Daniel Paulista é o novo técnico do Remo. Ele foi anunciado nesta quinta-feira (13) para substituir Rodrigo Santana, que foi demitido na quarta-feira à noite. A troca foi causada pelo insucesso do Remo na Copa do Brasil, derrotado pelo Criciúma (2 a 1), na última terça-feira, no Mangueirão.
Ex-jogador de futebol com atuação no Corinthians e no Sport, Daniel integra a nova geração de técnicos do futebol brasileiro. Vai assumir o Remo com a missão de conduzir o time na Série B e tentar a conquista do título paraense.
Grande parte da carreira de Daniel como treinador se passou no Nordeste, onde dirigiu CRB, Sport e Confiança. Trabalhou ainda no Guarani de Campinas e no Boa Esporte.
O anúncio feito pelo Remo horas depois da demissão de Rodrigo Santana mostra que a contratação estava encaminhada desde o início da semana, conforme foi especulado.
Daniel está há 10 anos como técnico. Começou no Sport, em 2015, clube onde trabalhou por duas vezes. A grande conquista ocorreu em 2019, quando obteve o acesso inédito à Série B comandando o Confiança (SE). Daniel também foi campeão alagoano com o CRB.
Rodrigo Santana se antecipou e anunciou a saída do comando técnico do Remo, em nota divulgada nas redes sociais na noite desta quarta-feira (12). O desgaste pelas atuações ruins aumentou com a eliminação do time na Copa do Brasil, derrotado pelo Criciúma por 2 a 1, no Mangueirão. A pressão da torcida era cada vez mais forte sobre a diretoria, exigindo a troca de técnico.
Santana não comandou o Remo à beira do gramado contra o Criciúma, pois cumpria suspensão. Foi substituído pelo auxiliar Neto Pajola. Ele também não atuou na eliminação do time na Copa Verde para o São Raimundo-RR, no Baenão. A última participação do técnico foi no dia 2 de março, contra o Cametá, quando o Remo perdeu pela primeira vez na temporada: 1 a 0, pela última rodada da fase de classificação do Parazão.
AGRADECIMENTO NAS REDES SOCIAIS
Elegante, Rodrigo publicou mensagem nas redes sociais, onde agradeceu à diretoria, aos funcionários e à torcida remista: “Passando para agradecer de coração! Neste clube, vivi momentos inesquecíveis, de muita entrega, luta e felicidade. Sou grato a cada membro da comissão técnica, aos funcionários do Baenão que estiveram ao nosso lado no dia a dia, aos atletas que batalharam junto comigo, à Diretoria da Base e à comissão que nos deu todo o suporte com a garotada do Sub-20 e Sub-17. Um obrigado especial à Diretoria, Minha Jóia, ao Glaubão, Dr. Gustavo, Guto e Tonhão! Também quero agradecer à imprensa pelo respeito e pela cobertura do nosso trabalho, ajudando a levar informação e emoção ao torcedor. E, claro, meu mais profundo agradecimento ao Fenômeno Azul, a essa torcida que faz a diferença, a Belém e a todo o Estado do Pará! Levarei cada momento no coração. Obrigado!“.
Rodrigo Santana foi contratado no ano passado para dirigir o time na Série C. Conquistou o acesso à Série B e permaneceu no comando em 2025. Em 30 jogos, obteve 15 vitórias, sete empates e oito derrotas. Deixa o Remo classificado para as quartas de final do Campeonato Estadual.
O clube busca um substituto para comandar a equipe no restante do Parazão e na Série B. Claudio Tencati é um dos nomes especulados. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)
O PSC foi do céu ao inferno entre um tempo e outro da semifinal com o São Raimundo-RR, ontem à noite, em Boa Vista. No início, mostrou desenvoltura e objetividade, com dois gols assinalados por Marlon e Nicolas, mas a segunda etapa revelou um time confuso, que terminou cedendo o empate ao time da casa. O resultado deixa a decisão da vaga em aberto para o confronto em Belém, no próximo dia 19 de março.
Ofensivo desde os primeiros minutos, o PSC se impôs ao São Raimundo, que errava muitos passes. Com amplo domínio, os bicolores pressionavam sem encontrar resistência. Rossi era o mais produtivo, com seguidas investidas pela direita e bons cruzamentos na área.
Nicolas teve a primeira grande oportunidade aos 11 minutos. Bateu de voleio da entrada da área, mas Carlos Henrique defendeu bem. O São Raimundo só equilibrou as ações a partir dos 20 minutos.
Mais plantado em seu campo, o São Raimundo passou a dificultar a movimentação ofensiva do PSC. Mas, aos 30’, Rossi cobrou escanteio na cabeça de Quintana, que desviou para dentro da pequena área. No bate-rebate, Marlon aproveitou para balançar as redes.
Ainda havia tempo para mais um. Com o controle das ações, o PSC voltou a cerca a área roraimense. Leandro Vilela lançou Rossi, que cruzou para Nicolas cabecear e ampliar para 2 a 0. Nos acréscimos, Rossi acertou um tiro de longa distância acertando o travessão.
Depois do intervalo, o São Raimundo mudou completamente a maneira de se posicionar e partiu para o ataque logo de cara. Com menos de um minuto, descontou o marcador: em lance agudo, Railson balançou as redes de Mateus Nogueira.
Confuso, o PSC recuou excessivamente e passou a ser pressionado. Pedro Delvalle foi substituído por Cavalleri após sofrer lesão muscular. Para diminuir o sufoco, os bicolores tentavam explorar o contra-ataque, mas não conseguia encaixar boas saídas.
O atacante Luan tentou encobrir Matheus Nogueira, mas a bola saiu pelo fundo. O goleiro, porém, se contundiu e foi substituído por Alisson. Instantes depois, após várias investidas do São Raimundo, Kanté recebeu passe próximo à grande área e foi derrubado por Quintana, que foi expulso. Por sorte, Belão também recebeu o cartão vermelho por agressão.
Apesar disso, o São Raimundo continuou melhor e mais agressivo. Acabou conquistando o empate, através de Raí. Definição fica para o Mangueirão. (Foto: Jorge Luís Totti/Ascom PSC)
Rodrigo Santana: a crônica da queda anunciada
O Remo demitiu o técnico Rodrigo Santana, condutor da exitosa campanha realizada na Série C 2024, mas que não conseguiu repetir o êxito com o elenco formado para 2025. O excesso de opções parece ter atrapalhado sua capacidade de definição de um time titular. Apesar dos bons resultados no Parazão, fracassou nas duas primeiras competições da temporada: Copa Verde e Copa do Brasil.
A derrota diante do Criciúma foi apenas a gota d’água. A insatisfação da torcida já se manifestava desde a eliminação para o São Raimundo-RR na Copa Verde e cresceu de intensidade no Re-Pa, quando o Remo atuou mal e saiu do Mangueirão com um empate sofrido no minuto final.
Algumas decisões desgastaram Rodrigo. A insistência no sistema de três zagueiros (que ele insistia que não era uma linha de três), mostrou-se contraproducente. Quando mudou, anteontem, o resultado foi desastroso, escalando Dener como uma espécie de quarto zagueiro ou primeiro volante.
Quando chegou ao Evandro Almeida, Rodrigo teve o mérito de adaptar o grupo de jogadores a uma forma de jogar eficiente. Não tinha muitas alternativas, mas conseguiu transformar limão em limonada.
Deixou ali a impressão de que poderia fazer muito mais caso pudesse contar com um elenco de qualidade. Não foi o que se viu. Com um grupo mais qualificado à disposição, o pragmatismo da Série C virou indecisão crônica, fato que contribuiu decisivamente para sua queda.
A expectativa se concentra agora no perfil de substituto a ser buscado no mercado. Rodrigo Santana foi uma escolha que deu certo, embora tenha sido contratado por falta de opções melhores. Desta vez, o clube tem um mínimo de tempo (22 dias) até o começo da Série B para encontrar o técnico considerado à altura de suas ambições.
Comoção por Dieguito, 4 anos após sua morte
A Argentina está mobilizada em torno do julgamento que deve esclarecer as circunstâncias da morte do ídolo Diego Maradona, um mito (este, sim) que cultuado pela população mesmo hoje, quatro anos depois de sua morte. A equipe médica que cuidava dele é acusada de homicídio. O julgamento entrou ontem no terceiro dia e deve seguir até julho.
A morte informada oficialmente foi de ataque cardíaco, no dia 25 de novembro de 2020. Dieguito tinha 60 anos e se recuperava de uma cirurgia delicada, para retirada de um coágulo no cérebro.
Os médicos, agora réus, dizem que Maradona negligenciou o tratamento indicado, preferindo se recuperar em casa, ao lado da família. Se condenados, os médicos podem ser sentenciados entre oito e 25 anos.
Pelo clima de comoção que reina no país, novamente unido em torno do ídolo maior, dificilmente a equipe médica escapará da cadeia.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 13)