Leão é líder geral de público na Série C, apesar de estar fora do G8

Com média acima de quase 12 mil torcedores, o Remo é líder disparado no ranking de público, mas ocupa o 15º lugar na classificação; Botafogo-PB e Náutico são os únicos que figuram no G-8 de público e pontos. O Paysandu é o 7º no ranking de público

Mesmo com participação de clubes tradicionais e de grandes torcidas, a Série C vem mostrando que nem sempre o apoio nas arquibancadas se reflete em campo. Isso porque, do oito clubes com maiores médias de público pagante da competição, apenas três fazem parte atualmente do G-8 na classificação da primeira fase (até a 16ª rodada).

A disparidade começa com o Remo, clube que possui a maior média de público da Série C, com 11.843 pagantes por jogo, de acordo com o Blog Ranking da CBF. Na classificação do campeonato, o Leão ocupa apenas o 14º lugar, com 20 pontos.

Em 2º lugar no ranking de público da Série C está o América-RN, com 7.685 torcedores em média, mas que aparece na 18ª posição na tabela, com 15 pontos. Fechando o “pódio” da média de público pagante está o Náutico, com 5.672 torcedores por jogo nos Aflitos. O Timbu se mantém no grupo de classificação à segunda fase, na 6ª posição, com 25 pontos.

Completam as oito primeiras posições na média de público da competição: Figueirense, Botafogo-PB, CSA, Paysandu e Pouso Alegre. Desses, só o clube paraibano está atualmente também dentro do grupo dos classificados para a segunda fase, na 3ª posição.

No outro extremo, o líder Amazonas está entre os clubes com a menor média de pagantes por jogo, com apenas 429 torcedores. Também no G-8, o São José é o lanterna no ranking de público, com apenas 97 pagantes por partida.

MÉDIAS DE PÚBLICO PAGANTE NA SÉRIE C

  1. Remo – 11.843 torcedores (15º colocado na classificação da 1ª fase)
  2. América-RN – 7.685 torcedores (18º colocado na classificação da 1ª fase)
  3. Náutico – 5.672 torcedores (6º colocado na classificação da 1ª fase)
  4. Figueirense – 4.849 torcedores (14º colocado na classificação da 1ª fase)
  5. Botafogo-PB – 3.832 torcedores (3º colocado na classificação da 1ª fase)
  6. CSA – 3.502 torcedores (12º colocado na classificação da 1ª fase)
  7. Paysandu – 3.412 torcedores (9º colocado na classificação da 1ª fase)
  8. Pouso Alegre – 2.902 torcedores (20º colocado na classificação da 1ª fase))
  9. Operário – 2.359 torcedores (1º colocado na classificação da 1ª fase)
  10. Confiança – 2.020 torcedores (11º colocado na classificação da 1ª fase)
  11. São Bernardo – 1.464 torcedores (7º colocado na classificação da 1ª fase)
  12. Manaus – 1.356 torcedores (16º colocado na classificação da 1ª fase)
  13. Brusque – 1.181 torcedores (4º colocado na classificação da 1ª fase)
  14. Amazonas – 429 torcedores (2º colocado na classificação da 1ª fase)
  15. Aparecidense – 343 torcedores (13º colocado na classificação da 1ª fase)
  16. Altos – 335 torcedores (19º colocado na classificação da 1ª fase)
  17. Ypiranga-RS – 267 torcedores (10º colocado na classificação da 1ª fase)
  18. Volta Redonda – 189 torcedores (5º colocado na classificação da 1ª fase)
  19. Floresta – 112 torcedores (17º colocado na classificação da 1ª fase)
  20. São José – 97 – (8º colocado na classificação da 1ª fase)

Fonte: site Ranking da CBF

E-mails de Mauro Cid: Bolsonaro tentou roubar mais de 180 pedras de diamante

Nos e-mails de Mauro Cid, obtidos com exclusividade pelo Blog O Cafezinho, estão quatro certificados de autenticidade das joias que Bolsonaro e seus capangas militares tentavam vender ilegalmente. São quatro documentos. Em todos, vê-se uma lista de pedras preciosas (diamantes, safiras), relógios de marca, joias femininas.

Num dos documentos, vemos uma lista de 110 diamantes; em outro, de 48 diamantes; num terceiro, 24 diamantes. Apenas de diamantes, portanto, temos mais de 180 pedras!

A data desses emails de Mauro Cid coincide com o seu esforço desesperado, no dia 28 de dezembro de 2022, de confiscar as joias que haviam sido apreendidas pela Receita, no aeroporto de Guarulhos.

Os certificados tratam de objetos que, ao que tudo indica, somam milhões de reais.

Segundo inquérito da Polícia Federal, há indícios fortes de que Bolsonaro usou Mauro Cid e pai para vender esses objetos e embolsar o dinheiro.

A PF também divulgou que Bolsonaro teria levado a maioria desses objetos para Miami, quando para lá fugiu ao final de dezembro de 2022.

A incrível quadrilha dos milicos muambeiros

Nunca dantes na história deste país, nem mesmo naqueles anos movediços de 1964, as Forças Armadas tiveram a imagem tão avacalhada quanto agora. Um presidente da República, ex-capitão de armas com passado sujo, é o motivo da execração pública das FAs brasileiras. Traficou influência à vontade, agiu em proveito próprio (e também dos filhos, cupinchas. amigos etc.), destruiu órgãos públicos de fiscalização, aparelhou outros e emporcalhou publicamente a imagem das instituições militares.

A gota d’água é o escândalo das joias, ora em apuração pela Polícia Federal. A maneira como essas operações de venda, intermediação e recompra de peças valiosas faz crer que o Palácio do Planalto virou um imenso mercado persa de negociatas rasteiras e truques de biscateiros. Ao invés de se preocupar com assuntos de governo, Bolsonaro e auxiliares se comportavam como reles marreteiros, empenhados em obter o máximo de lucro possível, após a derrota nas urnas.

Peças recebidas como presentes ou pagamento de propinas passaram a ser negociadas como muamba, com o uso do avião presidencial para transporte e o emprego do ajudante de ordens Mauro Cid como ‘mula’ e do pai deste (um general de 4 estrelas) como intermediário. Métodos que lembram em tudo a prática dos muambeiros e cambalacheiros mais ordinários.

Aliás, o avião presidencial já tinha sido palco de outra escaramuça pesada, até hoje mal explicada: o transporte de 32 quilos de cocaína, apreendidos no aeroporto de Madri. Um oficial militar foi preso como responsável pelo tráfico, embora a situação – sob o olhar de hoje – possa ter envolvido gente de patente bem mais graúda.

A Polícia Federal deflagrou na sexta-feira (11) uma operação para apurar a suposta tentativa de vender ilegalmente presentes dados ao governo por delegações de outros países. O esquema teria sido capitaneado por militares e advogados ligados ao então presidente Jair Bolsonaro.

A decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes indica que Bolsonaro usou a estrutura do governo brasileiro para se beneficiar da venda dos itens recebidos como presentes.

TRAMBIQUEIROS

Quatro aliados do ex-presidente foram alvo da operação: o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid; o pai dele, o general do Exército Mauro Cesar Lorena Cid; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti; o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos na Justiça.

(Wassef é o mesmo que cedeu a casa para esconder o foragido Queiroz das rachadinhas, lembram?)

De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro teria usado a estrutura do governo brasileiro para se beneficiar da venda de itens recebidos como presentes para a União.

Ex-integrantes do governo Bolsonaro, além de amigos e parças do presidente, são suspeitos de participar do esquema. Um dos itens que foi vendido ilegalmente é um riquíssimo relógio Rolex em ouro branco cravejado em diamantes e com mostrador em madrepérola branca, também cravejado em diamantes.

O relógio foi vendido por cerca de R$ 300 mil para uma loja chamada Precision Watches, na Pensilvânia, Estados Unidos. O item de luxo deixou o Brasil, segundo a investigação, em um avião da Força Aérea Brasileira junto com uma comitiva do ex-presidente.

CRONOLOGIA DO CAMBALACHO

  • 19/10/2019 – Bolsonaro viaja ao Oriente Médio. O objetivo era intensificar relações com países da região e divulgar oportunidades de investimentos no Brasil.
  • 30/10/2019 – Em visita a Riad, na Arábia Saudita, Bolsonaro recebeu o Rolex de presente. Conforme apurado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, o ex-presidente participou de um almoço oferecido pelo rei saudita, Salman Bin Abdulaziz al Saud, momento em que ganhou um conjunto de joias, incluindo o relógio.
  • 11/11/2019 – O Rolex recebido foi protocolado como presente no “Acervo Privado” após ordem de Bolsonaro.
  • 06/06/2022 – O Rolex é liberado do “Acervo Privado”, tendo como destino o gabinete de Bolsonaro. O tenente Osmar Crivelatti assinou a retirada do Rolex.
  • 06/06/2022 – Mauro Cid (filho) troca e-mails para tratar da possível venda do Rolex. Os e-mails não deixam claro quem estava negociando com o então ajudante de ordens de Bolsonaro.
  • jun/22 – Com Mauro Cid (filho) e comitiva, Bolsonaro viaja aos EUA para participar da Cúpula das Américas. Cid (filho) não retorna ao Brasil junto com a comitiva. A PF suspeita que o Rolex deixou o país neste mês.
  • 12/06/2022 – Mauro Cid (filho) e Marcelo Camara trocam mensagens sobre o “Kit Ouro Branco”, que inclui o Rolex. Os registros foram feitos por Mauro Cid (filho), enquanto ele ainda estava nos EUA.
  • 13/06/2022 – Cid (filho) vai até Pensilvânia (EUA) vender o Rolex. O endereço refere-se a um Shopping Center, que abriga uma loja especializada em vendas de relógios novos e usados.
  • 13/06/2022 – O Rolex presenteado pela Árabia Saudita é vendido na Pensilvânia. Segundo a PF, o item de luxo foi repassado à loja Precision Watches por R$ 346.983,60. O valor foi depositado na conta bancária de Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, e amigo de longa data de Bolsonaro.
  • 30/12/2022 – Novos itens do conjunto “Ouro Branco” são retirados do Brasil. As peças foram transportadas no avião presidencial para os Estados Unidos, segundo a PF.
  • Março de 2023 – Imprensa revela existência do Rolex.
  • 08/03/2023 – Envolvidos criam operação para resgatar as peças do “Kit Ouro Branco”, incluindo o Rolex. A PF informou que, durante a troca de mensagens, os envolvidos compartilharam notícias de que o TCU poderia pedir imediata devolução dos itens.

  • 11/03/2023 – Frederick Wassef viaja para os EUA para recuperar o Rolex.
  • 14/03/2023 – Wassef recompra o Rolex nos EUA. Ele precisou pagar um valor maior do que o obtido na venda, segundo o Blog da Natuza Nery.
  • 15/03/2023 – Fábio Wajngarten troca mensagens com Mauro Cid (filho). Segundo a PF, na conversa, eles diziam temer que o Tribunal de Contas da União (TCU) determinasse a devolução imediata dos itens de luxo.
  • 15/03/2023 – O TCU determina a devolução dos itens de luxo dado por sauditas. A entrega dos itens deveria ser feita à Secretaria-Geral da Presidência da República no prazo de cinco dias.
  • 27/03/2023 – Mauro Cid (filho) embarca para os EUA para recuperar as demais peças do “Kit Ouro Branco”, na Flórida. Nesta data, Mauro Cid (filho) disse a Osmar Crivelatti, por meio de um mensagem, que a situação estava resolvida.
  • 28/03/2023 – Mauro Cid (filho) retorna ao Brasil com as peças do “Kit Ouro Branco”.
  • 29/03/2023 – Wassef volta ao Brasil com o Rolex e desembarca em São Paulo.
  • 02/04/2023 – Wassef entrega o Rolex a Mauro Cid (filho) em São Paulo.
  • 02/04/2023 – Mauro Cid (filho) leva o Rolex para Brasília e o entrega a Osmar Crivelatti.
  • 04/04/2023 – Kit de joias é entregue na Caixa Econômica Federal pela defesa de Jair Bolsonaro, segundo o blog da Julia Duailibi.

(Com informações do G1, Folha e Jornal GGN)

Estudante da Ufam preso em protesto se pronuncia ao lado de reitor: ‘Democracia deve ser respeitada’

O estudante do Programa de Pós-graduação em Educação, da Universidade Federal do Amazonas (PPGE-Ufam), e membro do Conselho Universitário (Consuni), Christopher Souza da Rocha, pronunciou-se ao lado do reitor da instituição, Sylvio Puga, na noite desta quinta-feira, 10, após ser preso e algemado por agentes federais durante um protesto no campus da Ufam.

“Durante uma manifestação que eu estava fazendo pacífica contra um sionista que foi palestrar dentro da universidade, eu fui detido e preso pela Polícia Federal, sendo colocado dentro de um camburão e, logo em seguida, viemos para cá, na sede da Polícia Federal, para fazer os procedimentos, e estou saindo agora”, relatou Christopher.

O acadêmico explicou que teve o acompanhamento do reitor e apoio de movimentos estudantis. “Estou aqui com o reitor da universidade e representantes de movimentos estudantis que vieram se solidarizar, mas também viemos buscar resolver isso, porque não estávamos fazendo nada de errado. Estávamos todos amparados perante a lei. Isso foi muito errado, a Polícia Federal prender alguém dentro do campi universitário. A gente segue na luta para que a democracia seja respeitada dentro da universidade”, concluiu o acadêmico.

Christopher explicou que ele e um grupo de estudantes protestavam contra a participação do cientista político André Lajst, no “1° Simpósio Ajuricaba de Liberdade na Amazônia”, que acontecia dentro da Ufam, quando foram abordados por agentes da PF. O estudante diz que Lajst é defensor do regime Apartheid e faz limpeza étnica em Israel. Cristopher é graduado em História e presidente da União da Juventude Socialista (UJS).

O estudante informou ainda que o reitor da Ufam, Sylvio Puga, foi acionado por funcionários da universidade e chegou ao local no momento da prisão. “O reitor me acompanhou dentro da viatura durante todo o trajeto até a sede da Superintendência da Polícia Federal (na Zona Oeste de Manaus) e ficou comigo até o fim do depoimento”, relatou Christopher.

Com a ação da PF, a diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua) publicou nota sobre a prisão de Christopher Souza da Rocha. A associação informou que Christopher e outros estudantes “exerciam o direito constitucional de livre manifestação política, por ocasião da realização do 1° Simpósio Ajuricaba de Liberdade na Amazônia”.

Até as 20h (horário de Manaus) desta quinta-feira, 10, a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas não havia se pronunciado sobre a prisão do acadêmico da Ufam Christopher Souza da Rocha. (Transcrito de Revista Cenarium Amazônia)