Faltou talento e competência

POR GERSON NOGUEIRA

O PSC teve um bom começo de jogo contra o Sport. Podia ter feito gol, inclusive. Perdeu oportunidades por falta de competência e apuro nas jogadas de área. O único momento agudo foi com Borasi quase ao final do 1º tempo. Livre na área, ele bateu forte, mas o chute foi em cima do goleiro Caíque França, que espalmou e evitou o gol.

Com três atacantes – Borasi, Nicolas e Jean Dias –, havia força para chegar junto à área, mas a afobação prevalecia, atrapalhando a construção de ataques que levassem a algum resultado prático.

Juninho se desdobrava entre o meio-de-campo e a linha ofensiva, mas em vários momentos ficou óbvio que os atacantes não tinham função clara. É como se estivessem ali para demarcar espaço, mas o importante era partir para cima dos zagueiros, e isso não ocorreu.

O jogo era extremamente favorável ao PSC, pois o Sport jogava mal, limitando-se a defender e rebater bolas em seu campo de defesa. Não acertava uma saída em contra-ataque e tinha em Pedro Martins uma peça improdutiva, errando todos os passes na intermediária bicolor.

Aos 36 minutos, na primeira chegada mais forte, Zé Roberto testou por cima do travessão, após cobrança de falta por Lucas Lima. Nos acréscimos, Nicolas teve um lampejo: antecipou-se aos zagueiros e acertou um belo cabeceio, mas o goleiro conseguiu segurar.

Veio a segunda etapa e o Sport melhorou. Com Dalbert na ala esquerda e Barletta, o time rubro-negro cresceu. Avançou suas linhas e fez com que a bola passasse mais por Lucas Lima, que acionava os atacantes Zé Roberto e Wellington Silva.

Aos 18 minutos, saiu o gol. Após Zé Roberto descolar um passe rasteiro na diagonal, o lateral Igor Cariús apareceu de surpresa na área, vencendo Kevyn na corrida e tocando na saída de Diogo Silva. Estabelecida a vantagem, o Sport fechou ainda mais a casinha, substituindo Lucas Lima pelo zagueiro Luciano Castán.

Márcio Fernandes trocou Juninho por Robinho, Nicolas por Joel e Jean Dias por Esli García. As jogadas começaram a fluir, mas faltava contundência. Para piorar, as vaias da torcida deixavam o time ainda mais tenso. Netinho substituiu Matheus Trindade, mas não contribuiu para a reação esperada. No único chute a gol, ele mandou nas arquibancadas.

Confuso na articulação e pouco inspirado nos avanços sobre o adversário, o PSC martelava com bolas aéreas, mas deixou o tempo escoar sem alcançar o empate, apesar dos 11 minutos de acréscimo.

Cenas de violência antes e depois da partida

A pancadaria generalizada entre facções uniformizadas, que levou pânico às ruas de São Braz no começo da tarde, parece ter inspirado alguns torcedores do Papão dentro do estádio da Curuzu. Revoltados com o mau desempenho do time, dedicaram-se a trocar socos e pontapés, dando muito trabalho à Polícia.

Em campo, o clima também foi bélico. Esli García e o goleiro reserva Matheus Nogueira trocaram empurrões logo após o apito final. Foram contidos pelos companheiros, mas poderiam ter sido expulsos, prejudicando ainda mais a equipe.

Uma clara demonstração do clima conturbado que persiste na Curuzu, mesmo depois da saída do técnico Hélio dos Anjos, a quem se atribuía boa parte dos desentendimentos e conflitos internos.

O fato é que o destempero emocional dominou o ambiente da partida. Ao longo do 2º tempo, o árbitro André Luiz Policarpo paralisou a partida por duas vezes para recolher sandálias e outros objetos atirados em campo pela torcida.

Um sinal de que a súmula vai carregar em cima de incidentes no estádio, com o risco de punições para o PSC na reta final da Série B.    

Preparação emocional pode fazer muita diferença

Quando pisar no gramado do Mangueirão, domingo à tarde, o Remo terá que estar mentalmente preparado para as circunstâncias do jogo decisivo contra o São Bernardo. A pressão pela vitória – resultado que garante o acesso à Série B – estará toda sobre os ombros dos azulinos.

Um exemplo recente serve de alerta. Contra o Volta Redonda, na terceira rodada do quadrangular, o time mostrou em vários momentos sentir o peso da responsabilidade diante de quase 45 mil espectadores.

Raimar e Bruno Bispo erraram além da conta, evidenciando um nervosismo que comprometeu tomadas de decisão e afetou até a mais simples troca de passes. Foi um jogo que o Remo abdicou de pressionar desde o começo, como recomendam os manuais de comportamento para mandantes no futebol.

Por essa razão, espera-se atitude completamente diferente na partida contra o São Bernardo, que vem em busca de um empate para permanecer vivo na disputa pelo acesso.

A mentalidade vitoriosa, tão exigida nesses momentos, precisará ser incutida antes do confronto, a fim de que o time entre em campo preparado para encarar todos os desafios – e, principalmente, não se deixar perturbar pelo barulho da massa torcedora.

Pode-se dizer, portanto, que a decisão começará de fato a ser jogada e vivida pelos jogadores do Remo alguns dias antes do pontapé inicial.    

(Coluna publicada na edição do Bola desta terça-feira, 24)

Papão perde para o Sport e complica situação na Série B

Com um gol de Igor Cariús no segundo tempo, o Sport-PE venceu o PSC por 1 a 0, na noite desta segunda-feira (23), na Curuzu. O início da partida mostrou um Papão determinado em buscar o gol, forçando o jogo sobre a defesa pernambucana e tendo duas boas chances, uma com Nicolas e outra com Borasi. O problema eram os muitos erros de aproximação e passes no ataque. O Sport passou a primeira etapa só se defendendo, sem ameaçar a zaga paraense.

Na etapa final, o Sport se mostrou mais disposto a buscar a vitória, mas se limitava a alguns lançamentos de Lucas Lima para Zé Roberto, sem maior perigo. Até que, aos 18 minutos, o lateral Igor Cariús apareceu de surpresa na área e recebeu excelente passe. Frente a frente com o goleiro e pressionado por Kevyn, tocou sutilmente por baixo de Diogo Silva.

Nos 15 minutos finais, o time paraense se lançou mais à frente, mas a desorganização não permitiu que criasse nenhuma situação clara de gol, além de escanteios sempre neutralizados pela defesa do Sport.

Com a vitória, o Leão pernambucano subiu para a 3ª colocação, com 46 pontos. A equipe de Pepa chega ao sexto jogo consecutivo sem derrotas, somando quatro vitórias e dois empates. A frustrante derrota em casa irritou a torcida e mantém o Papão em situação delicada na tabela, na 16ª posição, com 30 pontos, a apenas dois da zona de rebaixamento. O próximo compromisso será com o Ituano, também na Curuzu, na sexta-feira (27).

Leão a um passo do paraíso

POR GERSON NOGUEIRA

O empate só veio aos 49 minutos do segundo tempo e foi recebido como se fosse uma vitória, no Estádio da Cidadania. E, pensando bem, foi mesmo um resultado vitorioso. Graças a ele, o Remo ficou em situação privilegiada para obter o sonhado acesso já na próxima partida, domingo, contra o São Bernardo, em Belém. Com 6 pontos, o Leão precisa agora de uma vitória para se garantir na Série B 2025, alcançando 9 pontos.

Não foi das melhores atuações do Remo no quadrangular. O time até buscou controlar o jogo desde o início, mas exagerou na cautela, atraindo o Volta Redonda para seu campo e correndo riscos desnecessários.

O sistema habitual, 3-4-3, funcionou inicialmente de forma improvisada, com Ligger na esquerda, Rafael Castro na direita e com Bruno Silva centralizado, mas Diogo Batista e Raimar mantinham-se recuados, como laterais de fato. O recuo dos alas explica a timidez do ataque.

Ytalo e Jaderson arriscaram chutes de fora da área, mas faltava uma pressão mais efetiva. Piorou ainda mais depois que Pedro Vítor, o mais insinuante do ataque, tomou um cartão amarelo. A partir daí, travou e quase não avançou mais pela ponta direita.

Quando Pedro Vítor se lesionou, o técnico Rodrigo Santana fez uma mexida conservadora. Ao invés de reforçar o ataque, optou por recompor integralmente o sistema de três zagueiros, colocando Bruno Bispo no lado esquerdo e devolvendo Bruno Silva ao meio-campo.

Dois minutos depois, aos 48’, veio o castigo: aproveitando a desarrumação da zaga azulina, o Voltaço chegou ao gol. Bruno Skilo bateu cruzado, Marcelo Rangel defendeu bem, mas Wellington Silva aproveitou o rebote para lançar Bruno Santos na área. Ele bateu forte e abriu o placar.

No 2º tempo, o jogo foi equilibrado. O Remo saía para buscar o empate, enquanto o Voltaço explorava os contra-ataques. Aos 10 minutos, Ytalo quase marcou ao receber um passe perfeito de Diogo Batista. Chegou entre os zagueiros e bateu de primeira, mas o goleiro Jean conseguiu espalmar.

Logo em seguida, quase o Voltaço ampliou. Bruno Santos entrou livre na área e chutou à meia altura. Marcelo Rangel fez uma defesa espetacular, mandando a bola para escanteio. Bispo ainda teve tempo de dar um presente para PK quase fazer o segundo gol.

O jogo se encaminhava para o fim quando Matheus Anjos recebeu à entrada da área, driblou um marcador e foi derrubado quando se preparava para arrematar. Pênalti. Pavani cobrou e igualou tudo, aos 49′.

Ainda no sábado à noite, Botafogo-PB e São Bernardo ficaram no 0 a 0, tornando o empate ainda mais valioso para os planos do Leão.  

Emoções, angústias e alegrias de uma partida de futebol

Repercute nas redes sociais, desde sábado à noite, a postagem do amigo André Cavalcante, diretor jurídico da FPF, com observações sobre os bastidores do jogo do Remo no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Ele acompanhou tudo de perto, ao lado do governador Helder Barbalho e do presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul.  

“Eu sempre disse que, enquanto torcedor, a pior coisa que fiz foi me tornar dirigente de clube de futebol (André foi presidente do Remo), pois muito da magia do esporte se perde. Por isso, você cria uma espécie de casca. No meu caso, logicamente que, como todos, vibro, fico nervoso, mas também consigo reagir com mais frieza durante o jogo e, principalmente, observar e notar algumas coisas que outros torcedores ‘normais’ deixariam passar.

1. O presidente do Clube do Remo. Já haviam me dito e ontem constatei, o Tonhão simplesmente não consegue ver o jogo, fica tão nervoso que sai e se isola. Sei muito bem o que é isso e qual a pressão que esse cargo exerce sobre quem o ocupa. Esse ‘sofrimento’ merece ser recompensado com o acesso.

2. O presidente da FPF. Todos sabem que o Ricardo Gluck Paul é bicolor, exerceu todos os cargos no seu clube de coração, mas, ontem, vi na prática o que já tinha certeza. O cara literalmente vestiu a camisa do futebol paraense. Foi curioso e até surpreendente ver um bicolor de quatro costados vibrando daquela forma com o gol de empate, e aqui não tem nenhuma demagogia, porque há muitas testemunhas. Mais do que ninguém, ele sabe o quanto é importante para todo o futebol paraense ter dois clubes na Série B.

3. O governador. O futebol é fantástico, ele consegue nivelar as pessoas de uma maneira única. Helder Barbalho, como todos que acompanhávamos o jogo nos camarotes azulinos, iniciou o jogo confiante. Torcia, reclamava, porém, sempre comunicativo com quem estava ao seu redor… até o 1 a 0 contra. A partir dali, fechou a cara e ficou introspectivo. E, como para todos nós, o empate trouxe alívio, alegria geral com o apito final. Ali vi o poder da bola, por 90 minutos a maior autoridade do Estado foi mais um azulino que sofre e ama esse time, como todos os outros ‘azulinos da cidade’. Detalhe, os filhos agem exatamente com a mesma passionalidade… É, como dizem, ‘a palavra convence, mas o exemplo arrasta’. E vamos por mais, Clube do Remo”.  

Dúvidas no Papão para jogo decisivo com o Sport

Márcio Fernandes precisa formatar um time mais sólido na marcação e ágil na movimentação ofensiva. Tem jogadores talhados para essas funções. As únicas baixas são Quintana e Leandro Vilela. Apesar disso, dúvidas ainda rondam a escalação do Papão para enfrentar o Sport, hoje, às 18h30.

Com 30 pontos e a segunda pior campanha do returno, as contas estão bem claras no horizonte bicolor. Precisa conquistar mais 13 e 15 pontos para garantir permanência na Série B. Por isso, os dois jogos desta semana (Sport e Ituano) são fundamentais para ir em busca dos pontos necessários.

O PSC tem a chance preciosa de atingir 36 pontos e se tranquilizar dentro da competição. Isso só será possível se jogar mais do que fez contra o Guarani e mais ainda do que diante do América-MG.

Mas, além das incertezas quanto a Nicolas, há o enigma Juan Cazares, cuja queda de rendimento fragiliza o setor de criação e obriga o técnico a buscar outra alternativa – Robinho ou Juninho.

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 23)

Presidente da Alepa acompanha entrega de títulos de regularização urbana em Ananindeua

O Governo do Pará realizou, em Ananindeua, a maior entrega de títulos de regularização fundiária urbana já feita no país. A cerimônia, conduzida pelo governador Helder Barbalho, marcou um feito histórico ao beneficiar 3.749 famílias que vivem nas regiões do Guanabara, Jaderlândia II e Paar. O evento contou com a presença do presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado Chicão e diversas outras lideranças políticas.

Durante a entrega, o governador Helder Barbalho destacou a importância do momento para os moradores, muitos dos quais aguardavam há mais de 30 anos pelo documento que formaliza a posse de suas propriedades. “Estamos cumprindo um compromisso histórico de entregar os títulos definitivos dessas áreas, garantindo que essas famílias finalmente tenham a segurança de dizer que são, de fato, donas de suas casas e terrenos. Essa é uma das maiores áreas de ocupação da América Latina”, afirmou o governador.

O presidente da Alepa, deputado Chicão, ressaltou a relevância da ação do governo estadual para a melhoria da qualidade de vida das famílias beneficiadas. “Essa entrega de hoje representa um avanço significativo. O Governo do Estado está garantindo algo que é muito mais do que um papel: é a segurança, a dignidade e o futuro de milhares de famílias em Ananindeua. Isso é fundamental para o desenvolvimento social e econômico da nossa região”, afirmou Chicão.

Essa foi apenas a primeira etapa de um trabalho que vai além. De acordo com Helder Barbalho, novas entregas estão previstas para os próximos meses, com o objetivo de alcançar mais de 9 mil famílias só na área do PAAR. “O nosso compromisso é seguir com os cadastramentos e análises de cada terreno para que mais famílias possam ser beneficiadas e garantir o título definitivo de suas terras”, completou.

Mulheres beneficiadas

Um dado que chamou atenção foi o fato de que 80% dos títulos entregues foram emitidos em nome de mulheres. Dos 3.749 documentos distribuídos, 887 foram destinados às famílias do bairro Guanabara, 339 ao Jaderlândia II e 2.523 à comunidade do Paar. O governador explicou que essa escolha reflete o compromisso da gestão estadual em fortalecer as mulheres como protagonistas em suas famílias.

“O título da casa precisa estar no nome da mulher, que é o esteio da família e do lar. Isso traz mais estabilidade e segurança para todos”, declarou Helder Barbalho.

Agora, com os títulos em mãos, as famílias têm assegurado o direito à terra e poderão investir no desenvolvimento de suas propriedades, o que, por sua vez, deve impulsionar o crescimento social e econômico dessas comunidades.

Essa grande entrega de títulos representa um marco para Ananindeua e para o Pará, reforçando o compromisso do Governo do Estado em promover a regularização fundiária e melhorar a qualidade de vida das famílias paraenses.

Foto Guilherme Thorres.jpeg
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Leão empata no final e pode conquistar o acesso na próxima rodada

POR GERSON NOGUEIRA

Com um gol de pênalti, convertido pelo meia Pavani aos 49 minutos do segundo tempo, o Remo arrancou um empate com sabor de vitória dentro do estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ), na tarde deste sábado (21). O Voltaço havia marcado nos acréscimos do primeiro tempo, em jogada de cruzamento na área azulina, finalizada pelo atacante Bruno Santos.

Com o resultado, o Leão soma 6 pontos e se mantém na zona de acesso do Grupo B da Série C, ao lado do próprio Volta Redonda, também com 6 pontos. No outro jogo do grupo, Botafogo-PB e São Bernardo-SP empataram em 0 a 0, em João Pessoa.

A rodada foi benéfica para o Leão, que pode garantir o acesso para a Série B já na próxima rodada. Para isso, terá que vencer o São Bernardo, domingo, no Mangueirão, e torcer por uma vitória do Volta Redonda sobre o Botafogo, em Volta Redonda.

O jogo no Raulino de Oliveira foi equilibrado, com o Remo tendo se resguardado ao longo do primeiro tempo, sendo econômico nos ataques. O Voltaço pressionou mais, porém errou muito nas finalizações. O técnico Rodrigo Santana aproveitou a substituição de Pedro Vítor (lesionado) para voltar com o 3-4-3 habitual, colocando o zagueiro Bruno Bispo pelo lado esquerdo da zaga na etapa final e devolvendo Bruno Silva ao meio-campo.

Foi justamente por ali que o Volta Redonda conseguiu chegar ao gol, aos 48′ do 1º tempo, aproveitando a desarrumação defensiva dos azulinos. Bruno Santos aproveitou rebote de Marcelo Rangel para chutar e marcar. A bola ainda resvalou no goleiro.

Na etapa final, o Remo fez várias mudanças. Entraram Matheus Anjos, Ribamar, Vidal e Marco Antônio, tornando o time mais agressivo. Erros no último passe acabavam comprometendo a tentativa de reação, mas Ytalo quase chegou ao gol aos 10 minutos, após um lançamento perfeito de Diogo Batista. Ele recebeu entre os zagueiros e bateu de primeira, mas o goleiro Jean conseguiu espalmar.

Logo depois, o Voltaço atacou com Bruno Santos, que entrou livre na área e disparou um chute forte, defendido parcialmente por Marcelo Rangel. O jogo se encaminhava para o fim quando Matheus Anjos recebeu à entrada da área, driblou um marcador e foi derrubado quando se preparava para arrematar já dentro da grande área.

O pênalti foi marcado e Pavani cobrou, chutando forte no centro do gol, aos 49′. O empate, justo pela produção dos times na partida, foi muito festejado pelos jogadores azulinos ainda no gramado do Raulino de Oliveira.

Rock in Rio e The Town confirmam espetáculo no Pará às vésperas da COP30

Show inédito terá apresentação de atração internacional em um palco flutuante, em forma de “vitória-régia”, para atrair a atenção do mundo para a conferência climática que ocorrerá no Brasil

Em 2025, um espetáculo inédito vai colocar a Amazônia no centro da mídia nacional e internacional, celebrando a icônica floresta e chamando a atenção do mundo para a 30ª Conferência das Partes para o Clima (COP30), promovida pela Organização das Nações Unidas – que será realizada em Belém do Pará, em novembro de 2025. Juntos, The Town e o Rock in Rio vão realizar, com patrocínio principal da Vale, o evento Amazônia para Sempre, protagonizado por um grande artista internacional, a ser anunciado em breve. A apresentação acontecerá, em setembro de 2025, em um emblemático palco flutuante, em formato de vitória-régia, no Rio Guamá, com cenografia e iluminação criadas exclusivamente para promover um encontro mágico entre a música e a natureza. Esse momento épico será transmitido para todo o país com um conteúdo especial que vai mostrar o espetáculo, além da cultura e da música local. Além do show que será realizado no coração da floresta, a cidade de Belém receberá no mesmo dia um espetáculo aberto, gratuito e com artistas regionais e nacionais, que serão divulgados em breve junto com o local que será realizado.

“Temos o compromisso de usar nossos festivais como ferramentas de engajamento Por Um Mundo Melhor. Essas quatro palavras resumem nosso propósito, valores, missão e cultura. Não há cenário de mundo melhor sem uma Amazônia preservada, na qual as pessoas e a natureza sejam valorizadas. Amazônia para Sempre tem objetivo de dar visibilidade e contribuir para a proteção do clima e da biodiversidade do planeta. Vamos usar o poder de mobilização de Rock in Rio e The Town para atrair os olhares para esta causa tão importante”, afirmou Roberta Medina, vice-presidente de reputação de marca da Rock World, empresa que criou e organiza o The Town e o Rock in Rio e produz o Lollapalooza.

Enquanto esta data não chega, a convocação dos fãs para essa grande festa marcada para 2025 começa hoje, dia 21 de setembro, no momento em que o Rock in Rio celebra a Música brasileira, com o Dia Brasil. Diretamente do Palco Mundo um show de projeções (videomapping), luzes e imagens, exaltando a arte e elementos da floresta, ocupará toda a cenografia, às 21h. Neste momento, Rock in Rio e The Town, anunciam juntos para 100 mil pessoas e todo o público de casa, pelas transmissões, suas atuações no Amazônia para Sempre e iniciam uma contagem regressiva para este momento tão importante para o país e para o mundo. Neste mesmo momento, The Town confirma a edição de 2025 em São Paulo para as datas 6, 7 12, 13 e 14 de setembro, na Cidade da Música, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Amazônia para Sempre une o The Town e o Rock in Rio, com patrocínio principal da Vale e apoio da Rede Brasil do Pacto Global, do Governo do Estado do Pará e da Gerdau, e parceria exclusiva de conteúdo e mídia da Globo, para convocar todos para as urgências socioambientais e a importância de se manter a maior floresta tropical do mundo preservada. O objetivo segue a mesma linha da COP30, de unir as pessoas em torno de uma agenda global única, em prol de um mundo melhor e mais sustentável. A iniciativa reforça a importância da atuação efetiva nos desafios das mudanças climáticas, do aquecimento global, dos eventos climáticos extremos, da transição energética e das ameaças à biodiversidade e à vida como um todo. Também está associada a um longo histórico de atuações na Amazônia por meio do pilar do Por Um Mundo Melhor, da Rock World – empresa que criou e realiza os festivais Rock in Rio e The Town – como por exemplo o Amazônia Live, que já plantou 4 milhões de árvores na região desde 2016. A partir de projetos como estes, que mobilizam pessoas para atuação direta em causas urgentes, o Rock in Rio e o The Town utilizarão seu poder mobilizador junto com a força da música para unir pessoas em torno das pautas amazônicas.

“O projeto ‘Amazônia Para Sempre’ é mais um passo importante para consolidar a liderança do Pará na agenda de proteção da floresta amazônica. Estamos ao lado do Brasil e do Governo do Pará na realização da COP 30, que vai colocar Belém e a Amazônia no centro das atenções globais. Será uma oportunidade incrível para que o mundo conheça ainda mais a diversidade dessa região. Acreditamos que, juntos, podemos fazer a diferença por um mundo mais inclusivo, com a floresta amazônica preservada”, destaca Alexandre D’Ambrosio, vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale.

O Pacto Global da ONU, desde a sua criação, em 2000, pelo então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, atua como iniciativa de apoio para que as empresas de fato avancem no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, para ajudar a mitigar as crises e desigualdades do nosso tempo. A rede brasileira, que apoiadora do evento, através do Movimento Impacto Amazônia, produra mobilizar empresas e suas cadeias produtivas para abordar questões relacionadas à manutenção da floresta amazônica, bem como a promoção de práticas sustentáveis na região, por meio de ações individuais, setoriais e intersetoriais. Isso porque a conservação da Amazônia é uma das prioridades chave para a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

“É uma oportunidade ímpar para o Pacto Global da ONU – Rede Brasil participar desse projeto, que se conecta por música com a sociedade para celebrar a cultura e a arte da Região Amazônica, mas também alertar sobre emergência climática, desigualdades sociais, entre outras pautas, e mobilizar diferentes atores, mas principalmente, às empresas para agirem de forma efetiva na aceleração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU. Nesse sentido, essa iniciativa da Rock World, do Rock in Rio, é muito importante para dar visibilidade e atrair mais investimentos para essa agenda”, defende Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil.

“Com o projeto Amazônia Para Sempre, estamos unindo forças com o The Town e o Rock in Rio para mostrar ao mundo o verdadeiro coração da Amazônia, dar luz ao nosso povo e às nossas culturas. Este é um momento extraordinário para promover um encontro de culturas globais, impulsionar o turismo, a economia local, a bioeconomia e a economia criativa, sempre com práticas sustentáveis. Queremos mostrar que é possível viver, produzir e preservar a Amazônia, reduzindo emissões e adotando uma gestão que respeite a floresta e as comunidades que nela vivem”, completou o governador do Pará, Helder Barbalho.

Amazônia Para Sempre lançará edital privado

No âmbito de Amazônia para Sempre, The Town e Rock in Rio lançarão, com parceria da Vale, no dia 04 de outubro, um edital privado de 2 milhões de reais para financiar iniciativas locais que atuem com bioeconomia, povos da floresta e empreendedorismo. Toda esta conversa visa a construção de um legado para as pessoas que vivem na região por meio de apoio aos projetos nas quais elas próprias são sujeitos e agentes de transformação. O objetivo é contribuir para a proteção do clima e da biodiversidade do planeta pelo cuidado com as pessoas que vivem na Amazônia. As inscrições para o edital vão até o dia 18 de outubro de 2024. Para mais informações e inscrições, acesse: https://rockinrio.com/pt-br/amazonia/


Coletiva de Amazônia para Sempre (Foto: OXIDANY)

“Agradeço em nome de todos os paraenses, em nome dos amazônidas, por esse momento de parceria, união de esforços e conexão por uma causa absolutamente extraordinária, que é o meio ambiente. Estou muito feliz porque acho que nós estamos conseguindo conectar estratégias que permitirão com que a Amazônia possa viver um outro momento, e que este movimento possa deixar um legado da Amazônia forte, com a construção de suas novas vocações”, ressaltou o governador Helder Barbalho.

“Que nós possamos fazer a bioeconomia e termos as soluções baseadas na natureza. Avançar com estratégias que possam olhar pelas pessoas que vivem na floresta e, que possam compreender que floresta viva possa valer mais do que floresta morta. Isso é certamente o que nós podemos deixar para as próximas gerações”, disse.

Ele afirmou ainda que acredita na potência da música, do entretenimento e da arte como ferramentas de reflexão e transformação da sociedade. “Que as pessoas possam participar da construção desse momento que nós estamos vivendo. Essa é a COP do Brasil, é a COP da floresta, é a da Amazônia. E é a grande oportunidade que temos de deixar um legado, para que as próximas gerações possam viver de forma harmoniosa, cuidando da floresta, mas lembrando que para cuidar da floresta nós temos que cuidar das pessoas”, completou Helder.

Emergência climática – Roberta Medina destacou que a organização tem colocado luz sobre temas fundamentais e assuntos importantes, entre eles a emergência climática. “Esse tema é muito importante, e a gente então foca na Amazônia, como esse bioma é tão fundamental, tão importante para a saúde de cada um de nós, para a saúde do Brasil, para a saúde do mundo. E a gente lança então o Projeto Amazônia Live. Eu queria que a gente recordasse um pouquinho o que foi essa primeira etapa de conversa sobre a Amazônia”, declarou.

Amazônia para Sempre prevê ainda a produção de um documentário sobre os bastidores e a preparação desse show icônico que vai conectar a música ao ativismo climático para chamar atenção do mundo para a urgência do tema.

The Town e Amazônia Para Sempre juntos Por Um Mundo Melhor

A contagem regressiva do The Town já começou. O evento, que entra em sua segunda edição em 2025, anuncia as datas para os dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro na Cidade da Música, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, levará a temática Amazônia para Sempre para dentro do festival. Assim como acontecerá no Dia Brasil do Rock in Rio, neste dia 21, ao longo doas cinco dias do The Town, uma intervenção artística com um videomaping com projeções de imagens e luzes ganhará o Palco Skyline.

Sustentabilidade no DNA dos festivais Rock in Rio e The Town 

Quando o assunto é sustentabilidade, o engajamento coletivo é tão importante e potente quanto na manifestação musical. O Rock in Rio e o The Town desenvolvem ações sociais e iniciativas sustentáveis com impactos de curto, médio e longo prazos e, em quatro décadas, foram investidos R$118 milhões em diferentes projetos de educação, indústria da música e reflorestamento e, desde 2013, o festival tem a certificação ISO 20121 – Eventos Sustentáveis. Com visão sistêmica e relatórios periódicos de sustentabilidade, Rock in Rio e The Town desenvolvem ações sociais para além dos milhões de empregos gerados e dos bilhões em impacto econômico dos eventos. 

Os festivais estão focados em ações de curto prazo voltadas para temas emergentes, como a fome. Em parceria com as ONGs Ação da Cidadania e Gerando Falcões, as doações geradas pelo movimento do Dia Brasil de Rock in Rio foram destinadas ao Rio Grande do Sul, ajudando as vítimas das chuvas na região. Isso inclui 1,5 milhão de pratos de comida, os direitos da música “Deixa o Coração Falar” e as contribuições dos fãs.

Rock in Rio e The Town são pioneiros em acessibilidade e inclusão para que todos possam viver os eventos com conforto e segurança. Estes são valores permanentes e transversais a todas as iniciativas promovidas pelos festivais e são aperfeiçoados a cada edição. Além de canais de comunicação e atendimentos exclusivos, a pessoa com deficiência (PCD) que for aos festivais encontra muitas iniciativas de plataformas e ferramentas assistivas e equipe de atendimento especializada em acessibilidade. 

A médio prazo, o foco é no desenvolvimento social. Nesse caso, a parceria de Rock in Rio, desta vez com a ONG Gerando Falcões, Gerdau e Fundação Grupo Volkswagen, chega para fazer uma grande diferença na vida das pessoas. O projeto Favela 3D (Digital, Digna e Desenvolvida), em 2023, de The Town, interromperam o ciclo de pobreza para famílias beneficiadas na Favela do Haiti, em São Paulo, e das áreas do Buraco e Sessenta, ambas do Morro da Providência, conhecida como a primeira favela do Brasil, situada na Gamboa, no Rio de Janeiro. O Favela 3D propõe soluções de desenvolvimento, geração de renda e urbanismo social, co-criadas em participação com a população local.

Reduzir e mitigar impactos ambientais são parte dos esforços de longo prazo. O The Town e o Rock in Rio visam engajar seus stakeholders com ações direcionadas aos parceiros, fornecedores, colaboradores e público. Conduzidos pelo propósito Por um Mundo Melhor, o compromisso é deixar um legado positivo e duradouro por onde passam. Essa missão foi reforçada por Rock in Rio com Amazônia Live, um grande projeto de apoio a restauração da maior floresta tropical do mundo que realizou – junto com Conservação Internacional (CI-Brasil) o plantio de quase 4 milhões de árvores nas margens do Rio Xingu.

Outra iniciativa que marca esse compromisso foi o Rock in Rio Escola Solar, um concurso que instalou 760 painéis de energia solar em 38 escolas públicas portuguesas. A iniciativa, realizada em 2016, foi reconhecida com o Energy Globe Awards, um prestigiado prêmio de sustentabilidade. Agora, diante dos desastres climáticos que assolam o mundo, as duas marcas reafirmam este compromisso com Amazônia Para Sempre, por meio do edital que vai contemplar iniciativas locais voltadas para a proteção da floresta e ao desenvolvimento sustentável.

Por um Mundo Melhor desde 1985

Os dados sobre emissão de carbono, energia e gestão de resíduos ilustram o caminho que Rock In Rio e The Town estão traçando por um mundo melhor. O Rock in Rio neutralizou 100% do carbono emitido em 18 de 22 de suas edições realizadas em 40 anos de história. Ao todo, 430 mil toneladas foram compensadas por meio de projetos de reflorestamento. Na última edição, a pegada de carbono do festival foi de cerca de 60 mil toneladas. O The Town já nasceu com consciência ambiental. 

Em relação a energia, em 2024, o Rock in Rio utiliza 43 postes de painéis fotovoltaicos para iluminar parte da Cidade do Rock com energia renovável. As subestações respondem por 65% do total da energia consumida no evento. 

Desde 2022, o festival passou a contratar a operação da Associação Nacional de Catadores (Ancat) para fazer o serviço ambiental de separação dos resíduos. Além da renda da venda do material separado, eles recebem diárias pelo serviço, treinamentos e uniformes. Com a ação, 250 toneladas de resíduo foram para reciclagem, o que representa 75% do total. A expectativa que os festivais se tornem lixo zero em até seis anos. 

Metas de sustentabilidade ambiciosas até 2030 

Em 2022, o Rock in Rio assumiu metas de sustentabilidade ambiciosas até 2030 como o uso de 50% de alimentação saudável e sustentável, o envolvimento de 100% das suas partes interessadas (stakeholders) na sua política de sustentabilidade, a eliminação completa de resíduos em aterro sanitário e ter avaliação pública de 100% em relação a acessibilidade, inclusão e pluralidade.

Essas ações refletem o compromisso do Rock in Rio e The Town em fazer um mundo melhor, tanto por meio de práticas sustentáveis durante os eventos, como o uso de energia verde e copos, como em promoção, diálogos e mobilizações específicas. 

Seis grandes momentos da história

O Rock in Rio foi criado para dar voz a uma juventude que buscava por liberdade de expressão e usou a música como ferramenta para mostrar que pessoas de origens, raças e crenças diferentes poderiam viver em paz e harmonia. Nessas quatro décadas, o Rock in Rio já engajou mais 12 milhões de fãs, entre ações online e presencial, para agirem em torno da transformação por um mundo melhor. São momentos icônicos que fazem parte do imaginário brasileiro e mundial daqueles que buscam a construções de condições favoráveis para todos. Lembramos abaixo alguns desses momentos:

Selo 100R – Em 2006, o Rock in Rio foi o primeiro festival a receber a certificação 100R, selo internacional que atesta boas práticas em relação a resíduos e emissões de carbono zero de carbono e 100% de reciclagem. Atualmente, os eventos brasileiros também estão certificados.

Rock in Rio Escola Solar- Lançado em Portugal em 2008, o concurso incentivou estudantes a criarem projetos sustentáveis em suas comunidades e instalou 760 painéis fotovoltaicos nas 38 escolas públicas vencedoras. A renda da energia excedente gerou novos projetos. A iniciativa ganhou o Energy Globe Awards, reconhecido prêmio de proteção ambiental.

ISO 2001 – Eventos Sustentável – No ano de 2013, Rock in Rio conseguiu a sua 1ª certificação na norma ISO 20121 – Eventos Sustentáveis. Foi um marco histórico no percurso de sustentabilidade do festival, tornando-se um dos primeiros grandes eventos a nível mundial a conseguir este feito. A partir dessa conquista, o feito começou a ser implementado em todos os eventos de RIR e The Town.

Prêmio Atitude Sustentável – Criado em 2013 com objetivo de inspirar mudanças e promover ações sustentáveis, a Rock World reconhece e premia o esforço de parceiros que promovem boas práticas ambientais, sociais e econômicas durante Rock In Rio e o The Town que o ajudam a cumprir as metas de sustentabilidade. 

Evento conta com patrocínio principal da Vale
A Vale atua na região amazônica há quase 40 anos, com o compromisso de manter a floresta em pé e refletir sobre as diversas formas de viver, conviver e criar na região. A empresa ajuda a preservar cerca de 1 milhão de hectares de florestas no mundo, sendo 800 mil só na Amazônia – uma área seis vezes maior que a cidade do Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Pelo quarto ano consecutivo, a empresa, através do Instituto Cultural Vale, é a maior apoiadora da Cultura no Brasil, com destaque para o Pará e os outros estados onde atua.

Dia D para o Leão na Série C

POR GERSON NOGUEIRA

O Remo enfrenta o Volta Redonda neste sábado, às 17h30, no estádio Raulino de Oliveira, com um objetivo bem claro: aumentar a pontuação no Grupo B da Série C para chegar mais perto do sonhado acesso. É o jogo que abre o returno do quadrangular.

Depois do empate sem gols no Mangueirão, domingo passado, o torcedor azulino ficou com um gostinho de frustração. Quarenta mil pessoas lotaram o estádio para empurrar o Leão a uma vitória, mas o time não teve o mesmo desempenho ofensivo de outras partidas e ficou no 0 a 0.

Cabe reconhecer o desempenho do Voltaço, que soube marcar os alas e atacantes de lado do Remo. Diogo Batista, Raimar, Pedro Vítor e Jaderson tiveram muita dificuldade para romper as linhas de marcação do visitante.

Nem a pressão imposta pelo Remo no 2º tempo fez ruir o bloqueio montado pelo Volta Redonda. Pode-se dizer que o empate teve muito a ver com a eficiência da estrutura defensiva do Voltaço.

Pelas declarações do técnico Rodrigo Santana e dos jogadores, o Leão não espera encontrar o mesmo cenário hoje à tarde. A lógica diz que o Voltaço deverá abandonar os cuidados e partir em busca do gol.

É claro que a defesa continua a ser um de seus destaques. A qualidade da zaga, liderada por Lucas Souza e Fabrício, se revela no desempenho recente. Nos últimos cinco jogos, o time do Rio só tomou um gol. A invencibilidade é de seis partidas, uma a mais que o Remo.

Para encarar esse Volta Redonda ofensivo, a defesa paraense será a mesma do jogo anterior, com Rafael, Ligger e Bispo. Sem a proteção de Sávio pela esquerda, o Remo sofreu para encaixar as jogadas de velocidade.

As ações de Jaderson dependem da chegada de Raimar com qualidade no ataque. O mesmo vale para Pedro Vítor, cujo rendimento cresce quando tem Diogo Batista mais próximo para trocar passes e fazer inversões.

Tudo passa também pelo bom funcionamento da dupla de meio-campo. Bruno Silva e Pavani terão a dupla e difícil missão de marcar e construir. Sem a bola, lutam para recuperar. Com ela, saem para o jogo.

Quando se referiu aos planos para o returno, Rodrigo Santana foi preciso. Disse que a ideia é somar, o que significa lutar pela vitória sem desprezar a hipótese do empate. Segundo ele, o time não pode perder no quadrangular.

A conta do treinador está correta. Se não for derrotado nos três jogos que restam, e ganhar pelo menos mais um, o Remo fechará esta etapa do campeonato entre os que irão subir para a Série B.

Bola na Torre

O programa terá o comando de Guilherme Guerreiro, com participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, as campanhas de PSC e Remo nas séries B e C. A edição é de Lino Machado.

No Papão, Nicolas está no centro do debate  

A torcida sente a falta do Nicolas artilheiro e cobra a cada jogo maior participação dele. Não tem faltado esforço e dedicação, mas o rendimento está aquém das expectativas. Lembra um pouco a participação do ano passado no Ceará, quando também fracassou na Série B.

Em meio a atuações pouco convincentes, Nicolas se lesionou no jogo contra o Brusque. Desde então, nunca mais jogou normalmente. Ficou fora de algumas partidas e ao voltar não repetiu o desempenho de outros tempos, deixou de fazer a diferença.

Na vitória sobre o Guarani teve participação apagada e chegou a ouvir algumas vaias. Diante do América-MG, na quarta-feira, cabeceou uma vez só. Parece travado, sem confiança para jogadas de choque e intensidade.

Márcio Fernandes terá que resolver esse dilema com sabedoria. Não é uma situação simples. Nicolas é apenas um atacante de qualidade; é um ídolo.

Tênis de mesa tem torneio e aulas no Grão-Pará

Começa nesta segunda-feira, 23, o 1º Open de Tênis de Mesa, no Shopping Grão-Pará, com Workshop e aula experimental até o dia 27 de setembro. Nos dias 28 e 29, será realizado o torneio patrocinado pela Federação de Tênis de Mesa do Pará (FTMPA). Aberta ao público, a programação será realizada na praça de alimentação do shopping, sempre das 10h às 22h.

Pranto por um velho e querido amigo

Perdi um grande amigo nesta sexta-feira, 20. Foi um baque e tanto.  Mazinho, jornalista dos tempos em que a profissão tinha lá seu discreto charme, morreu em Goiânia. Será sepultado neste sábado.

Era um sujeito calmo, contador de causos, de bem com a vida, sem muita pressa. Conheci o Mazinho no final dos anos 80. Tinha um nome estranho, Lorimar Dionísio Gualberto, mas um humor afiado.

Certo dia visitou a TV Cultura, onde eu trabalhava à época sob a batuta de Afonso Klautau. Conversamos sobre televisão e, dias depois, fui convidado por ele para chefiar o Jornalismo da RBA.

A emissora estava prestes a ser inaugurada. Na RBA, que inicialmente era afiliada da Manchete, trabalhamos juntos por quase três anos. O dono era Jair Bernardino, empresário que fez fortuna vendendo carros.

Com a morte de Jair, Mazinho deu por encerrada sua missão em Belém. Deixou muitos amigos aqui. Falava em voltar um dia, mas o destino o manteve em Goiânia, ao lado dos filhos que tanto amava. Tinha 79 anos.

(Coluna publicada na edição do Bola deste sábado/domingo, 21/22)

Afinal, o que falta a Juninho?

POR GERSON NOGUEIRA

Garoto revelado na Desportiva, clube formador, e burilado por Walter Lima no Amazônia Independente, o meia Juninho cumpre uma trajetória satisfatória na Série B defendendo o PSC. Tem mostrado evolução e confirmado suas qualidades individuais como jogador de meio e ataque. Pena que os técnicos nem sempre atentem para isso.

Sob o comando de Hélio dos Anjos, Juninho ficou de lado inicialmente em função de problemas físicos, que ele mesmo admitiu em entrevistas. Aos 25 anos, teve algumas oportunidades no Campeonato Paraense e ganhou espaço na reta final da Copa Verde, atuando duas vezes.

No Brasileiro da Série B, jogou 17 vezes, mas foi esquecido diante de outras alternativas disponíveis no elenco bicolor. Além disso, raramente teve direito a uma sequência de jogos. O veterano Robinho sempre foi priorizado na escalação, embora nem sempre pudesse ser aproveitado plenamente em função do condicionamento físico deficiente.

Apesar do bom rendimento nos treinos, Juninho ia ficando de lado, entrando de vez em quando no decorrer das partidas. Até que, de repente, com a impossibilidade de contar com Robinho, Hélio passou a escalar Juninho. Às vezes, entrava como meia. Em outras ocasiões, como até como atacante pelo lado direito, fazendo a dobra com o lateral Edilson.

Era titular quando o PSC resolveu contratar o equatoriano Juan Cazares, ex-Atlético Mineiro e Santos. Diante de um investimento tão alto, ficou claro que Juninho estava descartado, mais uma vez. Só voltou a ter chances quando o futebol de Cazares começou a minguar.

Sempre criativo e habilidoso, Juninho reapareceu bem contra Goiás, Avaí, Mirassol e Amazonas, já no 2º turno da Série B, no fim da era Hélio dos Anjos. Para espanto geral, com a chegada de Márcio Fernandes à Curuzu, o discreto Juninho volta ao estágio inicial.

Não é lembrado nem mesmo quando Cazares é barrado. Ocorreu isso contra o América-MG, quando Robinho foi o escolhido. Juninho sequer viajou para Belo Horizonte. Assistiu pela TV o PSC atuar de forma preguiçosa, ser amplamente dominado e aceitar passivamente o resultado adverso.

É provável que Juninho só volte a ter chance quando não haja nenhuma outra alternativa para compor o setor de criação. A origem paraense talvez seja o maior obstáculo para que mereça espaço e confiança dos técnicos. Nada surpreendente; pelo contrário, abundam os exemplos desse estranho preconceito contra os atletas nativos.  

Um ataque que pode ficar menos previsível

Para o decisivo confronto deste sábado, 21, em Volta Redonda, o Remo terá provavelmente o mesmo time do último domingo, quando ficou no empate com o próprio Voltaço. Zaga, meio-de-campo e ataque serão os mesmos. Ytalo permanecerá como homem fixo na linha de frente.

Artilheiro do time, Ytalo é o centroavante típico, especialista no aproveitamento das bolas que chegam à grande área. Não tem muita mobilidade, mas compensa com excelente posicionamento.

A alternativa para o técnico Rodrigo Santana seria lançar uma linha ofensiva com Pedro Vítor, Rodrigo Alves e Jaderson. Desse modo, teria um ataque de velocidade e flutuação, capaz de confundir a marcação e explorar melhor os espaços que o Volta Redonda certamente irá oferecer.

Marcar jogadores que se movimentam o tempo todo é muito mais difícil para qualquer defesa, ao contrário de vigiar um centroavante previsível e parado dentro da área. É sobre isso que o técnico do Leão deve refletir.

A melhor atuação desse ataque alternativo foi na partida contra o Confiança, em Aracaju, e na segunda etapa diante do Londrina, no Mangueirão. A variedade de jogadas que Pedro Vítor, Jaderson e Rodrigo Alves criam é impressionante.

Caso a ideia mais conservadora prevaleça, seria interessante ver o plano B em ação no 2º tempo, impondo velocidade e infiltrações para complicar a vida da pesada zaga do Voltaço. 

Peñarol surpreende o Flamengo no Maracanã

A caminhada do Flamengo na Libertadores ficou seriamente ameaçada depois do tropeço de ontem à noite, no Maracanã, frente ao Peñarol, por 1 a 0. Com o resultado, o time uruguaio sai na frente no duelo por um lugar nas semifinais. Javier Cabrera marcou o gol, aos 12 minutos, depois de uma falha do volante Erick Pulgar no meio-campo.

Depois de ficar em desvantagem, o Flamengo foi à frente, transformando a partida em duelo de ataque contra defesa, mas não conseguiu chegar ao empate. Com 80% de posse de bola, o domínio rubro-negro era inócuo. A atuação pífia foi agravada pelo nervosismo dos jogadores diante das vaias da torcida no Maracanã.

Nem as mudanças de Tite no 2º tempo foram capazes de melhorar o desempenho da equipe. Diante de 64 mil torcedores, o jogo terminou com a festa dos uruguaios e xingamentos para Tite, cada vez mais ameaçado no comando do Flamengo.

O Peñarol tenta voltar à semifinal do torneio continental depois de 13 anos. Em cinco confrontos com o Flamengo na Libertadores, a vantagem é toda dos carboneros. Para evitar a eliminação, o time rubro-negro terá que derrotar o Peñarol na próxima quinta-feira, 26, no estádio Campeón del Siglo.

Uma vitória por dois ou mais gols garante a classificação. Triunfo por um gol força a decisão em penalidades. De qualquer forma, será uma partida duríssima. Tradicionalmente, o Peñarol é um adversário difícil de ser batido. Motivado pela vantagem parcial e apoiado pela torcida, vai impor sérias dificuldades ao Fla.

(Coluna publicada na edição do Bola desta sexta-feira, 20)

Apatia atrapalha o Papão

POR GERSON NOGUEIRA

Um América-MG determinado a vencer contra um PSC apático e desligado. Não podia dar outra: o time mineiro saiu vitorioso por 2 a 0, perdendo várias chances de ampliar o marcador nos dois tempos. A derrota estava mais ou menos nos planos bicolores, mas o Papão aceitou passivamente a superioridade do time mandante.

Com João Vieira e Val Soares na marcação e Robinho na armação, o PSC não criou embaraços para o América nos primeiros minutos. Acabou castigado com o primeiro gol logo aos 6 minutos. Brenner (que atuou no Remo há dois anos) chegou livre entre os zagueiros para bater rasteiro, sem chances para Diogo Silva.

O desenvolvimento do jogo mostrou um América sempre mais equilibrado, com saídas criativas em direção ao ataque, principalmente com os avanços de Elizari e Juninho. Os erros de passe também atrapalharam as articulações do PSC.  

As ações do meio-de-campo não abasteciam o ataque, formado por Nicolas, Borasi e Esli García. A exceção ficou por conta, mais uma vez, de Esli, sempre criativo e buscando superar a marcação com habilidade. Foi o jogador que mais levou perigo à defensiva americana.

Na etapa final, o PSC sofreu outra ducha de água fria logo aos 7 minutos. Em trama bem construída por Mateus Henrique e Juninho, a bola foi cruzada pelo lateral-direito em direção à pequena área, onde Rodriguinho chegou apenas para desviar para o gol.

Só então o técnico Márcio Fernandes fez as primeiras mudanças na escalação, porém sem fazer o time crescer na partida. Até passou a tentar investir mais no ataque, mas com nenhuma alteração substancial na produção da equipe.

Ex-técnico fala da queda de 2021 e da força da torcida

Felipe Conceição, técnico que comandou o Remo na Série B 2021, entrevistado no Charla Podcast, abriu o coração e deu sua versão sobre os problemas que contribuíram para o rebaixamento azulino naquela temporada. Segundo ele, algumas “ações e atitudes dentro do clube prejudicaram a caminhada, o que refletiu muito em campo”.

Ele assumiu na 7ª rodada da Série B e ficou por 19 rodadas, conquistando impressionantes 30 pontos (10 vitórias). Sob sua direção, o Remo chegou a ficar na primeira página da classificação, passando a ideia de que se manteria na divisão. 

“Cai na conta do treinador, mas é o mesmo treinador que tirou o Remo de último, fez 30 pontos em um turno, botou o Remo em 8º, um clube que não jogava a Série B há muito tempo. É por isso que o torcedor tem essa cicatriz porque a gente tinha tudo para a manutenção na divisão”, lamentou.

Na conversa informal com os entrevistadores, Felipe deixou claro que algumas questões internas interferiram no desempenho da equipe. Citou também a logística como um problema a mais na campanha.

Depois da arrancada, o time foi perdendo embalo e caiu de rendimento. “Tiveram lesões porque as viagens eram longas e o elenco era limitado, na parte técnica. O Paysandu está sofrendo agora e todo time do Norte sofre com a situação da logística. Mas tiveram outras coisas no contexto do clube que prejudicaram mais”, afirmou.

De maneira geral, o trabalho de Felipe pode ser considerado bom, embora tivesse convivido com o velho problema das contratações sem critério. Ele seria demitido a três rodadas do final, com o Remo em 15º lugar.

Treinador da Inter de Limeira, ele enalteceu a torcida azulina e disse que segue torcendo pelo Leão. “O Remo é um potencial de clube absurdo, torço para que ele volte para a Série B porque a torcida é impressionante. Na Série B, foi a maior que eu já vi. Impressionante”.

Citou o episódio do jogo contra o Náutico. “A gente ganhou de 1 a 0 com o Baenão lotado, entupido de gente, uma coisa tão bonita. Sim, o torcedor do Remo é um absurdo. É um povo humilde, a maioria ali pega o pouco que tem para ir ver o clube. Foi uma das experiências diferentes que tive na minha carreira de treinador. Tenho muita identificação com Remo”.

Brilho e fibra de um menino com personalidade

Endrick subverteu o script habitual de jovens jogadores brasileiros contratados pelos grandes clubes da Espanha. Normalmente, são despachados para os times de formação para ganhar experiência. Com o ex-palmeirense, as coisas têm sido diferentes e aceleradas.

Ele ganhou a confiança do técnico Carlo Ancelotti, do Real Madrid, conquistando um lugar no grupo que disputa o Campeonato Espanhol e a Liga dos Campeões. Mais que isso: tem sido sempre lançado e já marcou dois gols desde que chegou ao clube merengue, mesmo não sendo titular.

A mais recente façanha ocorreu na terça-feira, 17, no triunfo por 3 a 1 sobre o Stuttgart, na estreia na Champions. Aos 34 minutos do 2º tempo, com o jogo empatado em 1 a 1, Endrick entrou no lugar de Bellingham. Na segunda bola que recebeu no ataque, arrancou em velocidade e acertou um tiro forte de fora da área, no canto esquerdo, vencendo o goleiro alemão.

O gol fez o Santiago Bernabéu explodir em comemoração e Endrick se tornou o mais jovem brasileiro a balançar as redes na competição europeia, aos 18 anos, 1 mês e 17 dias, superando Rodrygo, também do Real.

“Ele foi muito corajoso, pois era a bola final da partida. A melhor solução ali era aproveitar o “três contra um”, mas ele fez o que fez muito bem. Ele é capaz de fazer coisas que ninguém pensa. Isso é um dom, que ele mostra nos jogos e treinos”, aplaudiu Ancelotti ao final da partida.

O técnico referiu-se ao desprendimento do atacante, que, entre a opção de passar a bola para Mbappé ou Vinícius Jr., preferiu arriscar a finalização. Não é todo jovem atleta que demonstra tanta personalidade e confiança. Endrick parece talhado para os rigores e exigências do futebol europeu.  

(Coluna publicada na edição do Bola desta quarta-feira, 19)

Hora de olhar o copo meio cheio

POR GERSON NOGUEIRA

O Remo fechou a primeira metade do quadrangular com 5 pontos e invicto – uma vitória e dois empates. Posiciona-se nos primeiros lugares do Grupo B, na zona do acesso, com um aproveitamento satisfatório. Só não foi melhor porque a vitória bem encaminhada sobre o São Bernardo se transformou em empate frustrante nos minutos finais.  

Juntamente com o empate em casa diante do Volta Redonda, domingo, foram resultados que fizeram arrefecer o entusiasmo depois da estreia triunfante sobre o Botafogo. Em termos numéricos, porém, a campanha é excelente e deve inspirar o torcedor a olhar para o copo meio cheio, ao invés de se atormentar com o meio vazio.

Invicto há cinco partidas, o Remo tem mostrado regularidade na execução do sistema 3-4-3. O modelo está tão bem encaixado que a simples ausência de uma peça – Sávio, zagueiro pelo lado esquerdo – fez o conjunto sentir e perder o prumo em muitos momentos contra o Volta Redonda.

Pode-se dizer que Rodrigo Santana está conseguindo fazer o Remo atingir o apogeu com a atual formação. Não existe dúvida quanto ao acerto das escolhas. A linha de zagueiros é a melhor possível – Rafael, Ligger e Sávio. Do mesmo modo, o quarteto intermediário não podia estar melhor desenhado com Diogo Batista, Bruno Silva, Pavani e Raimar.

O trio ofensivo ainda desperta certa dúvida em função de um problema antigo: a dúvida entre um centroavante de ofício e um atacante de mobilidade. Ytalo ou Rodrigo Alves.

Ytalo vem conseguindo marcar gols sempre que o meio constrói jogadas direcionadas a ele. A exceção foi o último jogo, quando passou em branco, desperdiçando uma chance de ouro no primeiro tempo.

Pedro Vítor é o mais habilidoso dos atacantes, com capacidade e autonomia para avançar com a bola ou ser lançado em profundidade. Não teve espaço contra o Volta Redonda, que estrategicamente botou o lateral-esquerdo e um volante para vigiá-lo de perto.

Ossos do ofício. O rendimento positivo na Série C fez com que os adversários se cercassem de cuidados. Para o próximo jogo, em Volta Redonda (RJ), o Remo pelo menos já sabe o que o mandante vai usar como armas para buscar a vitória.

Para os azulinos, o empate pode ser um bom resultado, desde que São Bernardo e Botafogo-PB fiquem na igualdade. Um triunfo dos paulistas deixaria o grupo com um novo líder, com 7 pontos.

Obviamente, vencer é o melhor dos cenários para o Leão. Com 8 pontos, seguraria o Voltaço com 4 e assumiria a ponta, independentemente do outro resultado. Além disso, abriria a perspectiva de cravar o acesso já na partida seguinte, no Mangueirão, contra o São Bernardo. (Foto: Samara Miranda/Ascom CR)

Volta dos renegados faz Papão recuperar forças

Os atacantes Esli García, Jean Dias e Borasi, que estavam fora da equipe titular na reta final do trabalho de Hélio dos Anjos, por contusão ou opção técnica, garantiram ao PSC maior consistência ofensiva na vitória da retomada, sábado, sobre o Guarani. Além disso, estão prontos para atuar no importante compromisso de hoje (18) contra o América-MG, em BH.  

Márcio Fernandes teve o mérito de perceber essa necessidade e apostar no trio. Esli jogou a partida inteira e teve pela primeira vez liberdade para atuar mais centralizado, principalmente no 2º tempo.

Borasi entrou no intervalo e foi decisivo para impulsionar as jogadas pelo lado direito, liberando Edilson para avançar como um ala. Essa parceria foi determinante para a virada, pois partiram do lateral-direito os cruzamentos que originaram os gols de Jean Dias e Kevyn.

Mais que os dois primeiros, Jean Dias foi o que impressionou mais pela intensidade de seu jogo. Começou arrasador, marcando sem ângulo o gol de empate aos 2 minutos do 2º tempo. Parecia com fome de bola, após várias partidas fora de combate.

Acontece com Jean Dias uma situação curiosa ao longo da Série B. Teve um começo abaixo do esperado e perdeu a titularidade. Seu retorno à equipe coincidiu com a melhor fase do PSC na competição, quando alcançou a 9ª colocação.

Depois disso, por lesão e perda de espaço, sumiu do radar da comissão técnica. Com a ausência dele, o time passou a depender do estreante Yony Gonzalez, ainda não entrosado com os companheiros.

Contra o Guarani, voltou de forma triunfal, como a dar uma resposta a quem duvidou de sua utilidade para a equipe. Com ele, Borasi, Esli e Edinho, que também está recuperado, Márcio passa a ter várias opções de qualidade para estruturar o ataque.

Incontinência verbal faz Abel comprometer prestígio

Não é mais nem surpresa. Quase toda rodada da Série A reserva um show solo do técnico palmeirense Abel Ferreira, geralmente distribuindo coices verbais contra jornalistas durante as entrevistas coletivas. Quando não aponta a metralhadora giratória contra uma repórter, como no mês passado, mostra indignação diante de perguntas absolutamente comuns.

Deixa a impressão nesses momentos de que vive dias de puro tédio, enfastiado com o gordo salário e o prestígio conquistado como comandante do Palmeiras há mais de três anos. Vitórias e taças o tornaram por justiça um ídolo intocável para a torcida do clube.

Como é comum em casos assim, o prestígio subiu à cabeça do treinador português. A última patacoada foi insinuar que os jornalistas o perseguem porque têm inveja dele e do dinheiro que ganha no Brasil. A pergunta era sobre uma situação de jogo, mas Abel distorceu o sentido para confrontar o repórter. Não precisava, bastaria se negar a responder.

O lado mais chato dessa situação é que logo virá a habitual nota de esclarecimento, que nunca inclui um pedido de desculpas. O fato remete à velha questão da falta de preparo no momento das vitórias, que, dependendo do vencedor, por vezes embriaga e turva as ideias. 

(Coluna publicada na edição do Bola desta quarta-feira, 17)

Rock na madrugada – Eric Clapton, “Pretending”

POR GERSON NOGUEIRA

Lendário show de Eric Clapton no Royal Albert Hall, em Londres, em 1990, para confirmar ao mundo que era de fato (e direito) o melhor entre os maiores domadores de guitarra de todos os tempos. A exibição de destreza e talento em “Pretending” (Fingindo), com dois solos matadores, comprovam essa verdade. O fato é que Mr. Slowhand pontificou absoluto no cenário do blues rock no período dos anos 80 aos 90, ostentando bandas de apoio portentosas.

Aqui ele aparece ao lado de alguns de seus mais costumeiros asseclas de palco e estúdio: Greg Phillinganes (teclados), Nathan East (baixo) e Steve Ferrone (bateria), todos músicos admiráveis. Uma cozinha afinadíssima naquele que é possivelmente o show mais impecável de um artista que sempre se notabilizou por apresentações tecnicamente perfeitas.

Quando subiu ao palco do Royal Albert Hall, Eric estava há apenas dois meses do lançamento do álbum “Journeyman” (1989), cuja primeira faixa é justamente “Pretending”. O disco foi saudado à época como um retorno dele à sobriedade após um período turbulento de drogas e álcool. O êxito do trabalho, produzido por ninguém menos que Phil Spector e com um punhado de hits poderosos, devolveu Eric à sua melhor forma, para felicidade geral da nação roqueira.

Presidente da Alepa intermedia atuação da Defensoria Pública em Marabá

Na manhã desta terça-feira (17), o presidente da Assembleia Legislativa do Pará, deputado Chicão (MDB), acompanhado do deputado Chamonzinho (MDB), recebeu o Defensor Público de Marabá, Erickson Rodrigues; o Sub Defensor Público-Geral do Pará, João Paulo Lêdo; e o vice-prefeito de Marabá, Luciano Dias, para intermediar diálogos e dar assistência aos moradores do bairro São Félix, em Marabá, sobre a garantia de direito à moradia. 

O chamado Núcleo Marabá tem uma área de 450,8641 hectares de extensão, o que equivale a 450 campos de futebol e abriga, segundo a prefeitura de Marabá, cerca de 60 mil famílias. A área foi objeto de uma ação de reintegração de posse em 1986, na época, em primeira instância, a justiça não acolheu o pedido. Agora, em 2024, famílias foram surpreendidas com o recebimento de intimações que cobram indenizações de valores fora da possibilidade daquela população. 

O Defensor Público de Marabá, Erickson Rodrigues, informou que será montada uma força-tarefa na Defensoria Pública para atender a urgente demanda dos moradores do bairro.  

“Processualmente, não há pedido e nem risco de desocupação. Mas essas pessoas que foram intimadas precisam ter a iniciativa de responder individualmente. A Defensoria Pública atende essa população carente e vai adotar as providências processuais cabíveis, desde o questionamento do valor cobrado, pedido de suspensão, conciliação ou até mesmo providências administrativas”, explicou. 

O vice-prefeito de Marabá, Luciano Dias, solicitou à Alepa que faça a intermediação junto a Defensoria Pública para tranquilizar a população e solucionar o problema. 

O presidente da Alepa, deputado Chicão (MDB), recebeu a Defensoria Pública e o vice-prefeito durante a Sessão Ordinária desta terça-feira e pediu para assegurar aos moradores do Núcleo São Félix que o trabalho será efetivo. 

“Quero assegurar aos moradores que tenham a tranquilidade de que a solução está sendo encontrada e que nenhum deles será prejudicado”, disse. O deputado Chamonzinho (MDB) também demonstrou preocupação com a situação dos moradores do Núcleo São Félix. 

“A situação é extremamente delicada, ali temos moradores que têm 20, 30, 40 anos, residindo ali, construíram suas casas, suas famílias e suas histórias e acabam sendo surpreendidos com uma decisão judicial com valores absurdos de cobrança de indenização pela área, mas nós estamos agindo junto ao Governo do Estado, Alepa e Defensoria Pública para dar toda assistência à população”, destacou. A partir desta quarta-feira (18), a Defensoria Pública montará uma força-tarefa para atender todos os moradores do bairro São Félix que foram intimados para se habilitar no processo e discutir a decisão.

Texto: Andreza Batalha/Foto: Guilherme Thorres