Um ataque que perdeu o rumo

POR GERSON NOGUEIRA

O PSC é o time que mais perdeu gols na Série B. Até agora, após 20 jogos disputados, foram 19 chances claras desperdiçadas pelo ataque. A estatística incômoda é do site Sofascore, que apontou a liderança do time bicolor, ficando à frente de Coritiba (17), Brusque (17), Vila Nova (16) e Avaí (15).

O setor ofensivo do Papão ficou sem marcar em seis dos 20 jogos do Brasileiro – contra Santos (2), Avaí, Guarani, Sport e Brusque.

Apesar das oportunidades não consignadas, a equipe mantém a média de 1,1 gol por jogo, 22 no total (é o oitavo ataque). A quantidade de gols perdidos explica o posicionamento na classificação. O PSC é o 15º colocado, a apenas 5 pontos do primeiro time do Z4 – Chapecoense (17º).

Uma das razões para a indigência ofensiva é a indefinição no ataque. Desde que Nicolas se lesionou, no jogo com o Brusque, o setor tem sido alvo de preocupações da torcida. Sem um substituto para o papel de referência ofensiva, Nicolas entrou contra o Santos visivelmente fora das condições ideais.

A atuação discreta do centroavante acabou por influenciar todo o sistema ofensivo, que foi facilmente dominado pela defesa santista no Mangueirão. Sem seu atacante mais experiente, o PSC viu-se de repente sem alternativas para a posição. Ruan Ribeiro, o único reserva direto, não tem a confiança da comissão técnica, o que acaba forçando improvisações.

Tardiamente, o clube tentou nos últimos dias contratar mais um atacante, mas errou o pulo nas duas investidas. Yuri Castilho, que está no Vitória, acabou optando pelo Mirassol. Yonny Gonzalez, do Atlético-GO, também foi sondado, mas o negócio não avançou.

Biel, jogador de meio-campo, foi o substituto de Nicolas no restante da partida com o Brusque. O desempenho dele foi pífio, expondo a situação de absoluta carência de centroavantes no abundante elenco do PSC, formado em grande parte por volantes e jogadores de defesa.

O mais grave é que faltam ideias para sanar as dificuldades no centro do ataque. Esli García, principal goleador do time no campeonato (5 gols), caiu de rendimento após o jogo com o Ituano, vitória mais expressiva do Papão até agora (5 a 3) e perdeu espaço.

Paulinho Boia, recém-chegado ao clube, foi lançado como substituto de Esli, mas não tem o mesmo aproveitamento do venezuelano até por ter características completamente diferentes. Esli conduz a bola, gosta de driblar e costuma furar bloqueios defensivos com extrema habilidade. Além disso tudo, sabe finalizar.

Com Paulinho Boia lesionado diante do Santos, Esli entrou e mostrou utilidade, mas não parece convencer o técnico Hélio dos Anjos. Só volta ao time titular diante do Botafogo-SP, neste domingo, se Boia não tiver condições de entrar.

Desse modo, entre dúvidas e equívocos, vive o Papão neste início de returno da Série B. Já é tempo de acertar o passo. (Foto: Jorge Luís Totti/Ascom PSC)

Sob incertezas, Leão se prepara para decisão

O Remo mergulha nos preparativos para o jogo decisivo de sábado, no Mangueirão, contra o Londrina, sem que haja uma ideia sobre a escalação para o confronto. Nas últimas 10 rodadas, o time sofreu sempre mudanças, algumas forçadas e outras por iniciativa do técnico Rodrigo Santana.

Diante do Confiança, na rodada passada, a equipe voltou a jogar no sistema 3-4-3, que havia sido substituído pelo 4-4-2 no confronto anterior, diante da Aparecidense no Mangueirão.

O 1º tempo foi de almanaque, com funcionamento perfeito da transição entre meio e ataque, afinação nas subidas e bom posicionamento defensivo. Fez o gol, que foi anulado erradamente. O final só não foi feliz porque o trio de arbitragem resolveu conspirar contra.

A lógica manda que a equipe do 1º tempo seja mantida, pelo menos quanto à estrutura. É claro que, com a necessidade de ser inteiramente ofensivo, o time pode ganhar reforços, como o lateral-esquerdo Raimar, que era titular até Rodrigo Santana optar por Sávio.

A proteção à zaga deve ser repensada também. Afinal, um volante lento e destrambelhado como Bruno Silva não garante nenhuma segurança. Foi o autor do pênalti infantil cometido contra o Confiança, dando um carrinho antes de a bola chegar aos pés do atacante.

É bem verdade que o lance foi todo irregular, pois ocorreu uma falta antes do desfecho dentro da área do Remo, mas a desastrosa entrada de Bruno Silva na jogada não pode ser esquecida.

A dois jogos do fechamento da fase de classificação da Série C, o Remo não pode mais cometer erros, nem ficar sujeito a mudanças de rumo e escolhas sem sentido. É hora, por exemplo, de esquecer Cachoeira e João Afonso. Acabou a brincadeira.

Galo é o líder em bonificações na Libertadores

As Copas Libertadores e Sul-Americana chegaram à fase de oitavas de final e os clubes brasileiros, somados, já arrecadaram R$ 290 milhões em premiações recebidas. O Brasil é o país com mais representantes nas duas competições: são sete times na Liberta e mais cinco na Sula.

Até o momento, o que mais garantiu bonificações foi o Atlético-MG, com R$ 32,4 milhões. A equipe faturou a maior premiação por ter vencido mais partidas na fase de grupos. Palmeiras, Fluminense e São Paulo somaram R$ 30,7 milhões cada, enquanto Botafogo, Grêmio e Flamengo receberam R$ 28,8 milhões em bonificações ao longo do torneio.

Na Sul-Americana, o destaque vai para Atlético-PR e Bragantino, que passaram pelos playoffs e somam R$ 13,5 milhões cada. Entre os times que passaram para as oitavas, Corinthians e Fortaleza somam R$ 10,5 milhões, enquanto o Cruzeiro acumulou pouco mais de R$ 10 milhões.

As premiações são recordes para este ano e fazem parte de um montante de R$ 1,5 bilhão que a Conmebol oferece em bonificações durante as competições que organiza entre clubes, em 2024. O crescimento é de 7% em relação ao valor oferecido em 2023.

(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 15)

Centrais sindicais saem em defesa do ministro Alexandre de Moraes

As quatro centrais sindicais do país saíram em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que é alvo desde terça-feira de uma campanha de desestabilização iniciada por reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo:

As centrais sindicais brasileiras, que sempre pautaram pela defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores (as) da democracia e da justiça social, consideram que a luta contra estranhas ameaças que o Brasil e suas instituições enfrentam, continuam na ordem do dia.
Alertamos a sociedade que os atuais movimentos visando atacar e fragilizar a Democracia, utilizando-se, como método, da desestabilização do Ministro do STF, Alexandre de Moraes, são reações de setores inconformados com o seu importante papel para salvaguardar a ordem constitucional e o bem-estar do País.
Os nefastos ataques que o Ministro vem sofrendo, principalmente pelo seu papel de combate às chamadas “fake news” produzidas em larga escala por milícias digitais, são demonstrações claras que a sociedade brasileira precisa ficar vigilante contra os ataques que visam abalar os pilares da Democracia, na confusão deliberada entre opinião e mentira e entre fato e versão.
As centrais sindicais, portanto, condenam julgamentos precipitados, matérias apelativas e reafirmam sua posição de princípio de que o STF e todo o Poder Judiciário brasileiro deve atuar na defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito, para que momentos de provocada turbulência do país sejam superados pela via Democrática. 

São Paulo, 14 de agosto de 2024
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

A frase do dia

“A Folha, que apoiou a Ditadura, apoiou Collor, apoiou Eduardo Cunha, apoiou Sérgio Moro, apoiou Bolsonaro em 2018, está atacando o trabalho do Alexandre de Moraes. Precisa dizer mais alguma coisa?”.

Pedro Ronchi, geógrafo

Rock na madrugada – Rolling Stones, “Tops”

POR GERSON NOGUEIRA

Uma farra sonora dos Stones gravada no faiscante ano de 1972, um dos mais prolíficos do duo criativo da banda. “Tops” tem dois destaques óbvios: o show vocal de Mick Jagger e o timbre melódico suingado da guitarra de Mick Taylor. Uma pérola perdida no tempo, um rock despretensioso e cheio de balanço, como só eles eram capazes de fazer. Quase uma década depois, foi incluída no álbum Tattoo You, de 1981. Reparem que a guitarra se espraia agradavelmente por toda a canção, quase sem permitir a entrada dos outros instrumentos.

O próprio Jagger se rende ao talento de Taylor: “Acho que ele deu uma grande contribuição. Ele tornou tudo muito musical. Ele era um músico muito fluente e melódico, o que nunca tivemos, e não temos agora… Mick Taylor tocava linhas muito fluidas contra meus vocais. Ele era emocionante, e ele era muito bonito, e isso me deu algo para seguir, para detonar. Algumas pessoas acham que essa é a melhor versão da banda que existiu”.

Eu, particularmente, sempre considerei o quinteto Jagger-Richards-Taylor-Wyman-Watts a melhor formação de todos os tempos na história dos Rolling Stones, superior até à original, com Brian Jones. Ronnie Wood é um grande guitarrista (e baixista), mas Taylor é incomparável, um fora-de-série, um estilista do instrumento. E se encaixava perfeitamente com o som mais rústico produzido de Richards. Mas esta é só uma opinião de fã.

Leão vai à CBF contra arbitragens

POR GERSON NOGUEIRA

Por enquanto, é apenas esperneio. Não vai mudar o resultado do jogo que tirou o Remo do G8 da Série C, mas a diretoria do clube enviou ofício à presidência da CBF solicitando uma reunião com os responsáveis pela Comissão de Arbitragem, a fim de denunciar a arbitragem da partida realizada em Aracaju, sábado, contra o Confiança.

Logo depois do jogo, a diretoria emitiu uma nota manifestando revolta e repúdio. Afirmou, em termos duros, que o Remo foi “tremendamente prejudicado” em Aracaju e indagou: “Quem se beneficia do insucesso do Clube do Remo?”.

No ofício à CBF, assinado pelo presidente Antônio Carlos Teixeira (Tonhão, foto), o clube ressalta que a solicitação tem o objetivo de “garantir direitos e oportunidades iguais para que haja uma competição justa e sadia”. Vale destacar alguns pontos da nota oficial do clube.

“O Clube do Remo vem registrar sua revolta com a arbitragem na partida envolvendo o Confiança-SE pela Série C 2024. Nossa equipe foi tremendamente prejudicada, influenciando e direcionando o placar da partida através da anulação de um gol totalmente legal e ainda com a marcação de um pênalti onde na origem da jogada houve falta em um atleta do Clube do Remo e nada foi marcado”, protestou a nota inicial.

Citou, ainda, os erros de arbitragem cometidos contra o Remo, como um pênalti não marcado na estreia contra o Volta Redonda. “A história se repete com interesses que buscam manter o Clube do Remo na Série C, como em 2021, onde a arbitragem se recusou a verificar o VAR e anulou um gol totalmente legal, custando o rebaixamento Remo”.

“As ‘coincidências’ não acabam e se superam a cada rodada, como a escalação seguida de um trio de arbitragem do mesmo estado, qual a razão? Quem se beneficia do insucesso do Clube do Remo? A quem interessa essa atitude absurda e totalmente antidesportiva? O Clube do Remo, como orgulhoso representante de sua torcida e da população do Norte do Brasil não irá se calar”.

É fato que as arbitragens da Série C são muito falhas, prejudicando indistintamente uns e outros clubes. Anteontem à noite, diante do ABC, o Sampaio Corrêa foi garfado com a não marcação de um pênalti claro sobre o atacante Pimentinha.

Ocorre que, na reta final da fase classificatória, os erros se tornam mais graves e irrecuperáveis. Restam apenas duas rodadas. O que poderá ocorrer nesses jogos que têm tantos interesses em disputa? Sem o VAR, que só é adotado na fase de grupos da Série C, a insegurança se amplia. O empenho do Remo em denunciar pode ser positivo em relação aos próximos jogos.  

As desconfianças que já permeiam a competição acabam se materializando em decisões polêmicas, que podem ser apenas um reflexo do despreparo dos árbitros, mas também podem ter motivações obscuras. Situações vistas em anos anteriores mostram que é bom não duvidar de nada.  

Kanu ganha oportunidade no Portimonense

Depois de alguns anos defendendo o Remo nas divisões de base e nos profissionais, o atacante Kanu foi anunciado oficialmente ontem como jogador do Portimonense, clube que disputa a Primeira Divisão portuguesa. Posou com a camisa alvinegra do clube de Portimão, visivelmente feliz pela chance recebida.

Kanu é um dos muitos garotos que surgem nas bases dos grandes clubes de Belém e, por razões diversas, passam rapidamente pelo time profissional, acabando por ter poucos momentos de contato direto com as torcidas. 

Na estrutura vigente nos clubes, executivos e técnicos têm poder total para eleger prioridades e os meninos oriundos da base não geram interesse porque não representam lucro imediato.

Vinícius Kanu chegou a se profissionalizar no Remo, jogou algumas partidas do Parazão 2023, mas depois perdeu espaço. Com Marcelo Cabo, chegou a jogar algumas vezes e frequentemente aparecia no banco de reservas. Com Ricardo Catalá, atuou muito menos.

Na passagem de Gustavo Morínigo, o atacante marcou um belo gol na fase inicial da Copa Verde e entrou como lateral no 2º tempo do Re-Pa decisivo do Parazão 2024. Com Rodrigo Santana, foi completamente esquecido.

Sem perspectivas, acabou entrando em acordo e foi negociado com o Portimonense. Qualidade de centroavante, Kanu tem. Bom no jogo aéreo, tem habilidades para sair da área, apresentando-se para tabelinhas e infiltrações. Em Portugal, inicialmente no time B do clube, essas virtudes poderão ser melhor observadas e lapidadas.

Para o Remo de Ribamar e Cachoeira, ele não servia.

Bragança ganha o Troféu Eficiência na 6ª fase do Joapa

A delegação de Bragança conquistou o Troféu Eficiência, domingo (11), destacando-se nas modalidades de basquetebol, vôlei e tênis de mesa, e somando a maior pontuação na competição, com 26 pontos, na sexta fase da 13ª edição dos Jogos Abertos do Pará (Joapa), realizada na Regional Rio Caeté, na cidade-sede de Salinópolis.

O evento é promovido pelo governo do Pará, através da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), em parceria com a Federação Paraense de Futsal (Fefuspa).

A sexta regional reuniu mais de 500 atletas, representantes de nove municípios: Bragança, Ourém, Primavera, Quatipuru, Salinópolis, Santarém Novo, São João de Pirabas, Viseu e Ponta de Pedras, abrangendo as modalidades de basquetebol, voleibol, futsal, futebol de areia e tênis de mesa. O evento foi realizado em quatro ginásios da cidade e na praia do Maçarico.

O Troféu Eficiência premia o município que mais acumula pontos durante a competição. O município de Bragança levou o troféu, com 26 pontos.

(Coluna publicada na edição do Bola desta quarta-feira, 14)

Crônica do tropeço anunciado

POR GERSON NOGUEIRA

As falhas de arbitragem no jogo de sábado, em Aracaju, foram flagrantes. Um pênalti de origem duvidosa e um gol mal anulado prejudicaram o Remo diante do Confiança. Nada surpreendente, faz parte do pacote Série C, que não tem – na fase classificatória – o recurso do VAR.

Ocorre que, muito além de problemas que não podem ser evitados, há a crônica reprodução de erros que deveriam ser corrigidos ao longo da competição. O Remo, sob o comando de Rodrigo Santana, fez até aqui uma campanha de recuperação que merece crédito.

Apesar disso, com o investimento que o clube fez, contabilizando reforços caros (e improdutivos) e uma folha mensal em torno de R$ 1,2 milhão, esperava-se desempenho melhor. Era quase certa a classificação à fase de grupos, que define o acesso à Série B.

Mas, pelo que foi mostrado nas últimas rodadas, o Remo deve outra vez ficar pelo caminho. Restam duas partidas e os 6 pontos que possam ser ganhos não são suficientes para garantir classificação. É provável que, mesmo vencendo Londrina e São José, o time seja eliminado.

Há três anos consecutivos na Série C, uma torcida gigantesca como a do Remo merecia mais que frustração e desengano. Por sorte, ao longo do campeonato, o torcedor foi se preparando para o pior. O fato é que o Remo tem sido seu maior inimigo em diversos momentos.

Apesar disso, a torcida teve estofo suficiente para encher o Mangueirão quando o time precisava de apoio, como diante de CSA e Aparecidense. Vibrou, fez festa e até se empolgou com vitórias magras e suadas.

Uma característica do Remo de Rodrigo Santana é a queda abrupta de rendimento no primeiro ou no segundo tempo das partidas. Foi assim já na estreia com o Sampaio Corrêa, embora ali houvesse a justificativa de que o time ainda estava sob a influência do antecessor, Gustavo Morínigo.

Nos 12 jogos seguintes, essa estranha mazela se repetiu pelo menos 10 vezes – contra Ypiranga, Floresta, Ferroviário, Tombense, ABC, Botafogo-PB, Ferroviária, Figueirense, CSA, Aparecidense e Confiança. Não é coincidência, é padrão. O mais esquisito é que não houve correção de rota.

Algumas vezes, o time entrou de pé murcho, aceitando passivamente a pressão do time adversário. Em outros momentos, caiu vertiginosamente de rendimento no segundo período, baixando a guarda e recuando, como diante do Confiança.  

A explicação pode estar nas escolhas (escalação e trocas) que Santana faz. A insistência com jogadores como João Afonso dentro do sistema 3-4-3 desafia o bom senso. A coisa se agrava quando são lançados jogadores de baixo rendimento, como Cachoeira, Matheus Anjos e Ytalo.       

Com Bruno Silva à frente da zaga, criou-se um novo drama. De pouca mobilidade, apesar da experiência e do bom passe, o veterano não tem a mesma resistência para o combate direto. O Confiança explorou isso bem na segunda etapa, lançando jogadores rápidos para cima do volante.

Diante do quadro, ao Remo cabe buscar passar pelos dois adversários – e torcer por uma combinação de resultados –, mas as dificuldades tendem a se repetir, pois estão aí desde o início da era Rodrigo Santana. Erros que se tornaram crônicos e insanáveis.     

A prata vale ouro para o futebol feminino

A seleção brasileira de futebol feminino conquistou a prata nas Olimpíadas após derrota por 1 a 0 na final com os Estados Unidos. Um resultado excepcional para um time que chegou a Paris inteiramente desacreditado. Quase foi eliminado na primeira fase, mas se transformou nas etapas seguintes, superando as favoritas França e Espanha.  

Mais do que a medalha, é importante valorizar a renovação do futebol feminino. Atletas como Lorena, Lauren, Adriana, Duda Sampaio, Gabi Portilho, Taciane, Karolyn, Priscila e Yayá são expoentes dessa fase de descobertas, iniciada por Pia Sundhage e sequenciada por Arthur Elias.

Poucas veteranas – Marta, Tamires – integraram a equipe nas Olimpíadas, um sinal de que o olhar está posto na Copa do Mundo de 2027. E a conquista improvável da prata serve de aval para o trabalho até aqui executado. Talvez tenha sido a medalha mais importante de todas as conquistadas pelo Brasil em esportes coletivos.

A final foi duramente disputada, apesar do favoritismo da também rejuvenescida seleção dos EUA. Com postura agressiva, de marcação sob pressão na saída de bola, a seleção ameaçou no primeiro tempo e podia ter chegado ao gol em investidas de Gabi e Ludmila.

A grande Marta entrou no final, para sua última presença em Olimpíadas, a tempo de ser aplaudida como merece, inclusive pelas rivais norte-americanas. 

Poupar titulares é invenção arriscada demais

Líder da Série A até o início da rodada, o Botafogo resolveu poupar titulares como precaução para o jogo contra o Palmeiras, na quarta-feira, pela Libertadores. Invenção do técnico português Artur Jorge, que muitas vezes teima em confundir o futebol brasileiro com o europeu.

Ontem pela manhã, em Caxias do Sul, o Botafogo B caiu por 3 a 2 para o Juventude. Chegou a perder por 3 a 0, mas uma tardia reação fez a goleada virar resultado simples, com gols de Cuiabano e Marçal. O Botafogo foi pouco agressivo, sem gana e com muitos erros de posicionamento.

Não foi a primeira vez. Diante do Bahia, pela Copa do Brasil, Artur Jorge decidiu lançar um time mesclado e tomou um empate dentro de casa. No jogo de volta, em Salvador, contra o Bahia e o VAR, perdeu a classificação.

Abel Ferreira, outro português com atuação no Brasil, age diferente. Escala sempre o melhor time do Palmeiras, independentemente dos jogos futuros. Pensa, corretamente, no aqui e agora. Não abre mão de usar os principais jogadores. Talvez por isso ganhe quase todos os torneios que disputa.  

A questão é simples. Jogadores (muito) bem pagos, que desfrutam de estrutura moderna e do melhor preparo disponível, devem atuar em todos os jogos possíveis. Até porque pontos deixados pelo caminho costumam custar caro na reta final das competições.  

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 12)

Bolsa Atleta está na trajetória de 100% dos medalhistas brasileiros em Paris

País terminou os Jogos Olímpicos com 20 medalhas, todas elas com a marca do Programa. Mulheres fizeram história com mais pódios que os homens

Beatriz Souza conquistou o primeiro ouro do Brasil, na categoria +78kg do judô – Foto: Alexandre Loureiro / COB

O Brasil encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 com 20 medalhas, a segunda melhor marca da história. Foram três ouros, sete pratas e dez bronzes, que colocaram o país no 20º lugar do quadro de medalhas. Pelo total de pódios, o Brasil terminou em 12º. 

Na França, a delegação brasileira fez história com as mulheres, encerrou jejuns e conquistou medalhas inéditas. Pela primeira vez, elas superaram os homens e conquistaram mais medalhas em uma edição de Jogos Olímpicos. Das 20 medalhas conquistadas, 12 foram em competições femininas, além de uma por equipes mistas, no judô. Os homens conquistaram sete. 

Todas essas conquistas, contudo, têm algo em comum: as medalhas têm a marca do Bolsa Atleta. O programa de patrocínio individual do Governo Federal está na trajetória de 100% dos brasileiros premiados no megaevento. Dos 60 medalhistas em Paris — 48 são mulheres e 12 são homens — 100% são integrantes do Bolsa Atleta ou estiveram em editais ao longo de suas carreiras. 

Gabriel Medina, medalhista ídolo do surfe profissional, atualmente não faz parte do programa, mas já esteve em dois editais. Como ele, Larissa Pimenta (judô) teve o suporte federal durante dez anos de sua trajetória, bem como Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), que recebeu Bolsa Atleta durante 13 anos de sua carreira. 

“Há dois ciclos olímpicos, após ser identificada uma oportunidade de crescimento do esporte feminino, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) começou a investir especificamente nas mulheres. Não só atletas, mas também para tentar aumentar o número de treinadoras e gestoras. O que vimos aqui em Paris no esporte, também reflete o que está acontecendo na sociedade: a mulher cada vez mais se fortalecendo”, comentou Mariana Mello, subchefe da Missão Paris 2024 e gerente de Planejamento e Desempenho Esportivo do COB. 

A participação das mulheres brasileiras se tornou ainda mais expressiva porque elas conquistaram todos os três ouros do país. Beatriz Souza, na categoria acima de 78 kg do judô, foi a primeira. Depois, Rebeca Andrade se tornou a maior medalhista olímpica brasileira de todos os tempos ao fechar sua participação no solo da ginástica artística com um ouro. Já Duda e Ana Patrícia quebraram um jejum de 28 anos no vôlei de praia feminino e levaram o Brasil novamente ao topo do pódio. 

Na Seleção feminina de futebol, que foi prata em Paris, das 22 convocadas, oito não estão no programa atualmente, mas todas já receberam o Bolsa Atleta em algum momento da carreira. Já na Seleção feminina de vôlei, bronze na França, duas das 12 convocadas não fazem parte do programa em 2024, mas todas também já receberam o Bolsa Atleta em suas trajetórias.

DETERMINAÇÃO E PAIXÃO — O investimento federal direto via Bolsa Atleta ao longo da carreira dos medalhistas é de R$ 24,4 milhões, com o número de bolsas concedidas chegando a 398. Os medalhistas mais longevos dentro do Bolsa Atleta são Rafaela Silva, do judô, contemplada em 15 editais; Caio Bonfim, da marcha atlética, em 14 editais; Isaquias Queiroz com 13; Rosamaria, do vôlei, com 12; e Rebeca Andrade, também com 12. 

“Os números comprovam a importância do Bolsa Atleta para os atletas brasileiros. Fizemos bonito em Paris e quero parabenizar todos que representaram nosso país com muita determinação e paixão pelo esporte. Vamos seguir apoiando o esporte brasileiro para que a gente evolua ainda mais”, disse o ministro do Esporte, André Fufuca. 

Para a secretária Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Iziane Marques, a evolução demonstra não apenas o sucesso do programa, “mas também nosso compromisso em apoiar consistentemente os talentos do esporte brasileiro, proporcionando as condições necessárias para que eles alcancem seu máximo potencial. O Bolsa Atleta é mais do que um incentivo financeiro, é uma garantia de que nossos atletas não estão sozinhos em suas jornadas e o que o Brasil valoriza e investe no esporte como instrumento de desenvolvimento e conquista”. 

Além de onipresente entre os medalhistas, o Bolsa Atleta também apoiou a grande maioria da delegação brasileira em Paris. Levando em conta o edital mais recente, de 2024, 241 dos 276 atletas que representaram o Brasil na capital francesa fazem parte do programa, um percentual de 87,3%. Se a análise leva em conta o histórico dos atletas, 271 dos 276 já foram integrantes do programa do Governo Federal em alguma fase da carreira (98%). Em 27 das 39 modalidades em que o país foi representado na França, 100% dos atletas integram atualmente o programa de patrocínio direto do Ministério do Esporte.

Caio Bonfim, além da inédita medalha de prata, também ficou em sétimo na prova do revezamento misto da marcha atlética ao lado de Viviane Lyra. Foto: Miriam Jeske/COB

INVESTIMENTO DIRETO — A importância do programa para o esporte brasileiro é destacada pelos próprios atletas. “O Bolsa Atleta com certeza é importante para a gente, porque a gente compra nossos materiais para treinamento, ajuda nossas famílias a trazer uma segurança para a gente, que muitas vezes é o que falta. Isso permite que a gente foque no nosso trabalho, sabe? Não deixa que a gente tenha preocupações externas.

Então deixar o atleta confortável e confiante para fazer o papel dele, para que ele consiga realizar e orgulhar seu país, e orgulhar a si mesmo, é algo que só faz você crescer. Faz o seu país crescer, faz você crescer, te incentiva cada vez mais”, disse Rebeca Andrade, que em Paris conquistou quatro medalhas (1 ouro, 2 pratas e 1 bronze) e se tornou a maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos (2 ouros, 3 pratas e 1 bronze). 

Em segundo, empatado com Robert Scheidt e Torben Grael, agora está Isaquias Queiroz, que em Paris garantiu uma prata e chegou a sua quinta medalha olímpica (1 ouro, 3 pratas e 1 bronze). “Meu primeiro salário que eu ganhei foi do Ministério do Esporte, o Bolsa Atleta. Sem o Bolsa Atleta, eu acho que eu não estaria no esporte. Sou muito grato por ter sido contemplado durante anos pelo benefício”, disse Isaquias. 

Para Caio Bonfim, que conquistou uma inédita medalha para o Brasil na marcha atlética, ao levar a prata em Paris, não há como falar de sua própria história sem mencionar o Bolsa Atleta. “A gente gosta de reclamar, mas disso aí eu não posso. Eu comecei a marchar no ano de 2007, e desde lá eu sou bolsista do Bolsa Atleta. Não tem como falar da minha história sem falar do Bolsa Atleta. Ele me dava essa segurança e essa tranquilidade de poder evoluir”, disse o marchador. 

A ginasta Lorrane Oliveira, que também garantiu uma medalha inédita para o Brasil com o bronze por equipes na ginástica artística ao lado de Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa e Júlia Soares, o Bolsa Atleta foi fundamental para construir um caminho para ela no esporte. “Sem o Bolsa Atleta, a minha carreira seria totalmente diferente. Porque eu comecei do nada. A minha família… Eu vim de uma certa delicadeza de dinheiro e tal. Foi o que me ajudou nessa caminhada, e se eu estou aqui é porque o programa me ajudou, e muito”, frisa.

As ginastas brasileiras medalhistas de bronze por equipes. Foto: Marina Ziehe/COB

RESULTADOS HISTÓRICOS — O COB também destacou que, em Paris, o Brasil viu sua participação evoluir em muitas modalidades. No atletismo, o revezamento misto da marcha atlética – com Caio Bonfim e Viviane Lyra – chegou em 7º lugar na estreia da prova; Luiz Maurício conseguiu o recorde sul-americano no lançamento do dardo, alcançando uma final olímpica para o Brasil na prova após 92 anos; Valdileia Martins quebrou o recorde brasileiro, que durava 35 anos, e conseguiu a melhor marca da carreira, com 1,92m no salto em altura; e Almir Junior se tornou o primeiro finalista brasileiro do salto triplo desde Pequim 2008. 

No badminton, Juliana Viana conseguiu a primeira vitória olímpica de uma brasileira na modalidade; Gustavo “Bala Loka” conseguiu o top-10 no ciclismo BMX, com o 7º lugar no Freestyle; Mafê Costa, primeira finalista dos 400m em 76 anos, que também se destacou ao bater o recorde dos 200m na prova de revezamento do 4x200m, com o tempo de 1min56s06; e Miguel Hidalgo ficou no 10º lugar na prova individual do triatlo, a melhor colocação de um brasileiro da modalidade nos Jogos. 

Também de maneira inédita, Bárbara Domingos alcançou a final individual da ginástica rítmica; e a seleção feminina de rúgbi sevens conseguiu uma vitória sobre Fiji, medalha de bronze em Tóquio 2020.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Leão perde para o Confiança com lances contestados e classificação fica mais difícil

O Remo perdeu para o Confiança por 1 a 0, na tarde deste sábado, em Aracaju (SE), em jogo marcado por lances polêmicos. O gol foi marcado pelo meia André Lima, cobrando pênalti na segunda etapa. Com o resultado, o Leão segue na 8ª posição, com 22 pontos, mas ainda pode ser ultrapassado por outros times na 17ª rodada. Figueirense-SC e Tombense-MG, que jogam neste domingo, são os mais diretos perseguidores.

A primeira etapa foi amplamente dominada pelo Remo, que pressionou desde os minutos iniciais, criando seguidas oportunidades. Com três zagueiros e quatro homens no meio, o Leão atacava com Rodrigo Alves, Pedro Vítor e Jaderson. Até os 10 minutos, foram criadas três boas oportunidades, a melhor delas com Rodrigo Alves, que chutou no poste esquerdo. 

O Confiança mostrava-se intranquilo, errando muitos passes devido à marcação alta imposta pelo Remo. Aos 22′, Rodrigo Alves foi lançado, invadiu a área, driblou o goleiro e tocou para Jaderson. Com a trave desguarnecida, Jaderson errou o chute e a bola ficou com Pedro Vítor, que disparou em cima dos zagueiros.

Aos 32′, surgiu a primeira grande polêmica da partida. Pedro Vítor foi lançado por Rodrigo Alves, driblou o goleiro e bateu para o fundo do barbante. O bandeirinha levantou a bandeira, assinalando impedimento, muito contestado pelos azulinos. As imagens do lance mostram Pedro Vítor na mesma linha dos zagueiros.

No fim do primeiro tempo, um susto para os azulinos. Ítalo cruzou na área e Willians Santana apanhou de primeira, acertando a trave esquerda de Marcelo Rangel.

O Confiança voltou do intervalo melhor posicionado. O Remo parecia retraído, à espera de chances para contra-atacar. João Afonso foi substituído por Rafael Castro e o time dedicou-se a defender, sem repetir a mesma movimentação do 1º tempo. Somente aos 16 minutos o Leão chegou com perigo. Jaderson cruzou rasante para Rodrigo Alves, que não conseguiu alcançar.

Aos 23′, o segundo lance polêmico. Riquelmo cruzou da direita, a bola atravessou a área e chegou a André Lima, que deu um toque e foi derrubado por Bruno Silva. Pênalti, que o próprio André cobrou e converteu, colocando o Confiança em vantagem.

A reclamação dos azulinos foi intensa sobre o árbitro, que não assinalou uma falta clara de Julio Rusch sobre Bruno Bispo na origem da jogada, junto à linha lateral. Apesar dos protestos, o gol foi validado e o Remo teve que correr atrás da reação.

Entraram Ytalo e Cachoeira nos lugares de Bruno Silva e Pavani. Em seguida, Matheus Anjos e Ronald substituíram Rodrigo Alves e Vidal. O time até buscou o ataque, mas não tinha mais conexão a partir do meio-campo e esbarrava no bloqueio defensivo do Confiança.

O Remo volta a campo no sábado (17), no Mangueirão, contra o Londrina. Para se classificar, terá que vencer os dois últimos jogos (Londrina e São José) e contar com outros resultados.

Morre Tuíra Kayapó, símbolo de resistência indígena na Amazônia

Liderança e ativista indígena enfrentava câncer e morreu em Redenção. Ela ficou conhecida pela luta contra a construção da usina de Belo Monte, no Pará, na década de 80.

A líder e ativista indígena Tuíre Kayapó Mẽbêngôkre morreu neste sábado (10) aos 54 anos. A informação foi confirmada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Kaiapó do Pará. Ela enfrentava câncer no útero desde 2023 e recebia cuidados paliativos hospitalares em Redenção, no sul do Pará, segundo familiares. Ela deve ser sepultada na aldeia onde morava, a Gorociré, na Terra Indígena Kayapó.

Tuíre, também conhecida como Tuíra, protagonizou uma cena (foto acima, de Paulo Jares) que ficou mundialmente conhecida durante o Encontro das Nações Indígenas do Xingu de 1989, quando pressionou um facão no rosto do então presidente da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes. Ela protestava contra a construção da Hidrelétrica de Belo Monte e ficou conhecida como a mulher que parou a obra.

“Tuíre Kaiapó foi uma grande guerreira na defesa dos direitos dos povos indígenas, foi uma voz incansável na luta pela preservação da cultura e do território Kayapó. Sua dedicação e coragem inspiraram gerações e deixaram um legado inestimável”, comunicou o Dsei-Kayapó.

É célebre a imagem da jovem Tuíra encostando um facão no rosto do então presidente da Eletronorte e explanando o grito Kayapó de luta: “Tenotã-mõ”. Tornou-se referência para todos que defendem a Amazônia. “Eu só queria mostrar a ele o que é opressão. Estava lá e só ouvia aquele homem branco insistindo em uma fala para construir a hidrelétrica”, contou Tuíra, anos depois.

Seleção feminina é prata no futebol das Olimpíadas

A Seleção Brasileira feminina foi guerreira e equilibrou a grande final, conquistando a medalha de prata dos Jogos Olímpicos com méritos. Perdeu o jogo por 1 a 0 para a seleção norte-americana, gol de Mallory Swanson, aos 12 minutos do 2º tempo. O Brasil somou sua terceira prata no futebol das mulheres. Dos cinco títulos das norte-americanas em Olimpíadas, três foram contra o Brasil.

A final com os Estados Unidos marcou a despedida de Marta dos Jogos Olímpicos, e um provável adeus da equipe nacional. A camisa 10, que esteve suspensa nas quartas e na semifinal depois da expulsão contra a Espanha na fase de grupos, ficou à disposição do técnico Arthur Elias, que optou por iniciar a final com a jogadora de 38 anos no banco.

Marta agradece carinho do público no Parque dos Príncipes após final Brasil x EUA. Fotos: Frank Fife/AFP via Getty Images

Aos 16 minutos da etapa final, já em desvantagem no placar, Elias mandou Marta a campo. Mas a meia-atacante não conseguiu evitar o vice-campeonato. Em sua sexta Olimpíada com a camisa da Seleção Brasileira, a atleta eleita seis vezes melhor do mundo faturou a sua terceira medalha de prata. É a única jogadora de futebol do país com tal recorde.

Neste sábado, o Brasil foi melhor que os Estados Unidos no 1º tempo. Ludmila teve chance de abrir o placar logo aos 2 minutos, porém finalizou no meio do gol e facilitou a defesa de Alyssa Naeher. Com mais posse de bola que as norte-americanas, a equipe continuou ameaçando a meta de Naeher com cruzamentos para a área.

O 2º tempo já teve outra característica. Sem conseguir ficar com a bola, o Brasil viu os EUA dominarem a posse e impedirem as brasileiras de criar oportunidades. Aos 12 minutos, em um erro de saída de bola da Seleção, as estadunidenses saíram com velocidade em direção ao ataque e acionaram Mallory Swanson. A atacante recebeu cara a cara com Lorena e finalizou com tranquilidade no canto, para marcar e dar aos EUA a medalha de ouro.

Dream Team se inspira no exemplo da lenda Kobe Bryant

Kobe Bryant em ação pelos Lakers em 2007. Foto: Lisa Blumenfeld/Getty Images

Os Estados Unidos entram em quadra para buscar o ouro nas Olimpíadas de Paris pelo basquete masculino diante da França neste sábado (10), às 16h (de Brasília). De olho em mais uma conquista no esporte, uma coincidência ligada a lenda do esporte Kobe Bryant inspira a equipe para mais uma medalha de ouro.

Muitos fãs do basquete norte-americano relembram que a data da final (10/08/24) é formada exatamente pelas camisas que a lenda do basquete fez história. Pelo Los Angeles Lakers, Kobe utilizou as camisas 08 e 24. Quando atuou pelos Estados Unidos, a estrela estadunidense utilizou o número 10.

A lenda do basquete morreu precocemente, no dia 26 de janeiro de 2020, em um trágico acidente de helicóptero, aos 41 anos. A coincidência da data leva os fãs do astro a motivar a equipe dos EUA rumo ao título para honrar a memória do jogador.

Por clubes, Kobe atuou somente nos Lakers. Na equipe, o atleta fez história ao conquistar cinco títulos da NBA, além de ter se sagrado como MVP da temporada regular em 2008. Na seleção dos Estados Unidos, ele foi bicampeão olímpico, em Pequim (2008) e Londres (2012). (Com informações de ESPN e Folha SP)