Em jogo eletrizante, Remo e Capitão Poço empataram em 2 a 2 na noite desta segunda-feira (03), no estádio Mangueirão, valendo pela 4ª rodada do Estadual. No primeiro tempo, houve uma paralisação de 22 minutos devido a um problema técnico no VAR, quando o árbitro tentava analisar um suposto pênalti sobre Ju Alagoano. Apesar do tropeço, o primeiro da equipe no Parazão, o Leão chegou aos 10 pontos e se isolou na liderança. O Capitão Poço segue na lanterna, apesar do ponto conquistado.
O Remo abriu o placar logo cedo, aos 6 minutos, com Jaderson, que recebeu um passe perfeito de Dodô dentro da área e estufou as redes do CAP. A partir daí, as chances se sucederam. Pedro Rocha, Dodô, Pavani e Marcelinho perderam pelo menos quatro grandes chances para ampliar o placar. O time criou muito, mas não teve competência para transformar a superioridade em gols.
Aos 30 minutos, o jogo foi paralisado para uma consulta ao VAR que demorou 22 minutos, sem que o árbitro conseguisse ver as imagens do lance de uma suposta falta dentro da área no atacante Ju Alagoano. No reinício da partida, o Remo voltou a pressionar e perdeu mais duas boas oportunidades de ampliar, com Dodô e Pedro Rocha. Em descuido de marcação, com os zagueiros adiantados, Ju Alagoano foi lançado e marcou no minuto final o gol de empate do CAP.
No 2º tempo, o Capitão Poço veio mais organizado no campo de defesa e bem articulado nas saídas em contra-ataque, puxados por Rodrigo e Tiago Índio. Aos 18 minutos, após cobrança de escanteio, Wellinton Londres pegou de primeira e acertou um chute perfeito, virando o placar.
A partir daí, o Remo acelerou as ações e botou em campo mais três atacantes – Ytalo, Adailton e Maxwuell – para se juntar a Felipe Vizeu na busca pelo empate, mas a pressa comprometeu o esforço de reação, apesar de duas tentativas agudas com Adailton. Aos 41′, finalmente, Adailton levantou na área e Maxwell acertou um cabeceio no canto direito, empatando o jogo em 2 a 2. Maxwell ainda fez o terceiro, mas a arbitragem assinalou impedimento.
O Remo volta a jogar pelo Parazão no domingo, dia 9, contra a Tuna. Antes, nesta quinta-feira (6), às 20h, no Estádio Mangueirão, contra o S. Raimundo-RR, pelas oitavas da Copa Verde.
Já o CAP encara um compromisso no sábado, dia 8, às 15h30, novamente fora de casa, desta vez contra o Caeté, em Augusto Corrêa, pela 5ª rodada do Parazão.
Ministro do STF ressalta medidas que fortaleceram a democracia brasileira
Em recente entrevista ao jornal Público, de Portugal, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, teceu elogios ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando o retorno à normalidade institucional no Brasil. “O governo Lula tem sido excelente e trouxe o Brasil de volta à normalidade”, afirmou Mendes.
O ministro enfatizou a importância das instituições democráticas na manutenção da estabilidade política do país. “Se hoje o Brasil vive um quadro de relativa normalidade na política, isso se deve a uma série de medidas adotadas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Tribunal Superior Eleitoral para coibir abusos, fake news e ataques à democracia”, observou Mendes.
Gilmar Mendes também comentou sobre o papel da Operação Lava Jato no cenário político brasileiro. Ele afirmou que a operação “apoiou a eleição de Jair Bolsonaro”, “tentou interferir” no resultado eleitoral e “agiu para perturbar o país” durante a gestão de Michel Temer.
“A Lava Jato tinha candidato e tinha programa no processo eleitoral”, disse Mendes. “Primeiro a Lava Jato atua na prisão do Lula. Prestes à eleição, a Lava Jato divulga o chamado depoimento ou delação do Palocci, tentando influenciar o processo eleitoral. Depois, o Moro vai para o governo Bolsonaro, portanto eles não só apoiaram como depois passam a integrar o governo Bolsonaro”, exemplificou o ministro.
O PSC brindou seu torcedor com um presente esquisito em pleno domingo de aniversário do clube (111 anos): perdeu, de virada, para o Santa Rosa, pior time do Campeonato Paraense, que até a 4ª rodada ocupava a lanterna e ainda não tinha marcado pontos. Um tropeço inesperado, que confirmou os sérios problemas defensivos observados desde o começo da temporada.
No 1º tempo, que começou com grande atraso por falta do desfibrilador (obrigatório na competição), o equilíbrio prevaleceu, com algumas tentativas do PSC através de Marlon e Nicolas, mas o Santa Rosa respondia e não se limitava a defender. Saía em contra-ataques e levava perigo.
Logo aos 7 sete minutos, o meia Giovanni chutou em direção ao gol, mas errou o alvo. O Santa respondeu em seguida, mas Adauto escorregou na hora da finalização. Só que, aos 37’, com maior presença ofensiva, o Macaco Prego quase marcou. Adauto lançou Pecel, que encheu o pé e acertou a trave esquerda de Matheus Nogueira, que ainda tocou na bola.
No lance final da primeira etapa, o Papão reclamou de um pênalti não marcado. Nicolas foi puxado dentro da área, mas o VAR revisou a jogada e não confirmou a infração.
No 2º tempo, o PSC mudou de postura. Parecia mais ligado nas ações de ataque. Logo aos 10 minutos, Nicolas tentou entrar na área e foi derrubado. O pênalti foi assinalado e Marlon converteu.
A entrada de três atletas – Dayverson, Natanael e André Farias – mudou o Santa Rosa, para melhor, contribuindo para a virada.
Aos 38’, PH desviou para as redes um chute cruzado de André Farias. Quatro minutos depois, saiu o segundo gol. Aproveitando o caos defensivo do PSC, o Santinha chegou ao ataque com PH, que cruzou para André Farias. O atacante deu uma finta curta em Bryan Borges, que foi ao chão. De frente para o gol, André finalizou e garantiu a vitória.
O resultado não chega a ser uma surpresa quanto aos problemas defensivos do PSC. Até agora, o time marcou 11 gols e sofreu seis no Parazão. É o quarto pior desempenho defensivo da competição, o que chama atenção pelo nível de investimentos feitos. Vários jogadores foram contratados no exterior, mas isso até o momento não garantiu solidez ao setor de defesa.
Diante da situação e das cobranças do torcedor, a diretoria já anunciou a contratação do zagueiro argentino Joaquín Novillo, que passou por grandes clubes portenhos, mas está parado há meses.
Por outro lado, a decisão do técnico Márcio Fernandes de poupar os titulares Rossi e Matheus Vargas alterou a configuração de meio-campo e ataque, mas não explica todos os erros mostrados em Ipixuna.
Fla é campeão com grande ajuda botafoguense
Era um filme com final desenhado e conhecido. Até os torcedores mais conscientes sabiam que o Botafogo, sem comandante e muito enfraquecido neste início de temporada, corria o risco de sofrer uma derrota vexatória na decisão da Supercopa Rei, no Mangueirão. Podia, é claro, surpreender com uma atuação heroica, mas era improvável.
Tudo se confirmou quando a bola rolou no Mangueirão encharcado pelo temporal que desabou sobre Belém. Logo aos 12 minutos, Bruno Henrique foi derrubado por Lucas Halter, que chegou atrasado para o desarme. Ele mesmo cobrou e John ainda tocou na bola, mas não evitou o gol.
Como a chuva não parava, o jogo foi interrompido aos 15 minutos e voltou mais de uma hora depois. Nem esse tempo de espera foi suficiente para que o técnico interino Carlos Leiria arrumasse o bagunçado time do Botafogo.
Mesmo quando tinha a bola, o Fogão era tímido demais. Tocava para os lados, evitando pressionar a defensiva rubro-negra. Além disso, tinha em Lucas Halter um perigo permanente no setor de defesa. E foi só a partida voltar e Bruno Henrique brilhou novamente. Livre de marcação, ele acertou um belo chute no ângulo, ele ampliou a vantagem.
Além da ágil movimentação do Flamengo, sempre com intensa troca de passes, o Botafogo acusou o desgaste físico – o elenco se reapresentou há apenas 15 dias. Diante dessas facilidades, o Flamengo poderia ter aumentado o placar. Um bom momento alvinegro ocorreu aos 33 minutos do segundo, com Alex Telles mandando uma bomba no travessão de Rossi.
Mas, aos 37’, Luiz Araújo liquidou a fatura. Substituindo Michel, ele roubou uma bola na saída de Lucas Halter e disparou um chute colocado, sem chances para o goleiro John. Flamengo 3 a 0, para festa da massa rubro-negra no Mangueirão.
Em esforço final, o Botafogo fez o gol de honra com Patrick de Paula, que entrou na etapa final. Ele aproveitou bem um rebote da zaga. Leiria deveria ter entrado com Patrick, que vem jogando no time B. Além disso, Danilo Barbosa seria alternativa melhor que o instável Halter.
O triunfo do Flamengo fez o Mangueirão explodir em festa. O clube conquista sua terceira Supercopa (havia vencido em 2020 e 2021) e é o primeiro a gritar “é campeão!” na temporada. Muito justo.
(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 03)