Eric Clapton manifesta apoio à causa palestina

Depois de ter sido “cancelado” por boa parte de seu público durante a pandemia de Covid-19 – posicionou-se contra a obrigatoriedade da vacina -, Eric Clapton surpreendeu ao se posicionar em favor da causa palestina, usando em sua guitarra uma pintura da bandeira do país, vítima de ataques diários das forças armadas de Israel, com cerca de 35 mil mortes . O gesto ocorreu durante a apresentação do guitarrista britânico no festival Eurovisão, na noite desta segunda-feira, 13.

Clubes da Liga Forte União defendem a paralisação imediata do futebol brasileiro

Os clubes da Liga Forte União divulgaram, na noite desta segunda-feira (13), uma nota oficial conjunta pedindo a paralisação do futebol brasileiro por conta da tragédia causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul. De acordo com a nota, todos os clubes defendem que o Campeonato Brasileiro seja paralisado até o dia 31 de maio, como pedido pelos clubes gaúchos no final da última semana.

Ao todo, 11 clubes da Série A assinaram a nota conjunta. São eles: Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude e Vasco. Esses clubes se juntam à dupla Atlético-MG e Grêmio, ambos da Libra, que já haviam se manifestado em favor da paralisação no último final de semana.

A CBF, por sua vez, marcou reunião para tratar sobre o assunto somente para o próximo dia 27 de maio.

NOTA DA LIGA FORTE UNIÃO

Nesta segunda-feira, todos os clubes da Liga Forte União se posicionaram perante o ofício enviado pela Confederação Brasileira de Futebol. De forma unânime e em bloco, todos são a favor da paralisação imediata do Campeonato Brasileiro até a data de 31 de maio de 2024. A paralisação se faz necessária como medida humanitária, consensual e de justiça de competição.

(Da ESPN)

Bolsonaro e Temer derrubaram investimentos de prevenção contra tragédias ambientais

Análise do banco de dados do TCU mostra a derrubada dos recursos nos governos Temer e Bolsonaro

Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN

Jair Bolsonaro e Michel Temer foram os presidentes responsáveis pelos maiores cortes dos investimentos orçamentários do país em riscos e desastres ambientais. Estes recursos são os utilizados para prevenir e reagir a tragédias como a que vive o Rio Grande do Sul. As informações constam na base de dados do Tribunal de Contas da União (TCU), analisados pelo GGN.

Assim que assumiu o comando do país, Bolsonaro reduziu para R$ 1,2 bilhões a proposta destes investimentos em 2019: menos da metade dos recursos do último ano do governo de Dilma Rousseff (R$ 2,9 bilhões) e menos de um quinto dos gastos de 2013, o ano que teve a maior verba disponibilizada, no primeiro mandato de Dilma.

O ano do impeachment de Dilma Rousseff e início da gestão de Michel Temer foi a primeira grande redução desses recursos, passando de R$ 2,9 bilhões em 2015 para R$ 1,8 bilhões em 2016, valores que se mantiveram similares nos dois anos de governo Temer, até o novo corte de Bolsonaro em 2019.

Já o primeiro ano do governo Lula, 2023 representou o início da recuperação de alta da fatia do Orçamento destinada a riscos e desastres ambientais, com R$ 2,3 bilhões propostos.

Os valores são referentes à totalidade que o governo federal estava disposto a pagar. Do que foi efetivamente pago, o governo Temer repassou R$ 1,76 bilhões em seu último ano (2018) e Bolsonaro repassou R$ 1,14 bilhões no primeiro (2019).

Nos quatro anos de governo Bolsonaro, foram pagos R$ 5,43 bilhões para todos os riscos e desastres ambientais. Com prevenção, os números são ainda menores: R$ 1,21 bilhão em todo o mandato. A quantia é quase cinco vezes menor do que os últimos quatro anos de Rouseff na Presidência (de 2012 a 2015), quando o governo federal gastou mais de R$ 5 bilhões com riscos e desastres.

Esse período de investimentos no setor do governo Dilma Rousseff, de 2012 a 2015, foi responsável por mais de 60% de todo o gasto nos últimos 12 anos.

Em 2023, o primeiro ano do governo Lula, o governo federal voltou a dedicar mais de R$ 2 bilhões do orçamento a gestão de riscos e desastres. Entretanto, somente R$ 355,9 milhões foram usados no ano passado. Para este ano, o governo Lula forneceu R$ 2,63 bilhões do Orçamento, o maior valor desde 2015, e já empenhou R$ 144,84 milhões.

Herói da vitória remista admite que dupla com Ribamar já foi testada nos treinos

O gol de Ytalo contra o Floresta salvou o Remo de mais um tropeço na Série C. Ele entrou no 2º tempo e aproveitou a única oportunidade que teve na partida, aos 44 minutos. Festejado pelos companheiros e pela torcida, ele destacou a parceria com Ribamar e disse que treinaram juntos durante a semana, prevendo uma situação específica de jogo.

“Espero melhorar essa semana para poder estar ajudando mais tempo com a minha equipe, se sentir melhor nessa parte. Durante a semana, foi treinado também em uma parte que podia jogar eu e Ribamar, dependendo como tivesse o jogo e até mais um centroavante. Eu tenho a característica de também sair um pouco da área”, disse.

Foi o 6º gol marcado por Ytalo na temporada, o que lhe garante a condição de principal artilheiro azulino em 2024. O gol também pode ajudar na disputa pela titularidade. No momento, ele tem Ribamar, Matheus Lucas e Kanu como competidores diretos.

“Graças a Deus, a gente conseguiu essa vitória, mas sabemos que está muito abaixo do que o Remo merece, que é estar brigando lá em cima para poder classificar bem, para poder estar lutando por acesso”, afirmou o atacante.

O Remo volta a campo no domingo, às 16h, contra o Tombense, no estádio Baenão. Em 13º lugar na classificação, o Leão tenta mais uma vitória para se aproximar do bloco de cima da disputa.

(Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

Vitória na bacia das almas

POR GERSON NOGUEIRA

Foi um sufoco danado. O Remo finalmente venceu a primeira na Série C, conquistando também o triunfo inicial de um clube paraense no Campeonato Brasileiro. O time pressionou no começo, até empolgou a torcida, mas após 15 minutos foi desidratando e viu o Florestar crescer em cima de seus erros e hesitações. Como resultado direto da atuação ruim, o gol só saiu aos 44 minutos da etapa final, na bacia das almas.

Poderia ter sido pior. A partir dos 30 minutos, ao ver que o dono da casa não conseguia se impor, o Floresta armou um cerco à área azulina e quase abriu o placar. Primeiro, com Lucas Alisson, que cabeceou com muito perigo e obrigou Marcelo Rangel a fazer grande defesa. Na sequência, Jonilson desviou um chute de Lohan que tinha endereço certo.

Antes disso, nos primeiros 15 minutos, o Remo ocupou o campo de defesa do Floresta e esteve bem perto de marcar. A primeira boa jogada foi com Pavani, que driblou dois marcadores, mas finalizou por cima da trave. Depois, Jaderson também se aproximou da área, mas bateu torto.

Ribamar, em briga constante com a defesa do Floresta, teve uma chance no jogo aéreo, mas o cabeceio saiu à direita. Depois, quase forçou um erro do zagueiro Ricardo Lima, que desviou a bola à esquerda com muito perigo. Aos 14 minutos, Pavani cobrou falta, ameaçando a meta de Luiz Daniel.

O problema é que o esforço do Remo pareceu se limitar aos minutos iniciais, pois à medida que o tempo passava o time ia diminuindo o ritmo e se perdendo em passes laterais, sem oferecer perigo ao Floresta.

Foi o pior momento da equipe na partida. O visitante era mais confiante e agressivo, explorando o bom trabalho do meia Marcelo (aquele mesmo que passou em brancas nuvens pelo Remo em 2023), que distribuía lançamentos e arriscava chutes a gol.

Para o segundo tempo, sem mudanças na escalação, o Leão voltou na mesma toada. A torcida, que já havia vaiado o time na descida para os vestiários, começou a se irritar com os seguidos erros na saída para o ataque e com a inoperância de alguns jogadores – Helder, Adson e Marco Antônio, principalmente.

Pedro Vítor acertou um belo chute cruzado, que passou perto do poste direito da trave cearense, mas a presença ofensiva do Remo se resumia a chegadas esporádicas e cruzamentos que não achavam Ribamar na área.

Mesmo assim, o técnico Gustavo Morínigo só resolveu mexer na equipe quando ficou evidente que o Floresta ia tomar conta do jogo. Foi então que entraram Kelvin, Ytalo e Ronald, substituindo Pedro Vítor, Pavani e Marco Antônio. Depois, Paulinho Curuá entrou no lugar de Jaderson.

O time continuou embolado e só passou a ter movimentação maior nos minutos finais, quando Kelvin já formava dupla com Thallys pela direita. Nos minutos finais, quando ninguém mais acreditava na vitória, Ytalo recebeu na intermediária, passou para Ronald. Este lançou Kelvin, que foi à linha de fundo e cruzou para Ytalo finalizar diante do goleiro.

Uma vitória difícil e suada, improvável até, mas extremamente importante, por significar o início da recuperação do Remo no campeonato – pulou da 19ª para a 13ª posição na classificação.

Jejum quebrado já se prolongava por sete partidas

A última vitória do Remo havia acontecido na semifinal do Parazão, contra a Tuna, em 31 de março. O time não conseguiu vencer nenhum jogo nos quatro clássicos contra o PSC e perdeu as três primeiras partidas da Série C. Esse incômodo jejum justifica plenamente a comemoração entre jogadores e comissão técnica após a vitória magra sobre o Floresta.

Na entrevista depois do jogo, Gustavo Morínigo lembrou os cinco jogadores dispensados pelo clube, dizendo que o grupo sentiu e se uniu ainda mais em busca de um bom resultado. Dedicou a vitória a eles. Soou como admissão de que não houve ingerência sua no afastamento dos atletas.

Só não explicou a insistência com peças que se mostram improdutivas, casos de Adson e Helder. Custou a lançar Ronald e Kelvin, jogadores mais incisivos e que vinham atuando bem antes do Brasileiro começar.

Papão perde para o Mirassol e cai para a 19ª posição

O PSC sofreu uma espécie de apagão nos 25 primeiros minutos do jogo contra o Mirassol, ontem à tarde. Tomou dois gols em 16 minutos e se deixou pressionar perigosamente. Levou uma bola no travessão e custou a se acalmar em campo.

Logo aos 6 minutos, Negueba fez o gol, mas a arbitragem anulou porque Dellatorre estava em impedimento. Quatro minutos depois, a rede finalmente balançou: Fernandinho livrou-se da marcação e chutou rasteiro no canto esquerdo, superando Matheus Nogueira.

Aos 15 minutos, foi a vez de Warley iniciar contra-ataque pela direita e deixar Dellatorre à vontade para ampliar. A defesa do PSC não conseguia marcar o rápido ataque do Mirassol e só foi se ajustar depois da parada médica, aos 25’.

Ainda houve tempo para Fernandinho acertar o travessão. O PSC só chegou duas vezes. Um chute de Jean Dias e uma cabeçada de Wanderson, que passou perto do gol.

O PSC mudou o time e a atitude no 2º tempo. Com Juninho e Esli García, o time passou a ser mais agudo ofensivamente. Logo de cara, Juninho e Nicolas exigiram boas defesas de Alex Muralha.

Aos 13 minutos, Esli García recebeu excelente passe de Nicolas e fuzilou na saída do goleiro do Mirassol. Com o gol, o Papão partiu para tentar o empate, mas o ímpeto não foi acompanhado pela qualidade das jogadas. A melhor chance, aos 33’, foi desperdiçada por Juninho.

Uma derrota que inicialmente se desenhou até elástica terminou como um resultado normal, a partir da evolução da equipe no período final. E ficou claro, mais uma vez, que Juninho e Esli não podem continuar como reservas. 

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 13)