Remo empata com o Manaus e dá adeus ao sonho da classificação

Manaus e Remo se enfrentaram neste domingo à tarde, no estádio Ismael Benigno (Colina), na capital amazonense, em busca de uma vitória para se afastarem da zona de rebaixamento. No final, após um jogo fraco tecnicamente e com arbitragem confusa, deu empate em 1 a 1 e os times continuam praticamente nas mesmas posições na tabela. O Gavião marcou com Thallyson aos 10 minutos do 2º tempo e o Leão empatou com Elton, a 6 minutos do fim. Sem chances de classificação, o lado positivo para o Remo é que alcançou 21 pontos e afastou o risco de rebaixamento.

A imagem da noite

Mais de 45 mil botafoguenses lotaram o estádio Nilton Santos para festejar os 119 anos do Botafogo e vibrar muito com a 10ª vitória do time de Bruno Lage em 10 jogos dentro de casa. Com o triunfo, o Fogão estabeleceu uma vantagem recorde no Brasileiro dormindo na liderança com 16 pontos à frente. Isto é Botafogo!

Rock na madrugada – Deep Purple, “Smoke On The Water”

Um dos gigantes do rock setentista, o Deep Purple original tinha Ian Gillan à frente de uma banda que tinha virtuoses como o guitarrista Ritchie Blackmore e o tecladista John Lord, que fala sobre o clássico “Smoke On The Water” logo na abertura do vídeo. A performance é de um lendário show no Madison Square Garden, em Nova York. O Purple foi fundado em Londres no final dos anos 60 e ostenta o laurel de ser um dos pais do heavy metal e do hard rock, ao lado de Led Zeppelin e Black Sabbath.

“Smoke On The Water” é um dos hits do álbum Machine Head, de 1972. A música virou um hino de iniciação de toda banda de garagem, com suas guitarras inflamadas e versos matadores. Abaixo, um trecho traduzido:

“Frank Zappa e The Mothers

Estavam lá no melhor lugar

Mas um estúpido com uma pistola sinalizadora

Incendiou o local até o chão

Fumaça sobre a água, fogo nos céus

Fumaça sobre a água”

Célebre pelas brigas internas, primeiro entre Gillan e Blackmore e depois com outros integrantes, o Deep Purple teve várias formações ao longo das décadas. A atual tem Gillan como vocalista e participa de festivais de heavy metal pelo mundo, sempre arrastando multidões.

O passado é uma parada

Imagem

Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol, ao lado do jovem zagueiro Procópio, do Cruzeiro, antes de um confronto entre o Glorioso e a Raposa Mineira em 1960. Procópio sempre teve Nilton como referência e inspiração.

Bruno Lage: um trabalho que representa o verdadeiro Botafogo

“Hoje tomei café da manhã com um grupo de torcedores. Havia um senhor mais velho que todos os outros, até que eu. Idade é sabedoria. Ele me disse que há muito tempo não via o Botafogo jogar e independente do que acontecer, queria continuar a ver o Botafogo assim, com identidade. Eu me senti muito fortalecido. Passei essa confiança aos jogadores. É isso que os torcedores querem ver, um trabalho de equipe que está ali para representar as cores do clube. Foi uma grande noite, fizemos um grande jogo.”

– Bruno Lage

A nova batalha contra o Náutico

POR GERSON NOGUEIRA

Para o torcedor, é praticamente impossível dissociar a ideia de revanche na partida deste domingo contra o Náutico, na Curuzu. Está viva na memória a traumática eliminação do PSC em 2019 no estádio dos Aflitos, por obra e graça de um erro do árbitro Leandro Vuaden, que assinalou um pênalti no minuto final da partida, forçando a decisão nos pênaltis, que propiciou a vitória do Timbu. O acesso estava quase garantido quando Vuaden assinalou o fatídico e inexistente pênalti.

Cabe entender que o torcedor tem todos os motivos para dirigir ao Náutico sua mágoa pelo acesso que foi surrupiado do Papão. Aos jogadores e à comissão técnica não cabe pensar dessa forma. O correto a fazer é encarar a partida como algo completamente desvinculado daquele episódio de quatro anos atrás.

O técnico Hélio dos Anjos, acostumado a tourear problemas do tipo, adotou logo o discurso de que aquele episódio ocorrido nos Aflitos é coisa do passado. O que importa, reforçou, é o que o PSC fará a partir de agora na luta para garantir o acesso à Série B.

Hélio, por coincidência, era o comandante do PSC naquela partida e foi um dos que mais protestaram contra a desastrosa arbitragem de Vuaden. Mas, da mesma forma que anos depois foi trabalhar no Náutico, agora ele entende que o espírito revanchista não convém ao time.

O PSC tem que jogar com a seriedade e o foco mostrados desde a vitória sobre o Amazonas. Repetir a garra exibida no clássico Re-Pa e contra o CSA. Deve, porém, evitar as hesitações demonstradas nos jogos contra América-RN e Altos. A ausência de intensidade atrapalhou o time nas duas partidas e é justamente o que precisa ser resgatado hoje.

Com a Curuzu lotada, a equipe tem plenas condições de sufocar o Náutico desde o começo, buscando abrir uma vantagem nos minutos iniciais. A meia-cancha formada por João Vieira, Giovanni e Robinho é a melhor que o PSC pode ter e, curiosamente, nunca tinha utilizado. Começa pela movimentação e criatividade do trio a construção de um grande resultado.

Leão joga para continuar sonhando alto

Há três rodadas, o Remo estava preso à zona de rebaixamento e tinha um horizonte sombrio pela frente. Precisava de uma sequência vitoriosa para se afastar do perigo. As vitórias sobre Ypiranga e Volta Redonda garantiram a sequência esperada. O time alcançou 20 pontos, afastando-se do Z4 e imediatamente passando a olhar mais à frente.

Ainda que as chances de classificação permaneçam vivas, o Remo terá que superar sua média ruim na competição para conquistar as vitórias que necessita para entrar no bolo dos aspirantes ao G8 final.

Serão três jogos que equivalem a três finais, com exigência de erro zero por parte da equipe. A série começa hoje contra o Manaus, na capital amazonense. Depois, virão o CSA (fora) e o Altos, em Belém.

Todo o sonho de uma arrancada final triunfante está assentado no confronto desta tarde. Caso passe pelo Manaus, o Remo começa a desenhar um cenário mais concreto de busca pela vaga. Para isso, o técnico Ricardo Catalá treinou a equipe incessantemente ao longo da semana.

Fez a opção pelo trio Claudinei, Paulinho Curuá e Richard Franco no meio, com Jean Silva, Muriqui e Renanzinho na frente. Basicamente, é a mesma formação que derrotou – atuando bem – o Voltaço no sábado passado e também o melhor caminho para superar o Gavião.

A frase da semana

“Jorge Sampaoli é o fracassado mais bem sucedido do futebol”.

Bruno Vicari, apresentador

Bola na Torre

Giuseppe Tommaso apresenta o programa, a partir das 22h, na RBATV, com participação de Saulo Zaire e deste escriba de Baião. Em pauta, a rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. A edição é de Lourdes Cezar.

CBF rompe silêncio e se posiciona sobre máfia das apostas

Depois de longo período de silêncio, a CBF finalmente se manifestou sobre o escândalo da manipulação de apostas. Na sexta-feira, em nota oficial, a entidade informou que, “assim que o STJD decidiu pelas primeiras punições de atletas envolvidos em esquemas de apostas esportivas no Brasil, enviou solicitação à Fifa para que essas punições fossem estendidas para além do território nacional e contemplassem as 211 federações membros da entidade máxima do futebol”.

Com isso, os jogadores que foram punidos pelo STJD ficaram impedidos de atuar em clubes no exterior. O grupo de atletas condenados em julho recebeu punição definitiva, ou seja, sem direito a recurso no âmbito desportivo nacional. Com a decisão, os 15 jogadores de condenação definitiva foram bloqueados no Sistema de Registro e Transferências.

A Diretoria de Registro e Transferência da CBF, seguindo os regulamentos da Fifa, notificou as federações estrangeiras diretamente e por meio da plataforma Fifa TMS, acerca da decisão final do STJD, assim como foram abertos procedimentos junto ao Comitê Disciplinar da Fifa.  

Quanto ao recente julgamento do STJD, ocorrido na última quarta-feira (09/08), ocorreu a decisão em primeira instância, que resultou em punições que variam de 360 a 720 dias de suspensão aos jogadores condenados.

Por fim, a palavra que faltava. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, garante que a entidade não irá recuar. “Não há a possibilidade de a nossa gestão, em qualquer instância, compactuar com qualquer tipo de crime. Todos os casos estão sendo encaminhados para a FIFA e os envolvidos vão responder onde quer que estejam”, afirmou. 

(Coluna publicada na edição do Bola deste domingo, 13)