Papão vence Águia por 4 a 2 e mantém campanha invicta no Parazão

Com gols de Borasi, Rossi e Nicolas e Quintana, o PSC derrotou o Águia de Marabá na tarde deste sábado, no estádio Zinho Oliveira, mantendo a invencibilidade no Campeonato Paraense. Pelo Águia, marcaram Jonata Bastos e Bruno Limão.

O gol de Rossi é o primeiro dele com a camisa do Papão. Nicolas chegou aos 64 gols, igualando-se a Pikachu na terceira posição entre os artilheiros do clube no século – ficam atrás apenas de Zé Augusto, 94 gols, e Robgol, 82.

O primeiro gol foi de Borasi, aos 16 minutos, aproveitando passe do volante Leandro Vilela. sim, aos 22 minutos veio um pênalti, que só foi marcado aos 27, após 5 minutos de análise do VAR e do árbitro.

Jonata Bastos cobrou com categoria, deslocou Matheus Nogueira e mandou para o fundo do gol, aos 27′. O PSC seguiu pressionando e, aos 43′, Borasi fez cruzamento alto para Rossi desviar, de primeira.

O Águia ainda foi em busca do empate e conseguiu marcar o segundo gol aos 46 minutos. Bruno Limão cobrou falta e a bola atravessou a extensão da área, entrando no canto esquerdo da trave de Matheus Nogueira, que nem se mexeu.

Depois do intervalo, o PSC manteve a postura ofensiva em busca de novo desempate. Aos 12 minutos, Bryan recebeu e passou para Rossi. O atacante cruzou então para Nicolas. Mesmo pressionado, o centroavante tocou no canto direito e fez o terceiro gol.

O Águia tentava reagir, mas errava muitos passes. Chegou a levar perigo em chute que o goleiro Matheus Nogueira defendeu bem. O técnico Márcio Fernandes substituiu Giovanni, Leandro Vilela e Rossi por Iarley, Juninho e Marlon, renovando as energias do time.

Finalmente, aos 44′, o lateral Bryan Borges cobrou falta na área e o zagueiro Quintana subiu mais que a defesa do Águia para fazer de cabeça o último gol da partida, definindo o placar em 4 a 2 para o PSC.

Ainda houve tempo para um tumulto na área do PSC. Foguete agrediu o volante Leandro Vilela e, após recomendação do VAR, foi expulso de campo aos 53 minutos.

Espinhos no caminho da dupla Re-Pa

POR GERSON NOGUEIRA

Depois das goleadas obtidas na rodada de abertura do Campeonato Paraense contra adversários frágeis, a dupla Re-Pa terá pela frente desafios maiores neste fim de semana, atuando fora de Belém nas partidas válidas pela segunda rodada. O PSC vai a Marabá enfrentar o Águia e o Remo joga com o Caeté, em Augusto Corrêa.

Conhecido pelas viagens longas pelo interior, o Campeonato Paraense vai testar nesta rodada o nível de condicionamento do PSC, que terá como adversário o Águia, no estádio Zinho Oliveira, em Marabá. Tradicionalmente, a equipe marabaense dificulta as coisas para os grandes da capital.

Rossi, principal aquisição do Papão para a temporada, será mais uma vez testado e observado na função de atacante pelo lado direito. Atuou assim contra o Capitão Poço e teve desempenho discreto, ainda sem maior entrosamento com Nicolas e demais companheiros de ofensiva.

Para a partida deste sábado (17h), Rossi deve seguir ao lado de Borasi e Nicolas na frente. A criação ficará com Giovanni, cujas atuações ainda não convenceram plenamente, até pelas dificuldades físicas que apresentou. Juninho, que é hoje o melhor jogador de criação e aproximação, será opção para o segundo tempo.

Nas laterais, Márcio Fernandes vai seguir com Bryan Borges na direita e Kevyn na esquerda, com a opção de PK para o decorrer do jogo. Bryan é, por enquanto, o melhor jogador do PSC. Vem se destacando pela excelente participação nas ações de ataque, contribuindo com assistências e cruzamentos decisivos.

Outro que mostra desenvoltura e otimismo é o volante Leandro Vilela, cuja estreia com a camisa do Papão ocorreu justamente diante do Águia no ano passado. Homem de marcação e de boa saída ao ataque, Vilela é um dos remanescentes da Série B e é considerado peça-chave para ajudar no desempenho da zaga, criticado na estreia em casa.

A expectativa da torcida foi plenamente recompensada na estreia do Remo no Parazão. Os jogadores saíram festejados depois dos 5 a 0 sobre o São Francisco, no Mangueirão. Sem embaraços, o novo time se impôs e chegou a encher os olhos do torcedor com a azeitada movimentação dos atacantes.

Dodô, Maxwell e Ytalo conseguiram se destacar, com o constante apoio dos meio-campistas e do ala direito Kadu. A atuação satisfatória estimulou Rodrigo Santana a repetir a escalação para o jogo deste domingo (15h30) contra o Caeté. 

Usou a expressão meritocracia para explicar a decisão de repetir a mesma equipe. Jogadores em melhor estado físico terão prioridade. Rodrigo entende que os atletas que chegaram em janeiro ainda não estão nas condições ideais. Por esse motivo, mudanças eventuais só devem ocorrer a partir da terceira rodada.  

Mas, como aconteceu na partida inaugural, jogadores como Pedro Rocha, Felipe Vizeu e Adailton devem ser lançados nos minutos finais, para ganhar entrosamento e tomar contato com as dificuldades impostas por gramados de qualidade inferior.  

A previsão de chegada do novo zagueiro contratado, William Klaus, é para a próxima semana. Dependendo do condicionamento, ele pode entrar de imediato na disputa por um lugar no time. Klaus estava no futebol da Grécia. E, da mesma forma como Rodrigo tem prestigiado Kadu, um outro nome da base foi integrado ao elenco nesta semana: o atacante Tico, que fez boa figura na Copa São Paulo de 2023.

Bola na Torre

O programa terá Guilherme Guerreiro no comando, a partir das 23h, na RBATV, com a participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, a segunda rodada do Parazão. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.

Argentina humilha o Brasil no Sul-Americano sub-20

As coisas começam a adquirir contornos de desastre e humilhação na Seleção Brasileira sub-20. Na sexta-feira à noite, estreando no Sul-Americano disputado na Venezuela, o time de Ramon Menezes foi impiedosamente goleado pela Argentina, por 6 a 0. Os três gols iniciais foram marcados entre os 6 e os 11 minutos do primeiro tempo.

O vexame fez lembrar a histórica goleada sofrida para a Alemanha na Copa de 2014. O Brasil parecia um timeco de várzea, sem acertar passes e não criando rigorosamente nenhuma chance clara de gol.

Para piorar as coisas, a Argentina levou a campo um craque, o meia Claudio Etcheverri, que é jogador do Manchester City. Além de marcar dois gols, o camisa 10 tomou conta do meio-campo, articulando as principais jogadas e lançando seus companheiros sempre com muito talento.

Além da queda, o coice. Com a peia sofrida, o Brasil vê ameaçada a classificação para o Mundial Sub-20, marcado para acontecer entre setembro e outubro no Chile. A Seleção terá que fazer uma campanha de recuperação e precisará compensar o saldo negativo de gols.

Ramon Menezes, que já havia perdido a vaga para a Olimpíada de Paris, volta a pontificar pela ausência óbvia de competência para a função de técnico do selecionado. Permanece no cargo pelo prestígio que tem junto a Ednaldo Rodrigues, o presidente da coisa toda. 

(Coluna publicada na edição do Bola deste sábado/domingo, 25/26)