Pesquisa Datafolha: Leão tem o dobro de torcedores em relação ao Papão

O Remo apareceu novamente à frente do Paysandu em pesquisa sobre as maiores torcidas do Brasil. O levantamento foi feito pelo Instituto Datafolha, que aponta a liderança do Leão Azul na Região Norte. O Flamengo segue sendo o clube brasileiro com a maior torcida, com 19% das respostas. No último ano, a porcentagem do Rubro-Negro era de 21%. Em segundo lugar vem o Corinthians, com 14%, seguido pelo Palmeiras, com 7%, e o Tricolor Paulista figura em quarto (6%).

Segundo o levantamento, Remo e Paysandu foram os únicos clubes do Norte citados nas entrevistas. A equipe azulina aparece na lista com 4% das respostas, enquanto os bicolores somam apenas 2%.

Apesar de serem os maiores clubes da região, os times não são os primeiros. No Norte, a equipe preferida dos torcedores é o Flamengo, seguido por Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Remo, Vasco, Botafogo e Paysandu.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas de 113 municípios, com idades a partir de 16 anos, entre os dias 5 e 7 de novembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A última pesquisa do Datafolha, divulgada em agosto de 2023, também apontou o Leão Azul como o time do Norte com a maior torcida. Conforme os dados, o Remo tinha 5% dos torcedores nacionais, totalizando 867 mil, enquanto o Paysandu aparecia com 693 mil.

É hora de investigar o cartel que manipula o câmbio no Brasil

Por Luis Nassif

Seria conveniente que a opinião pública brasileira – mídia, agência reguladora, Ministério Público e Polícia Federal – começassem a se preparar para o grande desafio contemporâneo da política e da economia brasileira: a investigação sobre o cartel da Faria Lima.

Vamos a algumas definições iniciais para não generalizar.

Não se trata da Faria Lima nem da indústria dos fundos como um todo. Aliás, para os enormes lucros do cartel houve prejuízos de todos os que estavam na ponta contrária, além de fundos multimercados e investimentos em ações.

O cartel é um grupo restrito de grandes operadores, com poder de influenciar o mercado. Sua forma de atuação é conhecida. Primeiro, investem em algum ativo considerado barato ou caro.

No episódio da semana passada, investiram em contratos de compra de títulos públicos. O valor dos títulos públicos pré-fixados corresponde ao valor de resgate (já conhecido), dividido pela taxa de juros do dia. Quanto maior a taxa, menor o valor do papel, e vice-versa: quanto menor a taxa, maior o valor do papel.

No início do ano, o mercado apostava em estabilização ou queda da taxa Selic. Havia um obstáculo pela frente: o Ministério da Fazenda alcançar ou não as metas propostas no regime de arcabouço fiscal. Pequenas variações para cima ou para baixo não seriam motivo para temores maiores.

De repente, analistas, economistas de banco, operadores, começam a trabalhar o terrismo fiscal, ajudado por uma mídia cúmplice. Passa-se a taxar de “gastança” qualquer despesa social, a usar o catastrofismo como instrumento de discussão.

Em uma mídia parcial, sem espaço para vozes dissonantes, foi se formando o clima terrorista, adequado para o segundo tempo do jogo. 

O tiro de partida foi a declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em abril, sinalizando para uma mudança de rumo na política monetária. A Selic vinha caindo 0,50 em cada reunião do Copom. No máximo, o mercado apostava em uma redução da queda para 0,25. Depois da virada de Campos, as expectativas começam a mudar.

O tiro final seria no dia do anúncio do pacote fiscal de Fernando Haddad. Na véspera deu-se o estouro da boiada, por motivo insignificante: a inclusão do pacote de isenção de Imposto de Renda para quem ganhasse até R$ 5 mil.

Não se entenda como o mercado como um todo. Parte expressiva do mercado pagou uma conta alta com as manipulações da semana passada. Fundos multimercados, investidores que venderam contratos de opções, foram vítimas do mesmo esquema do cartel.

O câmbio explodindo afetou todas as importações em curso, pressionou preços dos comercializáveis aumentando as apostas na elevação da inflação e num salto de até 0,75 pontos na Selic. Como não haverá superávit fiscal capaz de anular os impactos de tal salto da Selic na dívida pública, tem-se então governo, economia, investidores, economia real, consumidores, nas mãos de um cartel, que opera livremente, sem nenhuma expectativa de risco para inibir sua atuação.

O governo não conseguirá livrar-se dessa amarra, nem o Banco Central, mesmo sob a condução mais responsável de Gabriel Galipolo. É hora de caracterizar o cartel da Faria Lima pela qualificação correta: é uma organização que pratica crime de cartel e de atentado aos direitos coletivos.

Mais que isso, provoca desconfiança em relação ao mercado financeiro, impõe perdas extraordinárias aos agentes do mercado que tiveram prejuízos expressivos. Na Inglaterra, jogada semelhante com a libor não passou em branco.

O CARTEL DA LIBOR

The New York Times mostrou assim a manobra do cartel.

Quadro 1 – a libor

Quadro 2 – o golpe

A Comissão Europeia aplicou multas no montante total de 1.700 milhões de euros a oito bancos, acusando-os de terem constituído um cartel que manipulou os mercados de derivados.

Quatro bancos formavam um cartel para manipularem as taxas dos derivados no mercado do euro; seis manipulavam conjuntamente as taxas dos derivados no mercado do yen. Volta a aplicar-se aqui a lógica da não condenação.

Em 6.07.2012, o colunista José Nocera, no The New York Times, sintetizava o grau do escândalo: “Por que o escândalo criou indignação na Grã-Bretanha? Porque é realmente ultrajante”, disse Karen Petrou , sócia-gerente da Federal Financial Analytics. “Eles não deveriam estar fixando essa taxa — não importa qual seja o motivo.”

Ela continuou: “Se eu te der meu dinheiro, preciso poder confiar em você com ele. Se você só pode ser confiável por meio de regulamentação, então você pode muito bem ser um utilitário. E se os bancos não são confiáveis ​​para gerenciar suas mesas de negociação, então precisamos repensar todo o nosso modelo bancário.” Petrou não é uma defensora do retorno aos dias da Glass-Steagall, a lei da era da Depressão que separava o banco de investimento do banco comercial. Mas com o escândalo da Libor, ela disse, ela certamente poderia entender os crescentes pedidos por isso.

O Barclays, é claro, dificilmente é o único grande banco que manipulou a Libor por diversão e lucro. É simplesmente o primeiro a admitir seu erro e a se acertar com o governo. Dizem que quase todos os grandes bancos estão sob investigação por jogar com a Libor, incluindo JPMorgan Chase, Citigroup e outros gigantes financeiros americanos”.

O mesmo ocorreu no Brasil. Fundos e investidores em multimercado tiveram perdas recordes com o movimento especulativo. A operação que envolveu meia dúzia de instituições trouxe prejuízo e insegurança para o mercado e ameaças concretas para toda a economia no próximo ano, à medida que se tornaram elementos fortes para uma elevação da taxa Selic.

Como investigar

O primeiro passo é cercar-se de especialistas em mercados futuros, para identificar as manobras. Hoje em dia, a atuação de cada operador é registrada digitalmente. Então, haverá muito mais possibilidades de identificar as manobras do cartel.

O primeiro passo é identificar as datas-chave, no qual há suspeitas de manipulação. Por exemplo, poderia pegar todos os movimentos e declarações de Campos Neto e checar as operações do Banco Santander – de onde ele saiu para o Banco Central.

Depois, conferir as comunicações entre agentes econômicos, sabendo que o primeiro que for identificado em práticas de manipulação tratará de apelar para o benefício da delação premiada.

Há sempre a carteira de ativos de Campos Neto – e de seu padrinho Paulo Guedes – para ser analisada. E haverá a necessidade de acordos operacionais com agentes do mercado norte-americano, para identificar operações casadas com ativos em reais existentes na Bolsa de Nova York.

Mesmo que a investigação não desvende totalmente a trama, pelo menos passará a noção e risco para os operadores do cartel. Hoje em dia, eles ameaçam, soltam notas no Radar da Veja desancando o governo, bancam pesquisas da Quaest para pressionar as autoridades, com uma desfaçatez sem tamanho.

Importante: abusaram tanto, com seu terrorismo em um quadro de melhoria de todos os indicadores da economia real, que perderam o apoio unânime da mídia corporativa. No máximo, conseguem ludibriar jornalistas financeiros e setoristas.

Militares golpistas receberam mais de R$ 2 milhões em indenizações com ajuda de Bolsonaro

Mário Fernandes, preso por supostamente ter elaborado o plano para assassinar Lula, está entre os beneficiados

Da Revista Fórum

Militares de alta patente indiciados pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado receberam indenizações consideráveis com a ajuda de Jair Bolsonaro. Segundo dados do Portal da Transparência divulgados neste domingo pela coluna de Lauro Jardim, no jornal “O Globo”, militares da ativa foram beneficiados com mais de R$ 2 milhões após o ex-presidente alterar regras de aposentadoria. Ao menos 5 militares da trama golpista ganharam muito dinheiro nos últimos anos com as mudanças. 

O general Mário Fernandes, preso recentemente pela PF por supostamente ter elaborado o plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu R$ 421,9 mil em indenizações. Foram R$ 262,4 mil pagos ao militar em agosto de 2020 por ele ter ido para a reserva e R$ 159,5 mil, em junho de 2021, em verbas indenizatórias.

O almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha que também foi indiciado por tentativa de golpe de Estado, por sua vez, recebeu, ao todo, R$ 364,3 mil em verbas indenizatórias no processo de sair da ativa e ir para a reserva. 

Já o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro na eleição de 2022, R$ recebeu 926 mil em indenizações, salários e férias não gozadas. Braga Netto teria sido, segundo a PF, o responsável por aprovar o plano golpista de assassinar autoridades. 

Confira abaixo outros militares envolvidos na trama golpista que receberam indenizações e os valores: 

  • General Paulo Sérgio de Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro: R$ 300 mil 
  • General Estevam Theophilo Gaspar: R$ 776,3 mil
  • Coronel Cleverson Magalhães: R$ 288,8 mil
  • Carlos Giovani Pasini: R$ 222,6 mil 

Botafogo conquista o Brasil

POR GERSON NOGUEIRA

O Botafogo de 2024 é mesmo um Botafogo diferente. Vencedor, confiante e incansável na caça por bons resultados. Um ponto fundamental é que não maltrata mais o torcedor, como era prática frequente até recentemente. É verdade que o empate que se arrastou até os minutos finais contra o São Paulo ainda trouxe um quê de impaciência no torcedor.

A partida final mostrou o time inicialmente pragmático, poupando-se contra o esforço desnecessário. Diante de 41 mil vibrantes botafoguenses, que a todo custo queriam festejar gols, o Botafogo foi aplicado e paciente. Ciente de que o empate bastava, ficou trocando passes e evitando a todo custo a correria desenfreada.

Em suma, um time cascudo. Sem pressa, o gol de abertura saiu aos 37 minutos, pelos pés de Savarino, que recebeu passe preciso de Igor Jesus e bateu por cobertura. Outro golaço do venezuelano, que já havia garantido a vitória sobre o Internacional, no meio da semana. O São Paulo só queria evitar problemas. O plano era se despedir honrosamente.

Mas, logo no começo do 2º tempo, um raro erro de Marlon Freitas deu ao São Paulo a única chance – e o gol saiu. William Gomes roubou a bola, entrou na área e tocou na saída de John. Por alguns minutos, o torcedor se entreolhava nas arquibancadas, receando a volta daqueles tempos em que o Botafogo era sempre castigado miseravelmente.  

O time não se abalou. Seguiu tocando a bola, baixando a temperatura da partida e esperando o tempo passar. No jogo do Palmeiras, o resultado era amplamente favorável: o Fluminense vencia por 1 a 0. Significava que o título viria até mesmo com uma derrota do Glorioso.

É óbvio que a última coisa que a multidão queria era ser campeã com uma derrota. Um empate ainda dava para tolerar, embora fosse um pouco frustrante. E foi aí que os deuses da bola resolveram agir.

Quando o jogo caminhava para o empate, eis que o goleiro são-paulino Jandrei cometeu seu único deslize e a bola chegou aos pés de Gregore. Este invadiu a área e tocou para as redes, fazendo a torcida explodir de alegria no Niltão. Como se sabe, Gregore havia sido o quase vilão da final da Libertadores, sendo expulso aos 29 segundos do jogo contra o Atlético-MG.

A vitória deu ao Botafogo, 29 anos depois, o seu terceiro título nacional, oito dias depois de ter conquistado pela primeira vez a Copa Libertadores da América. Um campeonato ganho com inteiro merecimento. Foi disparadamente a melhor equipe da competição, com grandes atuações e um punhado de grandes jogadores em cena.

Como campeão, o Botafogo confirmou participação na disputa da Supercopa do Brasil contra o Flamengo (vencedor da Copa do Brasil), no próximo dia 2 de fevereiro, no estádio Jornalista Edgar Proença.  

Parazão 2025 terá menos jogos e mais tecnologia

Além do VAR alternativo, tecnologia que será utilizada ao longo de toda a competição, o Campeonato Paraense de 2025 terá outra novidade importante: a parceria com a empresa suíça Sportradar, que monitora possíveis indícios de manipulação de resultados. O mais importante, porém, é a mudança na quantidade de jogos disputados.

As etapas de quartas de final e semifinais, que antes eram disputadas em ida e volta, agora serão decididas em partidas únicas. Na fase de classificação, foi mantido o formato de sempre, com oito partidas para cada um dos 12 times, avançando as oito melhores classificadas. A etapa decisiva do campeonato continuará a ser decidida em dois jogos.

Os confrontos eliminatórios terão como mandantes as equipes de melhor campanha, sendo que a renda será dividida entre os disputantes. O ponto mais interessante das mudanças é que o campeonato mais curto permitirá a Remo e PSC contar com 20 dias de preparação para a Série B.

Todas as decisões foram tomadas durante o conselho técnico realizado no fim de semana, em Tracuateua, com representantes de 11 dos 12 times participantes. Só a Tuna não teve representação nas discussões.

Gabigol se despede com um show de modéstia

Com a humildade que lhe é própria, Gabriel Barbosa disse após a partida entre Flamengo e Vitória que “hoje eu me torno uma lenda, me torno (sic) imortal”. Completou, modesto, que “daqui a 50 anos quando falarem no Flamengo terão que falar no meu nome”. E quando sair à rua, segundo ele, será sempre idolatrado. Gandhi não é páreo para Gabigol.

A inédita presença de dois nordestinos na Libertadores

A rodada final do Campeonato Brasileiro definiu um fato inédito e auspicioso: Fortaleza e Bahia estão classificados para disputar a Copa Libertadores. Dois clubes nordestinos, donos de grandes torcidas, irão disputar a principal competição continental. Prova incontestável da evolução do futebol que é praticado fora do eixo Sul-Sudeste.  

Ambos terminaram à frente de gigantes como Vasco, Fluminense, Atlético-MG, Cruzeiro e Grêmio. O Bahia (8º lugar) é uma SAF com vinculação direta com o grupo que controla o Manchester City, da Inglaterra, e deve receber um grande investimento nos próximos três anos.

O Fortaleza (4º colocado) mantém há dois anos um técnico argentino, Juan Pablo Vojvoda, que era desconhecido quando chegou ao Brasil. O clube tem uma gestão diferenciada, que se destaca pela austeridade financeira e ações cirúrgicas na política de contratações.  

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 09)

Rock na madrugada – Eric Clapton, “After Midnight”

Composição brilhante de J. J. Cale celebrizada por Eric Clapton. Nesta gravação, o guitarrista britânico extrai o melhor som possível de sua Stratocaster, provando que à época (anos 70/80) era indiscutivelmente o melhor de todos. A pegada é única, com riffs e solos inspirados, sem se permitir escapar da linha e do ritmo de um blues mesclado com rock, encharcado de uma doce melancolia.

“After Midnight” virou um clássico do repertório de Clapton, que também gravou com enorme sucesso “Cocaine”, outro petardo sonoro de Cale. Em 2006, Clapton contou com a colaboração direta do músico californiano no álbum The Road To Escondido.

Trecho da letra:

“Depois da meia-noite, nós vamos sair para curtir/Após a meia-noite, nós vamos beber tudo em um gole só e gritar/ Vamos estimular alguma ação/ Nós vamos ter alguma satisfação/ Vamos descobrir o que tem tudo a ver./ Depois da meia-noite, nós vamos sair para curtir/ Depois da meia-noite, nós vamos agitar o pandeiro/ Após a meia-noite, tudo vai ser diversão”.

Por coincidência, o último trabalho de estúdio de Cale foi uma parceria com Clapton na faixa “Angel” do álbum Old Sock do guitarrista. Cale morreu no ano passado em decorrência de um ataque cardíaco. Abaixo, uma versão ao vivo de “After Midnight”, com Clapton e Cale no palco do Crossroads Festival.

Polícia Federal chega nos financiadores das ações golpistas de 8 de janeiro

Sessenta e três bolsonaristas já foram denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de financiar a tentativa de golpe de Estado que culminou nos atos de 8 de janeiro. Até agora, as denúncias se concentram em casos de fretamento de ônibus para levar manifestantes a Brasília, sem alcançar outras frentes reveladas pela investigação.

A Polícia Federal identificou indícios mais amplos, como estimativas de custos para ações clandestinas e possíveis repasses de dinheiro vivo. Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou em delação que o ex-ministro Braga Netto entregou valores em espécie para militares envolvidos nos planos. Porém, a denúncia contra Bolsonaro e outros 36 aliados, apresentada em novembro, não apontou provas conclusivas sobre o uso do dinheiro.

Enquanto os financiadores de caravanas já enfrentam denúncias no STF, outras frentes avançam com mais lentidão. Entre elas, empresários que financiaram acampamentos em frente ao Exército em Brasília, fazendeiros que forneceram veículos para bloqueios em rodovias e suspeitos de apoiar atos de vandalismo durante a diplomação de Lula (PT).

A PF apura também o plano para assassinar autoridades, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Em mensagens de novembro de 2022, Cid e o major Rafael de Oliveira, preso por envolvimento no esquema, mencionaram um custo estimado de R$ 100 mil para executar o plano, apelidado de “Copa 2022”.

Mauro Cid e Rafael Oliveira estimaram custo de R$ 100 mil para plano. Foto: reprodução

Cid revelou que os valores teriam sido entregues por Braga Netto dentro de embalagens de vinho, reforçando suspeitas contra o grupo de Bolsonaro. Em áudios, o general da reserva Mario Fernandes, ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência, aparece orientando bolsonaristas acampados em Brasília e pedindo a Cid que influenciasse Bolsonaro a intervir na atuação da PF.

A investigação também aponta a arrecadação de fundos em outras regiões do país. O militar da reserva Aparecido Portela, conhecido como Tenente Portela, teria recolhido recursos no Mato Grosso do Sul sob o pretexto de organizar um “churrasco”, usado como código para os planos golpistas.

Portela, que visitou Bolsonaro 13 vezes em dezembro de 2022, chegou a discutir com Cid sobre o andamento das ações e o reembolso de valores após o fracasso do plano.

Apesar do avanço das apurações, o STF ainda não condenou nenhum dos financiadores apontados pela PF. Já foram condenados 229 executores dos atos de 8 de janeiro e 81 incitadores, enquanto outras 500 pessoas aceitaram acordos para encerrar os processos.

(Transcrito do DCM)

A imagem do dia

A maior conquista da história do Botafogo eternizada na areia da praia, no Rio de Janeiro.

A frase do dia

“Jamais entenderei a lógica jurídica da direita brasileira. Tentou furtar sabão: merece bala. Tentou dar um golpe de estado: merece anistia”.

João Tayah, professor e mestre em Segurança Pública

É tempo de Selefogo: botafoguenses dominam a seleção oficial da Libertadores

Campeão de forma histórica, com vitória sobre o Atlético-MG na final, o Botafogo dominou a seleção oficial da Libertadores, com oito dos 11 jogadores. A lista foi divulgada nesta sexta-feira e foi escolhida pelo Grupo de Estudo Tático da entidade da competição.

A seleção tem John (Botafogo); Bustos (River Plate), Battaglia (Atlético-MG), Alexander Barboza (Botafogo) e Alex Telles (Botafogo); Marlon Freitas (Botafogo), Léo Fernández (Peñarol) e Savarino (Botafogo); Luiz Henrique (Botafogo), Igor Jesus (Botafogo) e Thiago Almada (Botafogo).

A arte de divulgação da Conmebol ainda teve um erro, colocando o goleiro John como atleta do Atlético-MG, vice-campeão (veja abaixo). Alguns minutos depois, a entidade corrigiu a imagem.