O bravo e ruidoso Peninha comenta, sem freios, como sempre, a série sobre Ayrton Senna que está em cartaz no grid da Netflix.
Dia: 3 de janeiro, 2025
O maior desafio de Hana

Por Charles Alcantara (*)
Quem acompanha a cena política local, há muito já sabia que o ano de 2025 começaria sob o signo da sucessão estadual, uma vez que o governador Helder está em seu segundo mandato, e sendo favas contadas que deixa a chefia do Executivo no início de abril de 2026 para, no mínimo, concorrer a uma cadeira no Senado Federal, com chances até mesmo de um salto além-estado, que convém levar a sério, a despeito dos obstáculos adicionais que um político nortista precisa enfrentar e superar para se afirmar na política nacional. Desde que foi anunciada pelo governador como a sua escolhida à sucessão, nas eleições de 2026, a vice-governadora Hana Ghassan Tuma vem enfrentando desconfianças e resistências, ora sussurradas ao pé-do-ouvido, ora compartilhadas cautelosamente nas mais diversas bolhas, desde políticos dos mais diversos espectros a jornalistas. As desconfianças e as resistências se sustentam em argumentos que a história já desmoralizou diversas vezes que, resumidamente, dizem:
- Hana não é do ramo;
- Hana é uma técnica;
- Hana não aguenta pressão;
- Hana não tem traquejo político.
- Para além de frágil e pueril, essa linha argumentativa não tem base na realidade, porque revela desconhecimento a respeito da personagem Hana, e, pior, expressa uma escancarada misoginia que precisa ser denunciada e banida da vida social e política.
Não é porque não é do ramo, ou porque é técnica, ou porque não aguenta pressão ou, ainda, porque não tem traquejo político. É porque é mulher e, como tal, porque está no lugar que não é o “seu” lugar.
Na política, especialmente na política, mulher tem que “matar vários leões por dia” para provar que é capaz, que aguenta pressão, e que tem traquejo (seja lá o que signifique esse tal “traquejo”).
Ao contrário da interpretação do prestigiado e experiente jornalista Carlos Mendes, editor-chefe do prestigiado Ver-o-Fato, o chamamento de Hana para comandar novamente a Seplad, uma pasta estratégica e de elevadas complexidade e responsabilidade, não a desfavorece ou fragiliza o seu nome para a disputa ao governo, em outubro de 2026. Antes e acima disso, revela a reconhecida capacidade técnico-política de Hana, que se firmou como um valioso ativo do grupo que comanda a política no Estado.
A vice-governadora Hana, que já coordena os preparativos da COP 30, que acontece este ano em Belém, agora também passa a comandar a Seplad, pasta que já comandou com grande êxito no primeiro mandato de Helder. Na minha modesta opinião, isso demonstra força e prestígio, em vez de fraqueza e desprestígio. - Ah, mas os problemas são tantos, que o desgaste é inevitável!
Na atividade política, desgastes, pressões e problemas são inevitáveis. Sobrevive na política, quem passa por tudo isso.
É claro que Hana passa, não por uma, mas por várias “provas de fogo”, mas, na minha modesta opinião de observador atento da cena política, Hana tem se saído muito bem, a ponto de estar mais forte e em notável preparação para o eventual embate eleitoral. Há de se reconhecer que o seu padrinho e tutor político tem conduzido com maestria esse processo de preparação, cuja primeira fase (a primeira metade do atual mandato: 2023 e 2024) teve como pedra de toque posicionar Hana no tabuleiro político e apresentá-la ao jogo, tornando-a conhecida nos 144 municípios.
Essa primeira fase foi concluída com grande êxito, a ponto de o nome de Hana estar muito bem posicionado nas primeiras sondagens eleitorais de 2026, mesmo jamais tendo sido candidata a qualquer cargo eletivo. Aliás, Hana aparece melhor posicionada que o atual prefeito de Belém, no ano anterior às eleições municipais.
Nada do que disse é garantia de que a candidatura de Hana em 2026 é incólume aos ventos da política. Por outro lado, qualquer opinião, na atual quadra histórica, que coloque em dúvida a consistência da candidatura de Hana, é uma mistura de especulação com desejo.
Hana, de fato, tem muitos desafios pela frente, mas o maior de todos os seus desafios é o de superar o machismo que a trata com desdém e preconceito.
(*) Charles é observador e militante político
Leão quer lotar o Mangueirão na partida de estreia no Campeonato Paraense

Como ocorreu no ano passado, o Remo investe pesado no marketing em torno da estreia do time no Campeonato Paraense. Desde a quinta-feira, 2, foi aberta a venda de ingressos para o primeiro compromisso dos azulinos no Estadual, contra o São Francisco, no dia 18, às 18h, no estádio Jornalista Edgar Proença (Mangueirão), em Belém. O torcedor pode adquirir os ingressos nos valores de R$ 50,00 (arquibancadas) e R$ 100,00 (cadeiras). As entradas já estão à venda nas lojas Rei da Amazônia, Lojas do Remo e através da internet.
A partida contra o São Francisco pelo Campeonato Paraense será a partida inaugural do Leão na temporada, e a estimativa de público é de 40 mil espectadores – no ano passado, o time que era treinado por Ricardo Catalá atraiu mais de 35 mil torcedores ao Mangueirão. Os principais reforços anunciados até agora, Pedro Rocha e Felipe Vizeu, devem fazer suas estreias diante do Fenômeno Azul.
Além do Parazão, o Remo irá disputar em 2025 a Copa Verde, a Copa do Brasil e a Série B do Campeonato Brasileiro. O time azulino já anunciou 11 contratações para este início de ano.
Rock na madrugada – Rolling Stones, “Little Queenie”
POR GERSON NOGUEIRA
“Little Queenie” (Pequena Rainha), clássico de Chuck Berry, personifica uma espécie de ritual pulsante da rebeldia juvenil dos anos 50. A letra trata da emoção e da ansiedade de um jovem ao se deparar com uma garota atraente, descrita como deslumbrante – “lookin’ like a model on the cover of a magazine” (ela se parece com uma modelo na capa de uma revista).
Neste registro ao vivo de 1997, em Chicago (EUA), ainda com Charlie Watts em cena, os Stones reverenciam Berry e atestam que a energia juvenil da canção é atemporal. Fãs de Berry, Jagger e Richards gravaram um instigante cover da canção no início da carreira da banda. Além dos Stones, outros artistas de diferentes gênero regravaram “Little Queenie” ao longo do tempo.

Em termos rítmicos, “Little Queenie” é um rockão típico de Chuck Berry, com a pegada forte e dançante de sempre. A provocante repetição do refrão “Go, go, go, little queenie” reforça a urgência e a excitação do momento, incentivando a garota a aproveitar a dança.
Com o estilo cru de cantar e tocar, Chuck Berry, um dos pais do rock’n’roll, consegue capturar brilhantemente a essência contagiante da adolescência, fazendo de “Little Queenie” uma ode à juventude e à alegria de viver, pedras fundamentais do rock.
Trecho inicial da letra:
Eu tenho nódulos na garganta
Quando eu a vi vindo até o altar
Eu tenho o agito em meus joelhos
Quando ela olhou para mim e sorriu docemente
Bem, lá está ela novamente
Suplente pela máquina de música
Bem, ela se parece com uma modelo
Na capa de uma revista
Mas ela é muito bonita
Para ter um pouco mais que dezessete anos
Desatualização impacta mercado de técnicos no Brasil
Comentário de André Rizek postado no Instagram.