Com grande atuação e uma vitória de virada sobre o Botafogo-PB, por 3 a 2, o PSC põe a mão na vaga do acesso à Série B 2024. Surpreendido com um gol antes de 1 minuto, marcado pelo veterano Pipico, o Papão soube se recompor e passou a dominar as ações na metade do primeiro tempo. Teve um pênalti em seu favor, mas o goleiro Mota defendeu a cobrança de Mário Sérgio. Logo em seguida, Edilson empatou. E, aos 49 minutos, veio a virada pelos pés de Vinícius Leite, que aproveitou um rebote e bateu da entrada área. O problema é que, aos 52′, Pipico voltou a marcar e empatou a partida.
No segundo tempo, depois da expulsão do técnico Hélio dos Anjos, o meia Robinho assinalou o gol da vitória após um cruzamento de Vinícius Leite. A reta final do jogo foi emocionante, com oportunidades de parte a parte. O Belo ainda teve um gol de Pipico anulado, mas a festa final coube aos bicolores no estádio Almeidão.
O PSC alcançou 10 pontos e lidera o Grupo C do Brasileiro da Série C. Para garantir o acesso, o Papão depende de uma vitória do Volta Redonda sobre o Amazonas, que se enfrentam na noite deste sábado, no Rio de Janeiro.
O Botafogo sobreviveu bem à perda de um técnico de ideias fortes e bons resultados no Campeonato Brasileiro. Depois que Luís Castro se foi, Claudia Caçapa entrou em cena por quatro jogos e deu conta do recado. Aí veio o técnico substituto, Bruno Lage, e não está claro se ele dará conta do desafio de conduzir o time ao título brasileiro.
A gordura ainda é razoável – sete pontos – mas os sinais de estagnação são visíveis e preocupantes. O Botafogo não vence há quatro partidas, definha taticamente a cada nova rodada. Os trunfos individuais começam a afundar junto com a baixa performance coletiva.
Tiquinho Soares, artilheiro do time e do campeonato, ainda não marcou desde seu retorno, após mais de um mês lesionado. Diego Costa, que veio para ser uma alternativa, até agora não disse a que veio, embora tenha tido poucas chances. O gol que marcou contra o Galo foi anulado.
Na sexta-feira, contra o Corinthians, os erros se repetiram. Mesmo contra um time apenas mediano, o Botafogo não encontrou meios de se impor. Perdeu o capitão Marçal logo aos 20 minutos. O cartão vermelho foi questionável, mas a atitude do lateral-esquerdo foi imprudente demais.
Afinal, até o Manequinho lá de General Severiano sabe que as arbitragens não refrescam com o Botafogo, são sempre implacáveis. As decisões são sempre rigorosas e as dúvidas se transformam em certeza. Não é novidade, mas agora é muito mais sério, afinal há um título nacional em disputa.
Como ocorreu diante do Atlético-MG, o Botafogo começou jogando no campo adversário, mas aos poucos foi arrefecendo, como se estivesse entediado. Veio a expulsão e aí o time se agarrou à defesa como única expectativa na partida.
É claro que a desvantagem numérica impõe cuidados maiores, mas não pode significar a renúncia absoluta ao ataque. Deixar à vontade o adversário é um risco permanente. O gol corintiano até custou a sair, já no 2º tempo, mas o lance é revelador do atual momento do Botafogo.
Junto à linha de fundo, o lateral Di Plácido desistiu de marcar o adversário e este conseguiu cruzar, apanhando a defesa desarrumada. Depois de sofrer o gol, o Botafogo se anulou ainda mais. O técnico Bruno Lage, que havia custado a fazer mudanças, mexeu errado.
Botou Hugo na lateral-esquerda, como era óbvio, mas esqueceu de Carlos Alberto, um jogador rápido e bom finalizador. Deixou Vítor Sá, cansado desde o primeiro tempo, e botou Junior Santos quando não havia muito mais a fazer. Tiquinho podia ficar mais tempo em campo.
Outro problema: o Botafogo foi buscar três jovens jogadores no futebol sul-americano, mas Bruno Lage simplesmente não os utilizou. Não jogam nunca. O time precisa estar inteiro, menos esgotado fisicamente, é hora de rodar elenco. E, quem sabe, mandar o Lage rodar também.
Bola na Torre
Guilherme Guerreiro comanda o programa, com as participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. O programa começa às 22h, na RBATV. Em pauta, a quarta rodada do quadrangular da Série C. A edição é de Lourdes Cezar.
Belém será sede de pré-olímpico de basquete feminino
O basquete feminino será a grande atração no calendário esportivo de 2024 em Belém. Pela primeira vez, o pré-olímpico da modalidade terá a capital paraense como sede. O anúncio foi feito no início desta semana pelo governador Helder Barbalho.
A Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho, será palco dos jogos. A arena fica bem ao lado do estádio Jornalista Edgar Proença, que há três semanas sediou a estreia da Seleção Brasileira nas Eliminatórias Sul-Americanas, diante da Bolívia.
A competição pré-olímpica confirma a condição privilegiada do Pará como centro de eventos esportivos de âmbito internacional. Helder, que estava em viagem a Nova York, destacou o fato:
“Eu acabo de ser informado que Belém foi escolhida para ser a cidade-sede do pré-olímpico de basquete feminino. Pela primeira vez na história do Brasil seremos sede de um evento desta importância, para que nossas atletas disputem vaga para representar o Brasil nas Olimpíadas de Paris”.
A competição terá a participação de grandes seleções internacionais. A França, por ser sede dos Jogos Olímpicos, e os Estados Unidos, cuja seleção é a atual campeã, são as primeiras confirmadas, o que dá bem a medida do nível do pré-olímpico.
Dorival: a chance de ser bicampeão e de dar o troco
O argentino Calleri pode vir a ser a arma do São Paulo para repor uma injustiça histórica que o futebol assistiu no ano passado: a demissão de Dorival Júnior pelo Flamengo após ganhar a Copa do Brasil e a Libertadores. O atacante tricolor marcou o gol no jogo de ida da decisão da Copa deste ano e essa vantagem pode garantir o bicampeonato a Dorival.
Hoje à tarde, quando o São Paulo receber o Flamengo no Morumbi, todas as atenções estarão concentradas em Dorival, técnico experiente e vitorioso, cuja trajetória também revela um profissional de fina estampa. Dorival jamais reclamou ou criticou seus incompetentes algozes rubro-negros. Talvez por isso muita gente estará na torcida por ele.
(Coluna publicada na edição do Bola deste domingo, 24)
Em petição ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (22/9), o juiz federal Eduardo Appio, que está afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba, pediu ao ministro Dias Toffoli para ser reconduzido ao cargo ou designado para atuar em outra vara ou em “esquema de mutirão”.
O afastamento cautelar foi determinado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em maio deste ano, que tornou Appio alvo de processo administrativo disciplinar depois de representação apresentada pelo desembargador Marcelo Malucelli.
Em 20 de setembro, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luiz Felipe Salomão, avocou o processo ao Conselho Nacional de Justiça, levando em consideração a tramitação de reclamações contra desembargadores do TRF-4 e outros magistrados que atuaram na 13ª Vara Federal.
Ainda assim, Appio foi mantido fora do cargo, levando em consideração que o juiz já havia recorrido ao CNJ contra a medida, sem sucesso. Para a defesa do magistrado, o afastamento é irregular em sua origem e fere a isonomia.
Isso porque desembargadores e juízes da 4ª Região que também têm sua conduta em apuração seguem atuando. Defendem o magistrado no caso os advogados Pedro Serrano, Walfrido Warde Júnior, Rafael Ramires Araújo Valim e Anderson Medeiros Bonfim
A petição ao ministro Dias Toffoli conta com pedido de liminar para recondução à 13ª Vara Federal de Curitiba ou, levando em conta que a perda de gratificação compromete o seu sustento e o da sua família, atuação em qualquer outra Vara Federal ou em “esquema de mutirão”.
Problemas Na nova petição ao ministro Dias Toffoli, a defesa de Appio destaca que foi afastado do cargo sem instauração de processo administrativo disciplinar e, com isso, sem direito a contraditório prévio, o que feriu a garantia da inamovibilidade prevista no artigo 95, inciso II, da Constituição.
Afirma que o afastamento tem motivação enviesada e se baseou em vídeo feito pelo genro e ex-sócio de Sérgio Moro, o maior interessado em evitar que Appio continuasse a desnudar os desarranjos praticados pela “lava jato” na 13ª Vara Federal, como vinha acontecendo.
Appio negou que a ligação e a tentativa de intimação tenham ocorrido por meio de parecer técnico e destacou que os celulares através dos quais foram realizados os supostos diálogos não foram apreendidos ou periciados, em violação à cadeia de custódia.
Na petição ao STF, o juiz defende que o afastamento foi feito em desvio de finalidade para persegui-lo, enquanto contraponto crítico ao javatismo da 13ª Vara Federal.
A defesa aponta que segue “afastado cautelarmente por meio de expediente disciplinar severamente maculado em sua origem, eis que nascido e estruturado a partir de um elemento de prova ilícito que contamina todos os atos do processo administrativo disciplinar subsequentes, invalidando-os e tornando imprestáveis todos os elementos de prova.”
A petição enviada ao STF lista alguns atos do titular da 13ª Vara Federal que teriam desencadeado a perseguição. Dentre elas o levantamento do sigilo do acordo de leniência firmado entre Odebrecht e “lava jato”, onde constam provas que foram invalidadas recentemente pelo ministro Toffoli.
Em 10 de setembro, Eduardo Appio foi julgado suspeito para casos da “lava jato” e teve todas suas decisões anuladas pelo TRF-4. Como mostrou a revista eletrônica Consultor Jurídico, o julgamento desafiou a decisão de Dias Toffoli e contrario a jurisprudência da própria corte.
Já em 19 de setembro, Toffoli anulou a suspeição declarada pelo TRF-4 e suspendeu o processo administrativo contra Appio, medida que permitiu que o CNJ enfim avocasse os autos. (Do Jornal GGN)
“É desembarque que chama quando o Ocidente começa a torcer o nariz pra Zelensky? Guerra por procuração não se sustenta. Luís Ignácio falou… Luís Ignácio avisou…”.
O técnico interino Fernando Diniz anunciou na tarde deste sábado a lista de convocados da Seleção Brasileira para os próximos jogos das Eliminatórias Sul-Americanas, contra Venezuela e Uruguai. As novidades da convocação são Vinícius Jr., de volta à Seleção, e Gerson (Flamengo).
A seleção enfrenta a Vinotinto no dia 12 de outubro, na Arena Pantanal, em Cuiabá, às 21h30 (Brasília). No dia 17, joga contra a Celeste, no Estádio Centenário, em Montevidéu, às 21h (de Brasília).
Para as duas partidas, a seleção terá o retorno de Vinicius Jr., que ficou de fora dos dois primeiros compromissos por conta de lesão. A surpresa se dá pela convocação de Gerson, do Flamengo.
O Brasil começou as eliminatórias com 100% de aproveitamento, goleando a Bolívia por 5 a 1 na estreia e vencendo o Peru por 1 a 0 fora de casa.
Em entrevista coletiva, o treinador do Brasil exaltou o jogador não somente pela qualidade, mas também pela importância social que adquiriu ao longo da carreira, principalmente no combate ao racismo.
Diniz também questionou a ausência de Vinicius Jr. na lista da Fifa com os 12 nomes concorrentes do prêmio The Best de melhor do mundo.
“Enxergo ele como protagonista, a gente não consegue entender como ele ficou fora da lista de melhores do mundo. Se tornou um grande personagem para a sociedade, como conseguiu se defender e defender a sua causa.”
Para os dois primeiros compromissos da seleção nas eliminatórias, Vinicius Jr. havia sido ausência por conta da lesão no bíceps femoral da perna direita sofrida no dia 25 de agosto, em partida contra o Celta de Vigo, por LALIGA.