Quem precisa de mais um show de Paul McCartney no Brasil? Nós e ele!!!!

Por Alexandre Gliv Zampieri – Blog Popload

Em muitas das listas divertidíssimas do tipo “top 10 bandas prediletas”, várias pessoas, talvez malandramente para ter um espaço a mais no ranking mas de maneira totalmente justa e conveniente (eu inclusive), separaram os Beatles em outra categoria.

Também dá para entender que décadas desse amor intenso e máxima devoção cada vez mais tenha ajudado a esgotar a paciência de quem “só” gosta da banda ou, obviamente mais ainda, dos que não se importam e os que nem suportam.

Para muitos de nós, os quatro cabeludos de Liverpool são, de fato, incomparáveis. 

Talvez já tenha passado da hora de também isolarmos e colocarmos Paul McCartney em uma categoria bem distinta no ranking de espetáculos ao vivo.

Por já ter passado diversas vezes pelo nosso país, alguns podem questionar o que Paulo ainda tem a oferecer, a esta altura da vida dele e da nossa.

Ok, a voz do ex-beatle já não é mais a mesma de anos atrás, assim como a minha e a sua (a diferença é que a nossa nunca foi lá essas coisas). Tudo fica mais oculto especialmente em momentos mais altos como “Maybe I’m Amazed”. Porém, absolutamente nada que comprometa a experiência. E em tempos de shows cheios de auto-tunes, backingtracks ou simplesmente simplesmente dublados, essa extinta arte do cantar realmente ao vivo deve ser muito valorizada e preservada.

Do DJ de abertura com seus remixes dos Beatles, levando para a introdução nos telões de aproximadamente 30 minutos com montagens de imagens fascinantes de toda a carreira. Do momento “dancinha” do carismático baterista Abe Laboriel Jr. até a simulação de um atordoamento de Paul com os dedos nos ouvidos pós explosões da (sempre bombástica) “Live and Let Die”. Embora ainda funcione bem, muito do show é, sim, repetido, manjado e coreografado. 

Mas ainda assim, nos breves espaços de interação entre as canções, de pequenos problemas técnicos às trocas com o público, curiosamente é exatamente nesses momentos que percebemos que no coração de Paul ainda tem, bastante intacta, aquela verdadeira genialidade e uma espontaneidade que só poderia vir de alguém que ainda gosta muito do que faz.

A esta altura da carreira, um show bem mais protocolar e contido, de uma hora e meia, provavelmente já seria mais que o suficiente para ele sair ovacionado, com a sensação de serviço entregue. Mas, não! São aproximadamente duas horas e meia de apresentação com o nível lá no topo.

Com certeza, resgatar alguns dos diversos hits adorados ali dos anos 80, para outras canções convocadas do catálogo dos próprios Beatles, cairiam muito bem ao repertório. Salvo abordagens raríssimas, como a “nova” “Now and Then”, o setlist no geral é basicamente o mesmo em anos. Porém, sejamos justos. É assim também com 80% dos sets de 90% dos artistas de basicamente qualquer geração, origem e estilo.

E, para quem já viu algumas vezes, por mais homologação que esteja a sua expectativa e por mais preparado que você pense estar, não tem jeito. A aparente rasteira da turbulência emocional certamente vai te atingir a qualquer momento e, quando menos perceber, você vai acabar se pegando bem emocionado em vários momentos.

E, além da apresentação espetacular do Paul em si, ainda tem a plateia, que sempre acaba sendo um show à parte. Em sua maioria, composta pelas mais diversas gerações, famílias e amigos se abraçando, cantando, dançando e se emocionando ao som de cada uma das músicas, completando o pacote de “tal experiência”.

Quando “mais do mesmo” é dos mais altos patamares, Paul segue sendo um dos maiores e verdadeiros mestres. E, já dito antes e repetindo, o seu show segue sendo um dos melhores e mais emocionantes da história não só do rock, mas da música!!!

É noite de pressão total

POR GERSON NOGUEIRA

Nada mudou quanto ao planejamento inicial: para se tranquilizar na tabela de classificação, o PSC vai precisar vencer todos os jogos dentro de casa. O adversário desta noite é um dos visitantes mais difíceis, o Coritiba, que vem subindo de produção e ainda luta pelo acesso.

Como ensina a regra não escrita da competição, cabe ao PSC explorar o fator campo e a pressão exercida pela torcida na Curuzu. Com 37 pontos, uma vitória é fundamental para avançar a uma posição mais segura em busca da permanência na Série B, prioridade do time neste momento.

Para que a missão seja bem executada é fundamental que o PSC tenha a mesma postura e organização da partida contra a Chapecoense, quando o time conseguiu se impor desde os primeiros movimentos, chegou ao gol e soube controlar as ações mesmo quando ficou com um jogador a menos desde o final do 1º tempo.

O triunfo foi garantido principalmente pela boa conexão entre meio-campo e ataque, com destaque para a distribuição de jogo para os atacantes de lado, Jean Silva (depois Paulinho Boia) e Borasi. Naquela noite, o Papão teve um jogador que impulsionou as ações pelo lado direito: Edilson.

De forma surpreendente, o lateral foi barrado contra o Operário-PR na rodada passada, alteração que anulou um dos pontos de destaque do PSC, a dobra de Edilson e Jean Dias. Bryan Borges correu por ali, sem funcionar como o ponto de apoio para os avanços de Paulinho Boia.

No comando do ataque, o time deve ganhar o retorno de Nicolas, que não jogou na rodada passada por estar suspenso. Sem marcar há 17 rodadas, o centroavante não faz um grande campeonato, mas é sempre uma referência ofensiva e uma esperança no jogo aéreo.

A atuação contra o Operário foi satisfatória, mesmo com as mudanças no time, incluindo a insistente e questionada escalação de Lucas Maia como lateral-esquerdo. Na parte ofensiva, o funcionamento foi quase perfeito, caindo apenas nos minutos finais, quando o time tinha um homem a mais.

Com troca de passes em velocidade, erro mínimo na conexão entre defesa e ataque e participação dos jogadores de lado, o PSC tem condições de se impor e conquistar a sonhada vitória em casa. Márcio Fernandes volta a dirigir o time depois de cumprir dois jogos de suspensão.

Sob o comando de Jorginho, o Coxa deu uma guinada e voltou a expectativas em relação ao G4. Venceu o Vila Nova por 3 a 0, no último sábado, alcançando 47 pontos. Tenta uma vitória para se aproximar do Mirassol, que é o 4º colocado, com 56 pontos após derrotar o CRB.

Vini Jr. brilha em atuação de nível “Bola de Ouro”

Favorito para levar a Bola de Ouro que será entregue em Paris na segunda-feira (28), Vini Jr. encantou a torcida do Real Madrid ontem no estádio Santiago Bernabéu, comandando a espetacular vitória de virada sobre o Borussia Dortmund. Foi uma atuação consagradora, com três gols marcados. O brasileiro deixou extasiada até a exigente mídia espanhola.

“Vinicius vai ganhar (a Bola de Ouro), mas não pelo que fez esta noite, mas pelo que fez no ano passado. Esses três gols já vão para a Bola de Ouro do próximo ano”, disse Carlo Ancelotti, após dar um abraço carinhoso no jogador ainda em campo. “É raro ver um jogador que faz um 2º tempo como o que Vinicius fez. E não pelos três gols, mas pelo caráter dele, é extraordinário”.

Quem viu a partida, vencida pelo Real por 5 a 2, sabe que Ancelotti não exagerou nos elogios. Vini estava encapetado desde os primeiros minutos. Partia com a bola para cima da marcação, quase sempre levando a melhor, mas foi o Borussia que saiu vencedor no 1º tempo, por 2 a 0.

O triunfo ganhou cores mais épicas ainda porque o Real nunca havia conseguido virar uma partida da Liga dos Campeões na qual saiu perdendo por 2 a 0 para o intervalo. Os dribles e arrancadas de Vini garantiram a vitória merengue. O Real foi todo para cima do adversário e os gols começaram a acontecer.

Mbappé cruzou para Rüdiger diminuir, aos 15 minutos. A pressão aumentou e, dois minutos depois, nova investida de Mbappé deixou a bola sobrar livre para Vinícius empatar com o gol escancarado. A virada se consumou aos 38’, em chute cruzado de Lucas Vázquez.

Veio então o show solo de Vini. Aos 41’, ele empreendeu uma arrancada impressionante, do meio-campo até a entrada da área alemã, desfechando um tiro certeiro no canto esquerdo. O gol fez a torcida explodir nas arquibancadas e aplaudir de pé o brasileiro.

Nos acréscimos, Vini fechou o placar bem ao seu estilo. Recebeu na área, driblou os marcadores e disparou um chute forte, rente ao travessão. Real 5 a 2, Vini festejado pelo estádio inteiro.

Aos poucos, Leão acerta permanências importantes

Jaderson, eleito o melhor meia-armador da Série C, acertou permanência no Remo para as próximas temporadas. Marcelo Rangel, fundamental na campanha azulina, também confirmou que segue no clube. Rafael Castro, zagueiro titular desde que chegou ao Baenão, é outro garantido para 2025. O clube ainda tem esperança de contar com o atacante Pedro Vítor, que tem pré-contrato com o Chugbuk Cheongju, da Coreia do Sul.

Outro atleta que continua nos planos do clube é o lateral-direito Diogo Batista, eleito pelo canal Nosso Futebol como o melhor da posição na Série C. Além dos jogadores que renovaram, o Remo já conta com Pavani e Ytalo, cujos contratos tinham cláusula de renovação automática.

Ao mesmo tempo, o zagueiro Ligger e o lateral-esquerdo Raimar se desligaram ontem do clube, aparentemente fora dos planos. 

(Coluna publicada na edição do Bola desta quarta-feira, 23)