Na reunião do G20, Lula lança Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

“A fome tem o rosto de uma mulher e a voz de uma criança”, disse Lula no lançamento da iniciativa global para combater a desigualdade social

Com o Brasil na presidência do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quarta-feira (24) a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa global para implementação de ações e políticas públicas para o combate à desigualdade social. “Participar da reunião ministerial da Força-Tarefa, que lança as bases para a Aliança contra a Fome e a Pobreza, é um dos momentos mais relevantes dos 18 meses do meu terceiro mandato”, disse Lula na reunião ministerial do G20, que acontece no Rio de Janeiro.

No longo discurso, Lula ressaltou dados da FAO – Agência das Nações Unidas para alimentação e agricultura – para sustentar o problema que atingiu em 2023 29% da população mundial em graus moderados ou severos de restrição alimentar.

“A fome tem o rosto de uma mulher e a voz de uma criança. A discriminação étnica, racial e geográfica também amplifica a fome e a pobreza entre populações afrodescendentes, indígenas e comunidades tradicionais”, disse o brasileiro.

Segundo Lula, a iniciativa nasce da vontade política e do espírito de solidariedade, e um dos principais resultados da presidência brasileira no G20.

“O objetivo é proporcionar um impulso às iniciativas existentes, alinhando esforços nos planos doméstico e internacional. O mundo precisa de soluções duradouras, e devemos pensar e agir juntos. É gratificante ver ministros de 30 países membros e convidados ao lado de organizações internacionais e bancos de desenvolvimento”, afirmou.

“Eu queria reafirmar uma frase que eu sempre digo aos dirigentes políticos: muito dinheiro nas mãos de poucos simboliza miséria, prostituição e fome. Pouco dinheiro nas mãos de muitos é o contrário; significa decência e dignidade para todas as pessoas”, concluiu Lula.

Palestina pede exclusão de Israel das Olimpíadas com a mesma regra que puniu a Rússia

Do Brasil de Fato

O Comitê Olímpico Palestino (COP) pediu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) a “imediata exclusão de Israel das Olimpíadas de Paris 2024“. Os palestinos querem que a entidade aplique a Tel Aviv a mesma regra que foi utilizada para suspender a Rússia dos Jogos, a figura jurídica da “violação da trégua olímpica”.

A trégua olímpica prevê a suspensão de conflitos armados durante os sete dias anteriores ao início dos Jogos Olímpicos e sete dias após o final dos Jogos Paralímpicos. A tradição iniciada nos Jogos da Grécia antiga prossegue até hoje e nas Olimpíadas de Paris, a trégua acontece de 19 de julho a 15 de setembro de 2024.

A violação da trégua olímpica em 2022 foi justificativa para o COI suspender Rússia e Belarus. Naquele ano, a pausa vigorou entre 4 de fevereiro e 20 de março para as Olimpíadas de Inverno de Pequim e, neste período, teve início o conflito na Ucrânia.

Como resultado, atletas dos dois países foram proibidos de atuar com seus símbolos nacionais. Apenas 15 esportistas russos vão competir em Paris, com uniformes, bandeira e hino neutros, definidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

Os palestinos argumentam que a violação israelense da trégua pode ser atestada pelo massacre em curso na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 39 mil palestinos mortos, além de “assentamentos coloniais ilegais, ocupação e anexação”. O pedido do COP foi feito também para a Fifa.

Recentemente, no entanto, o chefe do Comitê Olímpico Internacional e o presidente francês, Emmanuel Macron, rejeitaram a exigência palestina de que Israel fosse impedido de participar dos Jogos de Paris por causa do genocídio em Gaza. O pedido para isso foi feito pelo Irã, por causa do genocídio em Gaza.

Os esportistas de Israel “não merecem estar presentes nos Jogos Olímpicos de Paris devido à guerra contra os inocentes de Gaza”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Irã.

Com atuação abaixo do esperado, Papão perde para o Brusque na Ressacada

Em jogo atípico, que teve três expulsões, o PSC perdeu para o Brusque por 1 a 0, na noite desta segunda-feira (25), em Florianópolis. A equipe paraense estava invicta há sete partidas, mas foi surpreendida com uma penalidade marcada aos 8 minutos, que resultou na expulsão do zagueiro Lucas Maia e no gol do Brusque – Rodolfo Potiguar cobrou o pênalti e fez 1 a 0, aos 11 minutos. Apesar de ter a posse da bola, o Papão foi tímido nas finalizações e criou poucas chances.

Antes do gol, o jogo era equilibrado. O Brusque havia tido uma boa chance com Paulino Mocelin e o PSC ameaçou com Paulinho Boia, que chutou fraco. O lance da penalidade gerou dúvidas. Olávio foi lançado por Marcos Serrato após erro de Leandro Vilela no meio-campo. Pressionado por Lucas Maia, o centroavante caiu na área, o pênalti foi marcado e o zagueiro expulso.

Com o centro da defesa reduzido a Wanderson, o técnico Hélio dos Anjos optou por deslocar o lateral Kevin para a zaga e deixou Paulinho Boia fechando o lado esquerdo, tarefa que acabou esgotando fisicamente o atacante ainda no 1º tempo.

Por seu turno, o Brusque aproveitou a vantagem numérica para se impor, criando duas oportunidades. Nicolas sentiu contusão no quadril e foi substituído pelo meia Biel, que não conseguiu dar ao ataque a força necessária.

A opção do técnico por Biel – que ainda não havia estreado na Série B – causou surpresa, levando em conta ainda que havia um atacante de ofício no banco de reservas, o argentino Benjamín Borasi. Ainda no primeiro tempo, o VAR denunciou falta violenta de Serrato sobre Jean Dias. O árbitro então aplicou o cartão vermelho contra o volante do Brusque e o jogo voltou a ter equilíbrio numérico: 10 contra 10.

Na segunda etapa, o PSC ameaçou logo de cara, com um belo chute do lateral Edilson, que passou à direita do gol de Mateus Nogueira. Aos 16 minutos, outra boa oportunidade: livre na área, Edinho encobriu o goleiro, mas Rodolfo Potiguar afastou em cima da linha.

No meio da segunda etapa, com Cazares e Jean Dias cansados, entraram Netinho e Edinho. Esli García só seria lançado, no lugar de Paulinho Boia, a 15 minutos do fim. Na marcação, Val Soares e Leandro Vilela não funcionaram bem e o setor sentiu muito a ausência (de última hora) de João Vieira. A demora nas substituições comprometeu bastante o esforço do time em busca do empate.

Nos contra-ataques, o Brusque criou duas grandes chances, mas falhou nas finalizações. A melhor foi com Diego Tavares, lançado por Potiguar. Na hora de definir, o ex-azulino chutou contra a zaga. A 5 minutos do final, o atacante Osman, do Brusque, que havia acabado de entrar, tomou dois amarelos e foi expulso de campo.

Atuação decepcionante do PSC, que não mostrou em nenhum momento a contundência ofensiva que o jogo exigia. É verdade que as perdas de Lucas Maia, Nicolas e João Vieira (que retornou a Belém por conta de um problema familiar) enfraqueceram a estrutura do time nos três setores, mas situações desafiadoras exigem medidas rápidas e certeiras.

Com o elenco que possui, o Papão não poderia ter substituído Nicolas por um meio-campista e nem permanecer o jogo inteiro com a defesa improvisada.

A próxima partida do Papão será na segunda-feira, 29, às 18h30, contra o Novorizontino, na Curuzu. Mesmo com a derrota, o time segue na 11ª posição, com 23 pontos.