimos 12 meses também caiu, saindo de 8,45% do PIB em dezembro para 8,05% em janeiro.
Os dados do BC mostram ainda que a dívida líquida do setor público (DLSP) caiu para 60,8% do PIB, enquanto a dívida bruta recuou para 75,3%, contrariando as previsões alarmistas dos analistas de mercado.
O técnico Daniel Paulista foi apresentado na última segunda-feira (17) como novo comandante do Remo na temporada. Um dos primeiros questionamentos que precisou responder foi o fato de ter dirigido somente cinco times ao longo da carreira de 10 anos. Explicou que não foi por falta de oportunidades, mas por cumprir trabalhos mais longos, como as três temporadas no comando do CRB, seu último clube.
Falou sobre a oportunidade de dirigir o Remo, sua primeira experiência no futebol nortista, destacando a necessidade de bons resultados para garantir um trabalho longevo. “O que sustenta um treinador no futebol são resultados, mas com os resultados, temos conseguido permanecer nos clubes em médio ou longo prazo, em algumas situações em até mais de um ano, como foi o no último trabalho, no CRB. Isso aconteceu também com o Confiança, no próprio Guarani. Isso nos deixa muito felizes e espero que no Remo tenhamos essa longevidade. É claro que para isso acontecer, nós precisamos dos resultados”, disse.
Avaliou como positivo o tempo que terá para conhecer e treinar o time antes do início da Série B. “Temos agora um período que é importante para qualquer treinador, quando chega em um clube, onde geralmente não tem tempo para trabalho, jogo no outro dia, daqui dois ou três dias. Nós teremos um tempo que é fundamental para ter um conhecimento melhor do próprio elenco, um elenco que nós já conhecemos a maioria dos atletas, apesar de não ter trabalhado com muitos, mas conhecemos eles como adversários”.
Daniel Paulista substitui Rodrigo Santana, que assumiu o Remo no ano passado e conquistou o acesso à Série B. Numa primeira análise, disse considerar de boa qualidade o atual elenco. “Mesmo não tendo formado esse grupo, é um grupo de qualidade, de atletas que possuem perfil de Série B, alguns com experiência em Série A. Vão passar por um período de adaptação ao novo comando, com a nova comissão técnica, onde nós nesse período que estamos sem jogos, vamos ter condições trabalhar todas as situações, físicas, técnicas e táticas, que são necessárias e fundamentais, para a Série B, um campeonato longo e muito difícil”.
ESQUEMA
Na entrevista de apresentação, Daniel deu algumas dicas sobre a montagem do time e estilo preferido. “Em alguns momentos teremos uma equipe que vai marcar mais alto, que vai ser mais agressiva ofensivamente. Em outros momentos, seremos uma equipe mais reativa. Eu gosto muito dessa situação de ser mais estrategista, usar mais a parte de análise, para que traga informações, detalhes que possam nos dar o caminho para fazer a estratégia perfeita para cada jogo”.
No domingo (16) pela manhã, Daniel comandou o primeiro treinamento da equipe, no Mangueirão. Ele destacou que gosta de organizar os setores da equipe. “, por equipes que sejam organizadas dentro de campo, e isso em todos os setores, tanto defensivamente, quanto ofensivamente. “Não é um trabalho fácil. É um trabalho de repetição, de dia-dia, muita instrução e entrega de todos para que isso aconteça. Nos trabalhos que fiz nos últimos clubes, tive equipes competitivas e a Série B exige isso”, afirmou.
Com a indefinição em torno da continuidade do Parazão e restando cerca de 20 dias para o início da Série B, o Remo inicia nesta terça-feira (18) um período de intertemporada em Barcarena, na Região Metropolitana de Belém. Com o gramado do Baenão ainda em manutenção e sem poder utilizar o Centro de Treinamento, em Outeiro, o elenco chegou a treinar em campos de futebol pelada e no estádio do Souza, pertencente à Tuna.
O governo é melhor que sua comunicação? Hora da nossa geração soltando o osso
Depois de técnico de futebol, outra profissão favorita do brasileiro deve ser “marketeiro do governo”. Impressionante quanta gente encontro com soluções mágicas para melhorar a comunicação do governo Lula. Porque vamos combinar, ela não é aquela coca-cola toda.
E também vamos combinar que esse governo erra bastante, mas ainda assim acerta mais que erra. Veja o noticiário de hoje.
Quem fora Lula & cia. ia amarrar tão amarradinha uma proposta pra isentar do IR mais de 10 milhões de brasileiros pobres, ao mesmo tempo impondo justíssimos impostos sobre os mais ricos?
Naturalmente, as preocupações com a comunicação do governo estão mais à esquerda. Inclusive muitos que não morrem de amores por Lula. Mas todo o mundo que está do lado de cá faz figa por um salto na popularidade que nos protege de uma avalanche direitosa na eleição de 2026.
Adivinha: eu também tenho um pitaco pra dar.
Segundo as estimativas mais recentes, 62% da população brasileira tem menos de 40 anos. Pois o ministério de Lula só tem uma pessoa com menos de 40 anos. A exceção está lá por herança, como é o caso de tantos políticos de carreira. É André Fufuca, 35, ministro dos Esportes.
É uma evidência gritante de que os jovens brasileiros são muito mal representados na política, e em particular nas gestões ditas progressistas. Quem dá as cartas geralmente são coroas que em breve baterão com as dez.
Minha solução para remediar isso é simples, talvez simplória. Mas acredito piamente que garantiria um belo salto na popularidade do governo Lula.
Sugiro uma reforma etária no ministério: metade dos ocupantes deverá ter até 39 anos. Vamos chamar essa faixa abaixo dos 40, generosamente, de jovens. “Oficialmente” jovem é até os 25, mas tudo bem.
Qualquer projeto político que não estimule, valorize e abrace a participação e liderança dos jovens está fadado ao fracasso. Isso significa que os jovens estão em posições de visibilidade e responsabilidade.
A questão é que as forças de direita, no Brasil e fora, têm sido muito mais eficientes neste quesito. Jovens com ideias reacionárias vem ganhando espaço para atuar e crescer em poder e influência. E não só na ultra direita caricatural. Também eletrizaram a direita tradicional.
As gestões à esquerda devem abrir espaço vital para jovens com ideias e práticas novas e arejadas. Se o tal progressismo não dividir a rapadura, está fadado à obsolescência.
Não se trata de “renovar os quadros”, como sempre ouvimos. Esta é uma postura condescendente, papo de Cavaleiro Jedi cagando regra pro jovem padawan.
Os jovens têm perspectivas e competências e conexões diferentes e, em muitas áreas, superiores. Os jovens devem orientar as coroas. E vice-versa.
O imobilismo está no DNA de qualquer instituição. Pra sair da inércia é básico chacoalhar. A energia jovem é crucial para isso.
Envelhecer faz o sujeito avesso a riscos. Quem diz? A ciência. Por exemplo, a bióloga e neurocientista Suzana Herculano-Houzel. Em artigo no último sábado, ela diz:
“… toda ação custa tempo e energia, um cérebro adulto não dá ponto sem nó: não age sem enxergar essa ação algum retorno positivo, que em retrospecto é o que a gente chama de motivo para a ação.
A qualificação “adulto” é importante, pois o cérebro infantil vive de fazer as coisas simplesmente porque pode: envelhecer primeiro e pensar depois, literalmente, juntando ação e consequência, que é aliás como o cérebro aprende tanto meio quanto os motivos.
Mas um cérebro adulto? O corpo é bem maior e pesado, a inércia é grande, e para passar à ação é preciso uma expectativa de resultado que sirva de cenoura na ponta da varinha.”
E entre o cérebro infantil irresponsável e o cérebro conservador adulto, o que temos? O cérebro jovem, meus amigos.
Não defendo o extermínio dos velhinhos não, feito aquele filme de Charlton Heston, “No Mundo de 2020”, todos abatidos e transformados em ração.
Etarismo zero. Até porque faço 60 esse ano. Nós coroas temos diversas qualidades: janela & repertório, paciência & prudência, cicatrizes de refregas passadas. Muitos até se adaptaram bem a essas modernidades de 2025. Uso IA e pronomes neutros todo dia, que tal?
Mas convenhamos que é absurdo, num país tão jovem, que as pessoas mais influentes do governo federal sejam da minha idade ou mais velhos.
Inclui o recém-empossado chefe de comunicação, Sidônio Palmeira (67). No primeiro mandato de Lula, Luiz Gushiken assumiu o mesmo cargo com 51. Aliás, o ministério de Lula 1 tinha idade média na casa dos 40 pra 50 anos.
Macron tornou-se presidente aos 40 na França. Meloni, primeiro-ministro na Itália aos 45. JD Vance é um vice protagonista aos 40 nos EUA e obviamente foi escolhido também para dar uma rejuvenescida na chapa.
É imaginável algo semelhante no Brasil? É – mas como nestes casos, não pelo lado à esquerda. Visualize Lula (81) debatendo na TV com Marçal (37), Ratinho Júnior (43), Tarcísio (49) ou os Bozo-kids (43 e 40, tesconjuro).
Lula parece estar tão lúcido quanto a qualquer um desses e certamente tem um currículo de realizações bem mais taludo. Não é o ponto. Será “Bidenizado” e o processo já começou. Não é só pela idade do homem em si. É pela baixa octanagem do conjunto do governo.
Daqui até a eleição tem chão. Mas seremos lembrados do tempo todo de que se Lula ganhasse, seu próximo mandato seria cumprido entre os 81 e os 85 anos.
Daqui até lá, Lula continuará sendo Lula e falando coisas que um homem nascido em 1945 fala. Inclusive algumas que serão acusadas de antiquadas ou misóginas.
São escorregadas suaves, perto das escrotidões que Bolsonaro soltou? Tanto faz. Quando Lula der uma bobeada ou soltar alguma piada questionável, ela será sempre ampliadíssima pelos hostes da direita pra isso virar “O” assunto.
Insistirão que Lula está desconectado da realidade, venceu a validade etc. Convencerão muitos.
As melhores mentiras se fundamentam na verdade. Os melhores truques escolhem um ponto fraco real e constroem sobre seu castelo de cascata. Foi o caso do Pix.
O vídeo foi planejado pelo marketing do PL, maior partido de oposição ao governo. Escalaram Nikolas Ferreira para protagonizar porque jovem, popular e agressivo.
Foi espertamente refeito por Erika Hilton e não pelo governo. Ela foi bem, mas não dispôs do impulso pago necessário para seu vídeo arriscado. Porque o PSOL não tem os bolsos fundos do governo federal, onde não faltam verbos para comunicação.
É assim o novo debate político, esse é o território; os donos dele são as Big Techs; e quem sabe guerrear nele são os jovens. É previsível que pessoas que amadureceram no já distante século 20 sejam menos hábeis com esses desafios ultra-contemporâneos. E não só na comunicação.
Foi o que aconteceu na semana passada. Em vez dos assuntos serem o “Consignado CLT” e a chegada de Gleisi Hoffman (59), conforme a estratégia palaciana, o que bombou foram os supostos machismo e obsolescência de Lula.
Inútil se indignar com a injustiça dos comentários ou soltar uma notinha. O governo quer impactar o eleitor jovem, mas não tem jovem na linha de frente. Quer deixar sua marca sem marketing. Quer influência sem influenciadores. Fica difícil.
Ouço muito o argumento de que as redes sociais e a grande imprensa seriam “espaço da direita”. Bem, nossa sociedade como um todo é “espaço da direita”. A direita é hegemônica. Tem mais dinheiro, influência, finanças políticas, tem a benção dos religiosos. Isso é dado desde sempre. É como reclamação que o sol nasceu hoje.
Alguns jovens políticos à esquerda provam que é possível jogar bem esse jogo e até ganhar. Investem esforço e dinheiro e tempo e tempo, e já entram em campo com uma vantagem enorme: são nativos digitais.
Adoraria ver alguns deles como ministros. Ainda mais alguns com milhões de seguidores nas redes sociais. Imagine a diferença que eles poderiam fazer no debate público, no ataque e na defesa.
Pense dez vezes antes de criticar em público um político jovem e razoável. Prefira acompanhar e divulgar o que eles fazem de interessante ou importante.
Pra ficar em alguns exemplos aqui de São Paulo, o Guilherme Cortez, deputado estadual, 27 anos. Tabata Amaral, federal, 31. Ou as vereadoras Luna Zarattini, 31, e Keit Lima, 33. Tem outros por aqui e por aí. Não é preciso adorar tudo que a moça ou o moço fazem. Seitas são para fanáticos.
Se você ficar procurando pêlo em ovo, matará no ninho todos os jovens políticos. Seguirão todos o caminho de Manuela d´Ávila. Vão compreensivelmente abandonar as chaturas da política e militar em ONG. Ou vai ganhar dinheiro. Ou dar outros pulinhos.
Talvez você planeje votar em Lula em 2026. Eu também, se é quem teremos contra a direita trogla. Pelas pesquisas de intenção de voto, estamos em companhia cada vez menor.
Mesmo quem cravou o “13” em 2022 tá achando o governo pão-com-molho. Se não inspira tiozinhos que votaram pela primeira vez no PT nos anos 80, como eu, imagine o eleitor de 25 anos. De novo: tem chão até a eleição, mas…
Há outros fatores para considerarmos além da idade? Evidente. O poder precisa de mais pessoas que venham das aulas CDE; de muito mais diversidade de raças e gênero. Começam a se multiplicar figuras assim no legislativo, como conta essa matéria listando deputados LGBT+.
Mas nos principais cargos dos executivos federais, estaduais e municipais, os diferentes continuam raridade. Uma foto do Poder no Brasil será mais fiel para um homem velho, branco e abonado.
O governo tem um problema de comunicação. Mas como a maioria dos problemas de comunicação, ele é antes de mais nada um problema de produto. Tem hora que o produto envelhece e não seduz tanto quanto antes. O consumidor quer sempre novidade, reza a cartela publicitária.
Minha solução mágica taí, então: um choque de juventude. Meio ministério abaixo dos 39 anos. Shazam!
Passou da hora da minha geração soltando o osso – e mais ainda a geração do Lula, que tem idade para ser meu pai. Aceitemos compartilhar o poder com nossos filhos e netos. Vale lembrar: Lula tinha 34 anos quando fundou o PT.
Vamos apostar na visão, na tesão e na imaginação de quem tem mais a perder que a gente. O futuro é literalmente dos jovens. Eles, eles, elus é que vão morar lá.