Irmão de Nicolas critica torcida do Papão: “Ingrata e incoerente”

O irmão do atacante Nicolas, Jonathan Johann, usou as redes sociais para criticar a torcida bicolor. Ele postou um comentário em uma publicação logo após a vitória de virada do PSC por 2 a 1 sobre o Coritiba, na quarta-feira, dia 23. “Nunca vi uma torcida tão ingrata e incoerente como essa”, disse.

Nicolas tem sido muito criticado pela torcida pelo mau desempenho na Série B. Acumula um jejum de 16 jogos e começa a ter a titularidade questionada diante da boa fase do atacante Ruan Ribeiro, que marcou um gol e deu uma assistência nos dois últimos jogos do Papão, contra Operário e Coritiba.

Diante do Coritiba, o atacante comemorou um feito importante: 150 jogos pelo Papão, mas voltou a fracassar nas finalizações. No intervalo, foi substituído por Ruan Ribeiro. O técnico Márcio Fernandes explicou a substituição de Nicolas: “Não é fácil para um treinador tirar uma referência como o Nicolas. Ele é um jogador e uma pessoa, capitão, um cara que é referência e exemplo no plantel. Ele está passando um momento difícil”, afirmou. 

Nicolas está no PSC pela segunda fez. Da primeira temporada, em 2019, ficou um saldo altamente positivo, atuando 41 vezes. Na temporada seguinte, atuou o mesmo número de vezes, sempre marcando muitos gols. Em 2021, disputou 21 partidas, antes de se transferir para o Goiás.

Segurança começa pela zaga

POR GERSON NOGUEIRA

O PSC está invicto há três partidas, uma situação que ganha importância após o time sofrer com o período de instabilidade que teve origem ainda no longo jejum sob o comando de Hélio dos Anjos. Depois da chegada de Márcio Fernandes, é a primeira fase de calmaria vivida na Curuzu, com méritos principalmente do sistema defensivo.

Nesse aspecto, o zagueiro Wanderson é o maior destaque, com atuações que primam pela regularidade. Foi mantido como titular, ao lado de Lucas Maia, levando a melhor temporariamente na disputa com Quintana.

Zagueiro de estilo voluntarioso e agressivo, Wanderson é um dos remanescentes da campanha do Papão na Série C do ano passado. Foi um dos jogadores mais importantes na conquista do acesso, embora tenha mantido uma relação tempestuosa com a torcida.

Mesmo agora, com a permanência na Série B praticamente encaminhada, volta e meia surgem críticas a Wanderson, principalmente quando o resultado não é favorável. Mas, considerando os três últimos confrontos (Chape, Operário e Coritiba), Wanderson foi o defensor mais regular.

Anteontem, na Curuzu, na partida contra o Coritiba, voltou a ser uma peça expressiva, sempre se lançando ao primeiro combate e vencendo todos os duelos aéreos. Levou um drible desconcertante, mas que zagueiro nunca passou por momentos incômodos diante de atacantes habilidosos?

O importante, como no samba, é levantar e dar a volta por cima. A vitória veio e o lance do drible perdeu importância. Wanderson, 30 anos, maranhense de nascimento, teve papel destacado no Parazão e já atuou em 19 jogos da Série B como titular.

Nada sinaliza para uma mudança de planos do técnico em relação à defesa. Pelo contrário até. Sempre que Márcio Fernandes mexeu na defesa, como quando deslocou Lucas Maia para o lado esquerdo, Wanderson é preservado como referência do centro da zaga. Sinal de reconhecimento. (Foto: Jorge Luís Totti/Ascom PSC)

Leão garante a primeira grande contratação

Um dos principais nomes da Série C recém-finda, o meia Jaderson foi o jogador do elenco do Remo que mais se valorizou ao longo da competição. Ganhou o respeito da torcida e dos companheiros, além de entrar na mira de outros clubes. Essa visibilidade torna ainda mais valiosa a estratégia do clube em garantir a renovação de contrato por três temporadas.

Aos 24 anos, Jaderson cumpriu uma trajetória curiosa no Evandro Almeida. Chegou no começo da temporada como uma aposta. Ainda sob a direção de Ricardo Catalá, chegou a atuar como ponta-esquerda, lateral e até volante. Custou a encontrar função no time, menos por sua culpa e muito mais pela indecisão dos treinadores.

Com Gustavo Morínigo começou a ser lançado como um meia de ligação, com liberdade para transitar de uma intermediária à outra. A evolução técnica chegou junto com um crescimento no aspecto físico.

Passou a impressionar não apenas pela habilidade na condução de bola, mas também pela capacidade de marcar e acompanhar as ações ofensivas dos adversários. Uma prova de amadurecimento está na quantidade de vezes que Jaderson apareceu atrás da linha de zagueiros para salvar situações de grande risco na baliza azulina.

Acabou consolidando a imagem de jogador multiuso, finalizador inclusive, ao se posicionar como protagonista dos momentos mais importantes da campanha, como no jogo do acesso diante do São Bernardo. Foi dele o chute que permitiu a Ytalo entrar batendo para as redes.

Desde a participação destacada nos quatro clássicos Re-Pa, logo antes do início do Campeonato Brasileiro, quando foi um dos principais nomes do Leão, Jaderson passou a ser cobiçado por outros clubes, incluindo o maior rival, que se preparava para disputar a Série B.

Optou por permanecer no Remo, a partir de algumas atitudes pontuais da diretoria, conquistando o respeito do atleta. Essa atitude foi fundamental para que Jaderson, que tinha vínculo com o Atlético-PR, optasse por permanecer como atleta do Leão para a disputa da Série B 2025.   

Savarino, o camisa 10 que encaixou como luva

O técnico Artur Jorge é hoje reverenciado como um dos responsáveis pela afinação da equipe botafoguense. Desde que assumiu o comando, o Botafogo passou a funcionar de forma organizada. Mesmo com desfalques sérios, como Eduardo, Jeffinho e Júnior Santos, o time encontrou equilíbrio e balanço necessários para atuar competitivamente.  

Um dos grandes acertos de AJ foi, sem dúvida, a escolha de Jefferson Savarino para ocupar a faixa criativa do Botafogo. Hábil, rápido nos deslocamentos e eficiente nas finalizações, o venezuelano caiu como luva num setor que parecia desprovido de ideias desde a lesão de Eduardo.

Nos magistrais 30 minutos da goleada sobre o Peñarol, o camisa 10 dividiu os holofotes com Luiz Henrique pelo protagonismo máximo do time. Marcou dois gols, deu duas assistências. Sempre com esmero e classe, virtudes fundamentais para reger a orquestra alvinegra.

Um marajoara reforçando a torcida botafoguense

Torcedor apaixonado do Botafogo, o amigo Paulo Vítor, prefeito eleito de Soure, foi um dos felizes 43 mil alvinegros que testemunharam in loco a espetacular vitória sobre o Peñarol na noite mágica de quarta-feira (23), no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.

Em meio às labutas da política, Paulo Vítor, que é filho do deputado estadual Iran Lima (MDB), sempre encontrou tempo para estar junto com o Botafogo nos momentos decisivos. Agora não seria diferente.   

(Coluna publicada na edição do Bola desta sexta-feira, 25)