Com um gol de Matheus Serafim aos 15 minutos de jogo, o Amazonas derrotou o PSC por 1 a 0 na noite desta quinta-feira (5), no estádio da Curuzu. O resultado mantém o Papão na 15ª posição, mas sujeito à aproximação de CRB e Brusque. O Amazonas pulou para a 8ª colocação.
O primeiro tempo teve ampla presença ofensiva do PSC, que criou várias oportunidades de gol, com Robinho, Nicolas, Juninho e Edilson. Um gol marcado por Matheus Trindade foi anulado pelo árbitro Sávio Pereira Sampaio em lance e interpretação confusas.
Aos 15 minutos, após erro na saída de bola do PSC, o Amazonas retomou a posse e partiu em contra-ataque com Diego Torres. Ele foi até ao lado da área e cruzou na medida para um cabeceio perfeito de Matheus Serafim, no ângulo direito da trave de Diogo Silva.
O Papão seguiu pressionando com intensidade, embora errando na aproximação ou no arremate, o que foi transformando o jogo em duelo de ataque contra defesa.
No 2º tempo, apesar de várias mudanças no setor ofensivo, o PSC não conseguiu se organizar a ponto de furar o bloqueio defensivo do Amazonas. Em contragolpes, o time amazonense chegou a marcar o segundo gol, mas a arbitragem anulou por impedimento.
Ao final da partida, a torcida vaiou a comissão técnica, chamando o técnico Hélio dos Anjos de “burro”. Os jogadores saíram de campo de mãos dadas, recebendo os apupos dos torcedores que compareceram à Curuzu.
Levantamento do Greenpeace Brasil mostra que atividade ilegal extrapola territórios indígenas e já devastou 13 mil hectares em 15 Unidades de Conservação da Amazônia.
Um levantamento inédito do Greenpeace Brasil mostra que, além das terras indígenas, o garimpo ilegal ameaça um importante patrimônio natural brasileiro: as Unidades de Conservação (UCs) da Amazônia. A organização identificou atividade garimpeira em 15 UCs em três estados do bioma, Amapá, Amazonas e Pará, com uma área total devastada de 13.484 hectares. O novo levantamento sobre garimpo é publicado neste 5 de setembro, Dia da Amazônia.
“O garimpo tem sido um dos principais vetores de destruição da Amazônia. Com este novo levantamento, o Greenpeace alerta que não são apenas as Terras Indígenas que são devoradas pelo garimpo, mas também as Unidades de Conservação. O enfraquecimento da fiscalização e o afrouxamento de leis ambientais, ocorridos durante o governo Bolsonaro, assim como o aumento do preço do ouro no mercado externo, fizeram com que os números relativos a essa atividade crescessem exponencialmente, piorando um cenário que já era muito complexo no bioma”, explica o porta-voz da frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil, Jorge Eduardo Dantas.
A Floresta Nacional do Amanã, que fica na divisa entre o Amazonas e o Pará, é a UC com a maior área destruída por garimpo ilegal na Amazônia. Nesta UC, o Greenpeace Brasil identificou 6,8 mil hectares de garimpo – quase metade da área total de garimpo identificado dentro de UCs. “Amanã” é um termo de origem indígena que significa “água que vem do céu”. O rio, de mesmo nome, o mais importante daquela Floresta Nacional, possui 156 quilômetros – desses, 56 km já foram afetados pelo garimpo, sem contar seus afluentes.
A segunda posição é da Floresta Nacional (Flona) de Urupadi, no sul do Amazonas. A Flona sofre com o garimpo ilegal desde 1985, quando foram identificados 162 hectares da atividade ilegal em seu interior. Em 2016, quando a Floresta Nacional foi criada, o tamanho da área devastada por garimpo já era de 303 hectares. Em 2024, o levantamento do Greenpeace encontrou 2.603 hectares de atividade garimpeira – um aumento de 759% em menos de 8 anos.
O Greenpeace também analisou os pedidos de Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) disponibilizados pela Agência Nacional de Mineração (ANM) dentro da UC. Foi feita a intersecção da área de garimpo com a área da PLG, e verificou-se que de 120 pedidos dentro da UC, 43 PLGs em diferentes fases estão sobrepostas à área de garimpo na UC.
Apesar da atividade garimpeira ser permitida em certas zonas da Floresta Nacional do Urupadi, o Plano de Manejo Florestal da Flona não foi localizado, o que seria de suma importância para verificar se os limites da exploração estão sendo respeitados.
Localização das Unidades de Conservação com registro de atividade garimpeira.
As 15 UCs identificadas pelo Greenpeace Brasil devastadas com garimpo:
Quando o Brasileiro começou, as expectativas do PSC eram altas, como devem ser as expectativas de todo time que se prepara para uma competição importante. As muitas contratações realizadas foram pensadas para contemplar o objetivo de brigar pela “parte de cima” da tabela. A realidade é que, depois de 24 rodadas, o cenário é de desalento.
As ambições foram realinhadas ainda no 1º turno, quando em entrevista o técnico Hélio dos Anjos foi realista sobre as pretensões da equipe na Série B. Garantir a permanência é importante e significa muito diante dos investimentos de outros clubes, ele disse.
Desde então, o time só fez perder capacidade competitiva, acumulando oito jogos sem vitória e estacionando em posições próximas à zona de rebaixamento. Problemas internos vieram à tona, escancarando uma crise que se mantinha apenas submersa.
Para agravar as coisas, as últimas rodadas trouxeram uma sequência de lesões que enfraqueceram ainda mais a equipe. Contra o Goiás, na rodada passada, a quantidade de desfalques chegava a quase um time inteiro. É muita coisa, principalmente para um momento de pressão por resultados.
É o que ocorre hoje em escala menor para o confronto com o Amazonas (às 21h30, na Curuzu). Alguns titulares já estão disponíveis, mas o time ainda tem poucas alternativas para o ataque e sente a falta de jogadores importantes, como Nicolas, Kevyn e Jean Dias.
Conquistar a vitória diante de um adversário que sempre criou problemas jogando em Belém é um grande desafio. O fato animador é que, nesta Série B, em situação semelhante no início da disputa, o PSC conseguiu derrubar o favorito América-MG dentro da Curuzu.
Diante da necessidade de gols, o time deve entrar com uma formação ofensiva, capaz de intimidar e prevalecer sobre o Amazonas. Yony Gonzalez é o mais adiantado, tendo a provável companhia de Juninho, como na última partida.
Esli García, artilheiro da equipe, segue como uma incógnita na escalação. Marcou um golaço contra o Goiás, mas, na opinião do técnico, não tem “sustentação” e vive de “lances isolados”, o que indica que seguirá como segunda ou terceira opção no banco de reservas.
A possibilidade mais interessante (e lógica) seria o aproveitamento de Esli como parceiro de ataque de Yony e Juninho, tornando a movimentação mais leve e rápida. O meio-de-campo deve contar com João Vieira, Matheus Trindade e Juan Cazares.
O Amazonas é o 12º colocado, cinco pontos à frente do Papão, em 15º. Como se vê, a vitória é o único resultado capaz de reabilitar o representante paraense na competição. (Foto: Jorge Luís Totti/Ascom PSC)
Arrancada azulina tem a ver com papel de Pavani
Para alegria de seu torcedor, o Remo contrariou prognósticos e chegou ao quadrangular decisivo da Série C. Quem pregava que o mínimo necessário para classificar era marcar 28 pontos, teve que refazer as contas depois que o Leão passou com 26.
Acima desses aspectos, cabe enaltecer o bom momento vivido pelo time. A chegada ao quadrangular coincide com o melhor desempenho na competição. A performance da zaga é um dos pontos altos: nos últimos cinco jogos, o time sofreu apenas dois gols.
Com segurança defensiva, o Leão conseguiu garantir o empate necessário para a classificação diante do São José e parou o melhor time da etapa inicial do campeonato – o Botafogo-PB.
E um jogador encarna como ninguém a fase positiva vivida pela equipe de Rodrigo Santana: Pavani. Foi o atleta que mais evoluiu desde a entrada em cena do técnico, a partir da 5ª rodada. O esquema 3-4-3 foi liderado pelo volante/meia, que tem o posicionamento mais dinâmico e assertivo.
No plano ofensivo, o Remo tem se beneficiado sobremaneira dos passes curtos, da marcação forte e das saídas constantes para troca de ideias com Jaderson, Raimar, Diogo Batista e Pedro Vítor, principalmente.
É no campo defensivo, porém, que Pavani tem brilhado mais. Dá sempre o primeiro combate, mesmo com Bruno Silva em campo, e é importante também no jogo aéreo. Suas atuações têm sido tão boas que, contra o Botafogo-PB, a defesa nem sentiu as ausências de Ligger e Silva.
Dorival sinaliza trio do Real, mas Estêvão pode estrear
As agruras da Seleção Brasileira nas Eliminatórias, amargando um inédito sexto lugar, contribuem para o clima de expectativa em torno do jogo de amanhã contra o Equador, em Curitiba. O time, agora treinador por Dorival Júnior, não despertava maior interesse, mas o risco de uma inédita ausência na Copa do Mundo fez tudo mudar de figura.
Até mesmo a burocrática convocação de jogadores tem mexido com as atenções da torcida. Quebrar o jejum de vitórias – um empate e três derrotas nas quatro rodadas recentes – é prioridade máxima.
Dorival vem ensaiando um time que poderá ter os três atacantes do Real Madrid na linha de frente. Alisson; Danilo, Éder Militão, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; André, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Rodrygo, Vini Junior e Endrick. Esta foi a formação titular do primeiro treino.
Estêvão, jovem atacante do Palmeiras e principal revelação da temporada, pode ser uma aposta no lugar de Endrick. Já o botafoguense Luiz Henrique também é cotado para reforçar o ataque com seus dribles em velocidade. Seria oportuno ver caras novas no time, para contrabalançar as mesmices de sempre – Paquetá e o incrível Danilo.
O centroavante Pedro, que podia dar a Dorival a opção por um sistema mais conservador na frente, foi desligado ontem da Seleção devido a uma ruptura no ligamento do joelho, cujo tratamento leva de nove meses a um ano. Para a vaga, João Pedro (Brighton) foi chamado ontem.
Com apenas sete pontos em seis jogos, o Brasil tenta sair do incômodo 6º lugar, última colocação que garante vaga direta no Mundial de 2026.
Os deputados, presididos pelo deputado Chicão (MDB) exploraram em seus pronunciamentos, na sessão desta terça-feira (3), as ações relacionadas à campanha “Setembro Amarelo”, mês dedicado à prevenção do suicídio. A iniciativa teve início no Brasil em 2015, com o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento e discutir maneiras de prevenção. Além disso, a campanha visa a discussão em torno de políticas públicas que deem conta desses casos.
Para os parlamentares da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), o suicídio é um problema de saúde pública que não pode ser visto como tabu. “Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos mais pessoas morrem como resultado de suicídio, mais do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios”, situou a gravidade da questão, o deputado Carlos Bordalo (PT).
“O Setembro Amarelo nos convida a refletir sobre como podemos contribuir para uma sociedade mais solidária, onde o cuidado com a saúde mental seja uma prioridade”, disse a deputada Maria do Carmo, vice-líder do governo na Casa. A deputada considera essencial promover o respeito e a empatia ao tratar desse assunto. “Piadas ou comentários desdenhosos sobre a saúde mental de alguém podem agravar ainda mais o quadro de uma pessoa vulnerável”, considerou. A parlamentar defendeu ainda a necessidade da prevenção dentro das escolas, com o apoio de psicólogos. O deputado Fábio Freitas (PRTB) avalia que o suicídio é um mal que assola o Pará, o Brasil e o mundo. “Temos que considerar que o assunto é de extrema importância, seriedade e de muita sensibilidade. Para ele, temos que estabelecer programas para acolher essas pessoas que se encontram desamparadas e que por falta de apoio vão ao extremo atentando contra a própria vida”. Freitas lembrou de projeto de sua autoria, sancionado ano passado, determinando a afixação de placas nas escolas públicas e privadas do Estado alertando para o tema da prevenção ao suicídio.
Suicídios preocupam a OMS
“Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, e a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida”, disse Maria.
Já o deputado Bordalo informou que a taxa de entre jovens cresceu 6% por ano no Brasil entre 2011 e 2022, enquanto as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 anos de idade evoluíram 29% ao ano no mesmo período. Os números apurados superam os registrados na população em geral, cuja taxa de suicídio apresentou crescimento médio de 3,7% ao ano e de autolesão de 21% ao ano, no período analisado.
“Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades”, avaliou o parlamentar petista. Carlos Bordalo citou ainda estudos da Fiocruz, que já associaram o aumento do número de suicídios ao aumento das desigualdades sociais e da pobreza, e ao crescimento da prevalência de transtornos mentais, que causam um impacto direto nos serviços de saúde.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é uma instituição vinculada ao Ministério da Saúde, portanto, ligada ao governo federal, e que atua na pesquisa e no desenvolvimento científico e tecnológico da saúde brasileira.
Setembro Amarelo
A campanha começou nos EUA, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994. Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo. Por conta disso, ficou conhecido como “Mustang Mike”. Seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte.
No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles tinha a mensagem “Se você precisar, peça ajuda”. A iniciativa foi o estopim para um movimento importante de prevenção ao suicídio, pois os cartões chegaram realmente às mãos de pessoas que precisavam de apoio.