Ex-ministros, advogados e intelectuais assinaram um manifesto no qual defendem a formação de uma frente para isolar a extrema-direita nas eleições de 2026. A solução, na avaliação do grupo, passa por unificar o campo democrático para restaurar a o campo democrático para restaurar a dignidade da política e preservar os Poderes.
Entre os signatários estão os ex-ministros Tarson Genro (Educação e Justiça), Aloysio Nunes (Justiça), José Eduardo Cardozo (Justiça), Renato Janine Ribeiro (Educação) e e Miguel Rosseto (Desenvolvimento Agrário). O ex-governador do Distrito Federal Cristóvam Buarque também endossou a redação.
Até esta terça-feira 14, o manifesto contava com 70 assinaturas.
O grupo defende estabelecer uma comunicação entre as “múltiplas visões democráticas” para buscar pontos de unidade no primeiro ou, “alternativamente”, no segundo turno de 2026.
Segundo o manifesto, essas frentes, com suas especificidades regionais, devem se pautar por objetivos como bloquear a influência no Congresso Nacional de bancadas fisiológicas; defender uma política interna e externa que unifique o País na transição climática; e rechaçar alianças com partidos ou setores da extrema-direita “ou de quaisquer organizações partidárias que proponham ditaduras de qualquer natureza”.
“Estas novas frentes denunciarão tentativas golpistas, defenderão a identidade laica do Estado, defenderão a profissionalização das Forças Armadas e seus proponentes envidarão esforços desde agora — autônomos, comuns ou associados em rede — para proporcionar múltiplas manifestações e novos manifestos pautados pelos objetivos ora concertados.”
Inelegível em decorrência de duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insiste em se apresentar como candidato para 2026. De olho em seu espólio estão figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), além de integrantes do clã Bolsonaro.
Em teoria, a ideia é das melhores. Contratar um atacante que tem currículo nacional, com passagem por grandes clubes, e que é declaradamente um torcedor do clube. Aos 31 anos, o atacante Rossi é o projeto de ídolo que o PSC oferece à torcida. Propor é simples, a parte complexa está na aceitação do plano por parte do torcedor. Sob questionamentos, a diretoria do clube foi em busca do acerto com o atleta e demonstra a intenção de investir para que ele se confirme como o grande nome da equipe em 2025.
Tudo vai depender logicamente da produção de Rossi em campo. Caso confirme as expectativas dos dirigentes, fazendo gols e mostrando comprometimento, abrirá caminho para encantar a torcida Fiel.
Paraense de Prainha, ele leva a vantagem de conhecer bem as características e anseios do torcedor alviceleste. Identifica-se tanto com isso que, em vários momentos, posou com a camisa do Papão, consciente do efeito que isso causaria na alma bicolor.
Um assumido fã de Rossi, o presidente Roger Aguilera não disfarça o entusiasmo com a aquisição. Anunciou, antes mesmo de qualquer pronunciamento do técnico Márcio Fernandes, que o reforço estará em campo neste domingo (19) na estreia contra Capitão Poço.
O jogo, aliás, sofreu várias mudanças de horário e local. Inicialmente, seria na Curuzu, às 16h. Na quinta-feira, 9, foi programado para o Mangueirão, às 17h. No domingo, nova dúvida surgiu, após a decisão da Supercopa Grão Pará. Ontem, finalmente, voltou para a Curuzu, às 17h.
Rossi já está treinando com o elenco e, segundo palavras do presidente, “está voando”. É o que o torcedor mais espera, afinal o jogador vem de uma temporada discretíssima no Vasco, com apenas 11 partidas na Série A, sem gols. No total, foram 22 jogos.
A rigor, o melhor momento de Rossi foi no Bahia, em 2021, com oito gols marcados, e no Al-Faisaly em 2023, também com oito gols. O fato é que na Curuzu vai precisar entregar bem mais do que fez no Vasco em 2024.
Atacante de lado, que une força e habilidade, Rossi sempre se caracterizou pela capacidade de furar bloqueios defensivos e a boa capacidade de finalização, atributos que perderam força nas últimas temporadas.
Combinar o reforço no condicionamento com a adaptação ao sistema de jogo do PSC será fundamental para o êxito do atacante. Depois dos gols marcados contra a Tuna e as pazes com o torcedor, Nicolas se candidata a ser um parceiro de ataque para Rossi.
Nada impede que Rossi e Nicolas formem uma dupla de sucesso durante a temporada, pois têm características diferentes e podem se completar, com a ajuda de um meio-de-campo criativo e ofensivo. Um já foi ídolo incontestável e luta para voltar a ser; o outro chega para se consagrar.
Santana define equipe com vários estreantes
O jogo-treino do Remo com o Pinheirense, no sábado (11), praticamente definiu a escalação do time para enfrentar o São Francisco, sábado, no Mangueirão. O técnico Rodrigo Santana deixou claro que vai priorizar jogadores que vêm treinando desde o início da pré-temporada.
Significa que os atacantes Felipe Vizeu, Adailton, Pedro Castro e Pedro Rocha, os últimos reforços integrados ao elenco, dificilmente serão escalados de cara. Apesar disso, levando em conta a expectativa da torcida azulina, devem entrar no decorrer do confronto para serem apresentados oficialmente.
Ganharam espaço com Rodrigo os alas Cadu, Cauã e Guty. Os dois primeiros devem ser titulares e Guty é opção para o ataque, depois de se sair bem treinando na função que era de Pedro Vítor. A zaga deve ter dois estreantes, Alvariño e Lucão, e o meio pode ter Dener como armador.
Leila provoca Dudu e toma invertida grosseira
O estilo destemido e por vezes ruidoso da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, encanta boa parte da mídia esportiva paulistana. Em vários episódios, os excessos bravateiros dela foram saudados como gestos de coragem e até bravura. A contrapartida – sempre há uma – veio na forma de reações furiosas de torcedores rivais, muitas vezes passando do ponto.
A algazarra nas redes sociais não é motivo de preocupação, afinal a internet virou o paraíso dos imbecis, na certeira definição do mestre Umberto Eco. O problema mesmo é quando a pinimba envolve profissionais que até pouco tempo atrás eram funcionários do clube presidido por Leila.
Dudu, ídolo palmeirense e peça importante em várias conquistas recentes, entrou em desgraça com a dirigente após pedir para ser negociado com o Cruzeiro no ano passado. O negócio não foi em frente e o atacante perdeu espaço no time de Abel Ferreira.
No começo desta temporada, a transação finalmente foi concretizada. Dudu foi apresentado pelo Cruzeiro, tudo parecia perfeitamente encaminhado. Aí, de repente, em entrevista coletiva para tratar de outros temas, Leila resolveu cutucar o ex-atleta do clube.
Acabou recebendo uma invertida de Dudu, que, à maneira dos torcedores que agitam as redes, não se esquivou de um palavrão cifrado para arrematar sua resposta. Um vexame desnecessário – para ambos. Lidar com ídolos é parte do instrumental que define um bom gestor de futebol.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quarta-feira, 15)
Levei um certo tempo para despertar do impacto sonoro de Nação Zumbi e Chico Science, ali no meio dos anos 90. O som poderoso, maracatu eletrônico misturado a rock pós-punk com pitadas regueiras, tornou a banda um acontecimento diferentão de tudo que rolava nas rádios e na TV. Na verdade, não havia nada parecido mesmo com a força rítmica de “Da Lama ao Caos”, disco vibrante e fundamental até hoje.
A estranheza natural diante de um som novo, movido a muito batuque e rajadas de guitarra, deu lugar a uma admiração que se tornou permanente e sobreviveu à repentina partida de Chico, em 1997. O Nação também se manteve vivo na trilha do mangue beat, seguindo em frente com Jorge Du Peixe e Lúcio Maia, sem jamais perder aquela saudável subversão musical.
“Quando a Maré Encher”, hit praiano de 2000 do álbum “Rádio S.Amb.A”, ganhou ainda mais repercussão com a versão ao vivo com Cássia Eller no Rock In Rio. Abaixo, trecho inicial da letra:
Fui na rua pra brincar, procurar o que fazer Fui na rua cheirar cola, arrumar o que comer Fui na rua jogar bola, ver os carros correr Tomar banho de cana quando a maré encher.
André Barcinski, um de meus críticos favoritos, aborda aqui uma fase refrescantemente gostosa do cinema norte-americano, da metade da década de 1960 até mais ou menos 1977. Tempos de rebeldia criativa que geraram e alavancaram craques do porte de Sam Peckinpah, Martin Scorsese, Don Siegel, Allan J. Pakula, Robert Altman, Arthur Penn, Sidney Lumet e Francis Ford Copolla. A abertura é primorosa, falando do sensacional “Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia”, de Peckinpah. Fecha com “O Jogador”, estrelado por James Caan. A crônica é sobre isso. Vale a pena ouvir Barcinski.