Festival de gols perdidos marca o primeiro Re-Pa da temporada

Com o estádio Mangueirão lotado, Paysandu e Remo fizeram o primeiro clássico do ano, valendo pela 5ª rodada do Parazão. Apesar do entusiasmo dos torcedores, com direito a duelo de mosaicos criativos, o desempenho dos times ficou muito aquém do esperado, fato motivado principalmente por problemas físicos dos dois lados. O placar de 0 a 0 retratou bem a falta de inspiração dos times e de pontaria dos atacantes. Apesar do baixo nível técnico do jogo, os times desperdiçaram pelo menos seis oportunidades claras para marcar.

No primeiro tempo, o PSC foi superior, distribuindo-se melhor em campo e fazendo prevalecer a força de marcação com Val Soares, Biel e Gabriel Bispo. Os laterais Edilson e Kevyn apoiavam com frequência, criando seguidas situações de perigo para a defensiva do Remo. Logo aos 6 minutos, Jean Dias cruzou rasteiro e o meia Biel chegou batendo em direção ao gol. Marcelo Rangel defendeu e, no rebote, Nicolas chutou em cima da zaga.

Só dava Papão, que intensificou a pressão e expôs um certo nervosismo da zaga remista. O meio-campo azulino não funcionava, nem na marcação e menos ainda na criação, tanto que o primeiro ataque foi ocorrer só aos 15 minutos, quando Ytalo recebeu à entrada da área e deu um chute torto, pela linha de fundo.

Aos 24′ e 28′, o PSC voltou a pressionar. Primeiro com Jean Dias pela direita, cruzando para Nicolas desviar fraquinho diante do goleiro Marcelo Rangel. Em seguida, o ponta lançou para Bryan na área, mas ele não conseguiu mandar em direção ao gol.

O Remo parecia intimidado e pecava pela dispersão entre os setores. A segunda tentativa ofensiva foi com Marco Antônio, aos 45′, mas o disparo passou longe do gol. O meia-atacante tinha a opção de passar para Ytalo, de frente para o gol, mas preferiu arriscar.

O segundo trouxe um Remo mais acelerado, buscando compensar a desorganização exibida no primeiro tempo. O estreante Kelvin entrou na vaga de Echaporã, cansado, e teve participação no primeiro ataque mais agudo da equipe em todo o jogo. Aos 11 minutos, ele foi lançado na área, mas finalizou para o lado, desperdiçando grande chance.

Para tentar consertar o time, Ricardo Catalá lançou também Renato Alves no lugar de Daniel e Jaderson na vaga de Piovani. Deu certo. Melhorou a marcação e o time se tornou mais ofensivo pelos lados, além de menos travado no meio.

Logo a seguir, Hélio dos Anjos substituiu Biel por Robinho, enquanto Catalá fez mais duas mexidas, colocando Paulinho Curuá na vaga de Marco Antônio, que saiu lesionado, e trocou Reniê por Ícaro. O jogo ficou mais aberto e os erros continuaram a se repetir.

Aos 30′, foi a vez do volante Renato Alves errar na hora de definir uma jogada na área. Foi lançado por Camilo, mas a bola saiu perto do gol. Aos 34′, foi a vez de Curuá bater cruzado após belo passe de Kelvin. O chute rasteiro enganou o goleiro Mateus Nogueira e quase entrou no canto direito da trave.

Pressionado, o PSC fez mais três mudanças: saíram Val Soares, Edilson e Bryan para a entrada de Leandro Vilela, João Vieira e Vinícius Leite. O time foi à frente e, aos 39′, perdeu outro gol. Livre de marcação, Nicolas recebeu passe de calcanhar de Jean Dias e mandou um chute de rosca por cima da trave. O mesmo Nicolas teve a última bola do jogo, recebendo passe de Kevyn, mas foi bloqueado na hora do arremate final.

NÚMEROS DO CAMPEONATO

Jogos realizados – 24
Gols Marcados – 49

Artilheiros
Nícolas (Paysandu), Chula (Tuna) e Gilleard (Bragantino) – 4 gols
Echaporã (Remo), Dedé (Tuna), Filipe Eduardo (Cametá) e Mariano (Tapajós) – 2 gols
Ytalo, Camilo e Marco Antônio (Remo), Bryan Borges (Paysandu), Raylson, Alê e Petti (Caeté), Pedrão, Balotelli, Magnum e Luan Batoré (Cametá), Gedoz, Matheus, João Victor e Paulinho (Castanhal), Braga e Kaike (Águia), Nilson Gomes (Tapajós), Wesley (Tuna), Edicleber (Bragantino), André Rosa, John Kennedy e Ruan Café (São Francisco), Felipe Vigia e Flávio (Santa Rosa), Marudá, Joel e Derlan (Canaã) e Pietro-contra (Canaã) – 1 gol cada

Classificação
Paysandu – 10
Remo – 7
Tuna, Bragantino e Cametá – 6
Caeté e Tapajós – 5
São Francisco e Santa Rosa – 4
Águia – 3
Castanhal e Canaã – 2