Feira do Artesanato da Alepa é realizada em comemoração ao Dia das Mães

Para celebrar o Dia das Mães, a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) realizou, nesta quinta-feira (9), no hall do segundo andar do Palácio Cabanagem, mais uma edição do Festival de Artes dos Servidores – Feart, com a exposição de inúmeros produtos feitos a mãos pelas artistas artesãs presentes no local.  

A artista plástica Andréa Fiúza participa pela segunda vez da feira do artesanato. Para ela, poder apresentar ao público as obras desenhadas por ela, muitas com emblemas dos temas relacionados ao Círio de Nazaré, é sinônimo de gratidão.

”Além de ser uma mulher de muita fé, acreditar no poder de Nossa Senhora de Nazaré, eu tive o privilégio de apresentar o meu trabalho aqui na Alepa pela primeira vez em setembro, local que fui muito bem acolhida, foi quando o deputado Lu Ogawa parou para prestigiar os meus produtos e levou várias lembranças, junto com a deputada Cilene Couto e Thiago Araújo. Dias depois, quando eu entro nas redes sociais, vi umas das peças que eu produzi sendo presenteadas pelo deputado Ogawa na COP 28, em Dubai; foi quando fechei meus olhos e bastante emocionada agradeci as oportunidades que a vida me proporciona”, disse a artista.

O projeto idealizado pela artista plástica Lu Moraes, a coordenadora do Feart, adiantou que as próximas edições da feira virão com muitas novidades e aproveitou para agradecer a presença do presidente da Alepa, deputado Chicão (MDB), no evento.

”Ao longo dos anos a Feart já expôs o seu trabalho por inúmeros locais, e posso adiantar que as próximas edições da nossa feira virão com muitas novidades; estaremos em novos espaços, e pretendemos convidar mais artistas para expor os seus talentos para o público. Gostaria de agradecer a presença do nosso presidente Chicão na feira especial de Dia das Mães, pois com todo o seu carinho já conhecido, veio gentilmente visitar cada estande, ouvir os servidores, e prestigiar os nossos produtos. Para nós, ter o nosso trabalho reconhecido, é sem dúvidas, muito gratificante”, explicou, bastante emocionada a artista plástica.

Feart

Composta por servidores, ex-servidores e seus familiares, o Feart foi criado em 1992, e todos os meses, ou em datas comemorativas, apresenta ao público inúmeros materiais em artesanato, como forma de valorizar e reforçar a importância da economia criativa nas áreas cultural e artística, além de ser uma forma de complementar a renda e atuar como uma atividade terapêutica para as artistas.

Silvio Luiz, Apolinho e Antero: luto no jornalismo esportivo brasileiro

Uma coincidência triste para o jornalismo esportivo nesta quinta-feira, 16: as mortes de Silvio Luiz, Washington Rodrigues (Apolinho) e Antero Greco

O jornalista esportivo Antero Greco morreu nesta quinta-feira (16), aos 69 anos, em decorrência de um tumor cerebral. O Hospital Beneficência Portuguesa informou que o comentarista da ESPN faleceu às 3h (de Brasília), em decorrência de complicações de um meningioma. Antero estava hospitalizado e “em seus dias finais”, conforme relato feito pelo amigo Paulo Soares no último sábado, 11. Ele estava no Mirante da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, já não respondia mais e se alimentava por sonda.

O jornalista vinha enfrentando a doença desde junho de 2022, tendo realizado cirurgias e sessões de radioterapia nos últimos anos. Ele foi internado algumas vezes e foi submetido a procedimentos para tratar do “corpo estranho” na cabeça, como costumava chamar a doença.

A notícia da morte foi confirmada nesta manhã pela ESPN. Ele era comentarista da casa e tinha uma bem-sucedida parceria com Paulo Soares, o Amigão, no SportsCenter. jornalista trabalhou na ESPN por 30 anos — era o mais antigo na casa e chegou antes mesmo de a emissora ter o atual nome. Ele entrou na empresa no início de 1994, quando ainda se chamava TVA Esportes e ficou até os seus últimos dias, mas estava afastado da grade de programação devido ao seu estado de saúde.

Antero fez parceria de sucesso com Paulo Soares, o Amigão, no comando do SportsCenter. Tinha o equilíbrio entre bom humor e seriedade jornalística como característica marcante e contribuiu para a formação de diferentes gerações de fãs do esporte. A explosão de risadas de ambos no programa se tornaram lendárias. Abaixo, uma pequena seleção desses momentos irreverentes.

Começou a carreira no jornal “Estado de S. Paulo”, em meados da década de 1970. Também teve passagens por Popular da Tarde, Folha de S. Paulo, Diário de São Paulo e TV Bandeirantes, além de ter sido colunista do UOL entre 2019 e 2020. Cobriu 9 Copas do Mundo e diversos grandes eventos esportivos.

Era apaixonado por literatura e escreveu dois livros: ‘Seleção Nunca Vista’ e ‘A Goleada’. Chegou a começar a cursar Letras, mas abandonou a graduação e focou no jornalismo. Possuía uma coleção de livros com mais de dez mil exemplares.

Antero Greco teve um susto ao vivo na bancada do Sportscenter em setembro de 2022. Na madrugada do dia 9, ele passou mal no meio de um comentário e não conseguiu concluir o raciocínio. O apresentador Felipe Motta precisou chamar o intervalo às pressas.

Antero foi encaminhado a um hospital, submetido a uma cirurgia e ficou oito dias internado. Ele voltou a trabalhar cerca de um mês depois, mas de forma remota. Após um período, o jornalista ficou novamente afastado, dessa vez para realizar sessões de radioterapia.

“PELO AMOR DOS MEUS FILHINHOS”

Silvio Luiz morreu nesta quinta-feira (16), aos 89 anos, por falência múltipla de órgãos. Ele estava internado na UTI do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, desde o dia 8 de maio. O narrador sofreu um derrame enquanto trabalhava na transmissão digital da Record em Palmeiras x Santos, final do Campeonato Paulista, há mais de um mês.

Ainda segundo o comunicado assinado pelos médicos Roberto Betti e Haggeas da Silveira Fernandes, diretores do Hospital Oswaldo Cruz, Silvio Luiz morreu às 9h40, desta quinta-feira, em decorrência de falência múltipla de órgãos.

Desde a final do Paulistão, o narrador foi internado duas vezes. Ele foi hospitalizado no dia da decisão do Estadual, se recuperou e voltou para casa poucos dias depois. Depois de um mal estar em casa, voltou a ser internado. O quadro piorou na semana passada e ele estava na UTI desde a última quarta-feira.

Ex-árbitro de futebol, Silvio Luiz era um dos narradores mais famosos do Brasil e fez história com bordões inesquecíveis como “olho no lance”, “no paauuuu”, “pelo amor dos meus filhinhos” e “pelas barbas do profeta”. Virou um ícone dos fãs de futebol no país.

Desde 2022, o narrador vinha sendo a voz das transmissões digitais do Paulistão da Record no portal R7 e no PlayPlus, ao lado dos humoristas Bola e Carioca. Silvio começou como repórter de campo, mas ganhou notoriedade nas narrações de estilo irreverente e único. Ele trabalhou no SBT, na Band, na RedeTV! e na Record TV.

APOLINHO: LÍNGUA FERINA E AMOR PELO FLA

O radialista, repórter, jornalista esportivo e comentarista Washington Rodrigues morreu nesta quarta-feira (15) aos 87 anos, no Rio de Janeiro. Também conhecido como Apolinho ou Velho Apolo, ele lutava contra um câncer agressivo. Um dos principais repórteres da história do rádio, Washington comandava o “Show do Apolinho” na Rádio Tupi. No ar desde fevereiro de 1999, o programa era líder absoluto de audiência no segmento há mais de 20 anos.

O radialista era também comentarista titular da equipe de esportes da rádio e tinha a coluna “Geraldinos e Arquibaldos” no Jornal Meia Hora, de conteúdo leve e bem-humorado.

Carismático, criou várias expressões populares como “Geraldinos e Arquibaldos”, “Pau com formiga”, “Pinto no lixo”, “Briga de cachorro grande”, entre muitas outras. Apaixonado pelo Flamengo, teve duas passagens pelo clube:

  • em 1995, como treinador, onde conquistou o vice-campeonato da Supercopa Libertadores;
  • em 1998, como diretor de futebol.

“Eu não sou técnico e nunca fui, mas o Flamengo não me convidou, me convocou. E todas as vezes que ele me convocar eu vou, pelo Flamengo eu faço qualquer coisa, se o goleiro se machucar e precisar de mim no gol eu vou lá e jogo, pelo Flamengo eu faço qualquer negócio, chamou eu tô dentro, qualquer coisa que quiserem eu vou”, chegou a dizer sobre a experiência.

A Rádio Tupi, onde Apolinho trabalhava, publicou uma homenagem ao radialista nas redes sociais. Carioca do Engenho Novo, Washington Rodrigues nasceu no dia 1º de setembro de 1936.

Começou sua carreira em 1962 na Rádio Guanabara, atual Rádio Bandeirantes, no programa “Beque Parado”, que falava sobre futebol de salão. Trabalhou em todas as grandes emissoras de televisão e rádio da cidade, entre elas, Globo e Nacional.

Conhecido pela imparcialidade, foi um dos poucos comentaristas com grande aceitação pelas quatro grandes torcidas cariocas. Era também reconhecido na profissão, tendo recebido todos os prêmios já criados para homenagear um jornalista esportivo.

O apelido Apolinho surgiu por usar, quando repórter da Rádio Globo, um microfone sem fio que era utilizado pelos astronautas da Missão Apollo 11, de 1969. Ele deixa três filhos.

(Com informações de O Dia, Placar, Folha SP, O Globo, ESPN)

A frase do dia

“No paaaaaaaaau! Pelas barbas do profeta. Pelo amor dos meus filhinhos. Essstá valendo! Comecei a ver jogos na TV, nos anos 1980, não exatamente por causa de um time, mas para me divertir com Silvio Luiz. Se tinha jogo narrado por ele, de qualquer time, eu assistia – para o desespero da minha mãe. Era um vício que assustava minha família – e virou profissão. Tive com ele uma relação muito legal, de fã – a gente sempre se falava por aqui, via DM. Um pedaço do Silvio, lendário, sempre vai morar em mim – e em tanta gente impactada por suas narrações ao longo de décadas”.

André Rizek, jornalista

E o torcedor tinha razão

POR GERSON NOGUEIRA

O confronto foi duro, equilibrado e disputado palmo a palmo. Uma boa atuação na etapa inicial deu esperanças de que finalmente aconteceria a primeira vitória do PSC no Brasileiro da Série B. Nicolas, escorando um cruzamento de Edílson, abriu o placar na Curuzu, para intensa comemoração da torcida presente. O Goiás empatou nos minutos finais.

Conforme queria o torcedor há tempos, o PSC entrou com Juninho na articulação e Esli Garcia no ataque. Isso representou um começo mais leve e auspicioso, com movimentação e troca de passes rápidos. O Papão parecia um outro time: criava situações perigosas, principalmente quando explorava o lado direito, com Edilson e Ruan Ribeiro.

Logo aos 9 minutos, Ribeiro avançou sobre a marcação, conseguiu entrar na área, mas se desequilibrou na hora de chutar. O Goiás parecia travado pelas iniciativas do PSC pelos lados e não conseguia se impor na partida.

Como reflexo natural do melhor momento do PSC na partida, o gol saiu aos 19 minutos. O lateral Edilson foi à linha de fundo e cruzou para o centro da área. Nicolas se antecipou e subiu mais que os zagueiros para testar no canto direito do gol de Tadeu, para delírio da torcida bicolor.

Foi o primeiro gol de Nicolas na Série B e abria caminho para a possibilidade do triunfo inicial do Papão na competição. Mesmo em vantagem no marcador, o Papão não arrefeceu. Esli, Juninho, Edilson e Nicolas criavam seguidos problemas para o sistema defensivo goiano.

As tentativas do Goiás eram isoladas, principalmente pelos pés do paraense Paulo Baya, que tentava chutar de média distância. Aos 33′, ele recebeu uma bola junto à meia-lua e mandou um disparo forte, por cima do gol. Minutos depois, viria o lance que mudou os rumos do jogo.

Aos 45’, em lance isolado no campo de defesa bicolor, o lateral Edilson parou o meia Rafael Gava com um carrinho violento, de frente, e foi expulso direto, recebendo o cartão vermelho no ato. Expulsão justa.

Em consequência disso, o 1º tempo terminou sob um clima tenso, com bate-boca entre as duas comissões técnicas e torcida atirando objetos no campo.  

Para a etapa final, o PSC voltou com o lateral direito Léo Pereira no lugar de Esli Garcia, a fim de recompor a linha de zaga. Sem o venezuelano, o time perdeu uma boa alternativa pelo lado esquerdo.

Por seu turno, o Goiás partiu com tudo em busca do empate, aproveitando a vantagem numérica. Aos 3 minutos, Cristiano acertou uma bomba da entrada da área, mas o goleiro Matheus Nogueira defendeu bem.

Aos 7’, um cruzamento baixo na área quase terminou no fundo das redes. O zagueiro David Braz raspou de cabeça e a bola passou rente ao poste direito, assustando a torcida. Aos 10’, Paulo Baya invadiu a área e tocou na saída do goleiro, mas a bola caprichosamente não acertou o alvo.

Logo a seguir, outra chegada forte do Goiás. Baya recebeu pela esquerda e acertou um chute perigoso, que tirou tinta da trave esquerda do Papão. Aí, aos 24’, o meia Rafael Gava segurou Gabriel Santos e recebeu o segundo amarelo. Tudo igual, 10 contra 10, dando um alívio ao Papão.

Quando o jogo parecia se encaminhar para o triunfo alviceleste, eis que uma arrancada impressionante de Juninho leva o Goiás ao empate. O rebote do goleiro cai nos pés de Bruno Herculano, que toca para o gol.

Um castigo para a torcida, que merecia a festa, mas o resultado refletiu o equilíbrio da partida. O Papão agora ocupa a lanterna da Série B, com 3 pontos, e ainda sem conseguir vencer na competição.

Destempero continua a atrapalhar o Papão

O empate não foi o pior dos resultados, apesar da atuação desigual ao longo da partida, mas é inegável que a falta de equilíbrio emocional anda atrapalhando a caminhada do PSC na Série B. Edilson foi expulso em lance isolado, sem qualquer perigo real para a defesa.

Não foi o primeiro. Brian Borges havia sido expulso contra o Botafogo-SP e Quintana foi excluído diante do Avaí. São baixas que comprometem a atuação da equipe, pois ocorrem sempre em momentos cruciais do jogo.

Um outro lance poderia ter causado ainda mais danos ao time contra o Goiás. Logo nos primeiros momentos do 2º tempo, o zagueiro Lucas Maia tomou o amarelo após entrada violenta em Wellington no meio-de-campo. Merecia o vermelho. E a falta foi completamente desnecessária.

Algo precisa ser feito pela comissão técnica para conter essa onda de destempero. Afinal, são três expulsões em cinco rodadas. Índice despropositado e preocupante. Importante: tudo começa pelo exemplo de quem comanda.

Séries B, C e D também devem ser paralisadas

A pressão da maioria dos clubes da Série A surtiu efeito e a CBF anunciou ontem à noite a suspensão das duas próximas rodadas (7ª e 8ª) da competição. O posicionamento de 15 agremiações forçou a entidade a tomar uma decisão, mesmo a contragosto. Nos últimos dias, o presidente Ednaldo Rodrigues havia se manifestado contra a paralisação.

O motivo da interrupção do campeonato é a tragédia ambiental que castiga o Rio Grande do Sul, causando mortes e perdas materiais incalculáveis. De início, a CBF decidiu adiar apenas os jogos de Grêmio, Internacional e Juventude. Com o agravamento da situação no Estado, cresceu a pressão pela paralisação do Brasileiro, medida mais do que justificada.

Ficou faltando, porém, estender a decisão às demais divisões: Séries C e D, campeonatos de futebol feminino e Copa do Brasil. Até mesmo a Série B, que não tem times do Rio Grande do Sul, deveria ser paralisada, a fim de confirmar o respeito à dor e ao sofrimento da população gaúcha.  

(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 16)