Rock na madrugada – Arcade Fire, “Ready to Start”

Há 13 anos, o Arcade Fire lançava o álbum, The Suburbs, que rapidamente ganhou as paradas mundiais. Um som diferente, meio etéreo, mas rock’n’roll legítimo na batida e nas guitarras. Indie rock, com certeza, mas bem tocado sempre. Fundado em Montreal (Canadá) em 2001 pelo casal Win Butler e Régine Chassagne, o Arcade ganhou espaço pelas apresentações ao vivo sempre vibrantes e a utilização de uma infinidade de instrumentos musicais, misturando harpas com xilofones, acordeon com violoncelo, violino com piano, dando tons orquestrais aos shows.

“Ready to Start” é um dos hits do álbum The Suburbs, um grande sucesso comercial e de crítica.

PSC defende Hélio dos Anjos, que nega as ofensas homofóbicas registradas na súmula

O árbitro Gustavo Ervino Baurmann registrou na súmula (reprodução acima) da partida entre Paysandu e Volta Redonda, no domingo, ofensas de teor homofóbico feitas pelo técnico Hélio dos Anjos ao assistente Bruno Muller. Os xingamentos teriam ocorrido no final do jogo, na Curuzu. Em nota curta divulgada na tarde desta segunda-feira, 4, o clube alega que Hélio nega ter usado “palavras homofóbicas”.

A súmula é clara no detalhamento das ofensas proferidas pelo treinador. “Seu veadinho, vai tomar no c… seu veadinho, veado.. veadinho” teria dito Hélio, dirigindo-se ao assistente Bruno Muller, que trabalhava do lado do banco de reservas do PSC. Segundo informações de pessoas ligadas a Hélio, o técnico pretende processar o assistente Bruno Muller na justiça comum como forma de desmentir os termos expostos na súmula.

Hélio foi expulso na reta final da partida, levando cartão vermelho depois de ter recebido o amarelo pela virulência das reclamações. Na súmula, Gustavo Baurmann relata os xingamentos do treinador e afirma que o mesmo teria dito que a arbitragem teria “roubado” o Paysandu.

POLÊMICA

Hélio tem um histórico de polêmica quanto à homofobia. Em 2009, quando treinava o Goiás, ele reagiu a críticas ao seu trabalho com uma declaração explosiva: “Ficam pedindo um jogador expoente. Aí quando vem, começam a criticar. O Fernando sei lá o quê, que o grupo está com ciúme. Homem com ciúme é v… Não trabalho com homossexual, trabalho com homem”, disse Hélio na ocasião. Depois da repercussão negativa, ele procurou se desculpar, afirmando que havia se expressado mal.

Siqueira: “Juros altos fazem parte da estratégia para frear o Brasil”

Para o diretor da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET), Fernando Siqueira, a manutenção da alta taxa de juros pelo Banco Central do Brasil está inserida no projeto geopolítico dos Estados Unidos de evitar uma potência concorrente no continente americano. A afirmação foi feita em audiência pública sobre a taxa de juros na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

Durante sua fala, Siqueira fez uma cronologia histórica a partir da Rodada Uruguai, que durou de 1986 a 1994 e resultou na criação de uma Organização Mundial do Comércio que priorizou os interesses de Washington. Não por acaso, Fernando Collor teria sido escolhido para implementar as diretrizes do Consenso de Washington no Brasil, depois de derrotar Lula nas primeiras eleições presidenciais pós ditadura militar, em 1989.

Collor elegeu-se prometendo abrir o mercado brasileiro a produtos estrangeiros. Ele se referia aos automóveis produzidos no Brasil então como “carroças”.  Collor acabou com a reserva de mercado na informática, que foi criada com o intuito de desenvolver tecnologia nacional no setor.

Em outra concessão aos Estados Unidos, Collor participou pessoalmente da cerimônia de fechamento de um poço supostamente construído para fazer testes nucleares na serra do Cachimbo, no Pará.

Com a queda de Collor, sempre de acordo com Siqueira, foi no governo de Fernando Henrique Cardoso que os Estados Unidos conseguiram emplacar todos os seus objetivos estratégicos para frear o competidor da América do Sul.

Assim que assumiu, FHC igualou as empresas estrangeiras às nacionais, permitindo assim que explorassem sem limites as riquezas minerais, inclusive com financiamento do BNDES; quebrou o monopólio da cabotagem, favorecendo o escoamento dos minérios; privatizou por R$ 3,3 bi a Companhia Vale do Rio Doce, que teria reservas minerais em seu portfólio de R$ 13 trilhões; privatizou a Telebras por R$ 13 bilhões, depois de ter colocado R$ 20 bi no saneamento da empresa; em consequência, foi privatizado o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebras em Campinas, que em tese poderia ter criado um projeto nacional e autônomo de telefonia celular.

Siqueira lista ainda a quebra do monopólio do gás canalizado — que permitiu à Shell comprar a Comgás, maior distribuidora do Brasil —, o fim do monopólio da União sobre o petróleo e a retirada da Petrobras como operadora única como outros ataques à soberania nacional.

Para o diretor da AEPET, o fato de que a National Security Agency (NSA) dos Estados Unidos espionou diretamente a Petrobras e a presidenta Dilma Rousseff — conforme denúncia de Edward Snowden — demonstra que existe um mecanismo de longo prazo para atacar a soberania brasileira.

Depois que o golpe midiático-jurídico-parlamentar derrubou Dilma, em 2016, os governos Temer e Bolsonaro aprofundaram o desmonte da Petrobras em plena era do pré-sal e tornaram o Banco Central “independente”.

Juros altos servem à tarefa de enfraquecer o Estado brasileiro, sustenta Siqueira. Por isso a reticência do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em promover uma baixa significativa na maior taxa de juros do planeta. Investidores internacionais estão entre os que mais lucram ao receber os juros de títulos brasileiros.

Nem o Banco Central, nem o Ministério da Fazenda mandaram representantes à audiência realizada no Congresso.

Ação em defesa de jornalista na CPMI é um manifesto em defesa da democracia

Assinado por dez advogados de dois escritórios de advocacia, o mandado de segurança impetrado em defesa do repórter fotográfico Lula Marques é um verdadeiro libelo à democracia. E profundamente constrangedor ao ter como alvo a ação do presidente de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito justamente instalada para investigar atos antidemocráticos. Por decisão do deputado Arhur Maia (União-BA), presidente da CPMI dos Atos Golpistas, Lula, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), está impedido de exercer a sua profissão no recinto da comissão. De acordo com o mandado, dirigido à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, a decisão de Arthur Maia é arbitrária e inconstitucional.

No dia 24 de agosto, Maia tomou a decisão de proibir o acesso de Lula depois que ele fez um flagrante da tela de celular do senador Jorge Seif (PL-SC). Na tela, havia uma conversa entre Seif e uma jornalista a respeito das acusações contra Jair Renan, filho do ex-presidente Bolsonaro.

Maia baseou-se na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para descredenciar Lula Marques e impediu o seu acesso à CPMI. Ocorre que a própria LGPD deixa claro, em seu artigo 4º, que a referida proteção de dados não se aplica ao exercício de atividade jornalística. Para os advogados, a medida foi “flagrantemente inconstitucional e ilegal”. E prossegue: “O ato coator – além de violar preceitos constitucionais que garantem o exercício da liberdade profissional, da liberdade de imprensa e, ainda mais importante, da liberdade de expressão – revela-se desproporcional e sem base legal”. A EBC não designou outro fotógrafo para o trabalho.

Arthur Maia alega que os parlamentares teriam seus trabalhos prejudicados caso precisassem prestar atenção para flagrantes da sua atividade. Ocorre, porém, dizem os advogados, que a foto foi feita em “local público”, ao qual, até o momento Lula Marques tinha acesso.

Assinam o mandato Antônio Almeida Castro, Bruno Fischgold, Roberta Cristina Queiroz, Larissa Benevides Gadelha Campos, Marcelo Turbay, Ana Pinto Coelho, Liliane Gabriel, Susana Mendonça, Álvaro Guilherme de Oliveira e Ananda França de Almeida.

Jogo na Curuzu teve 6 mil pagantes e renda líquida de R$ 68 mil

Com 6.055 pagantes e renda líquida de R$ 68.390,10 no estádio da Curuzu, o jogo PSC x Volta Redonda teve um público inferior à da partida com o Pouso Alegre na fase de classificação – naquela ocasião, o público total foi de 10 mil pessoas. Novamente, o clube cumpriu determinação da Justiça Eleitoral e vendeu ingressos para mulheres, crianças e adolescentes. O público total foi de 7.478 (1.423 gratuidades).

Rock na madrugada – Creedence Clearwater Revival, “Lodi”

Canção assinada pelo líder do Creedence, John Fogerty, no ano da graça de 1969. A letra é no melhor estilo rock estradeiro que fez a fama e o prestígio do CCR nos anos 60/70, narrando o caminho meio errante de um músico pobre que acaba retido na cidade californiana de Lodi, sem dinheiro para a passagem de volta para casa.

John é o único remanescente ativo do CCR. Quase oitentão, continua fazendo turnês e encantando plateias com seu rock de pegada country e espantosamente universal. Está ainda mais feliz nos palcos depois de reaver há três anos os direitos sobre suas próprias músicas, que havia perdido judicialmente nos anos 70 para um empresário inescrupuloso.

Vida longa a John e ao Creedence.