O Paysandu foi derrotado pelo Santos por 2 a 0, na tarde deste sábado (20), na Vila Belmiro, apesar de fazer uma boa apresentação nos primeiros 45 minutos. Em sua primeira participação na segunda divisão, o Peixe foi confuso e teve dificuldades para conter o PSC inicialmente. Melhorou na etapa final e construiu a vitória com gols de Pedrinho e Guilherme.
Diante de um Santos confuso nos primeiros 20 minutos, o PSC se organizou bem e conseguiu levar perigo em várias ocasiões. O controle da partida foi do Papão, que só não conseguiu acertar o pé quando as chances apareceram, principalmente com Robinho e Jean Dias.
Com muitos erros de passe, o Alvinegro não conseguiu repetir boas atuações do Campeonato Paulista e viu os bicolores atuarem com desenvoltura, saindo com facilidade do meio para o ataque. Como o Santos não ameaçava e o PSC errava as finalizações, o placar ficou em branco no primeiro tempo.
O 2º tempo foi tecnicamente melhor e o Santos acabou evoluindo ao fechar os espaços nos lados. Na frente, o Peixe foi mais agressivo e presente no ataque. Chegou aos gols com Pedrinho, que venceu a marcação tripla da zaga paraense, para fazer o primeiro gol, e depois deu o chute que resultou no gol de Guilherme.
O Remo estreou com derrota na Série C, exatamente como no ano passado. Com as modificações feitas pelo técnico Gustavo Morínigo em todos os setores da equipe, o Leão encontrou muita dificuldade para chegar ao ataque e acabou sofrendo o gol logo aos 19 minutos, após contra-ataque fulminante do Volta Redonda. Berguinho tocou para MV, que chutou por cobertura e abriu o placar. Um golaço.
Apesar de insistir em cruzar bolas na área, o Remo não conseguia levar perigo ao gol do Voltaço. Sillas, escalado como centroavante, praticamente não participou do jogo. A melhor finalização foi através de Jaderson, que bateu sobre o gol, aos 34 minutos. Sem a intensidade necessária, o Remo não se impôs no 1º tempo e permitiu que o Voltaço terminasse em vantagem.
Para a etapa final, o técnico Gustavo Morínigo fez três mudanças que ajudaram a corrigir os erros da escalação inicial. Entraram em campo Ribamar, Ronald e Matheus Anjos. Mais organizado e agressivo, o Remo passou a pressionar, levando constante perigo ao gol do Volta Redonda.
Ribamar teve duas chances e Matheus Anjos botou uma bola na trave. Aos 31 minutos, depois de um rebote da zaga, Jaderson chutou e empatou a partida, para delírio do torcedor no Baenão. A partir daí, com apoio da torcida, o Leão ampliou o cerco e quase virou o marcador, com Matheus Anjos e Ribamar. Ainda houve um lance de falta sobre Thalys dentro da área que a arbitragem interpretou como normal.
Aos 43′, um escanteio para o Volta Redonda acabou com as esperanças azulinas. Ao tentar cortar o cruzamento, Pavani tocou de cabeça contra o próprio gol, desempatando a partida. Um duro castigo para o Remo, que ainda foi em busca de novo empate. Aos 50′, Michel cometeu falta sobre Ribamar dentro da área, mas o árbitro não assinalou o pênalti.
Uma derrota na conta do técnico Gustavo Morínigo, pela escalação equivocada e pelos muitos erros de posicionamento da equipe ao longo do primeiro tempo. A reação no 2º tempo não foi suficiente para garantir um bom resultado.
Depois da montanha-russa que foi a disputa de quatro clássicos, encantando e motivando o torcedor, PSC e Remo finalmente partem para o que interessa: a disputa do Brasileiro das séries B e C. Tudo começa neste sábado (20), com os bicolores encarando o Santos, na Vila Belmiro, e os remistas recebendo o Volta Redonda, no estádio Baenão.
O desafio dos gigantes paraenses é de grande monta. Ao PSC cabe lutar para permanecer na Série B e, se possível, brigar pelo acesso à Série A. Não é uma missão simples. Várias outras equipes, com grandes investimentos, estão cotadas para tentar chegar à elite do futebol brasileiro.
A lista começa pelo Santos, adversário deste sábado. Rebaixado pela primeira vez na história, o Peixe começou um processo de recuperação no Campeonato Paulista, onde disputou o título com o Palmeiras e ficou em segundo lugar.
Desde que Fábio Carille assumiu o time, as coisas mudaram para melhor, principalmente no setor defensivo, reforçado com a contratação do ex-corintiano Gil. Diante do Papão, o time não terá o apoio da torcida, pois cumpre a punição pelos tumultos na Vila Belmiro em 2023.
Pode-se dizer que o Santos é um clube de Série A temporariamente passando pela Série B. Tem grandes possibilidades de conquistar o título do Brasileiro. Em escala menor, o PSC tem outros adversários igualmente poderosos – Coritiba, América-MG, Sport, Ceará, Guarani e Goiás.
Os demais participantes estão no mesmo nível e é em relação a eles que o time paraense precisa se impor. Equipes medianas, sem grande tradição na competição, como Novorizontino, Amazonas, Ituano, Operário e Avaí.
A lista de reforços que o PSC apresentou nos últimos dias – o volante Wesley Fraga foi o mais recente – mostra que fortalecer o time é o objetivo da diretoria, a fim de evitar quedas de rendimento ao longo da disputa. O ataque, entregue hoje a Edinho, Nicolas e Jean Dias, é o setor mais ajustado do time e razão das maiores esperanças da torcida.
Na Série C, o Remo luta com problemas na definição do time e com a justificada desconfiança do torcedor. A atribulada campanha no Brasileiro do ano passado, quando perdeu as quatro primeiras partidas e viu-se obrigado a fazer uma campanha de recuperação, ainda está muito viva na memória da torcida.
Para esta temporada, sob a direção do técnico Gustavo Morínigo, a expectativa é de uma caminhada mais consistente. A participação no Parazão terminou sem título, mas os jogos contra o PSC indicaram que há motivos para acreditar na evolução da equipe.
Os principais oponentes do Remo no campeonato são Londrina, Náutico, Figueirense, CSA, São Bernardo, Sampaio Corrêa, Ypiranga e o Volta Redonda, justamente o adversário deste sábado, às 17h.
Em termos de investimento, o Leão é disparado o time mais forte da Série C. O problema é que nem sempre isso serve de parâmetro para o desempenho em campo. A chegada de reforços, como Guilherme Cachoeira, João Afonso e Matheus Lucas, dá a Morínigo a chance de formatar um time mais equilibrado e competitivo.
Esses jogadores irão se juntar a outros que já vinham se destacando, casos de Jaderson, Matheus Anjos e Kelvin. O desafio é engrenar rapidamente, sem permitir as oscilações que fragilizaram a equipe no ano passado.
Bola na Torre
O programa começa às 22h, na RBATV, com apresentação de Guilherme Guerreiro e participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. Em debate, a estreia de PSC e Remo nas Séries B e C. A edição é de Lourdes Cezar.
Mbappé lidera PSG na Champions e semeia inveja
Um blogueiro ousou fazer uma comparação entre Neymar e Mbappé, obviamente despropositada – o brasileiro não chega nem perto do que o francês conseguiu conquistar na curtíssima carreira. Pois o menino Ney subiu nas tamancas e comentou que há gente que adora bajular estrangeiros, esquecendo-se que faz o mesmo em relação a figuras mais desprezíveis, aqui mesmo no Brasil.
Tudo isso em decorrência da sensacional classificação do Paris St. Germain à semifinal da Liga dos Campeões da Europa, com uma virada histórica sobre o Barcelona, no estádio olímpico da Catalunha. Meteu 4 a 1, de virada, após ser derrotado na capital francesa por 3 a 2 na partida de ida.
Dirigido pelo espanhol Luis Enrique, o PSG mostra uma intensidade e um apetite que simplesmente não existiam nos tempos de Neymar e Lionel Messi. Mbappé, Vitinha e Dembelé estão jogando o fino da bola, motivados e a fim de conquistar o inédito título europeu.
Os gols foram marcados pelo trio, com destaque para o craque Kylian Mbappé, que balançou as redes duas vezes. Raphinha fez o gol do Barça, logo aos 12 minutos do 1º tempo. A partida, uma das melhores dessa emocionante Champions, mudou de panorama com a expulsão do zagueiro Araújo.
A partir daí, o PSG de Mbappé assumiu o controle e deixou claro que não iria sair da Espanha sem a cobiçada classificação. Pior ainda para o Barça de Xavi foi ver a classificação do Real Madrid sobre o Manchester City em outro jogão, decidido na série de penalidades.
Com Mbappé inspirado, o PSG tem plenas condições de chegar à grande decisão, sonho frustrado durante a passagem de Neymar por lá.
O astro brasileiro, por sinal, precisa parar de se meter em bola dividida, principalmente com currículo tão anêmico em disputas internacionais. Mbappé conquistou uma Copa do Mundo quando tinha 18 anos e foi vice em outra, em 2022, no Qatar. Calado, o baladeiro Neymar já está errado.
(Coluna publicada na edição do Bola deste sábado/domingo, 20/21)
Esta é simplesmente uma das melhores músicas que o rock’n’roll já produziu. Tudo reunido em 3 minutos de balanço, guitarras em perfeita sintonia e um vocal arrasador. No final de 1965, os Rolling Stones lançavam “Get Off Of My Cloud”(Saia fora da minha nuvem), um rockão de primeira grandeza, esbanjando atitude e ousadia. O som é tão poderoso que parecia não haver ninguém capaz de deter a banda, ainda em sua formação clássica – Mick Jagger, Keith Richards, Brian Jones, Bill Wyman e Charlie Watts. Os versos iniciais, gritados por Jagger, dizem:
“Eu moro em um apartamento no 99º Piso do meu bloco E eu sento em casa olhando pela janela Imaginando que o mundo parou“
“Ei, você, sai da minha nuvem Ei, você, sai da minha nuvem Não fique por aí porque dois são uma multidão“
Demorei a descobrir a grandeza épica, proto-punk, dos Stones. Forjado no som limpo e essencialmente melódico dos Beatles, a aspereza dos Stones me incomodava, não descia muito bem. Mais ou menos como em relação a Jimi Hendrix e Bob Dylan.
Só ali pela metade dos anos 1970, depois de ouvir quase tudo dos Beatles, dediquei atenção às pancadas sonoras dos Stones, começando por “Route 66”, “The Last Time”, “Let’s Spend The Night Togheter”, “Satisfaction” e “Get Off Of My Cloud”. Não parei mais. Um caso de amor tardio, mas definitivo.
A canção foi escrita por Mick Jagger e Keith Richards para o single que teria a imensa responsabilidade de suceder o mega hit “Satisfaction”. A banda gravou em Hollywood, Califórnia/EUA, no início de setembro de 1965, e “Get Off Of My Cloud” foi lançada em setembro nos Estados Unidos e em outubro no Reino Unido. Ela liderou as paradas nos EUA, Reino Unido, Canadá e Alemanha. Nascia um clássico.