Empate para ser comemorado

POR GERSON NOGUEIRA

Podia ter sido pior. O Operário, apesar de ter sofrido o gol logo no começo, foi superior ao longo da partida e poderia ter vencido, tamanha a quantidade de chances perdidas no 2º tempo, incluindo uma bola na trave. No fim das contas, o empate foi um bom negócio para o Papão. Frustração mesmo ficou para a torcida que lotou a Curuzu na tarde ensolarada de domingo.

Os primeiros movimentos mostraram um Operário-PR mais desenvolto e organizado. Defendia-se bem e saía sempre em velocidade rumo ao ataque. Logo aos 7 minutos, Pedro Lucas disparou da entrada da pequena área. Diogo Silva fez boa defesa.

Minutos depois, Felipe Augusto se destacou em dois lances. No primeiro, mandou para Ronaldo, que falhou no cabeceio. Mas, aos 22 minutos, Felipe marcou para o Operário-PR, mas a jogada foi revisada pelo VAR e o gol foi anulado, para alívio da Fiel Bicolor.

Só então o PSC pareceu acordar. Jean Dias avançou pela direita e chutou para Rafael Santos agarrar, aos 26’. No minuto seguinte, a arbitragem foi chamada pelo VAR, que apontou um pênalti sobre Nicolas. Na cobrança, João Vieira bateu bem e converteu, abrindo o placar. Ainda houve tempo para Esli García perder o que poderia ter sido o segundo gol bicolor.

Com a entrada de Vinícius Diniz no intervalo, o Operário ganhou mais força ofensiva e partiu para a tentativa de empate. Logo de início, Pedro Lucas acertou uma bola na trave de Diogo Silva, depois da cobrança de escanteio.

Rodrigo e Felipe Augusto também desperdiçaram grandes oportunidades antes de completar cinco minutos de jogo na etapa final. Em função do protocolo médico – Jacy Maranhão sofreu concussão – o Operário fez um total de seis substituições, e passou a mandar em campo.

As chances foram se repetindo e o ataque paranaense colecionando erros. Até que, aos 42 minutos, uma bola cruzada na área encontrou Vinícius Diniz, que tocou para Ronald marcar o gol.

Assustado, o PSC quase permitiu o desempate, mas, aos 52’, Edinho cobrou escanteio e Nicolas cabeceou com firmeza, mas o goleiro Rafael Santos tocou com a ponta dos dedos, salvando o Fantasma.

O PSC deixou escapar (de novo) a chance de engrenar uma sequência vitoriosa e avançar mais na classificação. Adiou também a promessa de fazer o adversário sofrer na Curuzu. Quem sofreu foi o torcedor bicolor, apreensivo e tenso na maior parte do jogo.

Leão sofre no final, mas obtém grande resultado

Os 20 minutos finais da partida foram um suplício para a torcida azulina, mas o Remo conseguiu sustentar a vantagem e derrotou o Ferroviário, no sábado à noite, cravando sua quarta vitória na Série C. Com um primeiro tempo razoável, o Remo conduziu melhor as ações na segunda etapa, marcou dois gols e poderia até ter feito mais. Num descuido, porém, sofreu um gol e quase botou tudo a perder.

Agressivo, o Remo começou com pinta de quem pretendia atropelar o adversário. Aos 8 minutos, Ytalo foi lançado na área, mas o goleiro Geaze bloqueou a finalização. Aos 14′, o ala Raimar chutou rasteiro, com perigo.

O Ferroviário tentava sair do cerco, mas não encaixava boas jogadas no ataque. Aos 37′, Pavani cobrou falta, a bola foi escorada para Ytalo, que bateu de voleio, mas errou o alvo. Em seguida, Felipinho fez rápida jogada e lançou Ytalo. Este tocou para Pavani, que disparou um chute forte, mas o goleiro defendeu bem.

Após o intervalo, o Remo voltou atacando e conseguiu o gol logo aos 8 minutos. Após cruzamento de Pavani, a bola passou por Ytalo e Jaderson desviou para o fundo do barbante. O Ferroviário foi ao ataque em busca do empate, e teve duas boas chances.

O Remo voltou a cercar a área cearense e, aos 23′, chegou ao segundo gol: Matheus Anjos cobrou escanteio e Pavani se antecipou à zaga, testando para as redes, sem chances para Geaze.

Com 2 a 0 no placar, as coisas pareciam tranquilas para o Leão. Puro engano. Para não fugir à sua característica nesta Série C, se encolheu e abriu espaço para o Ferroviário.

Aos 31′, o Ferroviário surpreendeu com um avanço rápido. Kiwan recebeu lançamento na entrada da área e finalizou de cabeça da entrada da área no canto esquerdo de Marcelo Rangel, que não conseguiu tocar na bola.

A sequência da partida iria reabilitar o guardião azulino, que fez defesas que garantiram a vitória. A mais importante foi nos acréscimos. Em cobrança de escanteio, o Ferrão tentou por três vezes a finalização no mesmo lance. No bate-rebate, a bola foi empurrada em direção ao gol, mas o goleiro azulino foi ágil no salto e evitou o empate.

Com o resultado, o Remo chegou a 13 pontos e voltou a ocupar a 10ª posição. A próxima partida será longe de casa, contra o Caxias na segunda-feira (8), às 20h, no estádio Francisco Stédile, em Caxias-RS.

Vini Jr. e Bellingham duelam com grandes atuações

As especulações indicam que o maior concorrente de Vinícius Jr. na corrida pela Bola de Ouro da temporada é seu companheiro de time, o meia inglês Jude Bellingham. O fim de semana reservou um interessante duelo à distância entre ambos.

Vini fez seu melhor jogo com a camisa da Seleção contra o Paraguai, na Copa América, marcando dois gols. Bellingham devolveu na mesma moeda, com um golaço de bicicleta contra a Eslováquia, na Eurocopa.

Além do gol que iniciou a reação da Inglaterra no jogo, Bellingham esteve muito bem no segundo tempo, comandando as ações com grande categoria e levando sempre perigo à zaga eslovaca.

Diante do Paraguai, Vini Jr. foi decisivo como não tinha sido até então com a camisa canarinho. Foi insistente no ataque, sem economizar nos dribles e levando sempre vantagem sobre a marcação.

Marcou o primeiro gol, tocando a bola sob o goleiro Morínigo. O segundo foi um lance de puro oportunismo, aproveitando um cochilo do zagueiro Alderete. Foi uma participação decisiva, como protagonista, como tanto se cobra do melhor jogador brasileiro em atividade.

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 01)

Bola na Torre – domingo, 30.06

Apresentação de Guilherme Guerreiro, com participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba e blogueiro baionense.

Papão sai na frente, mas cede empate dentro da Curuzu

O Papão frustrou a torcida que superlotou (mais de 15 mil pagantes) a Curuzu, neste domingo, empatando em 1 a 1 com o Operário-PR pela 13ª rodada da Série B do Brasileiro. Depois de um susto aos 17 minutos, quando o time visitante abriu o placar (lance anulado pelo VAR), o Paysandu pressionou e conseguiu abrir o placar aos 28 minutos, com João Vieira, que bateu pênalti sofrido por Nicolas.

O Operário sofreu mudanças para o segundo tempo e assumiu o controle das ações, com melhor desempenho em Campo. Chegou ao empate aos 42 minutos, com Ronald após assistência de Vinícius Diniz, mas perdeu várias oportunidades antes disso.

O empate deixa o PSC com 16 pontos, na 15ª colocação na tabela.

Leão vence Ferroviário e se aproxima da zona de classificação

O Remo conquistou contra o Ferroviário, neste sábado à noite, a sua quarta vitória na Série C. O jogo terminou 2 a 1 para os azulinos, que fizeram um bom primeiro tempo, mas falharam muito nas finalizações. Os gols vieram no 2º tempo, mas o Leão sofreu a habitual pressão na reta final da partida, deixando o torcedor tenso no Baenão até o apito final.

O jogo começou com o Remo melhor e mais agressivo. Aos 8 minutos, Ytalo foi lançado na área, mas o goleiro atrapalhou a finalização. Aos 14′, o ala Raimar chutou rasteiro, com perigo. O Ferroviário ensaiou uma pressão, mas sem levar perigo. Aos 37′, Pavani cobrou falta, a bola foi escorada para Ytalo, que bateu de voleio e errou o alvo. Logo em seguida, Felipinho fez rápida jogada e lançou Ytalo. Este tocou para Pavani, que disparou um chute forte, mas o goleiro Geaze defendeu bem.

Veio o 2º tempo e o Leão balançou as redes logo aos 8 minutos. Após cruzamento de Pavani, a bola passou por Ytalo e Jaderson deu um leve toque para o fundo do barbante. O Ferroviário foi ao ataque em busca do empate, e teve duas boas chances. O Remo voltou a pressionar e, aos 23′, chegou ao segundo gol: Matheus Anjos cobrou escanteio e Pavani se antecipou à zaga, testando para as redes.

Com 2 a 0 no placar, o jogo parecia controlado. Ocorre que, em falha da defesa, aos 31′, o Ferroviário surpreendeu em lance rápido. Kiwan recebeu lançamento e finalizou de cabeça para diminuir. O goleiro Marcelo Rangel não interceptou a bola, que entrou no canto esquerdo.

O desdobramento da partida iria reabilitar o guardião azulino, que fez defesas que salvaram o Leão. Com muitas mudanças, o time permitiu ao adversário exercer forte pressão. Em cobrança de escanteio, o Ferrão tentou por três vezes a finalização. No bate e rebate, a bola foi empurrada para o gol, mas o goleiro azulino foi ágil e saltou para evitar o empate.

Com o resultado, o Remo chegou a 13 pontos e agora ocupa a 10ª posição. A próxima partida será contra o Caxias na segunda-feira (8), às 20h, no estádio Francisco Stédile, em Caxias-RS. 

Rock na madrugada – Garbage, “Stupid Girl”

Apresentação consagradora do Garbage no festival de Glastonbury de 2006. “Stupid Girl”, sucesso do primeiro álbum do grupo, é um dos pontos altos do show. Shirley Mason arrasa nos vocais, à frente dos guitarristas Steve Marker e Duke Erikson, do baixista Eric Avery e do baterista Butch Vig.

Famosa pela capacidade de dar grandes espetáculos ao vivo, a banda fundada em Madison (Wisconsin, EUA) em 1994 acumula discos de estúdio impecáveis. Flerta positivamente com variações do rock psicodélico e pós-punk, incorporando até elementos de hip hop e metal.

Em entrevista à New Musical Express, Shirley Manson posicionou-se sobre o cenário da música atual. Sugeriu que as novas produções estão nas mãos de quem tem dinheiro e não poupou as gravadoras. Articulada, afirma que hoje é possível ouvir o que classificou de “tensão capitalista e econômica” na música. Mesmo mantendo críticas ao mercado dos anos 90, ela deixa claro que a situação piorou: “Costumávamos pensar que as gravadoras eram ruins o suficiente quando estávamos chegando [1993], mas elas eram anjos em comparação com o que está acontecendo agora. É realmente assustador e deprimente”.

O Garbage está em estúdio, finalizando o próximo álbum. À Rolling Stone, Manson caracterizou o trabalho – que deve ser lançado em breve – como “um holofote” e acrescentou: “Depois de queimar a terra, estamos saindo de uma caverna imunda com um holofote. Procuramos fragmentos de vida e de humanidade”.