Dia histórico: 8 anos depois do golpe, Dilma retorna ao Palácio da Alvorada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta sexta-feira (26), Dilma Rousseff, ex-presidenta da República e atual presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do BRICS, no Palácio da Alvorada. Este é o primeiro retorno dela à residência oficial da presidência em Brasília (DF) desde 2016, ano em que a petista sofreu um golpe de Estado. 

“Sempre bem-vinda”, postou o presidente Lula em suas redes sociais. A postagem acompanha uma foto dos dois caminhando sorridentes do lado de fora do Palácio. 

Foi no governo Dilma que o Brasil saiu oficialmente do mapa da fome das Nações Unidas. Ela também concedeu direitos trabalhistas às empregadas domésticas. Revoltadas, as elites do atraso começaram a articular a derrubada inconstitucional de Dilma.

Em abril de 2016, o relatório favorável à derrubada ilegal da presidenta foi aprovado pela Câmara dos Deputados, com 367 votos a favor e 137 contra. O processo seguiu para o Senado, onde também foi aprovado, levando à remoção da presidenta. O então vice-presidente, Michel Temer, assumiu o cargo e passou a implementar uma agenda neoliberal. Em 31 de agosto de 2016, o Senado finalizou o processo, cassando o mandato de Dilma com 61 votos a 20. 

No entanto, o Ministério Público Federal arquivou o caso em fevereiro 2022, citando falta de provas. Ainda em 2016, a presidenta foi inocentada por uma perícia do Senado. O laudo técnico mostrou que, “pela análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra, não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos”, referente ao caso das supostas “pedaladas fiscais”. (Com informações do Brasil247)

Tretas e intrigas marcaram o fim da maior banda punk de todos os tempos

Em seu canal no YouTube, o jornalista, crítico musical e escritor André Barcinski conta como deu o furo sobre o fim dos Ramones, em 1995. Barcinski tem sempre coisas interessantes a dizer.

Erros de escalação e posicionamento derrotam o Leão em Floripa

POR GERSON NOGUEIRA

Não há mistério no futebol. O Remo entrou com uma zaga desprotegida, tomou sufoco e levou o gol num lance de completa desorganização defensiva, depois de ter sido bombardeado por quase 20 minutos. A jogada fatal surgiu com um ataque pela direita, seguido de cruzamento de Léo Baiano para o centro da área, onde o atacante Jefinho só teve o trabalho de tocar para as redes. A derrota se desenhou nesse lance, aos 20 minutos, punindo um Leão mal escalado e sem cobertura à frente da defesa.

Àquela altura, o resultado era inteiramente justo. Só o Figueirense pressionava e buscava o gol. Marcelo Rangel já tinha feito uma grande defesa e Alisson acertou um chute no travessão do Remo. Exposta, a defesa se safava com chutões. Ninguém marcava corretamente e havia um buraco na entrada da área. O técnico Rodrigo Santana a tudo assistia, passivamente.

As coisas só acalmaram por volta dos 25 minutos, quando Pavani ficou mais fixo à frente dos três zagueiros e o Figueirense arrefeceu a pressão. Foi então que o Remo passou a atacar, principalmente pela esquerda, com Rodrigo Alves. O melhor momento foi um chute rasteiro que o goleiro desviou para escanteio.

Ytalo não aparecia e, na direita, Guilherme Cachoeira corria, corria e nunca chegava. Jaderson se dividia entre cobrir o lado direito e investir pelo meio tentando acionar os atacantes. Obviamente, apesar do imenso esforço físico, a movimentação não funcionou.

Mesmo a descoberto atrás, o Remo terminou a primeira etapa ocupando o campo de ataque, mas falhando no penúltimo passe e não conseguindo acertar a direção do gol. A ligeira superioridade do Leão expôs o recuo excessivo do Figueirense, que parecia preocupado em segurar o resultado.

Na etapa final, esse panorama se acentuou. O Remo passou a dominar as ações, mas Rodrigo Santana ainda cometeu um equívoco inexplicável: Rodrigo Alves, o mais agudo dos atacantes, foi substituído por Marco Antônio. Cachoeira, estranhamente, continuou em campo.

Quando o técnico finalmente acordou para a realidade do jogo, aos 13 minutos, botou em campo Ribamar e Pedro Vítor, substituindo Ytalo e Cachoeira. Mudanças necessárias, mas tardias. A zaga seguiu sem proteção, mas o Figueira nem passava mais do meio-de-campo.

Logo nos primeiros 3 minutos, Pedro Vítor produziu mais do que Cachoeira em 65 minutos. Deu arrancadas, aplicou dribles e finalizou a gol – é bem verdade que os chutes saíram sem direção. Ribamar brigou com a zaga, ganhou o duelo aéreo e garantiu dois escanteios.

Aos 31′, Kevin entrou na vaga de Diogo Batista e o Remo passou a criar situações na área catarinense, embora sem lances claros de perigo, a não ser um disparo forte de Raimar que obrigou o goleiro Ruan a se esticar para evitar o gol. Aos 39′, Guty substituiu João Afonso, a típica mexida para fazer média com a base, embora sem sentido lógico.

Antes do final, Marcelo Rangel ainda fez uma defesa espetacular na única chegada do Figueirense na segunda etapa. O Remo ainda forçou cruzamentos na área, sem resultado prático. Um jogo que poderia ter um outro roteiro, caso a escalação e a escolha de jogadores tivesse sido mais coerente.

Com o resultado, o Figueira volta ao G8 e o Remo fica na 10ª colocação. Para o Leão, a situação ficou dramática, pois depende agora de três vitórias e um empate nos quatro confrontos que restam. O próximo compromisso será na segunda-feira, 5, no Mangueirão, contra a Aparecidense.

Leão ativa o projeto G8

POR GERSON NOGUEIRA

A cinco rodadas do fim da fase de classificação da Série C, a disputa fica mais acirrada e o grau de dificuldades aumenta, principalmente para quem ainda busca entrar no G8. É esta a situação do Remo, cujos tropeços no início do campeonato cobram seu preço agora.

Neste sábado à tarde, em Florianópolis, o Remo prossegue na série de decisões na briga pela classificação. O adversário é o Figueirense, equipe que tem o mesmo número de pontos (19) e está uma posição abaixo – o Leão está em 9º e o Figueira ocupa o 10º lugar.

Um duelo direto. Quem vencer entra no G8 e dá um passo importante para ficar entre os finalistas da competição. Como ambos têm o mesmo objetivo, o jogo deve ser dos mais equilibrados. Pressionado pelos maus resultados, pois não vence há quatro rodadas, o Figueirense deve optar por uma estratégia de pressão.

Já o Remo, vitorioso diante do CSA na 14ª rodada, não pode fazer muito diferente. Caso prefira a cautela, corre o risco de ser sufocado o jogo todo. A lógica diz que o mais aconselhável é não abrir mão do ataque.

Até porque a conquista da vitória daria ao time uma condição privilegiada no esforço para chegar aos 29 pontos – terá mais duas partidas em Belém e duas fora e o último compromisso é contra o São José, lanterna da Série C com 5 pontos e virtualmente eliminado.

Acontece que ganhar fora de casa, contra qualquer adversário, exige planejamento adequado e execução correta. Nas últimas partidas como visitante, o Remo atuou mal, abusando dos erros de passe e desconcentrado quando teve a vantagem nas mãos, como na partida contra a Ferroviária.

Com o setor de criação entregue a Jaderson e Pavani, a única dúvida está no ataque, onde Rodrigo Alves pode aparecer ao lado de Kelvin e Ytalo. Seria uma alternativa interessante pela boa movimentação que Rodrigo mostrou contra o CSA. Ele substituiria Cachoeira, de baixo rendimento naquela partida.

Cabe considerar que o empate em Florianópolis é um resultado ainda interessante para o Leão. Com 20 pontos, o time poderia entrar no G8, caso a Tombense não pontue. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

Papão reforçado para duelo com o Novorizontino

A principal novidade do PSC para o jogo de segunda-feira com o Novorizontino, na Curuzu, é o retorno do zagueiro Quintana à equipe. Ele esteve fora do time na derrota para o Brusque. Sem Lucas Maia, suspenso, a zaga deve ser composta por Wanderson e Quintana.

Outra presença confirmada é a do volante João Vieira, que não atuou em Florianópolis por conta de um problema de saúde na família. Sem ele, o meio-campo do PSC sofreu mais do que o normal diante de um adversário limitado ofensivamente.

Nicolas, que deixou o campo contundido no primeiro tempo, se recupera para voltar ao comando de ataque. Foi outro desfalque muito sentido pela equipe. Biel, seu substituto improvisado, não encaixou e deixou o ataque fragilizado.

O Papão tenta retomar a arrancada para se aproximar do G4, após cair para a 13ª colocação, com 23 pontos. O Novorizontino é o quarto colocado, com 27 pontos. Invicto há sete rodadas, o time é dirigido por Eduardo Baptista e faz uma campanha estável, com bom aproveitamento fora de casa.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro apresenta o programa a partir das 22h, na RBATV, com as participações de Liane Coelho e deste escriba baionense. Em debate, a movimentação dos clubes paraenses nas Séries B e C do Campeonato Brasileiro. A edição é de Lino Machado.

Com investimento de R$ 400 milhões, Fogão bate recorde

O torcedor botafoguense nem acredita em tanta fartura na contratação de reforços. Para quem brigava até pouco tempo atrás para ter refugos de outros times, a onda atual chega a ser assustadora. Na janela de contratações para o segundo turno do Campeonato Brasileiro, o clube já contabiliza algo em torno de R$ 340 milhões na aquisição de jogadores, quase todos para o setor ofensivo.

Não por acaso, o time fecha o turno em primeiro lugar e atuando num sistema de quatro atacantes fixos, algo raro no retrancado futebol brasileiro. Matheus Martins é o mais recente nome anunciado pela SAF Botafogo, cujo comandante é John Textor.

É bom considerar que nem sempre a presença de atletas caros funciona como garantia de sucesso. Sobram exemplos de grandes times que sucumbiram ao mau rendimento, simplesmente por não dar liga.

Matheus Martins, que custou R$ 62 milhões, vem se juntar a astros como Thiago Almada, adquirido por R$ 123 milhões. Almada defende a Argentina no torneio de futebol da Olimpíada. Além do meia-armador, o Botafogo já tinha gasto R$ 106 milhões com Luiz Henrique, destaque do time na Série A.

O zagueiro Tuta, avaliado em R$ 60 milhões, pode ser o próximo reforço. Se for adquirido junto ao Frankfurt, o Botafogo fechará a janela com gastos de R$ 400 milhões, quantia inédita para o Campeonato Brasileiro.

Obviamente, com um elenco que inclui ainda Gregore (R$ 13,4 milhões) e Savarino (R$ 13,2 milhões), o time passa a ter a obrigação de brigar por todos os títulos em disputa – Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.

(Coluna publicada na edição do Bola de sábado/domingo, 27/28)