Nicolas marca outra vez e garante segunda vitória do Papão

O jogo Caeté x Paysandu se encaminhava para o final, com um empate sem gols, quando o artilheiro Nicolas brilhou outra vez. Foi o segundo dele na atual campanha do Papão no Parazão. Na estreia, fez o gol da vitória cntra o Santa Rosa.

Sem grandes emoções ao longo de todo o primeiro tempo. O PSC tinha a bola, mas não levava perigo ao gol do Caeté. A única chance foi quando Nicolas passou para Lucas Maia, que cruzou rasteiro para o meio da área. Jean Dias dominou e bateu mas a zaga abafou.

O Paysandu voltou mais ativo no segundo tempo, mas sem objetividade nas finalizações. A primeira chance foi do Caeté, aos 6 minutos, quando Fidelis avançou pela esquerda, cruzou na área para Popó, que disparou para fora.

Aos 14′, o volante Biel foi à linha de fundo, lançou na área e Hyuri finalizou fraco, para boa defesa de Paulo. No apagar das luzes, Nicolas recebeu um passe, se livrou da marcação e chutou para o gol.

Em nota, Seel informa que não haverá jogo no domingo (28) no Mangueirão

A Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) faz um esclarecimento acerca da informação divulgada pelo Paysandu nas redes sociais e em seu site oficial, referente à solicitação de jogo para o Mangueirão no próximo domingo (28), afirmando que teria havido favorecimento a outros clubes.

A Seel informa que o estádio Jornalista Edgar Proença “não receberá jogos até o dia 30 de janeiro pois cumpre um cronograma técnico de manutenção do gramado, devido às questões climáticas da cidade de Belém”, diz a nota divulgada pela secretaria.

“A Secretaria de Esporte e Lazer reafirma que a única partida que consta do calendário oficial do Mangueirão, para os próximos dias de janeiro, é o jogo entre Flamengo x Sampaio Corrêa/RJ no dia 31 de janeiro”, acrescenta.

Por fim, a Seel “lamenta a atitude inadequada e leviana acerca do assunto e repudia qualquer informação falsa referente aos jogos no Novo Mangueirão”.

Nota do Editor:

O Paysandu se manifestou, na noite de terça-feira (23), reclamando de suposto favorecimento a outros clubes – não citou na postagem, mas se referia ao Tapajós e ao Remo – por não ter sido atendido em pedido para transferência do jogo com o Caeté para o mesmo dia 23. A Seel, na nota acima, revela que não houve marcação de jogo para o domingo, 28, no Mangueirão, o que desmente a Diretoria do PSC.

Rock na madrugada – Steve Winwood & Eric Clapton, “Had to Cry Today”

Steve Winwood e Eric Clapton tocam este clássico do Blind Faith no Crossroads Guitar Festival de 2007, com participações de Derek Trucks e Doyle Bramhall. Clapton é o dono do poderoso riff da música. Quando foi lançada, em 1969, a canção foi um sucesso imediato dentro do rico repertório do supergrupo formado por Clapton, Winwood e Ginger Baker. Pena que o Blind Faith durou somente dois anos, sem resistir ao ego imenso de suas estrelas.

Quando teve a ideia de formar o Blind Faith, Eric Clapton já era um ídolo, com participação em grupos consagrados como Yardbirds, do John Mayall & Bluesbreakers e Cream. Em 1969, decidiu chamar um jovem cantor, Winwood, que havia formado o Traffic. Trouxe Ginger Baker e Rich Grech para cuidar do baixo.

Inspirado no grupo canadense The Band, que tocava sempre com Bob Dylan, Clapton entrou de cabeça, com fé cega, no novo projeto. Em agosto de 1969, estava pronto o único álbum do grupo, chamado também ”Blind Faith”, sólido e sem excessos, com 6 faixas em 41 minutos. Sucesso comercial instantâneo, assumindo as paradas no Reino Unido, EUA e Canadá.

”Had To Cry Today” é a faixa de abertura com solos inspirados de Clapton, interpretação suave de Winwood e bateria impecável de Baker. “Presence of the Lord” e ”Can’t Find My Way Home” são outros grandes êxitos do disco solitário de uma banda que está na história do rock dos 60′ apesar da curtíssima carreira.

A novidade chega pelas pontas

POR GERSON NOGUEIRA

A segunda rodada do Parazão, que acontece hoje, tem possibilidade de mexer bastante na tabela de classificação, liderada por Remo, PSC e Caeté, os vencedores da abertura do campeonato. Expectativas muito acentuadas quanto ao desempenho de dois jogadores em especial.

Echaporã, do Leão, e Jean Dias, do Papão, chamaram atenção pelas atuações diante de Canaã e Santa Rosa, respectivamente. Por coincidência, são dois pontas dribladores e velozes, jogadores que costumam agradar de cara os torcedores da dupla Re-Pa.

E não é para menos. Há uma rica tradição de jogadores que encantaram a torcida com habilidade e funcionalidade pelos lados do campo. Os dois clubes têm uma vasta galeria de ponteiros que brilharam ao longo da história, desde Neves e Ércio, Leônidas e Birungueta até chegar em Lupercínio, Evandro e Rony.

Pelas investidas que deu pelo lado esquerdo, infernizando a marcação do Santa Rosa, sábado à noite, Jean Dias caiu no gosto da galera alviceleste. Foi dele o cruzamento perfeito para o gol de Nicolas. Entrou aos 28 minutos de jogo, substituindo Leandro, lesionado, e deixou a impressão de que não sai mais da equipe.

Além de Jean, o técnico Hélio dos Anjos tem a alternativa de lançar contra o Caeté, hoje à tarde, o meia venezuelano Esli García, 23 anos, um dos reforços que o PSC foi buscar fora do Brasil. Na estreia, o time sofreu com a falta de criatividade no meio-campo. Esli estava em Belém, mas não havia sido regularizado.

Já o técnico Ricardo Catalá tem nas escapadas de Echaporã um dos caminhos para obter a segunda vitória, hoje à noite, no estádio Jornalista Edgar Proença, contra o Castanhal. Echaporã encheu os olhos da torcida com dribles e capacidade de finalização.

Participou das principais articulações do ataque remista no primeiro tempo contra o Canaã e confundiu a marcação com deslocamentos constantes. Cansou no início do segundo tempo e foi substituído, a fim de ser preservado para o jogo de hoje.

Aos 23 anos, Echaporã festejou muito a atuação na estreia e se emocionou porque esteve muito perto de desistir da profissão, depois de lesão sofrida no ano passado – ficou sem jogar por oito meses. A acolhida da torcida remista é apontada por ele como um motivo de celebração.

Mudanças de local de jogo ameaçam a paz no Parazão

O Paysandu deu o pontapé inicial nas polêmicas dentro do Parazão. A diretoria informou nas redes sociais que havia firmado acordo com a direção do Caeté para que a partida – que acontece hoje em Bragança – fosse disputada no estádio Mangueirão, mas a Seel teria negado o pedido conjunto dos clubes.

O argumento da Seel foi que o jogo iria comprometer as condições do gramado para o jogo Flamengo x Sampaio Corrêa, pelo Campeonato Carioca, marcado para o dia 31 deste mês.

Segundo o PSC, caso a solicitação fosse acatada, o confronto contra o Caeté seria disputado nesta terça-feira (23), oito dias antes da partida pelo Cariocão. A contrariedade aumentou porque, ainda segundo os bicolores, houve uma aceitação de troca de local para outra partida, no domingo (28), apenas três dias antes do jogo do Flamengo.

“O Paysandu repudia tal decisão, que foi tomada sem nenhum fundamento técnico, com a explícita e única intenção de privilegiar outros participantes do campeonato estadual. Nem o alto volume de chuvas, que poderia deixar o gramado em estado precário, foi o suficiente para que se negasse o pedido de marcação de outra partida do Parazão”, diz a nota.

Se tudo aconteceu como o PSC informa, não há como negar que houve tratamento diferenciado em relação à reivindicação dos clubes. Com a palavra, a Seel – que não se posicionou sobre a manifestação bicolor.

FPF assume despesas de clubes com menor receita

Uma iniciativa que diminui as perdas dos clubes mandantes em jogos que envolvem clubes recebem cota menor de patrocínio foi anunciada ontem pelo presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul. A entidade assumirá os custos relacionados ao quadro móvel dos jogos realizados por esses clubes.

O quadro móvel, integrado por delegados e auxiliares, tem normalmente seus custos sob responsabilidade do mandante. A medida beneficia os clubes do Grupo B, que recebem cotas inferiores aos dois clubes do Grupo A, Clube do Remo e Paysandu.

A decisão envolve um impacto financeiro da ordem de R$ 80 mil, que a partir de agora será coberto pela FPF. A medida vai contribuir para a saúde financeira dos clubes emergentes e colaborar com o fortalecimento do futebol no Estado.

Escalação burocrática alveja o futebol-raiz

A escalação do Tapajós difere da dos demais clubes do Parazão, pelo critério de uso do nome composto dos jogadores. Para o confronto de ontem com o Águia (1 a 1), o time alinhou: Cassiano Silva; João Gabriel, Walter Teixeira, Paulo Henrique e Talisson Sancho; Romulo Amorim, Marcos Silva e Nilson Gomes; Igor Gabriel, Otávio Gomes e Thainler Mariano. Parece uma lista de funcionários de uma repartição pública.

Prova flagrante de que o futebol-raiz dos apelidos engraçados e folclóricos definitivamente está a caminho da perdição.   

(Coluna publicada na edição do Bola desta quarta-feira, 24)