Alepa divulga balanço das atividades legislativas com alto índice de produção parlamentar em 2024

O presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado Chicão (MDB), realizou uma coletiva de imprensa para apresentar à sociedade o balanço das atividades legislativas e oficializar o encerramento das atividades parlamentares referentes ao ano de 2024 nesta sexta-feira (20).

Segundo o balanço das atividades legislativas deste ano, o índice geral de produção chegou a 85,42%, com um percentual de aproveitamento de 98,43%. Ao todo, foram realizadas 56 sessões plenárias, sendo 36 sessões ordinárias, 17 extraordinárias e 2 especiais. Durante esse período, foram apresentados 1.029 projetos, dos quais 725 foram apreciados e 697 aprovados.

Em seu discurso aos jornalistas presentes, o presidente Chicão (MDB) iniciou falando sobre os investimentos feitos pela sua gestão à frente da presidência do Poder Legislativo, com a entrega dos novos gabinetes, as reformas estruturais no Palácio Cabanagem e anexos e a instalação de uma ampla e moderna usina de energia.

O parlamentar reforçou o compromisso do Poder Legislativo do Pará na apreciação e discussão das pautas de interesse de toda a população do estado. “Encerramos o ano de uma maneira muito positiva. Em nenhum momento nós, parlamentares, nos negamos a apreciar e aprovar os projetos em benefício do estado do Pará e de toda a nossa população que foram apresentados aqui. Fico muito satisfeito e contente em saber que nós cumprimos o nosso papel e pudemos contribuir para aperfeiçoar ainda mais o estado do Pará”, afirmou Chicão.

O deputado se mostrou orgulhoso com o desempenho da Alepa ao longo do ano e parabenizou seus pares pelo intenso comprometimento em suas respectivas atribuições parlamentares. “Eu não tenho dúvidas de que, graças aos esforços dos servidores e dos nossos deputados, pudemos fazer com que a Assembleia Legislativa do Pará, mesmo em um ano eleitoral, tivesse uma atuação muito ativa, cumprindo assim o seu papel de forma muito competente e eficiente, sendo uma das mais produtivas do país. Os projetos que chegaram aqui sempre tiveram as respostas necessárias, com agilidade e de forma bastante positiva em prol de toda a população”, lembrou.

Destaques do ano

Entre os principais destaques do ano, está a aprovação do Orçamento de 2025, que prioriza investimentos em sustentabilidade, infraestrutura e desenvolvimento econômico, alinhando-se à preparação do Pará para sediar a COP30.

Na área de educação e inclusão social, destaca-se o lançamento do Código de Proteção e Defesa da Mulher Paraense, uma importante medida para reforçar os direitos sociais. Além disso, a Escola do Legislativo concluiu mais uma etapa de formação, com servidores finalizando a primeira turma do curso superior. No campo ambiental, a Alepa reafirmou seu protagonismo global ao participar dos debates sobre a Amazônia na COP29, realizada no Azerbaijão, e ao intensificar as ações voltadas para o combate às queimadas, promovendo reuniões com órgãos ambientais competentes.

Transparência e Inovação

Indo em conformidade com as orientações recebidas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PA), a Alepa iniciou em setembro a construção do seu mais novo Relatório de Inventário Patrimonial. No documento, ficam registrados todos os bens materiais adquiridos pelo Poder Legislativo do Pará, garantindo que sejam tombados e eliminando o risco de desvios.

Ainda em 2024, a Alepa recebeu de forma inédita o Selo Ouro de Transparência Pública, reconhecimento atribuído pelo Programa Nacional de Transparência Pública em virtude das boas práticas adotadas pela Casa no portal www.alepa.pa.gov.br e no Portal da Transparência, atendendo ao que determina a Lei de Acesso à Informação nº 12.527/2011.

Investimentos e Valorização do Patrimônio Histórico

O presidente Chicão enfatizou ainda para a imprensa o compromisso da Assembleia Legislativa com a história, por meio da aquisição de vários casarões nas proximidades do Palácio Cabanagem. Muitos desses imóveis estavam em total estado de abandono e, agora, passam a ter uma devida utilização, em conformidade com a preservação e valorização da história. Um dos primeiros casarões, localizado na Travessa Félix Rocque e que pertenceu à família Tuma, abriga agora a Fundação Escola do Poder Legislativo do Pará. Mais adiante, outro casarão, que passa por obras, opera o Centro de Atendimento ao Cidadão Helena Coutinho (CAC).

“São vários imóveis antigos que precisam ser revitalizados para receberem os devidos cuidados e uma funcionalidade. Na minha avaliação, esse bairro histórico, a Cidade Velha, se não tivesse aqui o Poder Legislativo, provavelmente já teria perdido parte de seu significado. Por isso, nossa preocupação com todo o nosso Patrimônio Histórico da cidade de Belém”, avaliou o deputado.

As obras nos casarões atendem às normas de preservação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por se tratarem de patrimônios históricos.

Além disso, o deputado Chicão se mostrou orgulhoso em poder entregar para os servidores e para a população o mais novo espaço do Departamento de Bem-Estar Social (Dbes). “Essa reinauguração do Debes representa dignidade para os nossos servidores no desempenho de suas funções, bem como oferece aos pacientes um espaço mais humanizado e moderno, proporcionando maior qualidade nos atendimentos de saúde”, afirmou.

Expectativa para 2025

De acordo com o presidente da Casa de Leis do Estado, a meta para o ano que vem é dar continuidade ao alto índice de atividades na Alepa, com as atenções voltadas para o segundo semestre do ano, quando Belém sediará a 30ª edição da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas.

“A expectativa para o ano que se aproxima é imensa. A partir dos primeiros meses de 2025, os olhares do mundo estarão voltados para nossa capital, Belém. Tenho certeza de que, sob a liderança do governador Helder Barbalho, o estado do Pará dará uma resposta à altura de todas as expectativas aqui depositadas. Tivemos a oportunidade de participar de outras reuniões da COP nos últimos anos e vejo que a Amazônia é muito lembrada. Agora, teremos a chance de discutir a floresta no centro da Amazônia. Considero este um momento muito importante e lembro que a Alepa estará presente. O legado da COP30 impactará positivamente as futuras gerações, e o estado do Pará ganhará muito com este evento”, concluiu o parlamentar.

(Fotos: Ozéas Santos/AID Alepa)

STM absolve militares por execução do músico Evaldo Rosa, alvejado com tiros de fuzil no RJ

Por Natalia Viana, na Agência Pública

Numa sala mais movimentada que o normal e na última semana de trabalhos, os 15 ministros que compõem o Superior Tribunal Militar encerraram hoje o julgamento do Caso Evaldo Rosa. A Corte decidiu seguir o relator e, por 8 votos, absolveu os militares da morte do músico, que teve o carro atingido por 62 tiros no Rio de Janeiro, em 7 abril de 2019. Os militares tiveram a condenação mantida apenas pela morte do catador de recicláveis Luciano Macedo, que tentou ajudar Evaldo, e também acabou fuzilado na ocasião.

Eles terão que cumprir penas em regime aberto, que vão de 3 anos e 2 meses a 3 anos e 10 meses. Eram acusados oito miliares, sendo um tenente, um sargento, um cabo e quatro soldados. Apenas o tenente Ítalo da Silva Nunes recebeu uma pena ligeiramente mais alta.

A condenação é 10 vezes menor que a definida na primeira instância, em 2021. Na ocasião, eles receberam penas de 28 a 31 anos de prisão em regime fechado. Houve apenas três votos divergentes. O STM é composto por 10 juízes militares das três Forças Armadas e cinco civis.

POR QUE ISSO IMPORTA?

  • Entendimento de ministra Elizabeth Rocha era de que o caso deveria ser entendido como exemplo de racismo estrutural e perfilamento racial, o que não foi seguido pelos pares.
  • Apelações de militares levadas ao STM são julgadas por Corte formada, em sua maioria, por seus pares das Forças Armadas. Apenas cinco dos 15 juízes são civis, formato que já foi questionado internacionalmente.

Evaldo Rosa passava com a família por uma travessa próxima à favela do Muquiço, no bairro de Guadalupe, no Rio de Janeiro, quando teve o carro alvejado por tiros de fuzil do Exército Brasileiro. Os soldados atiraram 82 vezes, acertando 62 vezes contra o carro de Evaldo, que morreu na hora. O catador de recicláveis Luciano Macedo, que tentou ajudar o músico, também foi fuzilado pelo Exército. Morreu 11 dias depois.

A esposa de Evaldo, Luciana Nogueira saiu correndo com o filho David Bruno, então com 7 anos,  para protegê-lo das balas. Antes disso, ela havia tentado acalmar o marido dizendo “Calma, amor, é o quartel”. Não acreditava que militares pudessem fuzilar uma família. O filho, hoje com 12 anos, ainda sonha ser militar da Marinha. 

Ambos estavam presentes na audiência desta quarta-feira (18), em Brasília.

“Eu quero estar frente a frente com eles”, disse Luciana, perguntada sobre por que fez questão de estar no julgamento. Ao lado do filho, David Bruno, ela se emocionou em diversos momentos durante as leituras de voto, indignou-se com as referências a traficantes, e encarou com dureza alguns membros do tribunal. Ela chegou a afirmar à Agência Pública que tinha “um tiquinho de esperança” de que veria uma punição justa.   

“Triste, lamentável”, disse, depois do veredicto. “O sentimento é de impunidade.” 

Para Luciana, o evento de hoje apenas confirmou o que ela pensava: seria difícil um veredicto justo se os militares “são julgados por eles mesmos”. “Eu não fui pega de surpresa, porque no Brasil em que nós vivemos não existe justiça, em especial para preto e pobre”, disse. 

 “Todos eles aqui são uma cúpula, votaram da forma que votaram pra limpar a imagem do Exército Brasileiro.”

Para ministra, caso Evaldo Rosa é perfilamento racial: “execução”

Embora a vitória tenha sido da defesa, o julgamento de hoje não ocorreu sem turbulências. Na plateia, estavam representadas organizações da sociedade civil que têm atuado para apoiar a família de Evaldo, como a Conectas Direitos Humanos e a Justiça Global.

O julgamento foi retomado pelo voto da ministra Elizabeth Rocha, única mulher a integrar a corte. 

Antes de proferir seu voto, a ministra falou Luciana e beijou a face de David. Embora outros ministros tenham apertado as mãos da família, inclusive um militar, Rocha, futura presidente do STM, foi a única que disse “Sinto muito. Sinto muito, mesmo”.  

A ministra também foi a única a dizer em seu voto: “A grandeza humana de Luciano merece contar neste voto, merece reconhecimento, aplausos e dor!”.

Citando pensadores como Jessé de Souza e até o rapper Emicida, Rocha tomou boa parte do tempo falando de como o caso reflete o racismo estrutural e o perfilamento racial dos moradores pobres do Rio de Janeiro por forças de segurança.  

Em um voto que abriu com detalhes técnicos, a ministra defendeu que os militares deveriam receber penas que variavam de 23 anos e 4 meses de reclusão a 31 anos e sete meses. 

Ao longo da leitura, que durou mais de três horas, ela se emocionou em diversos momentos. A viúva Luciana também lacrimejou quando o marido foi citado: “Na verdade, a pessoa alvejada pelos militares era um homem pobre, pardo, que trabalhava reciclando lixo e, ao ajudar um pai de família que fora atingido por um disparo de arma de fogo, foi concebido como um bandido e morto”, disse a ministra. 

O voto de Elizabeth Rocha foi duro em relação à tese que acabou prevalecendo, que dizia que os militares acreditavam estar agindo em legítima defesa. “Não há que se falar em combate quando se está diante de doze militares fortemente armados de um lado e um único homem do outro, um humilde catador de recicláveis desarmado, que, ainda se não fosse, encontrava-se encurralado pela tropa“, disse.

“O termo aqui utilizado, sem embargo de gerar contragosto a alguns, é ‘execução’, visto que restou sobejamente comprovado no processo qualquer resistência por parte dos vitimados, que foram alvejados, inclusive, com tiros pelas costas”, afirmou.

“Autorizar o disparo de fuzis, incessantemente, até a morte de meros suspeitos, em função da periculosidade de um local e em razão dos soldados supostamente já terem corrido o risco de morte em situação anterior e diversa da que se está vivenciando é colocar a população, sobretudo a que se encontra em locais considerados perigosos, em um risco iminente, o que é inaceitável em um Estado democrático de direito.”

Em 29 de fevereiro, a Corte militar analisou recurso de defesa dos condenados por morte de Evaldo Rosa, que afirmou que eles agiram em legítima defesa
No dia 29 de fevereiro a corte militar analisou um recurso de defesa dos condenados, que afirmou que eles agiram em legítima defesa

Entendimentos diversos vão além da opinião pública

Logo depois, o relator o tenente-brigadeiro do ar Carlos Augusto Amaral Oliveira voltou a ler o seu voto, o qual defendeu que o primeiro tiro, que atingiu Evaldo nas costas, teria matado o músico instantaneamente. Ele defendeu que isso significa que não se pode dizer que os militares de fato o mataram quando o carro parou, pois ele já estaria morto, o que classificou como um “crime impossível”. 

O voto foi acompanhado por 8 ministros, formando maioria na corte.  

Algumas semanas antes, ele tinha negado a possibilidade da organização Conectas Direitos Humanos participar do caso como Amicus Curiae [instituição autorizada a ingressar na Corte para fornecer subsídios às decisões de tribunais] porque, segundo ele, não haveria “repercussão social” no caso, que caberia apenas às pessoas envolvidas. 

Não é o que acreditam as organizações de direito civil que participaram no julgamento. A advogada Caroline Leal Machado, da Conectas Direitos Humanos, afirmou ser “lamentável que o julgamento não tenha reconhecido que 257 tiros foram, de fato, um excesso”. Para ela, além disso, “o STM não ponderou que foi um caso de perfilamento racial”.

  • Luciana Nogueira era esposa de Evaldo Rosa. O filho do músico Evaldo Rosa estava dentro do carro quando o pai foi assassinado

Segundo Machado, é possível que o caso seja levado ao STF e até em cortes internacionais, em que a competência da Justiça Militar para julgar crimes contra civis já seria questionada. Tudo depende da vontade da família. “Eu acho que, por mim, paro por aqui”, afirmou Luciana, desanimada. 

Questionado, o presidente do STM, Joseli Camelo, disse saber que o veredicto não agradaria à opinião pública. “Fica difícil para a população analisar, porque cada ministro analisa com uma visão militar, e analisa o contexto geral”, afirmou, lembrando que se tratava de “militares jovens”.

Quem são os juízes que votaram pela absolvição dos militares?

  • Carlos Augusto Amaral Oliveira, ministro relator (Tenente Brigadiro do Ar/Aeronáutica) – Nascido em 1960 no Rio de Janeiro, é bacharel em direito pela Universidade de Brasília e pós-graduado em análise de sistemas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Durante a gestão do ex-presidente Michel Temer, Oliveira assumiu o cargo de secretário-geral do Ministério da Defesa, indicado pelo então ministro Joaquim Silva e Luna. Posteriormente, em janeiro de 2019, após a posse do presidente Jair Bolsonaro, foi nomeado chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, consolidando sua posição de liderança nas Forças Armadas.Em 2020, foi indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro para ocupar o cargo de ministro do STM. 
  • José Coelho Ferreira, revisor (civil)  – Nascido em 11 de abril de 1950 em Novo Oriente, Ceará, é vice-presidente do STM. Natural de Novo Oriente, no Ceará, formou-se em direito pela Universidade de Brasília em 1973. Iniciou sua carreira como agente de polícia e, em seguida, ocupou diversos cargos jurídicos, incluindo assistente jurídico do Dasp (Departamento Administrativo do Serviço Público, órgão de assessoramento do Presidente da República) e procurador-geral do Banco Central do Brasil. Em agosto de 2001, foi indicado por Fernando Henrique Cardoso como ministro do STM, mas sua sabatina foi marcada por controvérsias devido a um parecer que assinou em 1992 inocentando Jader Barbalho de desvios de verba do banco estadual Banpará, que foram depois apontados pelo Ministério Público e por auditores fiscais do Banco Central.
  • Lúcio Mário de Barros Góes (General/Exército) – Nascido em Recife emdezembro de 1949, iniciou sua trajetória militar na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP), em 1965. Formou-se oficial de Infantaria na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende (RJ), em 1971. Foi comandante do Batalhão da Guarda Presidencial, adido militar na França e na Bélgica, e subchefe do Gabinete do Estado-Maior do Exército. É ministro do STM desde 2012.
  • Marco Antônio de Farias (General/Exército) – Nascido em 25 de outubro de 1950, em Belo Horizonte (MG), ingressou nas Forças Armadas em 1º de março de 1967, na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena (MG), transferindo-se em 1970 para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas (SP), e foi declarado Aspirante a Oficial em 1974 pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).Chegou a general em 2004 e General de Exército em 2012.Comandou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e assumiu, entre outros cargos, a subchefia do Estado-Maior do Exército em Brasília. Virou Ministro do Superior Tribunal Militar (STM) em 2016. Antes de votar pela absolvição o general Farias disse ser lamentável que o STM estivesse “julgando pessoas de bem” enquanto os “verdadeiros bandidos” seguissem livres nas ruas do Rio de Janeiro.  
  • Carlos Vuyk de Aquino (Tenente brigadeiro do Ar/ Aeronáutica) – Nascido em 8 de maio de 1956 no Rio de Janeiro, ingressou na carreira militar em 1973 e foi declarado Aspirante a Oficial dezembro de 1979. Chegou a ser Comandante de Operações Aeroespaciais e do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo. Virou ministro do STM em novembro de 2018.
  • Leonardo Puntel (Almirante de Esquadra/Marinha) –  Nascido em 27 de novembro de 1958, Belo Horizonte. Ingressou no Colégio Naval em 1 de março de 1973, tornou-se Aspirante em 1975. Virou Capitão de Mar e Guerra em 2002 e Almirante de Esquadra, em 2016, chegando a ser Chefe de Logística e Mobilização, Chefe de Assuntos Estratégicos do Estado- Maior Conjunto das Forças Armadas  e Comandante de Operações Navais. Tomou posse no STM em outubro de 2020. Não estava presente no auditório do STM durante o julgamento, proferiu seu voto por audiência online.
  • Péricles Aurélio Lima de Queiroz (Civil) – Iniciou sua carreira no Ministério Público Militar em 1981 como procurador militar de 2ª categoria. Passou a procurador de Justiça Militar em 1995 e, no mesmo ano, a subprocurador-geral da Justiça Militar. Foi corregedor-geral do MPM, presidente do Conselho Nacional dos Corregedores-Gerais do Ministério Público e coordenador da Câmara de Coordenação e Revisão do MPM. Também foi diretor-fundador do Instituto Brasileiro de Direito Militar e Humanitário (IBDMH). Foi nomeado ministro do STM em maio de 2016.
  • Odilson Sampaio Benzi (General/Exército) – Nascido em 20 de novembro de 1950, em Bela Vista (MS). Ingressou como aluno na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) em 28 de fevereiro de 1966 e completou a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), no curso de Cavalaria em 1972. Virou General de Brigada em 31 de março de 2003 e General de Exército em 31 de março de 2011. Foi comandante do  Comando Militar do Nordeste e entrou para o Superior Tribunal Militar em 2014 e em 2021 tornou-se Ouvidor Da Justiça Militar.

O cartel da Faria Lima e o efeito Trump

Resta saber quanto tempo levará para o Banco Central e as autoridades monetárias brasileiras acordarem para o novo mundo que vem pela frente.

Por Luis Nassif, no Jornal GGN

A Advocacia Geral da União (AGU) abriu ontem investigações sobre um grupo de operadores que espalharam mensagens falsas de Gabriel Galípolo pela plataforma X. Foi o primeiro movimento destinado a atacar o cartel da Faria Lima, embora em cima de sua manifestação mais grosseira.

É a parte mais barulhenta – e chata – do microcosmo do mercado, operadores que se comportam como participantes de Olimpíadas universitárias. São tão chatos quanto qualquer torcida organizada. Gritam, agridem, dizem besteiras – como a de que é impossível corrida contra o real em sistema de câmbio flexível -, mas são apenas chatos.

A parte perigosa é mais sutil, valeu-se do presidente do Banco Central Roberto Campos Neto para manifestações terroristas sobre a questão fiscal, criando um terrorismo fiscal sem precedentes. 

O instrumento maior desta loucura é o sistema de Metas Inflacionárias que literalmente jogou o controle da moeda para o mercado, com o Banco Central indo a reboque. O BC deixou de ser autoridade monetária e passou a convalidar o jogo de expectativas do mercado. 

Primeiro, extirparam todos os instrumentos macroprudenciais de combate à inflação, como estoques reguladores, administração de preços regulados. Gradativamente, todos os setores regulados passaram a ser apropriados pelas empresas reguladas – enquanto o mercado avançava em todos esses campos, adquirindo as principais empresas.

Depois, um trabalho de liberalização ampla do capital, permitindo contas em dólares para pessoas físicas, retenção de dólares por exportadores, controle da mídia pelo mercado, tornando as moedas nacionais cada vez mais suscetíveis aos movimentos especulativos internos e aos movimentos internacionais do dólar.

Finalmente, a imposição de limites férreos aos gastos públicos, com o teto de gastos. Assumindo um país destroçado, sem  controle sobre o Congresso, o governo Lula supos ser possível enfrentar o mercado dentro das regras de jogo criadas para o mercado. Substituiu o teto pelo arcabouço, ganhou algum fôlego fiscal na negociação especial do orçamento até entrar em corner na última semana.

Meio ponto de inflação acima da meta, 0,25 de estouro da meta fiscal, provocaram terremotos desproporcionais, sem precedentes, graças à manipulação, pelo cartel, da opinião pública através da mídia convencional e do esquema de veículos ligados ao mercado financeiro.

Agora, tem-se a maior batalha a ser enfrentada. Através do controle da política monetária, o cartel avança sobre as principais políticas públicas. Primeiro, foi o movimento que explodiu o dólar nas últimas semanas, alimentado por declarações sucessivas de Roberto Campos Neto em relação ao quadro fiscal.

Já se sabia que, mais cedo ou mais tarde, as medidas anunciadas pelo governo Trump transformariam os Estados Unidos em um sorvedouro de dólares. Alíquotas de importação manteriam a inflação em níveis considerados elevados, levariam o FED a aumentar as taxas de juros, atraindo dólares de todos os cantos. O mercado sempre antecipa movimentos. 

Ontem, o presidente do Fed, Jerome H. Powell, fez um balanço otimista: “A economia dos EUA tem sido simplesmente notável”, graças a um conjunto de medidas tomadas pela administração Biden. As vendas estão robustas, os preços das ações subindo, o investimento doméstico na produção de chips deu novo ânimo à economia norte-americana.

Mas, e pelo “mas” entra o mercado, houve uma gripe aviária que aumentou os preços dos ovos e há as ameaças de aumento de tarifas de importação pela administração Trump.

Foi o que bastou para o Fed diminuir o ritmo de queda dos juros para 4,4%, menos que os 5,3% de três meses atrás, mas ainda mais alto do que em qualquer outro momento do governo Trump 1, e provocar um terremoto nos ativos norte-americanos.

O índice S&P 500 caiu quase 3%. O índice Dow Jones caiu pelo 10º dia consecutivo, a maior sequência de quedas desde outubro de 1974.

Em cima do terrorismo alimentado pelo mercado brasileiro, veio o terrorismo criado pelas indecisões do FED. Bastou isso para o dólar explodir no país, deixando o governo de joelhos.

Agora, tem-se o seguinte jogo:

  1. O cartel criou o movimento inicial de desestabilização, com o terrorismo fiscal. Montou a primeira onda que foi sendo alimentada com manchetes terroristas dos jornais.
  2. O Banco Central reagiu, elevando a Selic em um ponto, e definindo previamente mais dois pontos de alta para o próximo semestre.
  3. As discussões sobre o tal ajuste fiscal mudam de patamar. Não se discute mais ou menos 0,25 ponto. Taxas de juros real de 10% tornam o fiscal literalmente inviável. Ai vem o terrorismo da tal “dominância fiscal”, o momento em que a receita fiscal não pode dar mais conta do custo dos juros.

No início dos anos 80 o mundo experimentou o choque de juros dos Estados Unidos, literalmente quebrando o Brasil.

Hoje o país tem uma situação econômica muito mais confortável, com reservas cambiais robustas. Mas com vulnerabilidades políticas.

A explosão do dólar é apenas o instrumento de chantagem do cartel. Nos próximos dias, o rei do Brasil, André Esteves, se reunirá com seu principal agente político, Arthur Lira, para impor suas condições. Só assim, o cartel reduzirá sua pressão

O país assistirá de joelhos sua vitória enquanto a mídia continuará nesse baile louco de enaltecer as loucuras de Milei na Argentina.

Todos esses movimentos tornarão o sistema de Metas Inflacionárias gradativamente inviável. A globalização financeira será desmontada, antes que desmonte as economias nacionais.

Resta saber quanto tempo levará para o Banco Central e as autoridades monetárias brasileiras acordarem para o novo mundo que vem pela frente.

Como preparativo, seria interessante que a AGU e a Polícia Federal convidassem para vir ao Brasil os investigadores britânicos que desmontaram o cartel da Libor. As autoridades precisarão aprender como tratar crimes financeiros sofisticados.

Emergentes exibem suas armas

POR GERSON NOGUEIRA

O goleiro Vinícius, ídolo do Clube do Remo por sete temporadas, volta aos gramados e será uma das atrações do Campeonato Paraense. Vai envergar a camisa 1 do Bragantino. O anúncio ocorreu ontem e chama atenção pela importância do guardião na história recente do futebol paraense. Mas ele não será o único atrativo da competição defendendo clubes emergentes.

Dioguinho e Felipe Gedoz devem ser os protagonistas do Castanhal, que busca mais uma vez atingir posição de relevância no Parazão, depois de uma sequência de resultados frustrantes nos últimos anos. Dioguinho foi revelado no próprio clube e depois teve passagens marcantes atuando na dupla Re-Pa.

Já Felipe Gedoz, outro ex-azulino (esteve no Leão de 2020 a 2022), volta ao Castanhal para tentar em 2025 dar ao time o brilho que não conseguiu na competição deste ano. Atuou em sete partidas, marcou dois gols – um deles muito bonito – mas não a ponto de conduzir o Japiim a um posicionamento melhor.

Apesar de ter uma grande rodagem por clubes brasileiros e de outros países, Gedoz tem 31 anos e ainda dispõe de qualidade técnica e condicionamento para encarar os gramados encharcados de um campeonato que é disputado sob as fortes chuvas do inverno amazônico.

Além de Dioguinho e Gedoz, o Castanhal foi buscar também o veterano Paulo Rangel para comandar a ofensiva. Autêntico andarilho do futebol nortista, o centroavante de 39 anos teve performances elogiadas na Tuna em 2023, marcando 9 gols em 19 jogos. Neste ano, marcou nove vezes defendendo o Moto Clube (MA).  

A Tuna também mostra fôlego para ir em busca de uma boa participação em 2025, que começa logo com a disputa da Supercopa Grão Pará contra o PSC. Gabriel Furtado, Lucas Paranhos (ex-PSC), Marlon e Dedé são alguns dos nomes confirmados pela Lusa.  

De todos os emergentes que estão se movimentando para fortalecer suas equipes, o Bragantino foi quem se destacou mesmo com a contratação de Vinícius. Liberado pelo Remo em fevereiro deste ano, após longo e produtivo período entre 2017 e 2023, o goleiro de 40 anos aceitou voltar aos gramados e deve ser uma das atrações do Parazão.

Vereador até 2023, Vinícius parecia ter se aposentado dos gramados após sair do Leão. Por essa razão, o acerto com o Bragantino causou surpresa e criou um clima de expectativa. A idade nunca foi problema para goleiros e o ex-azulino firmou conceito pelo profissionalismo e dedicação à profissão. Sem dúvida, é uma das mais interessantes contratações da temporada. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo arquivo)

Com show de Vini, Real sossega o facho do Pachuca

O começo da partida passou a impressão de que o Pachuca iria criar problemas para o Real Madrid. Com a correria habitual, o time mexicano tentou aplicar sobre o campeão europeu a mesma estratégia vitoriosa do confronto com o Botafogo, quando explorou o cansaço dos alvinegros para conquistar um triunfo surpreendente. Com isso, os espanhóis não tiveram dificuldades em garantir a vitória e o 9º título mundial de clubes.

Ocorre que o Real, além de não estar exaurido como o Glorioso, conta com um elenco estelar, incluindo Mbappé, que era dúvida para o jogo, mas acabou escalado e abriu o placar no fim do primeiro tempo, completando para as redes uma espetacular jogada do The Best Vinícius Jr.

O brasileiro recebeu passe na entrada da área, avançou com dribles curtos sobre a marcação e deu um passe açucarado a Mbappé, que fechou na pequena área. O gol não arrefeceu o ânimo dos mexicanos, que continuaram a insistir nas jogadas de velocidade e nos contra-ataques, embora com menos afoiteza do que nos jogos anteriores.

A final da Copa Intercontinental teve como palco o belíssimo Lusail Stadium, em Doha, que sediou a decisão da Copa do Mundo de 2022, vencida pela Argentina de Messi sobre a França de Mbappé.

Veio a etapa final e o segundo gol do Real aconteceu logo aos 7 minutos. Um golaço do brasileiro Rodrygo, que recebeu passe de Modric e mandou um chute em curva, no canto esquerdo da trave mexicana.

Ainda haveria tempo para o terceiro gol madridista, que veio pelos pés do melhor jogador do mundo. Vini, que fazia uma partida de altíssimo nível, assumiu a cobrança de um pênalti nos minutos finais, ampliando o placar para 3 a 0. Vitória justa e previsível, sem sustos ou contratempos.

Diante das excelentes notícias dos últimos dias, Vini só precisa agora acertar o pé e caprichar nos dribles quando estiver na Seleção Brasileira. É claro que, pelo escrete, ele não tem um técnico do calibre de Carlo Ancelotti e nem parceiros do porte de Mbappé, Bellingham e Modric, mas vale a torcida.

Fim do suspense: Remo oficializa opção pela Libra

Logo após obter o acesso à Segunda Divisão, o Remo passou a ser assediado pelos dois blocos de clubes nacionais – Libra e LFU – para fechar acordo por seus direitos comerciais. Finalmente ontem, os azulinos anunciaram oficialmente a adesão à Libra, seguindo os passos do rival PSC.

Com isso, o Leão irá receber parte da verba que o grupo arrecada na Série A, que corresponde ao contrato de direitos de transmissão assinado com a Rede Globo em março. Caberá o montante de 3% do valor total aos membros da Libra que disputam a Série B.

Quando a Libra fechou negociação, oito integrantes estavam na Série B e ficou decidido que cada um deles receberia 12,5% do total repassado. Este percentual será concedido ao Remo, como novo integrante.

O acordo de transmissão da Libra está orçado em R$ 1,17 bilhão, o que deve garantir ao Remo cerca de R$ 4,4 milhões. Outra receita proveniente da área de mídia, com a venda dos direitos de transmissão da Série B, deve resultar em novo repasse aos azulinos. 

(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 19)

Rock na madrugada – Rolling Stones, “Hand of Fate”

POR GERSON NOGUEIRA

Caso alguém pretenda homenagear Mr. Richards, nobre aniversariante da semana, pelo inestimável legado ao rock’n’roll não precisa ser repetitivo e mandar tocar a manjada “Satisfaction”. Melhor mesmo é ressaltar a genialidade do guitarrista nas versões ao vivo, centenas delas, deste clássico stoneano subestimado até pelos fãs mais empedernidos: “Hand of Fate” (A Mão do Destino), aqui em seu melhor registro ao vivo, na taverna El Mocambo, em Toronto (Canadá), idos de 1977.

A canção é uma joia do álbum Black and Blue e teve o craque Wayne Perkins colaborando com Keith, assumindo a persona de um Rolling Stone por um punhado de minutos. O resultado em disco é sensacional, mas ao vivo a música ganha contornos ainda mais empolgantes, como no show do El Mocambo. Não precisa dizer que “Hand of Fate” é uma das preferidas deste blogueiro – não apenas no repertório dos Stones, mas no rock de maneira geral.

Aqui no segundo vídeo uma versão mais moderna e não menos afiada. Keith Richards à frente, conseguindo extrair o melhor de Ron Wood, descolando solos perfeitos. A Mão do Destino a que a música se refere estava sobre o próprio Keith quando a música foi composta. Ele esperava julgamento por porte de drogas e corria o risco real de pegar prisão perpétua.

Trecho inicial da letra:

A mão do destino está sobre mim agora
Ele me pegou de jeito e me derrubou
Estou em fuga, sujeito à prisão
A mão do destino está pesada agora
Matei um homem, preso à estrada
A roda da fortuna continua a girar

É justo: Vini Jr. foi o melhor

POR GERSON NOGUEIRA

Vini Jr. é o melhor jogador do mundo. O Fifa The Best, prêmio mais importante que o da revista francesa France Football, o consagrou ontem, em Doha, no jantar de gala organizado em torno da nata do futebol mundial. Uma justa recompensa para quem foi ridicularizado ao ser preterido na entrega da Bola de Ouro em Paris, no mês passado.

Ali naquele dia Vini já era merecedor da distinção pela excepcional temporada 2023/2024 com a camisa do Real Madrid. Ganhou tudo que disputou, com talento e arte, em defesa da camisa merengue. Além disso, sofreu o diabo na mão dos xenófobos que se amontoam nas arquibancadas dos principais estádios da Espanha.

Teve a coragem e o estofo de enfrentar as hostilidades, os xingamentos, os hinos racistas. Ainda assim, por obra da má vontade de parte da mídia europeia, acabou perdendo a Bola de Ouro para Rodri, meio-campista do Manchester City. Um bom jogador, é verdade, mas incomparavelmente menos decisivo que o atacante brasileiro.

Foi preciso uma onda mundial de reprovação pela esdrúxula escolha para que a Fifa o premiasse, com inteira justiça e merecimento. Não sem um importante empurrão dos principais analistas esportivos do mundo.

Vinícius fez a diferença e foi superior aos demais jogadores que disputaram os campeonatos nacionais e a Liga dos Campeões. Decidiu partidas importantes, esbanjou técnica e categoria, mostrou destemor para superar as melhores linhas de defesa do mundo.

As conquistas mais emblemáticas de Vini ocorreram em La Liga e na Champions. Em 39 jogos, ele balançou as redes 24 vezes e deu 11 assistências. Fez gol na decisão europeia diante do Borussia Dortmund, vencida pelo Real por 2 a 0.

”Tentaram e tentam me invalidar, me diminuir. Mas eles não estão preparados. Ninguém vai dizer por quem devo lutar, como devo me comportar. Quando eu estava em São Gonçalo, o sistema não ligava para mim. Quase fui engolido. Venci por mim, pela minha família”, disse o brasileiro após receber o troféu.

Não pode mesmo se diminuir, pois é um gigante do futebol brasileiro. Acerta, ainda, ao deixar claro que não permitirá que ninguém escolha ou determine suas lutas. Ainda quase menino, Vini Jr. é desde já a grande esperança nacional para as próximas Copas. Compensa a frustração geral com os rumos que a carreira de Neymar tomou, sabotada por uma sequência interminável de contusões.

Vini é o primeiro brazuca a levantar o troféu em 17 anos. O último havia sido Kaká, em 2007. Na reta final do The Best, ele suplantou Jude Bellingham, Daniel Carvajal, Erling Haaland, Toni Kroos, Kylian Mbappé, Lionel Messi, Valverde, Florian Wirtz e Lamine Yamal. Aliás, Messi não votou em Vini e Scaloni também não, sabe-se lá por quê.

A mídia internacional encarou a premiação como “a revanche de Vini Jr”. A votação, sob responsabilidade de capitães, técnicos e jornalistas, mostrou o maciço apoio dos países do Terceiro Mundo, com destaque para o voto sul-americano. Entre os europeus, somente Modric (Croácia), Mitrovic (Sérvia) e Van Dijk (Holanda) ajudaram Vini a vencer com 48 pontos.

Papão vence duelo com o Leão por Pedro Delvalle

O acerto foi rápido, mostrando a agilidade que caracteriza os passos da nova gestão bicolor na busca por reforços. E, a exemplo do que havia ocorrido com o chileno Mateus Cavalleri, o paraguaio Pedro Delvalle foi contratado após ter sido sondado pelos remistas.

Para a torcida, é mais um “chapéu” no maior rival, mas o que importa de verdade é que o time de Márcio Fernandes ganha um meia-atacante de qualidade e experiência em competições importantes no continente.

Delvalle, 30 anos, construiu a carreira no futebol paraguaio e ultimamente estava no General Caballero. A aquisição segue a linha das contratações sul-americanas que marcaram a temporada 2024 no PSC, com Esli García, Benjamin Borasi, Cazares, Yony Gonzalez e Quintana.

O fato é que, em 2025, o Papão voltará a ter um perfil internacional na busca pelos principais títulos em disputa na temporada.

Artur Jorge, Textor e o Botafogo celebram a paz

Bastou um papo mais reservado e alguns milhares de reais (ou dólares) a mais para Artur Jorge mudar o tom da prosa em relação à permanência no Botafogo. O time precisa dele como nunca na temporada que vai colocar à prova a evolução que levou aos títulos mais importantes da história alvinegra. E o técnico precisa se consolidar como um profissional de primeira linha, que ainda não era quando chegou ao Glorioso.

Artur, de férias em Portugal, foi condecorado ontem pelo presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa pelos grandes feitos como comandante do clube brasileiro. No discurso de agradecimento, soltou a dica que a torcida botafoguense esperava:

”No momento em que abracei este projeto, este desafio que me foi colocado pelo Botafogo, parti com muita ambição e determinação de poder ter sucesso. Mas superou todas as minhas expectativas. Foi também uma prova de superação, para podermos ter a consistência necessária para poder vencer um Brasileirão, a capacidade e a coragem para podermos sair vencedores da Libertadores, onde todos os jogos foram de um grau de exigência elevado”, disse.

”Acaba por ser um resultado feliz para mim. Chegar hoje e ter este reconhecimento do país é ainda mais importante. Seguramente que me abre portas e a ambição para poder continuar a lutar por mais. Futuro? O meu futuro é o Botafogo. Tenho contrato. O que posso dizer hoje é que continuo sendo o treinador do Botafogo”, arrematou. 

(Coluna publicada na edição do Bola de quarta-feira, 18)

Fifa faz justiça e elege Vini Jr. melhor jogador do mundo

Depois da frustração de ser derrotado por Rodri (Manchester City) na premiação do Ballon D’Or, no mês passado, Vinícius Jr. confirmou o favoritismo e foi consagrado nesta terça-feira (17) como melhor jogador do planeta no prêmio The Best Fifa de 2024. O atacante do Real Madrid se tornou o primeiro brasileiro a ganhar a premiação desde 2007, quando Kaká levou o troféu para o Brasil.

Campeão da Champions League e de LaLiga com o Real Madrid, Vini Jr. foi um dos grandes destaques do clube espanhol na temporada 2023/24, com números extraordinários e um poder invejável de decidir jogos.

No entanto, em 2024, Vini Jr. teve uma campanha controversa na disputa pela Bola de Ouro, onde acabou ficando com o segundo lugar, atrás de Rodri, do Manchester City. A decisão gerou críticas, com o próprio Real Madrid demonstrando descontentamento com a escolha.

Ao receber o prêmio, o camisa 7 do Real Madrid falou sobre o sonho que parecia tão distante: “Era tão distante que parecia impossível chegar até aqui. Era uma criança que só jogava bola descalço nas ruas de São Gonçalo, perto do crime. Poder chegar é muito importante para mim. Estou fazendo por muitas crianças que acham impossível, mas que podem chegar até aqui. Agradecer à minha família, que deixou de viver o sonho deles para viver por mim. Agora ao meu time, que me fizeram chegar até aqui. Quero seguir por muito tempo jogando no Real Madrid, que é o maior clube do mundo. Não poderia deixar de agradecer ao Flamengo, que que me viu nos campos, nas ruas. Não poderia chegar aqui sem o Flamengo.”

Vinicius José Paixão de Oliveira Júnior, mais conhecido como Vinicius Jr., iniciou a jornada no futebol aos seis anos, quando foi matriculado na escolinha do Flamengo. Foi nesse momento, na base do Rubro-Negro, que o menino de São Gonçalo, mesmo tão novo, já conseguiu ganhar destaque.

Aos 9 anos, Vini Jr. começou a frequentar aulas de futsal e tentou realizar um teste para a modalidade, mas, devido à sua pouca idade, não foi aprovado. No ano seguinte, foi federado pelo Flamengo, onde continuou a aprimorar suas habilidades. Aos 15 anos, ele fez parte do time que conquistou a Copa Votorantim, uma importante competição de futebol infantil no Brasil.

Com uma habilidade inegável, Vinicius Jr. rapidamente atraiu o interesse de clubes europeus. Aos 16 anos, o Flamengo firmou um contrato com o jovem talento. Graças à sua impressionante performance, em 2018, ele foi vendido para o Real Madrid por 45 milhões de euros, em uma das maiores transações da história do futebol brasileiro.

Deputado Chicão é reeleito presidente da Alepa para mandato de 2025-2027

Em sessão preparatória realizada nesta terça-feira (17), a Assembleia Legislativa do Estado (Alepa) reconduziu o deputado Chicão (MDB) à presidência da Casa para o biênio 2025-2027. A votação secreta ocorreu de forma tranquila e seguiu os trâmites previstos no Regimento Interno. Ao todo, 41 deputados participaram da votação. A chapa para a presidência recebeu 40 votos favoráveis e um contrário. Já a chapa para a Mesa Diretora obteve 39 votos favoráveis, um contrário e um nulo.

O novo mandato terá início em 1º de fevereiro de 2025 e se estenderá até 31 de janeiro de 2027, garantindo a continuidade de uma gestão voltada à modernização administrativa e ao fortalecimento do diálogo entre os poderes.

Mesa Diretora

A Mesa Diretora, responsável pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Alepa, manteve sua composição anterior, exceto pelo cargo de 4º Secretário, que passa a ser ocupado pelo deputado Cel Neil (PL).

“Nós da oposição temos a chance de compor a mesa e participar das futuras e importantes decisões que serão tomadas nos próximos anos. Parabenizo o presidente reeleito, deputado Chicão, que considero um político que prega sempre a harmonia entre todos os deputados e os poderes da República”, destacou o deputado Coronel Neil. A sessão foi presidida pelo deputado Martinho Carmona (MDB).

Após a confirmação de sua reeleição, o deputado Chicão expressou gratidão pela confiança depositada por seus pares e destacou os objetivos para o próximo biênio.

“A eleição de hoje é uma prova do nosso relacionamento, que foi construído de forma positiva com os deputados. É uma honra ser reconduzido a este cargo e poder continuar trabalhando por um Legislativo mais forte, transparente e conectado com as demandas da sociedade paraense”, afirmou o presidente reeleito.

A posse oficial da nova Mesa Diretora ocorrerá em 1º de fevereiro de 2025, quando terão início os trabalhos do novo biênio.

Composição da Mesa Diretora:
Presidente: Deputado Chicão (MDB)
1º Vice-Presidente: Deputado Luth Rebelo (PP) 2º Vice-Presidente: Deputado Gustavo Sefer (PSD)
1ª Secretária: Deputada Cilene Couto (PSDB)
2º Secretário: Deputado Elias Santiago (PT)
3º Secretário: Deputado Adriano Coelho (PDT)
4º Secretário: Deputado Cel Neil (PL)

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(Foto: Ozeas Santos – AID Alepa)

Alepa realiza 21ª edição da sessão de outorga da medalha Paulo Frota

A sessão solene de outorga da Medalha Paulo Frota de Direitos Humanos, da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), foi realizada nesta quarta-feira, 12, no plenário Newton Miranda, que ficou completamente lotado ao receber os convidados para presenciar a entrega do símbolo de reconhecimento na ‘defesa da dignidade humana, igualdade e os direitos fundamentais de cada cidadão’ no estado do Pará.

Na 21ª edição da sessão solene, foram entregues medalhas a 63 personalidades, entre homens, mulheres e 13 representações de entidades públicas e privadas, grupos e coletivos. Entre estas, duas homenagens ‘in memoriam’ foram realizadas: para Dom José Luis Azcona, que era bispo emérito da Prelazia do Marajó (PA), com doutorado em Teologia Moral; e para a advogada Darlah Farias, que foi coordenadora estadual de políticas de direitos para pessoas LGBTQIA+ na Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEIRDH).

Reconhecimento e compromisso de continuar na luta

O deputado Carlos Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos, cumprimentou os premiados: ‘Parabenizo pelo esforço e pela dedicação que demonstram em suas ações diárias, seja em suas profissões ou por meio de suas organizações e coletivos’, ressaltou. Para ele, a medalha é, sem dúvida, um reflexo da relevância de suas contribuições para uma sociedade mais justa e igualitária.
Ao final, destacou que a honraria concedida representa a resistência e a esperança, mas também serve de lembrete de que muito ainda precisa ser feito: ‘Quem recebe essa medalha, na verdade, carrega em seus ombros o peso da continuidade dessa luta e o compromisso de seguir em frente’, disse.
A Medalha Comemorativa ao Dia Universal dos Direitos Humanos Paulo Frota foi instituída pelo Poder Legislativo Estadual para homenagear personalidades que tenham se destacado em defesa dos direitos humanos no território paraense. As indicações são feitas pelas bancadas partidárias e ainda pela Comissão de Direitos Humanos que é constituída por sete deputados e mais sete suplentes.

Quatro agraciados destacaram a importância da luta por direitos

Desta vez, quatro pessoas entre os agraciados falaram em nome dos homenageados. Destacaram a significação da condecoração e agradeceram pelo reconhecimento do Poder legislativo. O juiz de direito Agenor Cássio Nascimento Correa de Andrade falou que a luta por Direitos Humanos é contínua e constante, e explanou sobre o trabalho desenvolvido entre Ribeirinhos e populações tradicionais.

A coordenadora e representante do Pará no Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco de Babaçu, Cledineuza Oliveira, que atua no sudoeste do Pará e nos estados do Pará, Maranhão, Tocantins destacou a necessidade da defesa do meio ambiente e de palmeiras em pé e livre de agrotóxicos.

O influencer Ney Messias falou da necessidade de proteção ao idoso, destacando o aumento da população idosa no país e ainda chamou a atenção para a insegurança que estas pessoas idosas estão sofrendo nos dias de hoje. Falou sobre inseguranças no âmbito alimentar, patrimonial, habitacional e até fisicamente. E sugeriu a criação do Programa de Estágio para Idosos de 50 mais e a obrigação do Estado de observar o direito de 3% das habitações populares serem destinadas aos idosos.

Por último, o secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Bruno Renato Nascimento Teixeira, destacou os 76 anos da Declaração Universal dos direitos Humanos como sendo um importante marco para a humanidade. É preciso reiterar nesta data fundamental para nossas lutas a importância de nossas vozes não serem silenciadas. E lembrou a luta e o ativismo de Irmã Dorothy Stang, do ex-deputado Paulo Fonteles, de Gabriel Pimenta, do desembargador Paulo Frota e de Dom Luiz Azcona.

Quem foi Paulo Frota

Ingressou no Judiciário em 1975, como pretor (magistrado com funções administrativas e policiais) de Porto de Moz e, posteriormente, de Colares. Em 1979, após aprovação em concurso público, foi nomeado juiz de Direito, exercendo a função em diversas comarcas, como Gurupá, Conceição do Araguaia, São João de Pirabas, Redenção, Rio Maria, dentre outras. Em 1988 foi promovido à Comarca de Belém, sendo lotado na 5ª Vara Cível.
Em 1993 foi removido para a 24ª Vara Cível, atual 2ª Vara da Infância e Juventude, onde permaneceu até a sua ascensão ao desembargo, ocorrida no ano de 2000. Falecido em 2001. Ele foi proeminente na luta pela implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Composição da Mesa

O dispositivo principal coordenado pelo deputado Carlos Bordalo foi composto ainda pela deputada Lívia Duarte; pelo secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Bruno Renato Nascimento Teixeira; pelo secretário Jarbas Vasconcelos, da Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEIRDH); pela presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheira Rosa Egídia Lopes; pelo presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, conselheiro Antônio José Guimarães; pelo ouvidor agrário do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, desembargador Mairton Carneiro; pelo juiz de direito do TJE, Agenor Cássio Nascimento, e pela defensora pública-geral do Pará, Mônica Palheta Furtado Belém.

(Crédito/foto: Balthazar Costa/AID Alepa)

Presidente da Alepa reinaugura o Departamento de Bem-Estar Social

Um espaço mais humanizado e com uma estrutura jamais vista. Assim, foi reinaugurado, na manhã desta terça-feira (10), o novo ambiente do Departamento de Bem-Estar Social da Assembleia Legislativa do Pará (DBES-Alepa). O momento contou com a presença do presidente da Casa, deputado Chicão (MDB), que estava acompanhado por demais parlamentares. O novo espaço garante conforto, segurança e acessibilidade para visitantes e servidores.

Para o presidente Chicão, a reforma do DBES significa oferecer aos servidores mais dignidade no exercício de suas funções. “Essa reinauguração representa dar aos colegas de trabalho mais dignidade ao trabalhar, assim como aos usuários”, afirmou. Segundo ele, o atendimento às pessoas que buscam o serviço do DBES é imediato. “O serviço para a comunidade é imediato e, em 2025, será estipulada uma cota para que os deputados direcionem atendimentos médicos por meio de seus gabinetes”, disse. “Desde que assumi a gestão, foi feito um cronograma de reformas em setores do Poder Legislativo. Queremos que a Alepa seja vista como um Poder que bem acolhe a todos. Desejamos que esta Casa seja uma referência, com salas adequadas para reuniões e para receber as pessoas que nos procuram diariamente”, concluiu.

“É muito bom estar de volta com as atividades regulares na Alepa. É um espaço pensado e planejado no bem-estar da comunidade, dos servidores e das pessoas que nos procuram por meio dos gabinetes”, ressaltou Karla Lobato, diretora do DBES. Ela destacou que serviços como de Clínica Geral, Pediatria e Odontologia já estão disponíveis. “Temos 15 consultórios e a comunidade pode procurar atendimento em clínica médica, pediatria e odontologia. Vamos ajudar as pessoas que tanto precisam”, garantiu.

Sônia Soares, arquiteta da Assembleia Legislativa e responsável pela obra executada no setor, explicou: “Todos os espaços foram projetados de acordo com as necessidades das pessoas. Pensamos na recepção e na humanização, com cores e elementos que proporcionem bem-estar”. O novo espaço do DBES continua com o nome de Deputado Haroldo Martins e está localizado no Complexo Victor Paz, Palácio da Cabanagem.

As consequências de Clint Eastwood

Por André Forastieri

Você deixaria um inocente pegar prisão perpétua por um crime que você cometeu? E se ele já tem antecedentes criminais – e o seu crime foi um acidente?

Não estragará sua experiência conhecer a premissa de “Jurado Número 2”, já bem exposta em trailers e sinopses. Este dilema moral é o ponto de partida, não o tema do último filme dirigido por Clint Eastwood. Talvez “último”? Clint ainda tem algo poderoso a dizer. Mesmo que ele já tenha dito antes.

O argumento poderia ser hitchcockiano, mas o roteiro de Jonathan A. Abrams não é, e foi filmado sem sobressaltos. As pessoas parecem pessoas, mesmo quando são Nicholas Hoult e Toni Colette se reencontrando pela primeira vez desde “Um Grande Garoto”.

O caminho da narrativa é o da menor resistência. A câmera é invisível, a música pontual; a justiça é cega sob o sol da Geórgia.

Só poderemos assistir na TV. A humilhação é do estúdio, como diz Isabela Boscov neste comentário que supera sua perspicácia habitual e já avança para a ourivesaria.

Talvez seja necessário chegar aos 94 anos para dirigir um filme tão simples sobre um assunto tão duro. “Jurado #2” nos questiona em vários níveis, mas em seu núcleo é um conto sobre consequências; sobre como elas se impõem com despreocupada desconexão das nossas atitudes ou consciência. Há realidade mais difícil de aceitar?

É epílogo que nos remete a “Os Imperdoáveis”, outro filme de Clint com a mesma resignação calvinista, cósmica: “merecer não explica nada”.

Sobre “chapéus” e reforços

POR GERSON NOGUEIRA

O PSC abriu finalmente a caixa de notícias sobre novos reforços. Anunciou quatro nomes em plena sexta-feira, 13, saciando parcialmente a curiosidade da torcida, sempre ávida por novidades, que cobrava providências no sentido de deixar o time competitivo para a próxima temporada.

De cara, o clube marcou posição na busca por jogadores vindos de outros países sul-americanos. Trouxe um chileno bem recomendado, que chegou a frequentar os planos do rival Remo. 

Trata-se de Matías Cavalleri, 26 anos, que passou pelo Newell’s Old Boys, Curicó Unido, Palestino e Unión de La Calera, seu último clube. Nos três últimos anos, Cavalleri fez 80 jogos e marcou 13 gols. É um atacante de lado, rápido e driblador.

Outra contratação anunciada foi a do meia-armador Giovanni Piccolomo, 30 anos, que defendeu o Avaí (SC) na Série B deste ano. Pertenceu ao elenco do Corinthians campeão mundial em 2013. Jogou também pelo Cruzeiro e esteve no futebol romeno. Pode vir a ser o meia de construção que tanta falta fez ao Papão em 2024.

Um jovem avante vindo do futebol de Mato Grosso também vai reforçar o Papão em 2025. É Marcelinho, de 25 anos, que foi revelado no União de Rondonópolis e teve boas passagens pelo Caxias-RS e pela Chapecoense. Seu último clube foi a Chapecoense, após defender o Barra, de Santa Catarina, na Série D. É outro jogador de lado, atuando mais pelo lado direito do ataque.

O primeiro pacotão alviceleste fecha com o volante Matheus Vargas, de 28 anos. Revelado na base corintiana, como Giovanni, rodou por vários clubes – Ponte Preta, Fortaleza, Atlético Goianiense, Sport (PE) e Kerkyra, da Grécia – antes de chegar ao Buriram United, da Tailândia, o seu último clube.

É importante dizer que o PSC segue na busca por mais atletas. A meta é contratar inicialmente 15 jogadores para completar um elenco que mantém 11 jogadores da campanha na Série B 2024 e jogadores oriundos do sub-20.

O anúncio dos reforços, depois de muita expectativa, deve servir para acalmar os corações bicolores, com um aspecto sempre relevante: o propalado “chapéu” nos rivais, pois Cavalleri estava praticamente acertado com o Remo e decidiu aceitar a proposta bicolor.

Outro que pode seguir a trilha de Cavalleri é o meia paraguaio Pedro Del Valle, de 30 anos, que defendia o General Caballero e teve negociações com o Remo. Jogou 21 partidas e marcou um gol. Segundo fontes do PSC, Del Valle deve ser anunciado ao longo desta semana.

Sobre “chapéus”, porém, é sempre bom ter em mente que eles só se concretizam quando os jogadores confirmam utilidade em campo. Histórias recentes mostram que alguns supostos dribles de um clube em relação a outro resultaram em fracassos monumentais.  

Leão constrói o novo elenco com segurança no gol

Um dos heróis da campanha do acesso do Remo à Série B, o goleiro Marcelo Rangel foi um dos primeiros jogadores a confirmar permanência no Evandro Almeida para a temporada 2025. Aos 36 anos, o paranaense conquistou a titularidade no gol remista com atuações seguras e muita regularidade.

Foi importantíssimo para a consolidação do setor defensivo do Leão na Série C, sob o comando de Rodrigo Santana. De estilo discreto, Marcelo Rangel teve desempenho decisivo em algumas partidas, como na importante vitória sobre o Sampaio Corrêa, em S. Luís, na estreia do novo treinador azulino.

A confiança que adquiriu junto à torcida é, seguramente, o principal trunfo do goleiro, que conquistou definitivamente o Fenômeno Azul com a milagrosa defesa no lance que deu origem ao gol sobre o S. Bernardo no “jogo do acesso”, diante de 55 mil azulinos no Mangueirão lotado.  

Marajó ganha primeiro estádio com grama sintética

O interior paraense vai ganhar, ainda neste mês, o primeiro estádio com grama sintética. São Sebastião da Boa Vista é o município que se prepara para a novidade, com a inauguração do estádio municipal.

É também o primeiro estádio do Arquipélago do Marajó a apresentar um gramado com essas características, copiando exemplos nacionais bem sucedidos, como os estádios do Botafogo e do Palmeiras.

A obra, viabilizada por emenda parlamentar apresentada pelo deputado federal José Priante (MDB), representa um avanço significativo para São Sebastião, que pode vir a sediar jogos de grande porte a partir de 2025.  

Uma final surpreendente para a Copa Intercontinental

Na próxima quarta-feira (18), o Real Madrid vai decidir a Copa Intercontinental de Clubes da Fifa com o surpreendente Pachuca, do México, que despachou um cansado Botafogo, campeão da América e do Brasil, estabelecendo um placar de 3 a 0.

É claro que a expectativa era por uma final entre o campeão europeu e o sul-americano, mas, por força do regulamento confuso da Fifa e do calendário imposto pela CBF em relação ao Botafogo, o Pachuca surgiu como o inesperado penetra na festa dos bacanas.

No sábado, o Pachuca venceu o Al Ahly na série de penalidades, depois de 0 a 0 nos 90 minutos. O jogo teve o equilíbrio técnico que o desgaste físico do Botafogo não permitiu no primeiro confronto do torneio. A expectativa agora é por saber o que a zebra mexicana pode aprontar na decisão.

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 16)