“Leitura do Brasil real: menor desemprego da história, o país decolou, temos que ter crédito mais barato para continuarmos crescendo. Leitura do mercado financeiro: sinal ruim, isso vai subir salários e gerar inflação. Tem que subir juros e restringir crédito. Sabotam, abertamente”.
Ricardo Capelli, jornalista e presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)
O histórico é inteiramente adverso ao PSC no confronto com a Ponte Preta em Campinas. São quatro vitórias da Macaca, um empate e uma vitória alviceleste no estádio Moisés Lucarelli. O lado positivo é que o único triunfo do Papão ocorreu na mais recente partida entre ambos dentro do estádio da Ponte: 1 a 0 na Série B 2018.
Um outro desafio estatístico no caminho do PSC para o jogo de segunda-feira é a má campanha em jogos fora de Belém neste Brasileiro. Há quatro meses que o Papão não consegue uma vitória como visitante.
O último triunfo fora de casa aconteceu na distante 12ª rodada, quando a equipe então comandada por Hélio dos Anjos superou a Chapecoense por 2 a 1, de virada, no dia 23 de junho. Os gols foram de Leandro Vilela e Netinho. Aliás, dois golaços.
Leandro Vilela (foto) voltou ao time na derrota diante do Ceará, em Fortaleza, após um mês de inatividade, por conta de uma lesão na panturrilha. Principal parceiro de João Vieira no setor de marcação, Vilela fez falta nesse período de afastamento.
Após atuar por 45 minutos contra o Ceará, a expectativa é de que possa atuar por 90 minutos contra a Ponte Preta. A preocupação, dele e dos demais companheiros, é garantir o mais rápido possível um resultado que contribua para a permanência na Série B.
A recuperação de Vilela dá ao PSC a chance de repetir sua dupla mais entrosada à frente da linha de zagueiros, garantindo marcação mais eficiente e saída qualificada quando a equipe estiver de posse da bola.
Outro nome certo para a batalha contra a Macaca é o meia-armador Robinho, alçado à condição de titular por Márcio Fernandes e que ficou de fora da última rodada, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Pode ser o encaixe para o setor de meia-cancha, um dos pontos fracos – junto com o miolo de zaga – diante do Ceará. (Foto: Jorge Luís Totti/Ascom PSC)
Presidente da FPF confirma presença em Campinas
A Federação Paraense de Futebol confirmou ontem que o presidente, Ricardo Gluck Paul, vai acompanhar a delegação do PSC no confronto em Campinas. A presença dele em jogos importantes dos representantes do Pará tem sido constante. Aconteceu com o Remo na fase mais decisiva da Série C. Vem ocorrendo nos jogos do Papão, na Curuzu, e agora como visitante diante da Ponte Preta. É um gesto que mostra comprometimento e fortalece institucionalmente os clubes do Pará.
Em anos recentes, a FPF ficou conhecida pela ausência e omissão em relação aos representados. Funcionava como uma repartição burocrática, sem maior zelo pelo que ocorria com os clubes.
Segundo o próprio Ricardo, que passou recentemente por uma cirurgia, acompanhar o PSC significa manter uma atitude vigilante e fiscalizadora, “cuidando de perto dos interesses dos clubes e do futebol do Pará”.
Quando o PSC enfrentou sua fase mais difícil na Série B, ficando nove partidas sem vitória, ainda sob o comando de Hélio dos Anjos, o presidente da FPF chegou a ser cobrado em duas ocasiões pelo treinador, ávido em dividir responsabilidades pelo mau momento da equipe, procurando jogar para a plateia e indispor a torcida com Ricardo.
A resposta tem sido dada com atitudes. “Estar ao lado dos nossos clubes em momentos decisivos é essencial para mostrar nosso apoio e assegurar que o nosso filiado tenha sempre a força e o respaldo que merece”, avalia Ricardo. Sem dúvida, é um exemplo a ser seguido.
Brasil avança para a hegemonia no continente
Nos últimos dias, o futebol brasileiro teve quatro confrontos decisivos contra vizinhos sul-americanos, levando ampla e incontestável vantagem, atestando que os tempos são outros nas competições de clubes no continente.
Na Copa Libertadores, o Atlético-MG superou o River Plate, um gigante da competição. No placar agregado, 3 a 0. Uma classificação justa e indiscutível.
O Botafogo despachou outro time de forte tradição nas batalhas sul-americanas: goleou por 6 a 3 (no agregado) o Peñarol, cinco vezes campeão continental, sem deixar dúvidas quanto à sua superioridade.
É a quarta vez que o principal torneio sul-americano terá uma final brasileira. Desta vez, a decisão será jogada no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Como a disputa é brasileira, o placar de conquistas da Libertadores ficará bem apertado entre argentinos e brasileiros.
Nos anos 60 e 70, os argentinos dominaram amplamente a cena, através de Boca Juniors, River, Independiente e Estudiantes de La Plata, principalmente. Eles valorizavam mais a competição e a vantagem até a primeira década deste século era folgada. Agora, cairá para 25 a 24 conquistas, a caminho de um empate.
Os outros dois confrontos envolveram o Cruzeiro e o Corinthians na Copa Sul-Americana. Os mineiros derrotaram o Lanús, em Buenos Aires, por 1 a 0. O Corinthians foi o único derrotado, ontem, caindo diante do Racing no mítico estádio El Cilindro lotado de fanáticos torcedores.
Aliás, algo em que os argentinos seguem insuperáveis é no amor desmedido pelos seus clubes. A festa que a torcida do River fez no Monumental antes do jogo com o Atlético foi comovente. No final, aplaudiu de pé seus jogadores, apesar da frustrante eliminação.
(Coluna publicada na edição do Bola desta sexta-feira, 01)
Os deputados da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), presidida pelo deputado Chicão (MDB) aprovaram, nesta terça-feira (29), a proposta de redução de juros e multas relacionadas a tributos estaduais. De autoria do Poder Executivo, o Projeto de Lei (PL) nº 611/2024 dispõe sobre o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD) e sobre a Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (TFRM).
O PL diz que serão abrangidos os créditos relativos a fatos geradores que tenham ocorrido até 30 de abril de 2024, constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, ainda que ajuizados. A proposta também compreende o Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) vencido até 30 de abril de 2024, constituído ou não, inscrito ou não em dívida ativa, ajuizada ou não a sua cobrança, se o contribuinte assim optar formalmente até a data de 29 de novembro de 2024.
O programa prevê um escalonamento da redução dos juros e das multas de 95% a 50%, conforme opção do contribuinte pelo pagamento integral ou pelo parcelamento em até 60 parcelas. O objetivo do projeto de lei é permitir que as empresas se regularizem perante a Fazenda Pública estadual e que o Pará mantenha o seu equilíbrio fiscal, possibilitando o desenvolvimento da economia paraense.
“A proposta traz a possibilidade de redução de valores para pagamento à vista, assim como reduções de multas e juros para os contribuintes. Isso é mais uma oportunidade de regularização fiscal para todos os contribuintes que estão em débito com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa/PA)”, esclarece Iran Lima (MDB), deputado estadual e líder de governo na Alepa.
Com o objetivo de uma distribuição mais eficiente das competências dos órgãos e entidades estaduais envolvidos no processo de criação e gestão das Unidades de Recuperação da Vegetação Nativa, a Alepa acatou, da mesma forma, a proposta nº 583/2024, de autoria do Poder Executivo. A matéria altera a Lei Estadual nº 10.259, de 11 de dezembro de 2023, que institui a Unidade de Recuperação da Vegetação Nativa no Pará.
Em mensagem encaminhada à Casa de Leis, o governador Helder Barbalho disse que “a proposta visa também ao aumento da atratividade e da segurança jurídica nas concessões de Unidades de Recuperação da Vegetação Nativa. As mudanças têm por objetivo conferir maior clareza à norma vigente, contribuindo para a concretização dos seus fundamentos”.
Judiciário e advocacia pública Ainda foram aprovados quatro projetos enviados por outros órgãos. O Projeto de Lei Complementar nº 11/2024, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), altera a redação do caput e dos §§ 1º, 2º e 3º do art. 189 da Lei Estadual nº 5.008, de 10 de dezembro de 1981, que dispõe sobre o Código de Organização Judiciária do Estado.
Já o Projeto de Lei Complementar nº 7/2024, do Ministério Público do Pará (MPPA), altera dispositivos da Lei Complementar Estadual nº 057, de 6 de julho de 2006.
O Projeto de Lei nº 514/2024, do Tribunal de Contas do Estado (TCE/PA), altera a Lei nº 9.709, de 20 de setembro de 2022, que dispõe sobre as vantagens funcionais dos conselheiros do órgão; e, por fim, o Projeto de Lei nº 515/2024, também do TCE/PA, altera a Lei nº 9.683, de 1º de setembro de 2022, que dispõe sobre as vantagens funcionais dos auditores, também denominados conselheiros substitutos deste tribunal.
Seis anos, sete meses e 17 dias. Esse foi o tempo que a Justiça levou para condenar os ex-PMs Ronnie Lessa a 78 anos e 9 meses de prisão e Élcio Queiroz a 59 anos e 8 meses pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, um crime que chocou o Brasil. “A Justiça por vezes é lenta, é cega, é burra, é injusta, é errada, é torta, mas ela chega”, afirmou a juíza Lúcia Glioche ao ler a sentença no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Lessa, autor dos disparos, e Queiroz, que dirigiu o carro usado no atentado em 14 de março de 2018, foram condenados por unanimidade por duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle que sobreviveu, e receptação do veículo usado no crime. Como os ex-PMs assinaram acordos de delação premiada, que possibilitaram o avanço das investigações, Lessa ficará preso por, no máximo, 18 anos em regime fechado e dois no semiaberto, já Queiroz ficará encarcerado por até 12 anos, a contar de 12 de março de 2019, quando foram presos. Se a delação for anulada, será aplicada a pena definida no julgamento. (g1)
Os parentes de Marielle e Anderson acompanharam os dois dias de julgamento. Diante do anúncio das sentenças, não contiveram a emoção. Os pais dela, Marinete e Antônio, a filha Luyara, e as viúvas da vereadora e de Anderson, Mônica Benício e Ágatha Reis, aplaudiram e se abraçaram. “As pessoas precisam parar de normalizar os corpos que caem nesse país”, disse a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, irmã de Marielle. (Folha)
Faltaacertar as contas com quem ordenou o crime. Chiquinho e Domingos Brazão são apontados como mandantes; o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa seria o mentor; o ex-PM Robson Calixto teria ajudado a dar sumiço na arma usada; e o major Ronald Paulo Alves Pereira teria monitorado a rotina da parlamentar. Devido ao foro privilegiado do deputado federal Chiquinho Brazão, o caso está no Supremo Tribunal Federal. As audiências de instrução terminaram na terça-feira. Agora, as partes podem pedir diligências. Depois, a Corte ouvirá as alegações finais. (Globo)
Matheus Leitão: “É sem dúvida um marco para o país. Durante anos, com a ação conivente do crime organizado infiltrado na máquina do Estado do Rio, tentou-se de toda forma impedir a elucidação do caso. Réus confessos, Lessa e Queiroz são apenas a ponta de uma história que ainda tem perguntas sem respostas. Se não há uma justiça perfeita, a condenação de ambos, pelo menos, é uma demonstração de que existe uma justiça possível”. (Veja)
Depois de tanto sofrimento para os familiares, agora faltam poucos meses para que os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes sejam julgados e condenados assim como ocorreu ontem com os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, que executaram o crime. O processo ganhou celeridade no Supremo Tribunal Federal (STF), entrou na fase final e o julgamento deve ocorrer no primeiro semestre de 2025. A tendência é de condenação.
Grande e subestimada criação do R.E.M., incluída no álbum Reveal, de 2001. Aqui, um registro memorável no show realizado em Wiesbaden (Alemanha), em julho de 2003. “All The Way to Reno” (Todo o caminho até Reno) soa mais acelerada, rítmica e dançante tocada ao vivo. Na versão de estúdio, é uma balada comportada, quase lírica.
Acontecia com frequência em várias canções da fase mais criativa do R.E.M., talvez pela liberdade que Peter Buck ganhava para improvisar na guitarra e Mike Mills podia se dar ao luxo de um solo de contrabaixo, como nesta apresentação.
Impecável ao longo de quase 13 anos de estrada, o R.E.M. nunca errava nas escolhas e apostas. Talvez com receio de perder a pegada criativa, a banda achou por bem sair de cena em 2011 com o prestígio intacto. O grupo reapareceu em junho deste ano para a cerimônia de inclusão no Songwriters Hall of Fame, de Nova York, tocando ao vivo o clássico “Losing My Religion”.
Na ocasião, os músicos falaram ao programa CBS Morning e reafirmaram não haver planos para o retorno da banda. “Nunca seria tão bom quanto já foi. Quando a banda acabou, não havia nada em que pudéssemos concordar musicalmente (…). E agora simplesmente conseguimos por não estarmos juntos o tempo todo”, disse Buck.
Trecho da letra de “All The Way to Reno”:
Cantarolando todo o caminho até Reno Você tirou o pó dos descrentes E desafiou as leis do acaso Agora, doce Você era doce como açúcar (…)
Você vai ser uma estrela A asa está escrita em seus pés Seu calcanhar de Aquiles é uma tendência a sonhar Mas você sabia disso desde o começo Você não precisava ir tão longe Você não precisava ir.