Facada: escândalo da Abin pode ajudar a desvendar o que aconteceu em Juiz de Fora

Policiais que faziam a segurança de Jair Bolsonaro no dia da suposta facada não só foram premiados como indicaram Alexandre Ramagem para o cargo

Por Joaquim de Carvalho, no Brasil247

Essa estrutura de espionagem e outras ilegalidades nasceu naquela tarde em que Adélio Bispo de Oliveira ficou frente a frente com Carlos Bolsonaro e caminhou na sua direção antes de ficar frente a frente com Jair Bolsonaro e, com sua atitude, eleger o líder da extrema direita brasileira presidente da república.
Dois policiais federais afastados por decisão de Alexandre de Moraes tiveram atuação decisiva naquela tarde: Marcelo Bormevet e Luiz Felipe Barros Felix. Relatei a atuação dos dois em dois documentários censurados pelo YouTube.
Bormevet foi quem coordenou o esquema de segurança paralela em Juiz de Fora, e exigiu que a Associação Comercial e Empresarial da cidade contratasse uma empresa de drone para gravar todo o trajeto de Bolsonaro naquela tarde.
Busquei a íntegra das imagens desses drones, mas não encontrei. Uma edição foi divulgada pela propaganda bolsonarista horas depois do evento, com cortes.
Felipe Félix é o policial em quem Bolsonaro se apoiava no trajeto pela cidade. Depois, ele foi flagrado espionando um ex-sócio de Jair Renan.
Ao apurar esta história, recebi mensagem ameaçadora, envolvendo inclusive minha família. Denunciei o caso à Polícia Civil do Distrito Federal, mas a investigação não avançou, até onde sei.
Foram esses policiais federais que indicaram Alexandre Ramagem para a direção-geral da Abin, por intermédio de Carlos Bolsonaro.
Parte da história foi contada por Gustavo Bebianno, meses antes de morrer, sem revelar os nomes. Eu descobri os nomes quando apurei o documentário “Uma fakeada no coração do Brasil”.
Essa investigação da Polícia Federal, que teve operação nesta quinta-feira, poderá jogar luz sobre o episódio mais nebuloso da história do Brasil.
Não se trata de alimentar teoria da conspiração, mas da necessidade de responder a todas as perguntas sobre aquele caso.

Rock na madrugada – Barão Vermelho, “Cuidado”

Último trabalho autoral de Roberto Frejat com o Barão, o LP Barão Vermelho (2004) fez a banda se reencontrar com o som vigoroso, sustentado pela voz e a guitarra de Frejat, como neste rockão pesado à la Stones. Foi uma espécie de canto de cisne, digno da história e da relevância do grupo na cena roqueira brasileira. A letra é na melhor tradição do Barão, com recados duros e diretos. Mentor do Barão, Ezequiel Neves produziu o disco, ajudando a exorcizar de vez as últimas lembranças de Cazuza na banda. Depois de duas turnês e um DVD ao vivo, a banda perdeu Ezequiel, que morreu em 2010, e Frejat, que saiu em 2017.

Leão passa pelo Castanhal e mantém campanha invicta

O Remo não teve a mesma proposta agressiva de jogo mostrada na goleada sobre o Canaã, domingo, no Mangueirão. Diante do Castanhal, o time de Ricardo Catalá teve poucas chances no primeiro tempo diante da boa marcação do Japiim. O gol surgiu num lance de puro talento. Raimar cruzou na área, Camilo estufou o peito e tocou para Echaporã, que encheu o pé e marcou o único gol da partida.

Na etapa final, com Marco Antonio em campo no lugar de Ronald, o Remo teve melhor participação pelo lado esquerdo. Em jogadas individuais, o meia-atacante desmontou a marcação do Castanhal. Em arrancada rumo à área, sofreu falta, que Raimar cobrou com perigo.

Em seguida, invadiu pelo lado esquerdo, driblou dois adversários e cruzou. Ytalo desviou, mas a bola sobrou para Felipinho, que se atrapalhou no lance e mandou a bola por cima da trave.

Nos minutos finais, o Castanhal tentou impor uma pressão, mas não acertou o gol de Marcelo Rangel. O Remo controlou a posse de bola e garantiu a segunda vitória no Parazão.