Rock na madrugada – Som Nosso de Cada Dia, “Sinal da Paranóia”

“Essa obsessão de chegar…/O terror de não vir a ser o que se pensa…/Esse eterno pensar nas coisas eternas/Que não duram mais que um dia”.

Letras do tipo bicho-grilo, emolduradas por pitadas de rock progressivo. O estilo do Som Nosso de Cada Dia emulava Yes e Emerson, Lake & Palmer. Fez sucesso nos meios alternativos dos anos 70, principalmente pela qualidade de seus músicos – Pedro Baldanza, Marcelo Schevano, Manito, Fernando Cardozo e Edson Ghillardi. Teve o mérito e a audácia de abraçar um subgênero do rock rotulado como difícil e anticomercial.

Era um período dominado por bandas psicodélicas, como Made in Brazil, Bixo da Seda, Vímana, O Terço, Ave Sangria, Moto Perpétuo, A Bolha e Joelho de Porco. O Som Nosso, nascido em São Paulo, conseguiu furar o bloqueio nas rádios e ganhou destaque ao emplacar alguns hits, como “Sinal da Paranóia” e “Bicho do Mato”, nas paradas brasileiras.

Na Netflix, há um documentário interessante sobre o período das bandas alternativas: “O Barato de Iacanga”, mostrando o lendário festival. Vale a pena assistir.

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