Tudo sobre a vitória do Papão sobre o Belo – programa Bola na Torre

Emoção e vitória no último instante

POR GERSON NOGUEIRA

O volante Jacy Maranhão entrou no 2º tempo para reforçar o meio e ajudar no jogo aéreo. Fez um lance brilhante, aos 48 minutos, tocando de letra. A bola caprichosamente bateu na trave. Foi um sinal. Nos acréscimos, quando não parecia não haver mais tempo, ele desviou de cabeça um cruzamento de Vinícius Leite, botou 1 a 0 no placar e garantiu a vitória do PSC.

Uma vitória importantíssima e que pode ter sido a senha para o ambicionado acesso. É importante dizer que a partida foi disputada palmo a palmo desde o primeiro minuto. O equilíbrio prevaleceu ao longo do primeiro tempo e permaneceu na segunda etapa, embora com superioridade do Papão, tanto na posse de bola quanto na criação de jogadas.

Não foi um espetáculo, muito menos uma boa atuação do Papão. Como nos jogos contra Volta Redonda e Amazonas, o time teve momentos de desorganização, expondo-se a alguns riscos na defesa.

A partida começou aberta, com investidas dos dois lados, mas com predomínio dos sistemas de marcação. Por esse motivo, foram poucas as jogadas agudas. Para complicar, os dois ataques erravam muito nas finalizações. Os melhores momentos ficaram por conta de Nicolas Careca, para o PSC, e Mateus Anderson, para o Botafogo-PB.

Depois do intervalo, o PSC impôs um ritmo forte pelos lados, principalmente com Edilson na direita. O Belo se retraiu, à espera de chances para contra-atacar. Fechado em duas linhas de marcação, manteve o ataque bicolor afastado da área até os minutos finais.

O cansaço e a perda do zagueiro Pedro Carrerete deixaram o Botafogo mais fragilizado e o Papão começou a explorar as jogadas pelo meio, com Ronaldo Mendes e Vinícius Leite, que cresceu de rendimento na etapa final. A entrada de Juninho no lugar de Robinho contribuiu para a criação de jogadas na diagonal pela meia-direita.

Com a entrada de Jacy Maranhão no lugar de João Vieira, Hélio dos Anjos deixou claro que a opção era reforçar o setor de ataque, sem descuidar da marcação. Como o Belo pouco se arriscava na frente, o PSC tratou de ocupar o campo de defesa inimigo.

E as chances começaram a aparecer. Aos 33 minutos, o Botafogo chegou com perigo, em arremate de Rogerinho. Aos 44’, Jacy Maranhão aproveitou uma cobra e meteu o pé. A bola passou tirando tinta do travessão. Quatro minutos depois, Juninho iniciou o já citado lance do toque de classe de Jacy, que bateu na trave.

Apesar de melhor na partida, o PSC começou a entrar no modo desespero, vendo que o tempo se escoava e o Belo abusava do antijogo. Aliás, por ironia, por conta do excesso de cera, o jogo se estendeu até os 57 minutos, proporcionando uma sequencia de escanteios em favor do Papão.

Até que, aos 56’, depois de uma cobrança rápida de córner, Jacy Maranhão apareceu no segundo pau para cabecear e botar a bola no fundo do barbante, fazendo explodir de alegria os mais 50 mil torcedores presentes ao Mangueirão. A festa bicolor estava completa. (Foto: Fernando Torres)

Um espetáculo inesquecível no novo Mangueirão

No jogo entre Brasil x Bolívia, pelas Eliminatórias Sul-Americanas, o estádio estadual Jornalista Edgar Proença viveu uma grande noite, com mais de 43 mil pagantes e um show da torcida paraense. Ontem, foi a vez de um novo espetáculo, desta vez proporcionado pela Fiel Bicolor, que superou o público da Seleção Brasileira. 

Fumaça alviceleste na entrada do time e muita cantoria nas arquibancadas redecoraram o estádio. Ao longo da partida, o torcedor não negou fogo. Apoiou do início ao fim, com direito a alguns minutos de apreensão no segundo tempo. No fim, tudo deu certo e o Papão não frustrou a massa.

Com sete pontos ganhos, o acesso está logo ali, ao alcance da mão. Uma nova vitória, que pode vir no jogo com o Amazonas, no Mangueirão, será suficiente para colocar o Papão na Série B 2024.

Hélio acerta nas mexidas que fizeram o time crescer

O predestinado Jacy Maranhão pode ter sido o autor do gol-símbolo do acesso à Série B. Antes de marcar de cabeça, quase fez um gol de letra. Foi o grande nome do time na reta final, quando os demais jogadores pareciam cansados e sem capacidade de decisão.

Hélio dos Anjos acertou em cheio ao substituir João Vieira, que não fez uma boa partida, por Jacy Maranhão. Longe de deixar o time recuado, acrescentou força e altura ao ataque. Juninho, substituto de Robinho, também fez uma apresentação satisfatória.

Depois de uma atuação pouco contundente no 1º tempo, o técnico fez o time abandonar o comodismo no meio-campo e partir para sufocar o adversário no 2º tempo, utilizando até quatro jogadores na frente. Depois da vitória, atirou a camisa para a galera e correu para os vestiários.

S. Paulo põe mão na Copa; Fogão perde e é garfado (de novo)

A Copa do Brasil parece estar a caminho de Dorival Junior outra vez. No ano passado, ele levantou o troféu no comando do Flamengo. Desta vez, pode fazer a festa pelo São Paulo em cima do ex-clube. O primeiro passo foi dado ontem, no Maracanã, com uma vitória segura e merecida.

Na Série A, o Botafogo viu encurtar sua vantagem. Depois de perder para o Atlético-MG, agora está a 7 pontos do 2º colocado, Palmeiras. O Fogão começou bem, mas, aos poucos, foi se acomodando. Tomou um gol e empatou, mas a arbitragem anulou o gol legal de Diego Costa. 

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 18)

Papão vence no minuto final e dispara na liderança do Grupo C

Foi um jogo emocionante e aberto, decidido no minuto final, com um gol de Jacy Maranhão, de cabeça. Com a vitória, o PSC disparou na liderança do Grupo C da Série C, posicionando-se três pontos à frente do Volta Redonda e a quatro do Botafogo e do Amazonas. Caso vença a próxima partida em casa, contra o Amazonas, o Papão garante o acesso à Série B.

As maiores emoções do confronto ficaram para a reta final do segundo tempo, quando o PSC criou três boas chances para abrir o placar, conseguindo finalmente aos 56 minutos, através do volante Jacy Maranhão. O Botafogo-PB, que havia caprichado na marcação ao longo da primeira etapa, caiu de rendimento nos 45 minutos finais.

A torcida bicolor não negou fogo. Compareceu em massa e bateu recorde de público em jogos no novo Mangueirão: 43.794 pagantes; público total (com não pagantes): 49.777. A renda atingiu R$ 1.772.840,00 (abaixo das arrecadações de Brasil x Bolívia e Remo x Corinthians).

O próximo compromisso do PSC será no sábado, às 16h, contra o Botafogo=PB no estádio Almeidão, em João Pessoa.

Rock na madrugada – R.E.M., “Find the River”

Pequena obra-prima do R.E.M., contida no celebrado álbum Automatic For The People, de 1992, no auge criativo da banda. As três músicas que fecham o disco são “Man on the Moon”, “Night Swimming” e “Find The River”, que fala da aceitação da mortalidade, que estamos todos aqui por um tempo finito e que no final há um rio para todos que leva a tudo ou aonde acreditamos que vai dar. São três das mais inspiradas baladas gravadas pelo R.E.M. Destaque para a interpretação soberba de Michael Stipe e o piano de Mike Mills. De todos os excelentes álbuns do grupo, Automatic For The People está entre os principais.

Amazonas vence Volta Redonda e Papão assume liderança temporária do grupo C

Com a vitória do Amazonas sobre o Volta Redonda por 2 a 0, na tarde deste sábado, em Manaus, o grupo C da Série C passou a ter um novo líder: pelos critérios de desempate, o Papão assumiu a ponta da classificação com 4 pontos, antes mesmo de entrar em campo contra o Botafogo-PB, neste domingo, no Mangueirão. O primeiro gol da Onça Pintada ocorreu logo aos 11 minutos, com Igor Bolt. O Voltaço tentou reagir, mas não teve criatividade para furar a barreira defensiva amazonense.

No segundo tempo, o Volta Redonda voltou buscando empatar, mas quem mais levava perigo era o Amazonas. Aos 18 minutos, boa chance com o lateral Renan Castro. O segundo gol surgiu aos 29 minutos. Sassá aproveitou um passe de Ermell de cabeça e balançou as redes do Voltaço. Foi o 15º gol do camisa 99 do Amazonas no campeonato.

Com o resultado, o PSC tem a chance de disparar na liderança do grupo caso vença o Botafogo, neste domingo. Iria a sete pontos e ficaria na zona de acesso pelas próximas duas rodadas.

Corregedoria monta força tarefa para investigar caminhos do dinheiro da Lava Jato

O Grupo de Trabalho será integrado pela AGU, Controladoria Geral da União, MPF, TCU, Polícia Federal e Receita Federal

Por Luis Nassif

A Corregedoria Nacional de Justiça concluiu o primeiro relatório parcial dos trabalhos da Correição Extraordinária instaurada na 13ª Vara Federal de Curitiba e na 8a Turma do Tribunal Regional Federal. O trabalho começou em maio de 2023. Até lá havia mais de trinta Reclamações Disciplinares em relação aos dois grupos. Na primeira etapa, foram feitas análises processuais e tomados o depoimento dos Juízes Federais Eduardo Appio e Gabriela Hardt, à época, titular e substituta, respectivamente, do juízo sob correição, assim como dos Desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, Marcelo Malucelli e Loraci Flores de Lima, que integravam a 8ª Turma do TRF4.

Não se ficou nisso. Também foram ouvidos os desembargadores diretamente envolvidos na parceria com Sérgio Moro, com o Desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz. 

Atenção relevante foi dedicada à Transparência Internacional, tendo sido ouvido Bruno Alves Brandão, diretor da Transparência Internacional Brasil.

Até agora os trabalhos identificaram “possíveis irregularidades relacionadas aos fluxos de trabalho desenvolvidos durante as investigações e ações penais da Operação Lava Jato, fazendo-se necessário verificar se configurariam falta disciplinar perpetrada pelos magistrados que atuaram, ao longo dos anos, na 13ª Vara Federal de Curitiba, assim como aqueles que atuaram no exame dos recursos no âmbito da Turma recursal”.

Mas o foco maior é a destinação dos valores dos acordos de leniência. Foram identificadas “ações e omissões que indicariam um agir destituído quanto ao zelo exigido dos magistrados nos processos, que conferiram destinação a valores oriundos de colaborações e de acordos de leniência (também em relação a bens apreendidos) para a PETROBRAS e outras entidades privadas, ao arrepio de expresso comando legal e sem qualquer outro critério de fundamentação, sob pretexto de que o rendimento conferido ao dinheiro depositado em contas judiciais era pouco expressivo”. 

A correição identificou R$ 2,1 bilhões em pagamentos, entre 2015 e 2018, período em que a PETROBRAS era investigada nos EUA. E refere-se expressamente ao acordo para a fundação Lava Jato, denunciado em primeira mão pelo GGN. “Nessa homologação, pretendia-se a destinação de R$ 2,5 bilhões visando a constituição da chamada Fundação Lava Jato, pela própria força-tarefa, na cidade de Curitiba”.

Constatou que “os repasses à PETROBRAS (prioritariamente) se realizaram sem a prudência do juízo, mesmo diante do fato de a Companhia ser investigada em inquérito civil público conduzido pelo MPSP, por autoridades norte americanas e sem discussão ou contraditório para plena identificação das vítimas do esquema de corrupção”. 

Ou seja, “verificou-se a existência de um possível conluio envolvendo os diversos operadores do sistema de justiça, no sentido de destinar valores e recursos no Brasil, para permitir que a PETROBRAS pagasse acordos no exterior que retornariam para interesse exclusivo da força-tarefa”.

Não havia cálculos de perdas, nem nada. Cada acordo, ratificado pelo Procurador-chefe da força tarefa, consistia apenas da apresentação de uma petição ao juiz, acompanhada do acordo em si, firmado entre a Lava Jato e o cidadão/empresa.

Constatou-se que os acordos de valor global, firmados entre MPF e ODEBRECHT (autos nº 5020175-34.2017.4.04.7000/PR) e MPF e BRASKEM (autos nº 5022000- 13.2017.4.04.7000/PR) obedeceram a critérios de autoridades estrangeiras.

Em princípio, constatou-se que os valores apontados obedeceram a critérios de autoridades estrangeiras, o que soa como absurdo, teratológico – termo que significa deformação.

Ponto central será analisar a destinação dos acordos de leniência.

Em todos os casos, sob o pretexto de que os recursos depositados na Caixa Econômica Federal eram mal remunerados, houve destinação não sabida. No caso do acordo com o Departamento de Justiça, para a destinação de recursos à própria Lava Jato, a força-tarefa da Lava Jato discutiu os termos e submeteu minuta do acordo de assunção de compromissos a avaliação de organismo internacional (Transparência Internacional).

Depois disso, a juíza federal substituta Gabriela Hardt recebeu informalmente a minuta do acordo e tratou das condições para homologação com integrantes da própria força tarefa.

O relatório é taxativo:

“Ao contrário da menção ao atendimento do “interesse público” e da “sociedade brasileira”, as cláusulas do acordo de assunção de compromissos firmado entre força-tarefa e PETROBRAS prestigiavam a PETROBRAS, a força-tarefa, em sua intenção de criar uma fundação privada, um grupo restrito de acionistas minoritários, delimitados por um dos critérios eleitos pelas partes”.

E anuncia a decisão final, as negociações com o Ministro da Justiça Flávio Dino “para a criação de um Grupo de Trabalho para verificação mais ampla das condutas objeto desta correição e adoção de medidas de caráter preventivo das situações nocivas identificadas”. 

O Grupo de Trabalho será integrado pela Advocacia Geral da União, Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União, Polícia Federal e Receita Federal do Brasil. 

Paralelamente, será elaborada uma Minuta de Ato Normativa, com proposta de regulamentação da destinação de valores oriundos de acordos de Colaboração e Leniência, bem como o controle para destinação de multas penais e bens apreendidos.

Conexão que faz a diferença

POR GERSON NOGUEIRA

Um time precisa de apoio e incentivo. O futebol se alimenta dessa conexão entre campo e arquibancada. O PSC, que tem hoje contra o Botafogo-PB um duelo decisivo, no Mangueirão, precisa saber se beneficiar do privilégio de contar com a força da massa torcedora ao seu lado.

Alguns times reagem a estádios cheios com apatia e até um certo acanhamento. Os jogadores parecem se encabular ante os urros da galera. É compreensível: muitos nunca se viram frente a frente com estádios lotados.  

Foi possível observar isso no Remo nesta mesma Série C. Com a torcida sempre presente, o time muitas vezes parecia intimidado e se perdia.

No Papão, a experiência do técnico Hélio dos Anjos pode fazer toda a diferença. Acostumado a administrar situações de tensão, ele terá a missão de dar tranquilidade e equilíbrio ao grupo de jogadores.

Em campo, o PSC tem se comportado de forma objetiva e pragmática. Hélio incutiu na equipe confiança nas próprias forças e capacidade de reagir a situações adversas, como aconteceu em Manaus, na rodada passada.

Menciono tudo isso diante da importância da força emocional para superar momentos de dificuldade no esporte. O confronto de hoje tem caráter decisivo para os dois times, o que deve elevar a temperatura da partida.

Caso atue como nos jogos anteriores, o PSC vai alternar momentos de pressão no ataque com um recolhimento estratégico, à espera de espaços para contra-atacar. Deu certo em vários jogos, assim como o recurso da bola aérea, que tem em Robinho o principal executor dos cruzamentos.

Por isso, a possível quebra do recorde de público no Mangueirão – expectativa de 45 mil pagantes – é fator que representa um trunfo a mais para o PSC na busca pela vitória, desde que a pressão seja bem canalizada, com intensidade e vibração do começo ao fim. (Foto: Nicksson Melo/ge)

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda o programa, a partir das 22h, na RBATV. Tudo sobre o jogo PSC x Botafogo-PB pela Série C. Participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. A edição é de Lourdes Cezar.

Um técnico sob ataque na decisão da Copa do Brasil

O argentino Jorge Sampaoli é, definitivamente, um técnico sob ataque no Flamengo. A torcida o critica e a tradicional panelinha interna já o jogou para escanteio. Jogadores que estão no clube desde 2019, com histórico vitorioso, fazem o que bem entendem hoje e fritam quem não atende os seus caprichos.

Na primeira partida da decisão da Copa do Brasil, hoje, Sampaoli foi praticamente reduzido à condição de auxiliar técnico. Na sexta-feira, os jogadores tiveram uma reunião à parte, discutindo o que fazer no jogo contra o São Paulo, do ex-técnico do Fla, Dorival Júnior.

Situação despropositada para um clube que se orgulha de ter uma gestão ousada e supostamente moderna. Se o técnico não é mais respeitado, deveria ser afastado. Deixá-lo ficar no cargo apenas para não ter que pagar a multa indenizatória é atestado de burrice.

Lateral goleador, Pikachu segue batendo recordes

O lateral direito Yago Pikachu recebeu muitas homenagens do Fortaleza por ter atingido a marca de 150 partidas com a camisa do clube, registrada no dia 3 de setembro, contra o Fluminense. Na quinta-feira, após a vitória do sobre o Corinthians por 2 a 1, ele ganhou um quadro de autoria do ilustrador André Consoli. O paraense havia marcado o gol da vitória.

Defensor com mais gols marcados, Pikachu coleciona 142 gols na carreira. Foram 64 pelo Paysandu, 40 pelo Vasco e 38 pelo Fortaleza. Ídolo da torcida tricolor, ele está na segunda passagem pelo clube. Em 2021, ele fez história com gols e assistências importantes na histórica campanha do time no Brasileirão, quando o Fortaleza se classificou pela primeira vez para a Libertadores.

Na ocasião, Pikachu foi eleito pela CBF o melhor lateral direito do Brasileiro no mesmo ano. Em 2023, retornou ao Fortaleza e foi recebido como um símbolo de determinação e personalidade. Além dos 38 gols, ele tem 24 assistências com a camisa do Fortaleza.

Bragança será a sede da 7ª etapa dos Jogos Abertos

A partir do dia 27 de setembro até 1º de outubro, os Jogos Abertos do Pará (Joapa) terão como sede regional a cidade de Bragança, na região nordeste do Estado. Em sua 12ª edição, o evento será realizado pela Secretaria de Esporte e Lazer (Seel), reunindo 10 municípios para a disputa do primeiro lugar, que garante vaga para a etapa estadual.

A programação é em parceria com a Prefeitura de Bragança e a sétima etapa terá disputa nas modalidades de tênis de mesa, futebol de areia, futsal, basquete masculino e vôlei.

De acordo com o titular da secretaria de Esporte e Lazer, Cássio Andrade, os jogos simbolizam a união dos esportistas, além de fortalecer o sentimento de representatividade.

(Coluna publicada na edição do Bola deste domingo, 17)

Helder defende em NY que pauta da COP 30 deve ser o financiamento da floresta viva

O governador Helder Barbalho participou nesta quinta-feira (14), do “Brazil Climate Summit”, em português, Cúpula do Clima no Brasil. O evento acontece na Universidade de Columbia, em Nova York (EUA). Em sua participação, Barbalho pleiteou que a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém em 2025, tenha como pauta principal o financiamento global para preservação da floresta.

“Nós precisamos colocar na COP30 que a agenda vai ser a floresta viva baseada em financiamento global para o modelo de sustentabilidade da floresta em pé. A transição energética foi a pauta da última COP de Sharm el-Sheikh. Este ano, Dubai vai apresentar a agricultura regenerativa. Agora, a agenda que interessa para o Brasil é floresta, porque é a floresta viva que nos diferencia e nos coloca no patamar de protagonizar a agenda ambiental mundial”, ponderou.

Helder Barbalho também dividiu responsabilidade e protagonismo do país na preservação do meio ambiente. “É fundamental que nós possamos aproveitar da COP 30 para fazer um chamamento ao planeta. O mundo não pode apontar o dedo ao Brasil e dizer o Brasil é responsável pelo equilíbrio climático. Não. O Brasil, ele tem que se apresentar dizendo: ‘Nós queremos ser protagonistas do equilíbrio climático e o mundo tem que criar o financiamento da agenda climática para a sustentabilidade no nosso país'”, afirmou.

A participação do chefe do executivo estadual paraense aconteceu durante o painel “COP30: Liderando discussões para 2025 no Brasil”, que também contou com as presenças do editor da América Latina do jornal Financial Times, Michael Stott; do secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador André Corrêa do Lago, e da jovem conselheira do Pacto Global da ONU, fundadora e diretora-executiva da Perifa Sustentável, Amanda da Cruz Costa.

Na oportunidade, Helder Barbalho também cobrou que a petrolífera Petrobras seja protagonista global em ações e iniciativas de financiamentos para preservação do bioma amazônico.

“Se a Noruega financia o Fundo Amazônia por explorar petróleo, porque a Petrobras, empresa brasileira, não lidera o processo de preservação da Amazônia antes de pedir a exploração? Porque se fizer isto, ela lidera para que nós possamos apresentar, inclusive, a condição da construção de uma narrativa que não seja meramente predatória ou exploratória, como é a agenda da exploração de petróleo”, pontuou o governador.

“A minha expectativa é que a Petrobras utilize o bom senso e que a orientação do presidente Lula para Petrobras seja que, enquanto o Ibama avalia se é viável ou não [a exploração de petróleo em alto mar] , a empresa coloque na mesa parte do lucro. Fruto, inclusive, das custas de grande parte da sociedade brasileira, que tem pago um combustível altíssimo e tem elevado o custo de vida dos brasileiros, então que coloque na mesa um cheque e patrocine a transformação e o financiamento para uma nova Amazônia com floresta viva”, complementou Barbalho.

A Cúpula do Clima do Brasil tem o objetivo de reunir líderes empresariais, empreendedores, academia, especialistas, formuladores de políticas, ONGs e organizações multilaterais para discutir as oportunidades e responsabilidades do Brasil em um mundo onde os impactos ambientais e sociais são os pilares de um novo capitalismo.

Vida inteligente no meio-campo

POR GERSON NOGUEIRA

O veterano Robinho é um dos símbolos da recuperação do PSC na Série C. Foi um dos beneficiados com a chegada de Hélio dos Anjos. O técnico identificou as carências mais visíveis do elenco, principalmente quanto à força e à intensidade, tratando de submeter os jogadores a uma nova rotina de exercícios para melhorar o condicionamento.

Não foi em vão. Com essa decisão, os resultados logo apareceram. O time que corria pouco, não resistia à pressão dos adversários e sempre morria na reta final dos jogos virou um dos mais fortes fisicamente da competição.

Robinho, que normalmente atuava apenas por 45 minutos, com baixa movimentação em campo, hoje é um dos mais dinâmicos da equipe. Desloca-se entre a defesa, o meio e o ataque, sempre participando das ações mais importantes.

Quando chegou em maio, ainda na gestão de Marquinhos Santos, Robinho era visto como um jogador talhado para liderar a equipe em campo. Experiente, com passagens de sucesso por grandes clubes, como o Cruzeiro, tinha a missão de ocupar o lugar deixado por Ricardinho.

As assistências e cobranças de escanteio ajudaram a disfarçar o mau desempenho dos primeiros jogos. Na verdade, Robinho não fazia muito em função da desorganização reinante, além da falta de força e resistência.

Nas entrevistas que tem dado, o meia não disfarça a alegria com o próprio rendimento. Atribui isso às dicas e providências de Hélio dos Anjos, que hoje distingue Robinho como um dos nomes mais importantes do grupo.

Para o confronto decisivo de domingo, no Mangueirão, contra o Botafogo-PB, Robinho é um dos mais entusiasmados. Disse que vinha esperando pela oportunidade de jogar em um estádio cheio. Acostumado a ter o Mineirão cheio em jogos do Cruzeiro, ele já percebeu que a Fiel Bicolor é capaz de mover montanhas pelo sonho do acesso.

O período vivido no PSC deu ao meia um conhecimento maior sobre a natureza peculiar da Série C, um campeonato diferente de tudo que ele já disputou, ainda mais na fase do quadrangular. Os detalhes definem jogos e, algumas vezes, a transpiração pode ser mais decisiva que a inspiração.

Scout é um dos segredos do sucesso do líder Botafogo

O êxito do Botafogo no Brasileiro de 2023, ocupando a liderança com 51 pontos e 10 de vantagem sobre o segundo colocado, Palmeiras, está fincado na qualidade de atletas como Lucas Perri, Adryelson, Marlon Freitas, Cuesta, Eduardo e Tiquinho Soares. São jogadores prospectados e avalizados pelo departamento de scout do Glorioso.

A partir do momento que o clube abraçou o modelo SAF, adquirido pelo investidor John Textor, o Botafogo preparou uma estrutura capaz de monitorar talentos no Brasil e na América do Sul. Alessandro Brito é o profissional que cuida do scout, junto com o diretor de futebol André Mazzuco (ex-executivo do PSC).

Os detalhes estão contidos em matéria de Giba Perez e Richard Souza, no GE, que destrincham o setor mais importante da guinada do Fogão.

Os profissionais do clube observam os jogadores pesquisados, tanto presencialmente quanto através de vídeos. Todas as informações vão para um banco de dados, uma espécie de plataforma multiclubes.

Um total de 19 funcionários integram a equipe. São quatro coordenadores, três scouts pro, oito observadores de base, dois analistas de desempenho do futebol profissional e dois da base.

Campeão da Série B em 2021, o Botafogo precisava ser inteiramente reconstruído quando a SAF chegou. No final do ano passado, foram contratados 22 novos jogadores, entre eles o goleiro Lucas Perri, os zagueiros Adryelson e Cuesta, o lateral-esquerdo Marçal, o volante Tchê Tchê, o meia Eduardo e o centroavante Tiquinho Soares.

Até dirigentes de outros clubes são unânimes em reconhecer que o trabalho desenvolvido na área de scout do Botafogo é um dos melhores do país. O processo é simples e funcional, a partir da necessidade do elenco. O scout busca, nas informações obtidas, atletas que se encaixem no perfil desejado.

Atento às exigências da temporada, o scout mudou o perfil de contratações em 2023. Passou a mirar em oportunidades de mercado e jogadores jovens.

Diego Hernandez, de 23 anos, Mateo Ponte, de 20, e Valentín Adamo, também com 20, são exemplos dessa nova preferência, além de Matías Segóvia, paraguaio de 20 anos que virou xodó da galera botafoguense.

Estudo da Fifa pretende diminuir interferência do VAR

Ganhou destaque, nos últimos dias, uma declaração do ex-árbitro e atual comentarista Renato Marsiglia sobre o estudo em andamento na Fifa para modificar a regra do impedimento nas avaliações do VAR. A ideia, desenvolvida pelo ex-técnico Arsene Wenger, já está em fase de testes.

De cara, a mudança vai significar um aumento na quantidade de gols validados pelo VAR. Boa parte dos especialistas da Fifa identifica nessa preocupação milimétrica do VAR um risco para o futebol como espetáculo.                                      

Os testes se iniciaram em torneios das categorias de base da Itália e da Suécia, há dois anos. Pelos planos de Wenger, o VAR será orientado a não dar mais impedimento se o jogador tiver uma parte do seu corpo tocando no corpo do adversário.

Da mesma forma, não seria mais impedimento uma perna do jogador na mesma linha de um defensor, invertendo o conceito adotado atualmente. Hoje, para o VAR, qualquer parte do corpo à frente significa impedimento. A ideia é inverter isso.

Segundo Marsiglia, caso Wenger consiga aprovar a ideia, 99% dos gols anulados seriam validados. Outro aspecto positivo é facilitar a ação do VAR. Onde atualmente são traçadas duas linhas, passaria a ter uma apenas.

Quando houver discussão sobre uma situação de impedimento, será muito mais fácil de resolver porque é uma linha apenas. Na prática, quase zera a sempre polêmica discussão do impedimento.

Para a maioria dos árbitros e observadores, incluindo Marsiglia, o VAR contribui para a lisura do jogo, mas muitas vezes altera a essência do futebol, interferindo em questões onde não deveria agir. Como ocorre na Premier League, onde as revisões são rápidas e a interferência é mínima. 

(Coluna publicada na edição do Bola desta sexta-feira, 15)

Rock na madrugada – Deep Purple, “Perfect Strangers”

O ano de 1984 foi marcado pela tão esperada reunião da formação clássica do Deep Purple – Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord e Ian Paice. Foi a primeira vez que o quinteto inglês se reuniu desde 1973. Para celebrar o reencontro, eles gravaram um novo álbum de estúdio, “Perfect Strangers”, e saíram em turnê pelo mundo. Esta interpretação da música-título do disco aconteceu em Melbourne, Austrália. Um show elogiadíssimo, que resgatou a chama original do Deep Purple, misturando as novas faixas com clássicos da fase setentista.

Pena que logo depois a banda se dissolveu novamente, dando margem à entrada de novos músicos. Jon Lord partiu e Blackmore rompeu definitivamente com Gillan.