Uma falta cobrada por Marco Antônio aos 43 minutos do 2º tempo deu números finais à goleada (5 a 0) do Remo sobre o Canaã, na tarde deste domingo (21), no estádio Jornalista Edgar Proença. O primeiro tempo foi o mais movimentado, com o Remo dominando por completo a partida e marcando quatro gols.
Aos 9 minutos, Echaporã cruzou rasteiro e o zagueiro Pietro marcou contra, abrindo o placar. Aos 22′, o próprio Echaporã aproveitou cruzamento de Camilo na área para marcar o segundo gol. No final desta etapa, mais dois gols: aos 42′, o centroavante Ytalo foi lançado por Camilo e marcou 3 a 0. E, logo a seguir, Camilo recebeu livre e fuzilou para o fundo do barbante.
Na etapa final, o Remo fez várias mudanças e o time caiu de rendimento. Camilo, Echaporã e Ytalo foram substituídos, deixando o time menos presente no campo ofensivo. Só nos minutos finais, já com Marco Antônio em campo, a equipe voltou a rondar a área do Canaã.
Aos 43′, Kanu driblou dois adversários e sofreu falta junto à linha da grande área. Marco Antônio cobrou com categoria, longe do alcance do goleiro Mateus Poletine. Um golaço para fechar a vitória remista.
Números do Parazão
Jogos realizados – 6 Gols Marcados – 11
Artilheiros Echaporã, Ytalo, Camilo e Marco Antônio (Remo), Nícolas (Paysandu), Raylson (Caeté), Pedrão e Balotelli (Cametá), Gedoz e Matheus (Castanhal) e Pietro-contra (Canaã) – 1 gol cada
Classificação Remo, Paysandu e Caeté – 3 Cametá, Castanhal, Bragantino, Tapajós, Águia e Tuna – 1 Santa Rosa, São Francisco e Canaã – 0
O técnico é o mesmo, mas os jogadores são outros, em sua grande maioria. A história de que ano novo pede vida nova não funciona bem junto ao torcedor. Entre os azulinos pouco continua viva a lembrança da improdutiva temporada remista em 2023. Isso gera desconfianças em relação ao novo time, que estreia hoje no Parazão contra o Canaã, às 16h, no estádio Jornalista Edgar Proença.
Este é o primeiro grande desafio do Remo em 2024. Precisa convencer sua torcida de que é um digno de crédito logo na competição inicial. Para tanto, investiu alto na composição do elenco, hoje integrado por jogadores bem conhecidos, como Camilo, Ytalo e Marco Antônio.
Candidato natural ao título, juntamente com o PSC – que estreou neste sábado contra o Santa Rosa –, o Remo tem a missão de refazer a ponte afetiva com sua torcida e lutar para impedir que o rival conquiste o 50º título de sua história.
Sob o comando de Ricardo Catalá, que evitou um fiasco maior na temporada passada ao reerguer o time na Série C, o Remo tem ambições maiores do que a conquista do Estadual. Busca o título da Copa Verde, ir o mais longe possível na Copa do Brasil e, acima de tudo, garantir o acesso à Série B.
Para cumprir satisfatoriamente essa agenda é fundamental começar de forma positiva e indiscutível. Vencer o Canaã é obrigação natural. Por isso, a torcida que vai lotar o Mangueirão espera uma atuação convincente, com foco nos novatos e também na prata da casa – Kanu, Felipinho, Paulinho Curuá e Ronald.
O adversário, egresso da Série B1, não tem o mesmo investimento e nem as mesmas pretensões, mas é um franco-atirador, joga sem responsabilidades maiores, o que sempre favorece boas atuações. O Remo, portanto, não pode entrar convencido de que terá vida fácil.
A torcida não verá ainda as duas novas contratações, anunciadas na sexta-feira (19): o centroavante Ribamar e o atacante Kelvin. Dois nomes que geram expectativas distintas. Aos 26 anos, Ribamar tem uma carreira inconsistente. Revelado pelo Botafogo, teve passagem fraca pelo Vasco e só mostrou bom rendimento no Náutico, no ano passado.
Experiente, Kelvin tem um currículo mais alentado, com atuações elogiadas no FC Porto, no São Paulo e no Palmeiras, onde conquistou a Copa do Brasil 2013. Aos 30 anos, é um atacante que explora os lados. Foi assim que conseguiu destaque. Defendeu São Paulo, Vasco, Fluminense, Coritiba, Botafogo e Vila Nova. Estava atualmente no Ryukyu, do Japão.
O anúncio dos dois jogadores fecha a atual etapa de contratações do Remo, que já tem 19 importados. Novos reforços agora, provavelmente, somente após o Campeonato Paraense e a Copa Verde. (Foto: Crystian Jatene/Remo TV)
Uma denúncia de homofobia que exige esclarecimento
Em nota oficial, nesta semana, o Remo se posicionou sobre denúncias de homofobia veiculadas nas redes sociais. “Na averiguação dos fatos, o professor citado já foi convocado para uma reunião que ainda não aconteceu. Tanto a diretoria, na figura do presidente Antônio Carlos Teixeira, como o departamento jurídico irão tomar as medidas legais necessárias para esclarecimento dos fatos”, diz a nota.
Enfatiza, ainda, “o orgulho do nosso quadro de atletas, colaboradores, assim como da nossa torcida que é a maior do Estado e sua pluralidade em todos os sentidos”.
A situação veio à tona nas redes sociais envolvendo uma suposta discriminação contra manifestações afetivas entre nadadores do clube. A repercussão foi extremamente negativa, levando a direção do Leão a abrir nesta semana uma investigação interna para apurar os fatos. O mínimo que se espera é que tudo seja devidamente esclarecido.
Bola na Torre
O programa terá o comando de Guilherme Guerreiro, na RBATV, a partir das 22h, abordando a rodada inaugural do Campeonato Paraense. Participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. A edição é de Lino Machado.
Candidatos a astros pontificam no Pré-Olímpico
Thiago Almada (Atlanta United) e Ezequiel Fernández (Boca Juniors) são dois destaques da seleção argentina que estreia neste fim de semana no Pré-Olímpico da Venezuela. O Brasil escapa inicialmente de um confronto direto com o time treinado por Javier Mascherano. Os dois rivais estão em chaves separadas.
O torneio vai definir duas vagas para o torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O escrete canarinho, treinado por Ramon Menezes, tem duas estrelas também: Endrick, de 17 anos, negociado pelo Palmeiras com o Real Madrid, e John Kennedy, herói do Fluminense na Copa Libertadores.
Atual bicampeã olímpica (Rio 2016 e Tóquio 2020), a Seleção Brasileira estreia na terça-feira (23) contra a Bolívia, às 17h, em Caracas.
Além da capital, as cidades de Valência e Barquisimeto também serão as sedes do Pré-Olímpico. O Brasil está no grupo 1, ao lado de Venezuela, Colômbia, Bolívia e Equador. Um grupo menos complicado do que o da Argentina, que tem como adversários Uruguai, Paraguai, Peru e Chile.
As seleções se dividem em dois grupos de cinco equipes cada. A fase de grupos vai até 2 de fevereiro. Os jogos serão disputados por pontos, num sistema de todos contra todos na primeira fase. Classificam-se para a fase final as seleções que ocuparem as duas primeiras posições em cada grupo.
Historicamente, a seleção mais bem-sucedida da competição é a verde-amarela, que ganhou o torneio sete vezes, seguida pela ‘Albiceleste’, com cinco.
(Coluna publicada na edição do Bola deste domingo, 21)
Petardo do álbum Música para beber e brigar (2003), “Bom é Quando Faz Mal” tem uma letra anárquica e insolente, representativa de tudo que o Matanza fez ao longo da carreira. “Consequência qualquer coisa traz Quando é bom nunca é demais E se faz bem ou mal tanto faz, tanto faz, tanto faz”, vocifera o cantor Jimmy London no refrão. A banda mais inconformista do rock brasileiro não estourou nas paradas, mas dominou a cena independente, com shows sempre lotados. Formado em 1996, no Rio de Janeiro, o Matanza explorou um rock pós-punk, misturado com heavy metal e hardcore, que a mídia nominou de “countrycore”.