Amazonas vence Volta Redonda e Papão assume liderança temporária do grupo C

Com a vitória do Amazonas sobre o Volta Redonda por 2 a 0, na tarde deste sábado, em Manaus, o grupo C da Série C passou a ter um novo líder: pelos critérios de desempate, o Papão assumiu a ponta da classificação com 4 pontos, antes mesmo de entrar em campo contra o Botafogo-PB, neste domingo, no Mangueirão. O primeiro gol da Onça Pintada ocorreu logo aos 11 minutos, com Igor Bolt. O Voltaço tentou reagir, mas não teve criatividade para furar a barreira defensiva amazonense.

No segundo tempo, o Volta Redonda voltou buscando empatar, mas quem mais levava perigo era o Amazonas. Aos 18 minutos, boa chance com o lateral Renan Castro. O segundo gol surgiu aos 29 minutos. Sassá aproveitou um passe de Ermell de cabeça e balançou as redes do Voltaço. Foi o 15º gol do camisa 99 do Amazonas no campeonato.

Com o resultado, o PSC tem a chance de disparar na liderança do grupo caso vença o Botafogo, neste domingo. Iria a sete pontos e ficaria na zona de acesso pelas próximas duas rodadas.

Corregedoria monta força tarefa para investigar caminhos do dinheiro da Lava Jato

O Grupo de Trabalho será integrado pela AGU, Controladoria Geral da União, MPF, TCU, Polícia Federal e Receita Federal

Por Luis Nassif

A Corregedoria Nacional de Justiça concluiu o primeiro relatório parcial dos trabalhos da Correição Extraordinária instaurada na 13ª Vara Federal de Curitiba e na 8a Turma do Tribunal Regional Federal. O trabalho começou em maio de 2023. Até lá havia mais de trinta Reclamações Disciplinares em relação aos dois grupos. Na primeira etapa, foram feitas análises processuais e tomados o depoimento dos Juízes Federais Eduardo Appio e Gabriela Hardt, à época, titular e substituta, respectivamente, do juízo sob correição, assim como dos Desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, Marcelo Malucelli e Loraci Flores de Lima, que integravam a 8ª Turma do TRF4.

Não se ficou nisso. Também foram ouvidos os desembargadores diretamente envolvidos na parceria com Sérgio Moro, com o Desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz. 

Atenção relevante foi dedicada à Transparência Internacional, tendo sido ouvido Bruno Alves Brandão, diretor da Transparência Internacional Brasil.

Até agora os trabalhos identificaram “possíveis irregularidades relacionadas aos fluxos de trabalho desenvolvidos durante as investigações e ações penais da Operação Lava Jato, fazendo-se necessário verificar se configurariam falta disciplinar perpetrada pelos magistrados que atuaram, ao longo dos anos, na 13ª Vara Federal de Curitiba, assim como aqueles que atuaram no exame dos recursos no âmbito da Turma recursal”.

Mas o foco maior é a destinação dos valores dos acordos de leniência. Foram identificadas “ações e omissões que indicariam um agir destituído quanto ao zelo exigido dos magistrados nos processos, que conferiram destinação a valores oriundos de colaborações e de acordos de leniência (também em relação a bens apreendidos) para a PETROBRAS e outras entidades privadas, ao arrepio de expresso comando legal e sem qualquer outro critério de fundamentação, sob pretexto de que o rendimento conferido ao dinheiro depositado em contas judiciais era pouco expressivo”. 

A correição identificou R$ 2,1 bilhões em pagamentos, entre 2015 e 2018, período em que a PETROBRAS era investigada nos EUA. E refere-se expressamente ao acordo para a fundação Lava Jato, denunciado em primeira mão pelo GGN. “Nessa homologação, pretendia-se a destinação de R$ 2,5 bilhões visando a constituição da chamada Fundação Lava Jato, pela própria força-tarefa, na cidade de Curitiba”.

Constatou que “os repasses à PETROBRAS (prioritariamente) se realizaram sem a prudência do juízo, mesmo diante do fato de a Companhia ser investigada em inquérito civil público conduzido pelo MPSP, por autoridades norte americanas e sem discussão ou contraditório para plena identificação das vítimas do esquema de corrupção”. 

Ou seja, “verificou-se a existência de um possível conluio envolvendo os diversos operadores do sistema de justiça, no sentido de destinar valores e recursos no Brasil, para permitir que a PETROBRAS pagasse acordos no exterior que retornariam para interesse exclusivo da força-tarefa”.

Não havia cálculos de perdas, nem nada. Cada acordo, ratificado pelo Procurador-chefe da força tarefa, consistia apenas da apresentação de uma petição ao juiz, acompanhada do acordo em si, firmado entre a Lava Jato e o cidadão/empresa.

Constatou-se que os acordos de valor global, firmados entre MPF e ODEBRECHT (autos nº 5020175-34.2017.4.04.7000/PR) e MPF e BRASKEM (autos nº 5022000- 13.2017.4.04.7000/PR) obedeceram a critérios de autoridades estrangeiras.

Em princípio, constatou-se que os valores apontados obedeceram a critérios de autoridades estrangeiras, o que soa como absurdo, teratológico – termo que significa deformação.

Ponto central será analisar a destinação dos acordos de leniência.

Em todos os casos, sob o pretexto de que os recursos depositados na Caixa Econômica Federal eram mal remunerados, houve destinação não sabida. No caso do acordo com o Departamento de Justiça, para a destinação de recursos à própria Lava Jato, a força-tarefa da Lava Jato discutiu os termos e submeteu minuta do acordo de assunção de compromissos a avaliação de organismo internacional (Transparência Internacional).

Depois disso, a juíza federal substituta Gabriela Hardt recebeu informalmente a minuta do acordo e tratou das condições para homologação com integrantes da própria força tarefa.

O relatório é taxativo:

“Ao contrário da menção ao atendimento do “interesse público” e da “sociedade brasileira”, as cláusulas do acordo de assunção de compromissos firmado entre força-tarefa e PETROBRAS prestigiavam a PETROBRAS, a força-tarefa, em sua intenção de criar uma fundação privada, um grupo restrito de acionistas minoritários, delimitados por um dos critérios eleitos pelas partes”.

E anuncia a decisão final, as negociações com o Ministro da Justiça Flávio Dino “para a criação de um Grupo de Trabalho para verificação mais ampla das condutas objeto desta correição e adoção de medidas de caráter preventivo das situações nocivas identificadas”. 

O Grupo de Trabalho será integrado pela Advocacia Geral da União, Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União, Polícia Federal e Receita Federal do Brasil. 

Paralelamente, será elaborada uma Minuta de Ato Normativa, com proposta de regulamentação da destinação de valores oriundos de acordos de Colaboração e Leniência, bem como o controle para destinação de multas penais e bens apreendidos.

Conexão que faz a diferença

POR GERSON NOGUEIRA

Um time precisa de apoio e incentivo. O futebol se alimenta dessa conexão entre campo e arquibancada. O PSC, que tem hoje contra o Botafogo-PB um duelo decisivo, no Mangueirão, precisa saber se beneficiar do privilégio de contar com a força da massa torcedora ao seu lado.

Alguns times reagem a estádios cheios com apatia e até um certo acanhamento. Os jogadores parecem se encabular ante os urros da galera. É compreensível: muitos nunca se viram frente a frente com estádios lotados.  

Foi possível observar isso no Remo nesta mesma Série C. Com a torcida sempre presente, o time muitas vezes parecia intimidado e se perdia.

No Papão, a experiência do técnico Hélio dos Anjos pode fazer toda a diferença. Acostumado a administrar situações de tensão, ele terá a missão de dar tranquilidade e equilíbrio ao grupo de jogadores.

Em campo, o PSC tem se comportado de forma objetiva e pragmática. Hélio incutiu na equipe confiança nas próprias forças e capacidade de reagir a situações adversas, como aconteceu em Manaus, na rodada passada.

Menciono tudo isso diante da importância da força emocional para superar momentos de dificuldade no esporte. O confronto de hoje tem caráter decisivo para os dois times, o que deve elevar a temperatura da partida.

Caso atue como nos jogos anteriores, o PSC vai alternar momentos de pressão no ataque com um recolhimento estratégico, à espera de espaços para contra-atacar. Deu certo em vários jogos, assim como o recurso da bola aérea, que tem em Robinho o principal executor dos cruzamentos.

Por isso, a possível quebra do recorde de público no Mangueirão – expectativa de 45 mil pagantes – é fator que representa um trunfo a mais para o PSC na busca pela vitória, desde que a pressão seja bem canalizada, com intensidade e vibração do começo ao fim. (Foto: Nicksson Melo/ge)

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda o programa, a partir das 22h, na RBATV. Tudo sobre o jogo PSC x Botafogo-PB pela Série C. Participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. A edição é de Lourdes Cezar.

Um técnico sob ataque na decisão da Copa do Brasil

O argentino Jorge Sampaoli é, definitivamente, um técnico sob ataque no Flamengo. A torcida o critica e a tradicional panelinha interna já o jogou para escanteio. Jogadores que estão no clube desde 2019, com histórico vitorioso, fazem o que bem entendem hoje e fritam quem não atende os seus caprichos.

Na primeira partida da decisão da Copa do Brasil, hoje, Sampaoli foi praticamente reduzido à condição de auxiliar técnico. Na sexta-feira, os jogadores tiveram uma reunião à parte, discutindo o que fazer no jogo contra o São Paulo, do ex-técnico do Fla, Dorival Júnior.

Situação despropositada para um clube que se orgulha de ter uma gestão ousada e supostamente moderna. Se o técnico não é mais respeitado, deveria ser afastado. Deixá-lo ficar no cargo apenas para não ter que pagar a multa indenizatória é atestado de burrice.

Lateral goleador, Pikachu segue batendo recordes

O lateral direito Yago Pikachu recebeu muitas homenagens do Fortaleza por ter atingido a marca de 150 partidas com a camisa do clube, registrada no dia 3 de setembro, contra o Fluminense. Na quinta-feira, após a vitória do sobre o Corinthians por 2 a 1, ele ganhou um quadro de autoria do ilustrador André Consoli. O paraense havia marcado o gol da vitória.

Defensor com mais gols marcados, Pikachu coleciona 142 gols na carreira. Foram 64 pelo Paysandu, 40 pelo Vasco e 38 pelo Fortaleza. Ídolo da torcida tricolor, ele está na segunda passagem pelo clube. Em 2021, ele fez história com gols e assistências importantes na histórica campanha do time no Brasileirão, quando o Fortaleza se classificou pela primeira vez para a Libertadores.

Na ocasião, Pikachu foi eleito pela CBF o melhor lateral direito do Brasileiro no mesmo ano. Em 2023, retornou ao Fortaleza e foi recebido como um símbolo de determinação e personalidade. Além dos 38 gols, ele tem 24 assistências com a camisa do Fortaleza.

Bragança será a sede da 7ª etapa dos Jogos Abertos

A partir do dia 27 de setembro até 1º de outubro, os Jogos Abertos do Pará (Joapa) terão como sede regional a cidade de Bragança, na região nordeste do Estado. Em sua 12ª edição, o evento será realizado pela Secretaria de Esporte e Lazer (Seel), reunindo 10 municípios para a disputa do primeiro lugar, que garante vaga para a etapa estadual.

A programação é em parceria com a Prefeitura de Bragança e a sétima etapa terá disputa nas modalidades de tênis de mesa, futebol de areia, futsal, basquete masculino e vôlei.

De acordo com o titular da secretaria de Esporte e Lazer, Cássio Andrade, os jogos simbolizam a união dos esportistas, além de fortalecer o sentimento de representatividade.

(Coluna publicada na edição do Bola deste domingo, 17)

Helder defende em NY que pauta da COP 30 deve ser o financiamento da floresta viva

O governador Helder Barbalho participou nesta quinta-feira (14), do “Brazil Climate Summit”, em português, Cúpula do Clima no Brasil. O evento acontece na Universidade de Columbia, em Nova York (EUA). Em sua participação, Barbalho pleiteou que a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém em 2025, tenha como pauta principal o financiamento global para preservação da floresta.

“Nós precisamos colocar na COP30 que a agenda vai ser a floresta viva baseada em financiamento global para o modelo de sustentabilidade da floresta em pé. A transição energética foi a pauta da última COP de Sharm el-Sheikh. Este ano, Dubai vai apresentar a agricultura regenerativa. Agora, a agenda que interessa para o Brasil é floresta, porque é a floresta viva que nos diferencia e nos coloca no patamar de protagonizar a agenda ambiental mundial”, ponderou.

Helder Barbalho também dividiu responsabilidade e protagonismo do país na preservação do meio ambiente. “É fundamental que nós possamos aproveitar da COP 30 para fazer um chamamento ao planeta. O mundo não pode apontar o dedo ao Brasil e dizer o Brasil é responsável pelo equilíbrio climático. Não. O Brasil, ele tem que se apresentar dizendo: ‘Nós queremos ser protagonistas do equilíbrio climático e o mundo tem que criar o financiamento da agenda climática para a sustentabilidade no nosso país'”, afirmou.

A participação do chefe do executivo estadual paraense aconteceu durante o painel “COP30: Liderando discussões para 2025 no Brasil”, que também contou com as presenças do editor da América Latina do jornal Financial Times, Michael Stott; do secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador André Corrêa do Lago, e da jovem conselheira do Pacto Global da ONU, fundadora e diretora-executiva da Perifa Sustentável, Amanda da Cruz Costa.

Na oportunidade, Helder Barbalho também cobrou que a petrolífera Petrobras seja protagonista global em ações e iniciativas de financiamentos para preservação do bioma amazônico.

“Se a Noruega financia o Fundo Amazônia por explorar petróleo, porque a Petrobras, empresa brasileira, não lidera o processo de preservação da Amazônia antes de pedir a exploração? Porque se fizer isto, ela lidera para que nós possamos apresentar, inclusive, a condição da construção de uma narrativa que não seja meramente predatória ou exploratória, como é a agenda da exploração de petróleo”, pontuou o governador.

“A minha expectativa é que a Petrobras utilize o bom senso e que a orientação do presidente Lula para Petrobras seja que, enquanto o Ibama avalia se é viável ou não [a exploração de petróleo em alto mar] , a empresa coloque na mesa parte do lucro. Fruto, inclusive, das custas de grande parte da sociedade brasileira, que tem pago um combustível altíssimo e tem elevado o custo de vida dos brasileiros, então que coloque na mesa um cheque e patrocine a transformação e o financiamento para uma nova Amazônia com floresta viva”, complementou Barbalho.

A Cúpula do Clima do Brasil tem o objetivo de reunir líderes empresariais, empreendedores, academia, especialistas, formuladores de políticas, ONGs e organizações multilaterais para discutir as oportunidades e responsabilidades do Brasil em um mundo onde os impactos ambientais e sociais são os pilares de um novo capitalismo.