Um empate sem gols marcou o fim das chances de CSA e Remo quanto à classificação ao G8 da Série C. O Remo atuou com desenvoltura desde o primeiro tempo e teve boas oportunidades para marcar, com Muriqui na etapa inicial e Leonan e Evandro no 2º tempo. A postura ofensiva do Leão desde o começo surpreendeu e confundiu o CSA, que custou a se organizar.
A partida foi movimentada, mas faltou qualidade e apuro nas finalizações do time remista. O resultado foi péssimo para os times, frustrando as duas grandes torcidas. Apesar do fim dos planos de classificação, o Leão abriu três pontos de vantagem em relação ao Z-4 a uma rodada do final da fase de classificação.
Na Curuzu, haverá festa dentro e fora do estádio. Uma plateia diferente, formada por mulheres e crianças, vai empurrar o PSC rumo à classificação. O clima é de celebração, pois a vaga no G8 depende de uma vitória simples sobre o lanterna e rebaixado Pouso Alegre.
Em Maceió, no estádio Rei Pelé, o Remo encara o CSA com esperança em um milagre. A vitória buscada pelos azulinos afastará qualquer risco de queda e alimentará a expectativa por uma classificação quase impossível. É pouco para quem entrou na competição cheio de sonhos de grandeza.
Diante do Pouso Alegre, o Papão de Hélio dos Anjos pode se dar ao luxo de fazer experiências. Seria uma chance preciosa de testar Juninho na meia-cancha ou Roger pelos lados. Lucas Paranhos e Wesley também podem ser observados.
Mesmo sem contar com o artilheiro Mário Sérgio, suspenso, o Papão é muito superior ao visitante, mas não pode se dar ao luxo de sofrer apagões como o de domingo passado contra o Náutico. O ataque deve ter Nicolas Careca no comando, auxiliado por Ronaldo Mendes e Vinícius Leite.
Já o Remo vai para um jogo de superação, buscando os três pontos que não conseguiu em Manaus. Enfrenta o CSA de Marcelo Cabo, responsável direto pelo péssimo início de campeonato remista. Os desfalques – Uchôa, Diego Ivo e Diego Guerra – são problemas menos importantes do que a necessidade de inspiração e apetite pelo gol.
Objetivos iguais, com metas diferentes. Vencer é a única alternativa para que o Leão siga sonhando com a vaga. Vencer significa para o Papão a confirmação no quadrangular final. (Foto: Fernando Torres)
Mais do mesmo na lista do interino Diniz
É provável que tenha se criado uma expectativa excessiva sobre Fernando Diniz na Seleção Brasileira. Muita gente enxerga uma semelhança distante com Telê Santana na maneira de montar os times e desenvolver modelos de jogo. Na pobreza de ideias que vigora no futebol brasileiro, não deixa de ser algo animador.
Ocorre que Diniz pouco tem a ver com Telê e essa primeira chance de mostrar trabalho na Seleção indica claramente isso. Com autonomia para convocar quem quisesse, para o jogo com a Bolívia em Belém, enveredou pelo mais do mesmo. Repetiu Tite, o que é indicativo ruim.
Frustrou muita gente, mas na prática nem se devia esperar tanto. Preocupante foi lamentar a ausência de Paquetá, um jogador mediano alçado à condição de indispensável nas seleções de Tite. Pegou mal também esnobar jogadores do líder do Brasileiro. Lucas Perri e Adryelson são os melhores em suas posições e foram ignorados.
Bola na Torre
O programa vai ao ar às 22h, na RBATV, com apresentação de Guilherme Guerreiro e participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em debate, os jogos de PSC e Remo na Série C. A edição é de Lourdes Cezar.
Adversidades podem forjar caminhadas vitoriosas
Rony não está na lista de Fernando Diniz para o primeiro jogo da Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026, apesar da boa temporada no Campeonato Brasileiro e na Libertadores. E foi justamente o destaque obtido no torneio continental que garantiu a ele uma entrevista no site oficial da Conmebol.
A matéria enfatiza as dificuldades, a resiliência e a capacidade de superação do atacante palmeirense, desde seu início na base do Remo. Aliás, antes mesmo de iniciar no futebol, quando era apenas um moleque da Vila Quadros, em Magalhães Barata.
Os apertos – passou fome e teve vários pequenos trabalhos para sobreviver – deram a Rony a casca necessária para seguir em frente cada vez mais forte e confiante. Aos 28 anos, Ronielson da Silva Barbosa não esquece o passado difícil como referência para não relaxar jamais.
“Muitas vezes não tinha o que comer, então tinha que tirar forças para sobreviver, tinha que aguentar e usei essa força no campo”, disse à Conmebol. “Quando não estou bem penso que tudo passa e podemos viver uma vida nova”, comentou sobre sua visão atual.
Depois de negociado com o Cruzeiro, esteve no Náutico e em seguida seguiu para o Japão, por um ano. Depois, a história fica mais conhecida. Atlético Paranaense e Palmeiras. Mesmo questionado por parte da mídia paulista, Rony chegou em 2020 e ganhou logo a Copa do Brasil e a Libertadores – repetiu a dose em 2021.
“Tenho tudo hoje porque sempre procurei dar o melhor de mim”, crava o atacante que hoje é titular absoluto no Palmeiras de Abel Ferreira.
Escola municipal classifica karatecas para o Paraense
Seis estudantes da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Nestor Nonato foram classificados para as finais do XI Campeonato Paraense de Karatê, que a escola vai sediar neste domingo, 20, a partir das 9h. Comunidade dos bairros do Jurunas e da Condor já organizam as torcidas.
Os três melhores atletas, por categoria, irão conquistar vaga na seleção paraense de karatê para 2024. Sob a batuta do professor Pietro Viana, os campeões da Nestor Nonato estão preparados para mais este desafio.
(Coluna publicada na edição do Bola deste domingo, 20)