Papão vence Cametá e amplia vantagem na liderança do Parazão

Nicolas salvou novamente o Papão. Marcou seu sexto gol no campeonato, isolando-se na artilharia, e garantiu a vitória de 1 a 0 sobre o Cametá, neste domingo, no Parque do Bacurau. O jogo valeu pela sexta rodada do Campeonato Paraense. O começo do jogo foi de pressão bicolor, com chances criadas para Nicolas e Vinícius Leite.

Aos poucos, o Cametá equilibrou as ações e passou a buscar o gol, mas a única jogada perigosa foi com Gustavo, em investida pela direita. A melhor oportunidade bicolor coube a, Leandro, que estava retornando ao time. Ele recebeu livre de frente para o gol, mas o arremate saiu torto.

Na segunda etapa, o Papão voltou com tudo e conseguiu abrir o placar logo aos 2 minutos, quando Robinho fez um bom cruzamento para Nicolas, livre na área, desviar de cabeça para o fundo do gol. O Cametá se mantinha muito atrás, errando passes e atacando pouco.

O Mapará só ameaçou aos 35 minutos. Acará entrou na área pela esquerda, chutou cruzado, mas Diogo Silva fez boa defesa. Nos minutos finais, Nicolas teve uma nova chance, mas mandou a bola para fora.

O PSC segue líder do Parazão, invicto e com 16 pontos. A Tuna, que derrotou o Canaã por 1 a 0 (gol de Gabriel), no Souza, assumiu a vice-liderança, com 12 pontos.

NÚMEROS DO PARAZÃO

Classificação
Paysandu – 16
Tuna – 12
Remo – 10
Águia – 9
Caeté e Santa Rosa – 8
Bragantino e Cametá – 6
Castanhal e Tapajós – 5
São Francisco – 4
Canaã – 3

Jogos realizados – 35
Gols Marcados – 73

Artilheiros
Nícolas (Paysandu) – 6 gols

Chula (Tuna) – 5 gols

Gilleard (Bragantino) – 4 gols

Dedé (Tuna) – 3 gols

Echaporã, Ytalo, Camilo e Marco Antônio (Remo), Gabriel Furtado (Tuna), Filipe Eduardo (Cametá), Mariano (Tapajós), Pétt (Caeté), João Victor e Gedoz (Castanhal) e Flávio (Santa Rosa) – 2 gols

Jáderson (Remo), Bryan Borges e Juninho (Paysandu), Raylson, Alê, Maranhão e Fidélis (Caeté), Pedrão, Balotelli, Magnum e Luan Batoré (Cametá), Matheus, Paulinho, Magno e Carlos Maia (Castanhal), Braga, Kaike, Davi Cruz e Elielton (Águia), Nilson Gomes e Elizeu (Tapajós), Wesley (Tuna), Edicleber e Charles (Bragantino), André Rosa, John Kennedy e Ruan Café (São Francisco), Felipe Vigia (Santa Rosa), Marudá, Joel e Derlan (Canaã), Pietro-contra (Canaã) e Marlon-contra (Tuna) – 1 gol cada

Em carta, Einstein denunciou o fascismo sionista em Israel em 1948

Carta originalmente enviada ao jornal New York Times em 4 de dezembro de 1948 como protesto contra à visita de Menachem Begin aos Estados Unidos.

Aos Editores do New York Times:

Entre os fenômenos políticos mais perturbadores de nossos tempos está o surgimento no recém-criado Estado de Israel do “Partido da Liberdade” (Tnuat Haherut), um partido político muito parecido em sua organização, métodos, filosofia política e apelo social aos partidos nazistas e fascistas. Foi formado a partir da adesão e seguimento do antigo Irgun Zvai Leumi, uma organização terrorista, de direita e chauvinista na Palestina.

A atual visita de Menachem Begin, líder deste partido, aos Estados Unidos é obviamente calculada para dar a impressão de apoio americano ao seu partido nas próximas eleições israelitas e para cimentar os laços políticos com elementos sionistas conservadores nos Estados Unidos. Vários americanos de renome nacional emprestaram seus nomes para saudar sua visita. É inconcebível que aqueles que se opõem ao fascismo em todo o mundo, se corretamente informados sobre o histórico político e as perspectivas de Begin, possam adicionar seus nomes e apoio ao movimento que ele representa.

Antes que danos irreparáveis sejam causados por meio de contribuições financeiras, manifestações públicas em nome de Begin e a criação na Palestina da impressão de que um grande segmento da América apoia elementos fascistas em Israel, o público americano deve ser informado sobre o histórico e os objetivos de Begin e seu movimento.

As apreensões públicas da festa de Begin não são nenhum guia para seu caráter real. Hoje falam de liberdade, democracia e anti-imperialismo, quando até há pouco tempo pregavam abertamente a doutrina do Estado fascista. É nas suas ações que o partido terrorista trai o seu verdadeiro caráter; a partir de suas ações passadas, podemos julgar o que se pode esperar que ele faça no futuro.

ATAQUE À VILA ÁRABE

Um exemplo chocante foi seu comportamento na aldeia árabe de Deir Yassin. Esta aldeia, fora das estradas principais e cercada por terras judaicas, não tinha tomado parte na guerra, e tinha até lutado contra bandos árabes que queriam usar a aldeia como sua base. Em 9 de abril (THE NEW YORK TIMES), bandos terroristas atacaram esta vila pacífica, que não era um objetivo militar nos combates, mataram a maioria de seus habitantes 240 homens, mulheres e crianças e mantiveram alguns deles vivos para desfilar como cativos pelas ruas de Jerusalém. A maioria da comunidade judaica ficou horrorizada com o ato, e a Agência Judaica enviou um telegrama de desculpas ao rei Abdullah da Transjordânia. Mas os terroristas, longe de se envergonhar de seu ato, orgulharam-se desse massacre, divulgaram-no amplamente e convidaram todos os correspondentes estrangeiros presentes no país a ver os cadáveres amontoados e o caos geral em Deir Yassin.

O incidente de Deir Yassin exemplifica o caráter e as ações do Partido da Liberdade.

Dentro da comunidade judaica, eles pregaram uma mistura de ultranacionalismo, misticismo religioso e superioridade racial. Como outros partidos fascistas, eles foram usados para quebrar greves e pressionaram pela destruição de sindicatos livres. Em seu lugar, eles propuseram sindicatos corporativos no modelo fascista italiano.

Durante os últimos anos de violência esporádica anti-britânica, os grupos IZL e Stern inauguraram um reinado de terror na comunidade judaica palestina. Professores foram espancados por falarem contra eles, adultos foram baleados por não deixarem seus filhos se juntarem a eles. Por métodos de gângsteres, espancamentos, quebra de janelas e roubos generalizados, os terroristas intimidaram a população e cobraram uma pesada homenagem.

O povo do Partido da Liberdade não teve qualquer participação nas realizações construtivas na Palestina. Eles não recuperaram nenhuma terra, não construíram assentamentos e apenas diminuíram a atividade de defesa judaica. Seus esforços de imigração, muito divulgados, foram minuciosos e dedicados principalmente a trazer compatriotas fascistas.

DISCREPÂNCIAS VISTAS

As discrepâncias entre as afirmações ousadas que agora estão sendo feitas por Begin e seu partido, e seu histórico de desempenho passado na Palestina não têm a marca de nenhum partido político comum. Este é o carimbo inconfundível de um partido fascista para quem o terrorismo (contra judeus, árabes e britânicos) e a deturpação são meios, e um “Estado Líder” é o objetivo.

À luz das considerações anteriores, é imperativo que a verdade sobre o Sr. Begin e seu movimento seja divulgada neste país. É ainda mais trágico que a alta liderança do sionismo americano tenha se recusado a fazer campanha contra os esforços de Begin, ou mesmo a expor a seus próprios eleitores os perigos para Israel do apoio a Begin.

Os abaixo assinados, portanto, tomam este meio de apresentar publicamente alguns fatos importantes sobre Begin e seu partido; e de exortar todos os interessados a não apoiarem esta última manifestação do fascismo.

Isidoro Abramowitz, Hannah Arendt, Abraham Brick, Rabino Jessurun Cardozo, Albert Einstein, Herman Eisen, M.D., Hayim Fineman, M. Gallen, M.D., H.H. Harris, Zelig S. Harris, Sidney Hook, Fred Karush, Bruria Kaufman, Irma L. Lindheim, Nachman Maisel, Seymour Melman, Myer D. Mendelson, M.D., Harry M. Oslinsky, Samuel Pitlick, Fritz Rohrlich, Louis P. Rocker, Ruth Sagis,  Itzhak Sankowsky, I.J. Shoenberg, Samuel Shuman, M. Singer, Irma Wolfe, Stefan Wolfe.

A frase do dia

“O ‘cientista político’ André Lajd é a nova estrela da Globo. Este militante sionista, soldado israelense e apoiador do genocidio de palestinos fica indignado com a verdade dita por Lula. O assassinato de mais de 30 mil palestinos, 99% civis, entre eles 15 mil crianças, o cínico diz que é direito de defesa de Israel”.

Ivan Valente, professor e engenheiro

Judeus dão razão a Lula e dizem que, sim, o governo de Israel adota práticas fascistas

Manifestação oficial do grupo Articulação Judaica de Esquerda sobre as declarações de Lula sobre a matança generalizada em Gaza:

“As semelhanças são insuportáveis. São dolorosas e desconfortáveis. Mas é impossível, conhecendo os antecedentes, as medidas adotadas pelos nazistas, não comparar com a situação dos palestinos vivendo há 55 anos em condição apátrida e sob pogroms (avalizados e estimulados pelas autoridades).

O Apartheid Israelense é, como foi o da Africa do Sul, uma versão original em alguns aspectos, mas também semelhante, em outros, àquelas políticas fascistas baseadas na raça.

Quando se menciona isso não se banaliza o Holocausto, como afirmou o criminoso de guerra que chefia o Estado de Israel agora. Faz-se memória e justiça, restabelece-se a verdade e honram-se aqueles que lutaram e sobreviveram.

Há meses judeus e aliados no mundo todo repetem: ‘Para que Nunca Mais se Repita (aquele horror) é agora!

Não queremos evitar que ele se repita em ‘algum dia no futuro’. Queremos que não se repita AGORA. As leis racistas e os massacres racistas devem ser combatidos AGORA.

O Presidente Lula, em nome do Governo Brasileiro, mais uma vez se posicionou pela paz e instou Israel a suspender o massacre do povo palestino.

Ele tem se manifestado como defensor incondicional da humanidade independente de origem, raça ou etnia, pedindo por coexistência pacífica de árabes e judeus.

Sua mensagem mais forte é a mesma que nós, da Articulação Judaica de Esquerda, em sintonia com coletivos de árabes e judeus no mundo todo, temos enviado: pelo Cessar Fogo AGORA!”

“Uma fala não pode indignar mais que a morte de 30 mil”

O youtuber e influenciador Felipe Neto utilizou suas redes sociais para  defender a declaração do presidente Lula, feita neste domingo (18) na Etiópia na qual comparou os ataques de Israel em Gaza ao Holocausto. 

Em seu perfil no X, Felipe Neto afirmou que as falas do presidente não deveriam causar mais revolta do que a quantidade alarmante de civis mortos na Faixa de Gaza. Um terço dos 30 mil mortos no conflito são crianças. Ao longo do dia a imprensa e os oposicionistas fizeram coro atacando em massa o posicionamento do mandatário brasileiro.

“Uma fala não pode te causar mais indignação q o assassinato de 30 mil civis, sendo mais de 10 mil crianças”, escreveu o influencer.

O jornalista judeu Breno Altman considera que o  primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahum, “perdeu as estribeiras ao ser desmascarado pelo presidente Lula”. Durante coletiva de imprensa na Etiópia concedida neste domingo (18), Lula comparou a ação de Israel em Gaza ao massacre de Hitler contra judeus. 

“O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, perdeu as estribeiras ao ser desmascarado pelo presidente Lula como seguidor de práticas nazistas. Suas palavras contra o Brasil merecem ser rechaçadas. Apoiar esse genocida é trair a pátria, o povo e a humanidade”, disse Altman.