O presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado Chicão, e outros 23 parlamentares da Casa participam da cerimônia que anuncia o investimento de R$ 1,3 bilhão da Itaipu para a COP30 nesta segunda-feira (6). O evento ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri.
Também participaram da cerimônia o governador Helder Barbalho, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, ministros de Estado, diretores da Itaipu, representantes de órgãos públicos e autoridades federais, estaduais e municipais. O investimento anunciado é o maior já dispensado pela Itaipu para projetos fora da área de abrangência da empresa, que compreende os 399 municípios do Paraná e 35 do Mato Grosso do Sul.
Após cumprimentar a todos os presentes, em nome da vice-governadora Hana Ghassan, o governador Helder Barbalho agradeceu a presença massiva dos deputados da Assembleia Legislativa do Pará. “Agradeço, em nome do presidente Chicão, o conjunto de deputados estaduais presentes aqui. Temos mais de 20 deputados estaduais, sendo a maioria da Alepa prestigiando e dando a devida dimensão a este momento que estamos presenciando”, declarou.
Com a escolha de Belém para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima em novembro de 2025, uma série de ações estão sendo executadas. Para o chefe do Legislativo do Pará, todos os esforços dos representantes do povo do Pará devem estar voltados a captar recursos e garantir conquistas efetivas para a cidade.
“Estamos aqui para acompanhar mais um importante passo na mudança de cenário que queremos para o nosso Estado com a realização da COP30. Sabemos da urgência de discutir as mudanças climáticas, e vamos transformar a escolha de Belém em uma oportunidade para o nosso povo”, afirmou Chicão.
Não há como negar, o Remo está se esforçando muito para repetir a desastrada campanha de 2023 na Série C, quando perdeu as quatro primeiras partidas. O time atual já perdeu três e tem tudo para completar a quadra. Pelo menos é o que se depreende das atuações pífias que o time tem feito, como a de ontem, em João Pessoa, contra o Botafogo.
A derrota não foi o que decepcionou mais o torcedor. O que revoltou mesmo foi o desleixo, a apatia e o desinteresse.
O Remo levou quase 90 minutos para dar o primeiro chute em direção ao gol do Botafogo. Em todos os aspectos, a atuação foi ainda pior que a da rodada anterior, contra o Athletic, em São João Del Rei.
O time simplesmente não acertava passes e nem tentativas de chegar ao ataque. O descompromisso em busca da vitória beirou o pouco caso. Lembrando que a partida era decisiva para o plano de recuperação dentro da competição.
Contribuíram muito para a pavorosa apresentação as mudanças feitas pelo técnico Gustavo Morínigo, uma espécie de alquimista desastrado no comando do Remo. Em relação ao jogo passado, ele montou uma escalação com sete peças diferentes.
Alcançar entrosamento parece algo desimportante para o treinador. A balbúrdia ficou exposta logo nos primeiros minutos, quando a zaga não cortava os cruzamentos altos do Botafogo. Joãozinho perdeu duas chances depois de receber bolas na área sem receber combate dos zagueiros.
O gol de Pipico, aos 28 minutos, foi um primor de desatenção. O zagueiro Ícaro errou no primeiro bote, mas o lateral Thallys consertou a bobagem e devolveu a bola para que Ícaro despachasse para frente. Lento e distraído, ele preferiu tocar nos pés do atacante Thallyson.
O jogador do Botafogo foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para dentro da área. Livre de marcação, o veterano Pipico chegou batendo forte para o fundo das redes. Um gol que determinaria o resultado final.
A partir do 1 a 0, o Botafogo se tranquilizou na partida e não insistiu mais com os ataques. O Remo, ao invés de se empenhar para buscar o empate, ficou ainda mais dispersivo. Os passes nunca chegavam aos homens de frente. Quando isso ocorria, era sempre de forma lenta, permitindo que a zaga paraibana se posicionasse para o desarme.
Matheus Lucas, que estreava no comando do ataque, não recebeu um passe ou cruzamento que permitisse finalização. Cachoeira se perdeu na correria improdutiva e Sillas não apareceu para o jogo.
É preciso entender que o Remo, mesmo com os problemas exibidos nas outras partidas, voltou a ter no meio-campo três jogadores pouco afeitos à marcação. Jaderson, Pavani e Matheus Anjos não combatiam os avanços do Botafogo e a defesa ficava sempre vulnerável.
A derrota agrava a situação do time na classificação. O Remo terá 16 jogos pela frente, oito deles em Belém. O primeiro será domingo, no Baenão, contra o lanterna Floresta-CE – com ou sem Morínigo no comando.
Mistério de 60 anos em torno do troféu do basquete
O troféu exibido por Nelson Maués na foto foi conquistado pela seleção paraense juvenil, ao se sagrar vice-campeã do Campeonato Brasileiro juvenil, realizado em Belém, em 1965. O campeão do torneio foi o Estado da Guanabara, como se chamava o Rio de Janeiro na época.
Leitor da coluna, o próprio Nelson Maués revela que há muitos anos procura por esse troféu, extraviado depois daquele Brasileiro. A busca começou quando ele presidia a Federação Paraense de Basquete, sem sucesso.
Aos fãs de basquete, Nelson pede informações sobre o paradeiro da preciosa taça, misteriosamente sumida há quase 60 anos.
Flamengo surpreende ao criticar erros da arbitragem
Sob a alegação de que teria sido prejudicado pela arbitragem do jogo com o Bragantino (1 a 1), dirigentes do Flamengo botaram a boca no trombone e um deles, o vice Marcos Braz, chegou a invadir o campo para interpelar o trio de arbitragem. Revoltado, denunciou uma suposta “interferência externa” sobre o árbitro.
Além da surpresa geral com as queixas do Flamengo por erro de arbitragem, algo raríssimo na história do clube da Gávea, chamou atenção a revolta por erros comuns em praticamente todos os jogos nacionais.
Aliás, na rodada de abertura do Campeonato Brasileiro, o Flamengo foi beneficiado por erros clamorosos da arbitragem no confronto com o Atlético Goianiense. A atuação do apitador foi tão prejudicial aos goianos que a Comissão de Arbitragem decidiu suspender o árbitro.
Futebol perde o talento e a elegância de Menotti
César Luís Menotti, o técnico que comandou a campanha do primeiro título mundial da Argentina em 1978, morreu ontem após longa enfermidade. Ficou marcado como um treinador estudioso e aplicado, defensor do futebol ofensivo e admirado por gente do porte de Pep Guardiola.
Progressista, foi corajoso em assumir uma visão de esquerda mesmo sob a feroz ditadura argentina, Menotti teve habilidade suficiente para levar a seleção ao título no ápice do regime militar.
Teve que explicar durante anos a razão de não ter convocado Maradona, já então celebrado como craque – logo em seguida, ele abriria as portas da seleção para o jovem Dieguito.
Como jogador, El Flaco (o magro) foi atacante de Rosário Central, Racing e Boca Juniors, Atuou também no futebol brasileiro já em fim de carreira, defendendo o Santos de Pelé e o Juventus da Rua Javari, em 1969.
Elegante, foi o primeiro técnico de futebol a se postar ao lado do campo trajando terno, como se fosse um diplomata.
(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 06)