A volta triunfal dos Stones a um álbum de inéditas. “Angry” é a primeira música de trabalho do novo álbum, Hackney Diamonds, e chega de forma arrasadora, com um som empolgante e um vídeo sensacional, na melhor tradição de lançamentos da banda. A canção é pesada, marcial, triunfante. Tem a receita infalível dos Stones: guitarras afiadas, bateria perfeita, baixo impecável. E Mick Jagger está tinindo, como se tivesse entornado litros do elixir da juventude.
Hackney Diamonds será lançado em 20 de outubro. Os detalhes do novo disco foram divulgados nesta quarta-feira (6), quando Mick Jagger, Keith Richards e Ron Wood concederam entrevista para o apresentador Jimmy Fallon, em Londres.
“Angry”, primeiro single do álbum, já está disponível nas plataformas digitais. A faixa foi composta por Andrew Watt, Keith Richards e Mick Jagger, e o clipe é estrelado pela atriz Sydney Sweeney (“Euphoria”).
A Seleção Brasileira vai receber hoje à noite, no estádio estadual Jornalista Edgar Proença, uma manifestação de apoio e incentivo poucas vezes vista nos últimos anos em partidas do escrete pelo país. Cinquenta mil vozes irão mostrar a Neymar & cia. como o torcedor paraense vibra e torce, abraçando de fato a causa e empurrando o time a uma grande vitória.
O adversário da estreia nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa de 2026 é a Bolívia, um dos times mais fracos do continente e que normalmente só cria algum problema jogando na altitude. Aqui, no nível normal das coisas, terá imensas dificuldades para superar o Brasil, o calor amazônico e o entusiasmo do torcedor.
É sempre interessante ver a plateia paraense diante de grandes jogos, seja do Brasil, de PSC ou Remo. Nessas ocasiões, brota uma pavulagem natural pelo gigantismo da torcida, absolutamente insuperável no Norte e no mesmo nível das demais torcidas do país.
Nessas ocasiões, torna-se ainda mais incompreensível a armação de Blatter, Havelange, Teixeira & cia. para levar a Copa de 2014 para Manaus. O lucro com a construção de uma arena foi provavelmente a causa principal daquela escolha canhestra, até hoje mal explicada.
Desde segunda-feira, a Seleção está entre nós. Os jogadores não puderam ir aos recantos da capital e deixaram de experimentar os melhores sucos e sorvetes do Brasil, nem provaram o açaí-raiz, diferente daquela beberagem servida no eixo Rio-São Paulo.
Apesar desse recolhimento, conseguiram experimentar bem de perto a empolgação e a receptividade dos paraenses. Alguns mais exaltados chegaram a tentar invadir o hotel em Nazaré.
Quando falamos do evento futebolístico do ano em Belém é inevitável lembrar que o aficionado local não é simplesmente um torcedor sazonal de Seleção; é um sujeito que adora futebol e lota estádios desde o começo do século passado quando as arquibancadas ainda eram poleiros improvisados.
A Seleção de Fernando Diniz pode ficar sossegada: vai ter a apoiá-la um torcedor que manja de futebol como poucos. Não bate palmas em vão. Quando aplaude é porque ficou de fato extasiado com a jogada.
Em entrevista, o volante Casemiro expressou gratidão pela hospitalidade da população: “Muito obrigado, Belém! Tá sendo incrível. Um carinho excepcional com todos os jogadores no hotel. Eu só tenho a agradecer. São pessoas que nos inspiram a estar na Seleção”.
(Em tempo: abraçaço não quer dizer, segundo Caetano Veloso, criador da palavra, “abração” ou “abraço grande”. É outra coisa: “Abraçaço é uma palavra muito bonita e tem essa reverberação, parece um eco, mais ainda quando escrito, esse a-cê-cedilha duas vezes. É como se fossem círculos concêntricos de abraços, que vão se expandindo. Não é apenas grande ou maravilhoso como é um golaço, por exemplo; é expansivo”.)
Mangueirão aplaudido de pé por jogadores e jornalistas
O Mangueirão ganhou elogios unânimes, tanto dos jogadores como da comissão técnica da Seleção quanto dos jornalistas que fazem a cobertura da partida. Além disso, o próprio presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, fez questão de destacar a grandiosidade do estádio.
“Quero reiterar os nossos agradecimentos ao governador Helder Barbalho. Ele há dois anos falou que iria fazer do Mangueirão um estádio de primeira linha. Não duvidamos, porque o governador é desportista e qualquer que seja o jogo de futebol ele está assistindo, seja aqui ou seja fora, ele trabalhou para ter um equipamento tão importante para o futebol brasileiro, e não só o futebol brasileiro. Ele fez do estádio a condição de colocar Belém e o Pará na rota dos grandes eventos”, afirmou Ednaldo.
Sete meses depois, França é a melhor do mundo
Acompanhei ontem boa parte do jogo da França com a Irlanda, pelas eliminatórias da Eurocopa, e não há como esconder um fato que ficou evidente desde a Copa do Qatar, pelo menos para mim: os franceses jogam o melhor e mais vistoso futebol do planeta, superando a campeã Argentina.
A decisão do Mundial, em Doha, teve situações que contrariam a lógica dos fatos e permitiram à Argentina levantar a taça. O jogo esteve nas mãos da França no 2º tempo e no final da prorrogação. Caso uma vantagem tivesse sido concedida aos franceses, Mbappé sairia na cara do gol.
Uma derrota argentina iria estragar o cerimonial da coroação de Lionel Messi. Tudo foi organizado para que a celebração fosse para o veterano camisa 10, até então sem ter um título mundial. Tudo foi encaminhado para que isso acontecesse – e Messi, de fato, é merecedor.
Só que a realidade é implacável. A França de Mbappé, Dembélé, Griezmann, Koundé e Tchouaméni mostra-se a cada jogo um conjunto difícil de ser batido, com repertório amplo e finalizações primorosas. E dispõe de um banco de reservas fabuloso, coisa rara entre as principais seleções.
Muito o que comemorar, sim
“Desde 2109 não se via um 7 de setembro tão tranquilo: sem fascistas fantasiados de verde-amarelo nas ruas, sem presidente arrotando golpismo, sem conversa fiada de que as Forças Armadas seriam o poder moderador da República. Relevadas as suas contradições – quem não as têm? -, contamos agora com um estadista de verdade no comando da nação. E Lula está de parabéns: portou-se à altura do cargo. Comemoremos, pois. E oremos pelas tristes almas ainda iludidas pelo fascismo bolsonarista”.
Do azulino Iran Souza, jornalista dos bons
(Coluna publicada na edição do Bola desta sexta-feira, 08)
Os Rolling Stones lançaram nesta quarta-feira (6) a inédita faixa Angry, que chega junto com o anuncio oficial de seu esperado e inédito álbum de estúdio Hackney Diamonds, que chegará às plataformas digitais no dia 20 de outubro pela Universal Music, via Polydor Records.
A notícia foi compartilhada por Mick, Keith e Ronnie em um evento especial de lançamento para a mídia no histórico Hackney Empire, que há quase 125 anos é o epicentro da arte pioneira do leste de Londres. O lançamento foi apresentado pelo astro da TV americana Jimmy Fallon e transmitido mundialmente pelo YouTube.
O álbum de 12 faixas, cuja tracklist será revelada em breve, foi gravado em vários locais mundo afora, incluindo os Henson Recording Studios, em Los Angeles; o Metropolis Studios, em Londres; os Sanctuary Studios, em Nassau, nas Bahamas; o lendário Electric Lady Studios, em Nova York e The Hit Factory/Germano Studios, também na mesma cidade.
O trabalho é o primeiro álbum de estúdio com material novo desde A Bigger Bang, de 2005, coincidentemente lançado em 6 de setembro, há 18 anos. Desde então, os Stones continuaram quebrando recordes de bilheteria por diversão, em uma série de turnês globais lotadas.
Também lançaram o álbum Blue & Lonesome, que trazia brilhantes versões de muitas das faixas de blues que ajudaram a moldar seu som, trabalho que liderou as paradas de álbuns em todo o mundo e foi vencedor Grammy Awards em 2016.
No ano passado, os Stones emocionaram o público europeu, se apresentando para quase um quarto de milhão de pessoas na turnê de aniversário Sixty.
MCCARTNEY E WONDER
O líder Jagger, 80 anos, disse que a banda estava “bastante empolgada” para gravar novas músicas. “Cada dia era meio que como passar por duas ou três músicas, então você mantém a empolgação”, ele disse à Reuters após o lançamento, que foi transmitido ao vivo.
O álbum tinha um som contemporâneo, com uma mistura de rock, baladas, música dançante e algo “um pouco no estilo country”, segundo ele. Richards, cuja parceria de composição com Jagger é uma das mais duradouras e bem-sucedidas do rock, disse que a morte de Watts em 2021 estimulou a banda a gravar novas músicas.
“Acho que por causa da partida de Charlie, sentimos que ainda estamos em atividade e que devemos manter uma identidade e continuar dizendo ‘Ei, é apenas rock and roll. Mas você sabe, aqui estamos'”, disse o músico de 79 anos.
O ex-baixista dos Stones, Bill Wyman, o novo baterista Steve Jordan, o ex-Beatle Paul McCartney e Stevie Wonder estiveram envolvidos no álbum. Wood disse que McCartney, que tocou baixo em uma faixa, ficou “impressionado” por gravar com a banda, que rivalizou com os Beatles em seu impacto na música rock nos anos 1960. “Você sabe, ele estava adorando”, disse Wood.
O premiado produtor Andrew Watt dirigiu o álbum de 12 faixas, que foi gravado em locais como Londres, Los Angeles e Nassau.
A gravação, cujo título se refere a vidro quebrado após um roubo, será lançada em 20 de outubro. Os três Stones – todos vestidos de preto – chegaram em um táxi de Londres decorado com o logo da banda, a língua e os lábios. Jagger pagou a corrida em dinheiro.
“Não quero ser convencido, mas não teríamos lançado este álbum se não tivéssemos realmente gostado dele”, disse ele ao apresentador de talk show dos EUA, Jimmy Fallon, no palco.
Os fãs aguardavam o anúncio desde que um anúncio enigmático apareceu em um jornal local no mês passado, com referências a algumas das maiores músicas dos Stones e ao nome do novo álbum.
A presença de Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), no desfile de 7 de Setembro marca a reaproximação da Corte com o governo federal após dois anos. Nenhum representante do tribunal participou das celebrações nos últimos dois anos, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A presidente da Corte fez parte da tribuna de honra de autoridades que acompanharam o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios. Sua presença no evento ao lado de Lula e do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, é uma tentativa de retorno à normalidade.
O último presidente do Supremo que participou das celebrações foi Dias Toffoli, que esteve em solenidade feita no gramado do Palácio da Alvorada com o então mandatário, Bolsonaro. Nos dois anos seguintes, o ex-presidente usou a data para atacar a democracia e ministros da Corte.
Em 2021, Bolsonaro fez uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, e atacou diretamente magistrados, como Alexandre de Moraes, que foi chamado de “canalha”. Ele ainda ameaçou Luiz Fux, dizendo que, se ele não “enquadrasse” o Judiciário, a Corte poderia “sofrer aquilo que não queremos”.
No ano seguinte, Bolsonaro não mencionou diretamente nenhum ministro, mas fez ameaças. O ex-presidente afirmou que, se reeleito, levaria para as quatro linhas da Constituição Federal “todos aqueles que ousaram ficar fora delas”. Fux foi convidado para o evento, mas não compareceu. (Com informações do DCM)