O fracasso da geração Tik Tok

POR GERSON NOGUEIRA

Bicampeão olímpico, o Brasil foi eliminado da briga por uma vaga nos Jogos de Paris ao ser derrotado pela Argentina, por 1 a 0. O gol de Luciano Gondou foi marcado nos minutos finais, depois que os brasileiros mantiveram um comportamento de pouca agressividade no ataque. Uma sentença dura, mas justa, para o comportamento errático da geração Tik Tok, com alguns jovens atletas alçados à fama e ao estrelato. 

O fracasso da atual geração olímpica vem se somar a outras decepções que o futebol vem enfileirando desde a pífia campanha na Copa do Mundo de 2022 no Qatar, encerrada com derrota para a Croácia nas quartas de final. Basta puxar a estatística recente para constatar o descalabro.

O time sub-17 foi excluído do Mundial pelos argentinos nas quartas de final. O sub-20 caiu na Copa do Mundo ao perder para Israel nas quartas de final também. E ontem novo tropeço, que impede o Brasil de buscar o tricampeonato olímpico em Paris-2024.

Sem esquecer que a Seleção Brasileira patina nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2026, ocupando uma vexatória e inédita sexta colocação, atrás de times historicamente inferiores.

As atuações na Venezuela foram sempre caóticas, mesmo com jogadores que atravessam excelente fase, como Endrick (Palmeiras/Real Madrid) e John Kennedy (Fluminense). O plano de jogo priorizou o empate, que nem era um resultado totalmente seguro.

Depois de um primeiro tempo apático, sem jogadas para Endrick na frente, o time parecia acomodado e satisfeito. O melhor momento foi quando John Kennedy entrou, criando de cara três situações perigosas, resultando na única chance de gol, com Gabriel Pec.

Durou pouco esse entusiasmo ofensivo. Quando Endrick saiu, aos 28 minutos, o time caiu na mesmice de novo. O atacante não estava muito bem, mas é sempre um jogador com recursos para criar um lance de qualidade. Além disso, prendia a zaga argentina.

Aos 32’, em cruzamento alto, com o goleiro e os zagueiros assistindo a bola passar, o centroavante Gondou subiu livre para cabecear e marcar. Brasil eliminado. Resultado justo diante da fraca exibição da equipe. Desde Atenas-2004, o futebol brasileiro não ficava fora de uma Olimpíada.

A má campanha inibe até as críticas ao desmembramento da rodada final, com o jogo Venezuela x Paraguai remanejado para depois do confronto Brasil x Argentina. Em qualquer torneiozinho mequetrefe, uma rodada decisiva exige partidas no mesmo horário.

É claro que isso retrata também o estado geral de coisas na CBF, que aceitou frouxamente um regulamento – aprovado unanimemente por todos os 10 países participantes – que permitia essa exceção.

Mais do que lamentar a derrota e a eliminação para os argentinos, é hora de prantear e reavaliar nosso futebol, repleto de falsos ídolos reféns dos embalos noturnos e da caça aos likes nas redes sociais.

Campeonato está sob amplo domínio bicolor

Com 13 pontos conquistados em cinco rodadas, o PSC é o líder isolado e invicto do Campeonato Paraense. Uma campanha irrepreensível. Derrotou Santa Rosa, Caeté, Águia e Bragantino e só deixou escapar pontos no empate contra o Remo.

É preciso observar que estamos na primeira fase da competição. A parte eliminatória virá após as três próximas rodadas. O PSC já está matematicamente classificado para os confrontos em mata-mata, e alcançou isso sem maiores dificuldades.

Até para evitar interpretações apressadas, é claro que não há qualquer garantia de que a equipe de Hélio dos Anjos vai conseguir manter essa campanha tão exitosa. No ano passado, por exemplo, o Remo de Marcelo Cabo chegou a ficar 11 partidas invictas dentro do Estadual, mas perdeu o título para o Águia dentro do estádio Baenão.

O importante é reconhecer que, depois de cinco rodadas, há um time claramente em situação de superioridade na competição, apesar de ter realizado três dos jogos em campos do interior, com as condições precárias que todos conhecem.

Um outro aspecto que deve ser ressaltado é que Hélio dos Anjos teve que encaixar no elenco 20 jogadores recém-contratados e extrair do grupo uma equipe competitiva, que vem funcionando bem na disputa até agora.

Acertou na formação do meio-de-campo, setor de maior complexidade em qualquer time, mesmo sem contar ainda com um especialista na armação de jogadas. Tem utilizado Val Soares, Leandro Vilela, Netinho e Biel, com características mais de marcação do que criação.

O arranjo se mostrou eficiente até mesmo no Re-Pa, jogo teoricamente de maior dificuldade. No primeiro tempo, o Papão foi absoluto e esteve perto de conquistar a vitória. Para o ataque, apostou na perícia do velho ídolo Nicolas, que tem se mostrado à altura das exigências do Parazão.

É óbvio que o nível técnico da competição tem contribuído para que o Papão imponha a vantagem de quatro pontos sobre o segundo colocado – Tuna, com 9 pontos. Os clubes emergentes não têm mostrado capacidade competitiva para repetir o feito do Águia em 2023. Aliás, o próprio Azulão de Marabá está abaixo do esperado.

Direto do blog campeão

“Esse cidadão histriônico só se mantém em evidência no caótico e decadente futebol tupiniquim. Imagens mostram o comportamento inadequado dele à beira do gramado, partindo pra cima dos auxiliares de arbitragem toda vez que o árbitro toma uma decisão que não o agrada. Não é o único. Sou da opinião que tais comportamentos sejam punidos com cartão vermelho direto”.

Miguel Silva – batistamiguel36@gmail.com

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 12)

Brasil luta, torcida incentiva, mas a vitória não veio e a seleção está fora dos Jogos Olímpicos

Seleção Brasileira se esforça até último quarto, mas perde da Alemanha neste domingo, 11 de fevereiro, por 73 a 71 na última rodada do Pré-Olímpico de Basquete Feminino 2024, na Arena Mangueirinho, em Belém. Com a derrota, país está fora dos Jogos Olímpicos Paris 2024. 

Brasil e Alemanha pelo Pré-Olímpico de Basquete Feminino 2024(Fiba Basketball)

Não faltou incentivo da torcida paraense. As brasileiras se esforçaram e tentaram, mas não conseguiram evitar a derrota de 73 a 71 para a Alemanha na última rodada do Pré-Olímpico de Basquete Feminino 2024. Com o resultado, o Brasil não garante uma das três vagas disponíveis aos Jogos Olímpicos Paris 2024 e está fora do evento pela segunda edição consecutiva.

O jogo aconteceu na noite deste domingo, 11 de janeiro, na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho, em Belém. Como na partida anterior a Austrália derrotou a Sérvia por 75 a 73, a seleção precisava vencer as alemãs por oito pontos para garantir a classificação – ou sete pontos se fizesse mais de 74 pontos no jogo.

Com três derrotas em três jogos, o Brasil ficou na última posição do grupo. Austrália, líder da chave com 100% de aproveitamento, Alemanha, com duas vitórias, e Sérvia, que venceu o confronto direto contra as brasileiras no sábado, obtiveram as três cotas Olímpicas em jogo.

Como os Comitês Olímpicos Nacionais têm autoridade exclusiva sobre a representação de seus respectivos países nos Jogos Olímpicos, a participação dos atletas nos Jogos de Paris depende de seus CONs selecioná-los para representar sua delegação em Paris 2024.

O Pré-Olímpico de Basquete Feminino 2024 era a última chance de classificação aos Jogos de Paris 2024. Sem a vaga, a seleção brasileira fica de fora da competição Olímpica na modalidade pela segunda edição consecutiva – o país também não esteve presente em Tóquio 2020.

Bola na Torre – programa de domingo, 11.02

Para quem não assistiu, a chance de ver o programa deste domingo de Carnaval, apresentado por Guilherme Guerreiro com as participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião.

Inquérito aponta produção de desinformação para incentivar atos golpistas diante dos quartéis

Por Jamil Chade

As investigações conduzidas pela Polícia Federal, e que estão descritas na decisão do ministro Alexandre de Moraes, revelam que a produção de desinformação pelo governo de Jair Bolsonaro era meticulosamente organizada, inclusive para incentivar os atos diante dos quartéis pelo Brasil depois das eleições de 2022. Tudo aposta que havia plano, meta e recursos para a desestabilização social.

Os ataques contra a democracia, portanto, não eram involuntários. O que existia era uma produção e uso da mentira como instrumento da política e do poder. Premeditada, a desinformação era a estratégia de ação, misturando tanto aliados na imprensa tradicional, blogueiros e verdadeiros núcleos e equipes.

Durante os quatro anos de Bolsonaro, a mentira matou e ampliou um mal-estar profundo. Afonso Borges cunhou o termo “Anos Malditos” para designar o período que atravessamos, “sob a égide do nacionalismo, ignorância e beligerância”.

Se a propaganda se mistura com a história da política, o que o inquérito revela é como ela era a aposta para justificar um golpe de estado. Nos diálogos, os próprios suspeitos admitiam que não tinham encontrado sinais de fraude nas urnas brasileiras, tese reforçada por Bolsonaro desde que fazia campanha, em 2018. Mas isso era irrelevante. A notícia da vulnerabilidade à fraude seria produzida.

Um dos trechos da peça de acusação revela, em parte, como era a rota da mentira, tanto para permitir que ela influenciasse a opinião pública, como nutrisse ações legais.

Uma desinformação com o potencial para desestruturar sociedades, abalar eleições, mudar o rumo de países, criar rupturas entre membros de uma família e instalar o ódio. Sempre com um objetivo: o poder. O caso citado no inquérito se refere a uma suposta descoberta de vulnerabilidades das urnas eletrônicas.

A PF apontou para a existência de um “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral” durante as investigações. O grupo composto por nomes como Mauro Cid, Fernando Cerimedo e Anderson Torres tinha como função a “produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto a lisura das eleições presidenciais de 2022 com a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações, das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o golpe de estado, conforme exposto no tópico ‘Das Medidas para Desacreditar o Processo Eleitoral’ constante na presente representação”.

Cerimedo, que atuou na campanha do argentino Javier Milei, e os demais membros teriam ainda produzido e divulgado “estudos”, sempre com a meta de “estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e de instalações das Forças Armadas”.

Segundo a investigação, a “divulgação (por parte de Cerimedo) em uma live de notícias fraudulentas sobre uma suposta investigação a respeito das eleições brasileiras e constatação de disparidades entre a distribuição de votos nas urnas eletrônicas mais novas e mais antigas (que implicariam anomalia favorável ao candidato de número 13 nas urnas fabricadas antes do ano de 2020) é exemplo de tal estratégia ilícita e antidemocrática”.

A conclusão da PF é de que existiria uma “ação coordenada dos integrantes do grupo criminoso para amplificação das falsas narrativas que construíram e replicavam acerca do sistema eleitoral brasileiro”.

A cronologia dos fatos apresentados demonstra que os investigados utilizaram, de forma coordenada, diversos meios para disseminar informações falsas sobre o processo eleitoral brasileiro.

COMO FUNCIONAVA A ROTA DA DESINFORMAÇÃO

Um material apresentando falsas vulnerabilidades nas urnas eletrônicas produzidas antes de 2020 foi elaborado pelo grupo, inclusive com o auxílio do que Cid chamou de “nosso pessoal”, se referindo a especialistas na área de informática (incluindo hackers).
Seguindo a estratégia de difusão por multicanais, o material é repassado para o argentino Fernando Cerimedo, que disseminou o conteúdo falso em uma live realizada em 4 de novembro de 2022.
O conteúdo da live foi resumido e propagado por vários integrantes da organização, inclusive por militares.

Em seguida, visando burlar as ordens judiciais de bloqueio, os investigados disponibilizaram o conteúdo em servidores localizados fora do país. Identificou-se ainda que o mesmo conteúdo também estava contido no documento nominado “bolsonaro min defesa 06.11- semifinal.docx”, endereçado ao General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, então ministro da Defesa, e encaminhado por Mauro Cid ao General Braga Netto, por WhatsApp.

A última etapa foi a “Representação Eleitoral para Verificação Extraordinária”, apresentada pelo Partido Liberal no dia 22 de novembro de 2022.

A tal representação foi indeferida pelo TSE por ser “ostensivamente atentatório ao Estado Democrático de Direito e realizado de maneira inconsequente com a finalidade de incentivar movimentos criminosos e antidemocráticos que, inclusive, com graves ameaças e violência vem obstruindo diversos rodovias e vias públicos em todo o Brasil”.

“No entanto, mesmo os investigados tendo ciência da chance remota de êxito, a estratégia adotada teve a finalidade de servir de fundamento para a tentativa de execução do golpe de Estado, que estava em curso desde novembro de 2022”, alerta o STF.

A decisão conclui que “a contestação formal ao resultado das eleições por um partido político, juntamente com a disseminação da narrativa falsa por meio de influenciadores digitais e alguns integrantes da mídia tradicional, com forte penetração em parcela da população ligada à direita do espectro político manteve o discurso de uma atuação do Poder Judiciário, especialmente do STF e do TSE, ilícita, extrapolando os limites constitucionais, com a finalidade de impedir a reeleição do então Presidente Jair Bolsonaro, indicando para seus seguidores o esgotamento dos instrumentos legais para reversão do resultado, devendo-se adotar uma outra forma de ação mais contundente, diante das ‘arbitrariedades’ do poder Judiciário”.

(Transcrito do UOL)

Rock na madrugada – Barão Vermelho, “Jardins da Babilônia”

Com um toque de Stones e a cozinha rítmica sensacional de sempre, o Barão tributa Rita Lee, arrebentando nesta versão de “Jardins da Babilônia” (Rita/Lee Marcucci), incluída no álbum Barão Vermelho (1996). Produzido por Ezequiel Neves, o grupo estava na estrada executando um repertório radicalmente roqueiro após a saída de Cazuza e a canção caiu como luva. Ficou tão boa que parece ter sido feita para o Barão tocar.

Rock’n’roll de responsa na melhor formação do Barão de todos os tempos: Roberto Frejat (guitarra e voz), Fernando Magalhães (guitarra), Rodrigo Santos (baixo), Peninha (percussão), Maurício Barros (teclados) e Guto Goffi (bateria).

Sangue, suor e (in)gratidão

POR GERSON NOGUEIRA

Há um elemento nas arengas do futebol que muitas vezes é subestimado pelos técnicos burocráticos e teóricos, pouco afeitos aos sentimentos que impactam no jogo. Raça. O torcedor costuma estabelecer uma régua de comparação entre jogadores, valorizando mais quem entrega mais. Os mais aguerridos são sempre mais respeitados e reconhecidos.

Até hoje a torcida bicolor lembra de João Tavares, Ércio, Sandro Goiano e Zé Augusto. Sinônimos de entrega em campo. Deixavam sangue, suor e lágrimas sobre o relvado. Perdiam dentes e unhas também. Tudo em nome de um objetivo maior: honrar dignamente o manto que vestiam.

Do lado azulino, François, Dutra, Roberto Diabo Louro e Agnaldo de Jesus pontificavam como atletas raçudos, capazes de tudo para garantir a vitória ou pelo menos derrotas honrosas, dependendo das circunstâncias.

Nos tempos atuais, até pelo fluxo de trocas e negociações, um ir-e-vir incessante que não permite relações longevas no mercado da bola, pouquíssimos jogadores criam raízes e vínculos afetivos definitivos com um clube. Esqueçam lendas como Niltons (Santos), Dinamites e Zicos, que faziam das camisas de seus times quase uma segunda pele.

O espírito guerreiro de doação física pelos times também acaba em segundo plano quando as relações profissionais não permitem laços mais duradouros. O que se tem mais é a história de atletas que têm um período mais longo de dedicação a determinados clubes.

É o caso do goleiro Vinícius, que vive hoje um estranho momento de desligamento involuntário no Remo. Não se pode dizer que está na galeria dos raçudos no sentido mais explícito e físico do termo.

O goleiro e capitão está, porém, inscrito na seleta lista dos heróis, pelos tantos anos dedicados à causa remista. Vinícius teve momentos icônicos em 2019 e 2021, ano confuso de glória e queda na Série B. Foi quem garantiu o único título do Remo na Copa Verde.

O perfil calmo e sereno talvez induza muitos a entender que não havia nele o aguerrimento que se espera dos heróis. Protagonizou heroísmos de outra maneira, com extrema dedicação e competência profissional.

Quase no mesmo perfil de temperamento do guardião azulino, Nicolas é o herói do momento no PSC. Da primeira vez, passou pouco mais de dois anos no clube, fazendo gols e construindo uma imagem de ídolo. Tornou-se ainda maior quando se empenhou em voltar ao ninho alviceleste.

E voltou em grande estilo, fazendo o que sabe fazer de melhor: gols. E que gols. Na quarta-feira, na Curuzu, fez uma jogada antológica. Do meio-campo, encobriu o goleiro do Bragantino e marcou o gol mais bonito do Campeonato Paraense.

Vinícius está de saída, cumprindo o que lhe resta de contrato, constrangido por um comportamento hostil por parte de algumas figuras do clube. Nicolas cumpre uma trajetória inversa e ascendente, provando o quanto ainda pode ser útil ao Papão. Coisas da vida, e do futebol.

Bola na Torre

O programa vai ao ar, em plena folia, sob o comando de Guilherme Guerreiro, às 22h, na RBATV. Giuseppe Tommaso e este escriba de Baião participam dos debates sobre a quarta rodada do Campeonato Paraense. A edição é de Lourdes Cezar.

Pré-Olímpico: mesa tirou ponto das brasileiras

Um erro cometido pela mesa do jogo Brasil x Austrália, na quinta-feira, na Arena Mangueirinho, com o registro em súmula de um ponto a mais para as australianas, prejudicou o Brasil dentro da acirrada disputa pela vaga olímpica. Era a rodada de abertura do Pré-Olímpico de Basquete Feminino e a seleção perdeu o confronto por cinco pontos (60 a 55).

A falha, inadmissível em tempos de tecnologia de ponta nas competições, chamou a atenção de Nelson Maués, ícone do basquete paraense, que estava no Mangueirinho. Segundo ele, o equívoco da mesa lembrou o ocorrido no Campeonato Brasileiro Juvenil nos anos 70, na partida entre Pará e Ceará, na qual trabalhava como apontador da súmula.

No final, com empate entre as duas equipes, todos já se preparavam para a prorrogação. Ao perceber um erro na contagem, Nelson informou ao árbitro principal que a equipe cearense havia vencido por um ponto.

No dia seguinte, na reunião técnica da CBB, Nelson foi elogiado pela maneira correta como agiu, própria de um verdadeiro desportista.

Sobre o jogo de quinta-feira, foi impressionante a distração da comissão técnica do Brasil, que não pediu a interrupção imediata para reparar o erro. Tanta gente no banco da seleção e ninguém anotou o erro. Comeram mosca. Na torcida, muitos perceberam e chegaram a gritar.

O placar baixo para os padrões normais refletiu a força das defesas sobre os ataques. Importante também foi a reação brasileira após a Austrália abrir 14 pontos no 2º quarto. O Brasil chegou a assumir a dianteira do placar, mas as australianas garantiram a vitória no último minuto.

Brasil duela com Argentina por vaga na França

Rivais históricos, brasileiros e argentinos repetem hoje, na Venezuela, um duelo marcado por emoções arrebatadoras. Os times participam do Pré-Olímpico de futebol e dependem de uma vitória para assegurar vaga para Paris. Aos trancos e barrancos, o time de Ramon Menezes venceu a Venezuela e agora depende de suas próprias forças para se classificar.

Para sorte do criticado Ramon, a Seleção conseguiu chegar à rodada final na 2ª colocação, com três pontos, atrás do líder Paraguai, que tem quatro. Argentina e Venezuela têm um ponto cada. Ao Brasil, cabe vencer os hermanos para classificar direto. Se empatar, vai depender do placar de Paraguai e Venezuela, mas ainda com boas possibilidades. 

(Coluna publicada na edição do Bola deste domingo, 11)

Ex-funcionário do TCE-PA é indiciado por ofensas racistas contra Benedita da Silva

Com informações do g1 Rio

O ex-funcionário do Tribunal de Contas do Pará (TCE/PA) foi identificado e indiciado pela Polícia do Rio como autor das ofensas racistas em uma rede social contra a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), em 2020. Júlio Marcos de Deus Saraiva vai responder por praticar e induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena é de 3 anos de reclusão e multa.

A denúncia por racismo e injúria foi feita contra um homem que, em uma postagem de rede social, chama Benedita, entre outros xingamentos, de “preta ridícula, beiçuda, nariz de tomada” e “negra idiota”. O servidor, que é formado em administração, também teceu ofensas contra os povos quilombolas na mesma postagem.

As investigações foram feitas pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

Durante o inquérito, foi constatado que Júlio Marcos já ocupou os cargos de assessor de gabinete da Secretaria de Administração do Governo do Pará, administrador do Tribunal de Contas do Estado do Pará, assessor da Assembleia Estadual Constituinte, assessor da Prefeitura Municipal de Belém, secretário de Comunicação de Cametá e assessor do Gabinete Civil do Governo do Pará.

O funcionário do TCE Júlio Marcos de Deus Saraiva — Foto: Reprodução

O ex-funcionário do TCE Júlio Marcos de Deus Saraiva — Foto: Reprodução

Ele também colaborou com vários meios de comunicação da região, embora não tenha o registro profissional de jornalista, nem formação na área. A equipe de reportagem do g1 tenta contato com Júlio Marcos e com o Conselho Regional de Administração do Pará (CRA-PA).

A publicação foi feita após o TSE aprovar uma consulta criada pela parlamentar que determina a distribuição proporcional dos recursos de campanha e também do tempo de televisão a candidaturas pretas a partir de 2022.

“Mulher feia, insípida, inodora, incolor, preta ridícula, beiçuda, nariz de tomada, essa vagabunda criou uma lei, que dá para quem e quilombola, (preguiçosos e lerdos) e preto em geral, cota de 20 % nos partidos na próxima eleição, vai inviabilizar os partidos, só podia ser coisa dessa negra idiota, líder da esquerda evangélica”, escreveu o servidor em seu perfil.

Publicação que teria sido feita por Júlio — Foto: Reprodução

Publicação que teria sido feita por Júlio — Foto: Reprodução

À época, a postagem gerou revolta e inúmeros internautas denunciaram o perfil do homem, assim como iniciaram uma campanha de solidariedade à Benedita da Silva nas redes sociais. Horas depois o homem, que se dizia “administrador especialista em gestão com pessoas”, apagou a publicação, no entanto, os prints começaram a circular por todo o país e o suspeito bloqueou suas redes sociais.

O QUE DIZ O TCE/PA

Em nota, o Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE/PA) informou que Júlio Marcos de Deus Saraiva não é servidor do TCE/PA desde fevereiro de 2017.

“Sobre o assunto, o Tribunal de Contas do Estado do Pará esclarece que o Sr. Júlio Marcos de Deus Saraiva, não é servidor deste TCE/PA, desde 05/02/2017, quando foi exonerado do cargo comissionado de assistente de transporte, função na qual permaneceu por cerca de dois anos. (…) Por fim, o Tribunal de Contas do Estado do Pará repudia qualquer tipo de atitude, independente do meio utilizado, que venha a caracterizar práticas de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, ou procedência nacional”, dizia a nota.

Rock na madrugada – Genesis, “Invisible Touch”

Puro suco dos trepidantes anos 80, “Invisible Touch” (álbum Invisible Touch, de 1986) é uma obra-prima do Genesis, num momento em que a banda já não tinha mais Peter Gabriel (1967 a 1975) e Steve Hackett (1971 a 1977) nem cultivava mais a fixação no rock progressivo. Phil Collins havia assumido os vocais, deixando a bateria com Chester Thompson. Sucesso de dimensões planetárias, a canção mostra Collins em plena forma e a levada de guitarra contínua e quase marcial de Mike Rutherford é um dos pontos altos do arranjo.

O videoclipe (com Tony Banks nos teclados) captura um pouco da convivência alto astral da banda. A letra tem tintas românticas, como quase tudo do Genesis:

Ela parece ter um toque invisível, sim
Ela chega e agarra seu coração
Ela parece ter um toque invisível, sim
Ele assume o controle e lentamente despedaça você.

Águia guerreira supera o Leão

POR GERSON NOGUEIRA

A Tuna aprontou ontem dentro do Evandro Almeida e quebrou a invencibilidade do Remo no campeonato. Méritos totais da equipe cruzmaltina, que triunfou por ter combinado esforço e organização. Não foi uma atuação assombrosa, mas o time se distribuiu bem em campo, aproveitando as brechas para encaixar contragolpes perigosos.

Germano, o camisa 10 da Tuna, foi o jogador mais lúcido do confronto, embora tenha sido também um dos mais violentos, ao deixar o braço no rosto dos adversários. Foi o autor de lançamentos que geraram dois gols.

Com muita correria pelos lados e dura marcação atrás, a Lusa se postou de uma forma a não permitir que o Leão se impusesse em campo. Deu certo. Explorou os passes errados do meio-campo azulino e passou a pressionar. Abriu o placar num escanteio logo aos 11 minutos. A zaga parou e Dedé apareceu para cumprimentar.  

O lance do primeiro gol escancarou deficiência grave da defesa do Remo: aceitou o cruzamento baixo, sendo a lambança completada com o imobilismo do goleiro Marcelo Rangel, que não se antecipou aos atacantes.

Na base do entusiasmo, embora sem inspiração ou jogadas lúcidas, o Remo voltou ao ataque e, através de Felipinho, chegou ao empate. Aos 16’, ele foi à linha de fundo e cruzou rasteiro. A bola desviou em Marlon e entrou. A insistência com as jogadas pelos lados finalmente dava resultado.

Nem houve tempo para o torcedor azulino festejar. O segundo gol cruzmaltino surgiu de um novo deslize do goleiro, aos 24’. O zagueiro Ícaro, que estava à frente de Marcelo Rangel, deixou o cruzamento de Wander passar e a bola entrou após um leve toque do artilheiro Chula.

Ainda no primeiro tempo veio o novo empate azulino. Em cruzamento de Felipinho, aos 34’, a bola atravessou a área e caiu na cabeça de Jaderson, que desviou no ângulo esquerdo da trave. O Remo se animou, tentou pressionar em busca do terceiro gol, mas a Lusa se fechou bem.

No reinício da partida, com mudanças nas equipes, o Leão voltou buscando. Ricardo Catalá trocou Pavani por Ribamar, recuando Ytalo para a armação. Aos 21 minutos, após escanteio, Ícaro cabeceou para as redes, mas o árbitro anulou o lance, apontando falta que não existiu.

Ribamar quase deixou o seu aos 23’, chutando à esquerda da trave de Hugo Yass. A fim de reforçar as ações ofensivas, Catalá lançou Camilo e Kelvin no lugar de Marco Antônio e Felipinho. A mexida não deu certo. Camilo embolou com Raimar pela esquerda e Kelvin não conseguiu jogar.

Quando o jogo parecia entrar na monotonia, Ribamar foi lançado na área, recebeu pressão de Dedé e o árbitro marcou um pênalti duvidoso. Ytalo foi cobrar e praticamente recuou para o goleiro tunante. A perda do penal baixou o entusiasmo dos remistas e a Tuna cresceu.

Nos minutos finais, o time de Júlio César teve duas boas jogadas em contra-ataque, uma puxada por Jayme e outra por Germano, que lançou Gabriel na esquerda. Ele driblou Vidal e bateu cruzado. Marcelo Rangel não conseguiu deter a bola, que foi direto para o fundo das redes.

Grande e merecida vitória lusa, sustentada em confiança e aplicação. Do lado azulino, os erros mostrados contra o PSC se repetiram, principalmente quanto à cobertura da zaga. Desta vez, as bolas entraram.

Japiim é lanterna e grande decepção do campeonato

O Castanhal perdeu outra partida e se isolou na lanterna do Parazão, com apenas dois pontos. De quebra, a má campanha custou a cabeça do técnico Wilton Bezerra. O Japiim é sério candidato ao rebaixamento e grande decepção do campeonato, juntamente com o campeão Águia.

Na tarde de ontem, a equipe foi novamente derrotada em seu próprio campo. Perdeu para o Caeté por 3 a 2. Os visitantes abriram o placar aos 10 minutos, com Jorge Pet. O Castanhal empatou aos 24’, com João Vítor.

No 2º tempo, o Caeté voltou com tudo. Maranhão, aos 16’, e Fidélis, aos 33’, ampliaram. No desespero, o Japiim tentou diminuir o estrago e fez o segundo gol com Felipe Gedoz, aos 37’. Com a queda de Wilton Bezerra, o mais cotado para assumir é Emerson Almeida, ex-Canaã.

Nicolas marca um golaço; Hélio passa do ponto

Nicolas, um dos artilheiros do Parazão, fez um golaço anteontem na Curuzu. Aos 22 minutos, recebeu uma bola no grande círculo do meio-campo e mandou pelo alto, encobrindo o goleiro Henrique, que estava bastante adiantado.

Pela beleza do lance, o gol foi muito comemorado pela torcida bicolor presente ao estádio. Apenas alguns minutos depois, o Bragantino conseguiu o empate, com Charles cobrando falta, após expulsão de Jean Dias.

Aí o jogo virou um sofrimento para o Papão, que tentou de todas as formas chegar ao empate e correu o risco de sofrer a virada do Braga – o artilheiro Gileard perdeu três incríveis oportunidades. Até que, aos 46’, Juninho driblou na área e bateu cruzado para desempatar.

Se o gol de Nicolas foi o grande destaque da noite, a bola fora ficou por conta das falas do técnico Hélio dos Anjos no pós-jogo. Bem ao seu estilo, o técnico atacou duramente a arbitragem de Wanbelton Valente e insinuou que haveria algo pensado para prejudicar o PSC.

Duas frases foram particularmente graves: “Ninguém vai tomar meu campeonato na mão dura” e “vi aqui hoje que estão querendo tirar esse campeonato nosso”. Uma coisa é criticar erros do árbitro – que, de fato, ocorreram –; outra, bem diferente, é questionar a lisura da competição.

Quando age assim, o experiente técnico passa do ponto, insulta outros profissionais e perde a razão. Pela falta de freios nas declarações, Hélio foi suspenso no STJD por nove jogos em competições oficiais da CBF. Ele foi acusado de proferir xingamentos homofóbicos contra a arbitragem no jogo diante do Volta Redonda, pela Série C do ano passado.

Ao que parece, a lição não foi aprendida.  

(Coluna publicada na edição do Bola desta sexta-feira, 09)

Mais organizada, Tuna derruba Leão no Evandro Almeida

Com aplicação e um plano de jogo mais organizado, a Tuna derrotou o Remo por 3 a 2, na noite desta quinta-feira, 8, no estádio Baenão. A partida valeu pela 4ª rodada atrasada do Campeonato Paraense. Com o resultado, o Leão permanece com 7 pontos – e um jogo a menos. A Tuna foi a 9 pontos, assumindo a segunda colocação. Dedé, Chula e Gabriel marcaram para a Lusa, enquanto Marlon (contra) e Jaderson fizeram para o Leão.

O início foi movimentado. Marco Antônio tentou entrar driblando na área da Lusa, mas a defesa estava atenta e tirou. Quem abriu o placar foi a Tuna, aos 12 minutos, após cobrança de escanteio, Dedé meteu a cabeça na bola e mandou para o fundo gol, em falha da zaga e do goleiro Marcelo Rangel.

Quatro minutos depois, Vidal tocou em profundidade para Felipinho, que cruzou rasteiro. Marlon foi tentar cortar e mandou para o fundo das redes, empatando o jogo. A Lusa foi atrás do desempate e, aos 24′, Wander cruzou para a área do Remo, Chula encostou na bola e marcou diante de Ícaro e Marcelo Rangel. Quase ao final, o rápido Felipinho cruzou para Jaderson empatar de peixinho.

Chula marcou o segundo gol da Águia do Souza

Chula marcou o segundo gol da Águia do Souza (Fotos: Raul Martins/Tuna)

Com várias mudanças nos times, o jogo ficou mais aberto na etapa final. Ribamar, com a camisa remista, e Leandro Cearense, com a cruzmaltina, fizeram suas estreias. Ícaro marcou de cabeça aos 22 minutos, mas o árbitro apontou falta inexistente.

Foi em cima de Ribamar que o árbitro marcou pênalti duvidoso para o Remo, já no meio do segundo tempo. Ytalo foi para a cobrança e o goleiro Iago Hass defendeu. O Leão sentiu o pênalti perdido e a Lusa se aproveitou para ir ao ataque. Aos 44 minutos, Gabriel entrou em velocidade, pela esquerda na área do Remo, driblou Vidal e chutou forte. O goleiro Marcelo Rangel tocou na bola, mas não conseguiu impedir o gol. Tuna 3 a 2.

Tião ampliou o placar para Tuna e decretou a vitória

Valdemar Costa Neto é preso em flagrante por porte ilegal de arma durante operação da PF

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto (Reprodução)

Por Victor Nunes, no DCM

Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), foi preso em flagrante com arma de fogo não registrada. A prisão ocorreu durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão durante a operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira (8), pela Polícia Federal (PF). A informação é do jornalista Túlio Amâncio, da Band.

Operação Tempus Veritatis

A Polícia Federal (PF) iniciou, nesta quinta-feira (8), a Operação Tempus Veritatis, visando investigar uma organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado e na abolição do Estado Democrático de Direito, com o objetivo de obter vantagens políticas e manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

A ação envolve a execução de 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. Estas incluem proibição de contato com os demais investigados, restrição de saída do país com entrega de passaportes em 24 horas, e suspensão do exercício de funções públicas.

A Operação atinge diversas personalidades, incluindo Braga Netto, Augusto Heleno, os ex-ministros da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, bem como outros aliados militares ou políticos próximos ao ex-presidente, segundo informações de Daniela Lima, do G1. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi alvo da operação.

A PF prendeu ao menos dois ex-assessores de Jair Bolsonaro na época em que ele era presidente da República. Um dos presos foi Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência. Segundo fontes da PF, Martins foi detido em Ponta Grossa (PR). O outro ex-assessor preso foi o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e atual segurança do ex-presidente contratado pelo PL. O militar foi detido em Brasília.

Os policiais federais estão cumprindo as medidas judiciais, emitidas pelo Supremo Tribunal Federal, em estados como Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Agente da PF. (Foto: reprodução)

Nessa fase das investigações, há indícios de que o grupo investigado se dividiu em núcleos para disseminar a narrativa de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo de sua realização. O objetivo era viabilizar e legitimar uma intervenção militar, utilizando-se de estratégias de milícia digital.

O primeiro núcleo focou na construção e propagação da versão de fraude nas eleições, por meio da disseminação de informações falaciosas sobre vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação. Esse discurso persistiu mesmo após os resultados do segundo turno em 2022.

O segundo núcleo visava subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com o apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em um contexto politicamente sensível.

Os fatos investigados, em tese, configuram crimes como organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Rock na madrugada – Rory Gallagher, “Shadow Play”

Exibição impecável do mago irlandês da guitarra, em setembro de 1978, na Alemanha. Acompanhado por Ted McKenna (bateria) e Gerry McAvoy (baixo), Rory Gallagher domina a cena, despejando solos ensandecidos e riffs espetaculares. Surgido na esteira de monstros do instrumento, como Eric Clapton e Jimi Hendrix, jamais se intimidou com a fama e a genialidade dos mestres. Sem ter recebido em vida o reconhecimento devido, merece hoje postumamente o culto de quem aprecia blues e rock tocados com a fúria dos bons. O jeito único como empunhava a guitarra fez a felicidade das plateias sortudas que o viram em ação.