Ilha de Cotijuba será palco da 5ª Edição do Festival Gastronomia das Ilhas

A ilha de Cotijuba será palco da quinta edição do Festival de Gastronomia das Ilhas, promovido pela Prefeitura de Belém, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem). A ilha fica distante 27 km da sede do município e é um dos destinos de turismo mais procurados durante o período de férias.

A programação será realizada das 11 às 16 horas, do sábado, 26 e domingo, 27, deste mês de agosto com a participação de 15 estabelecimentos, disponibilizarão como menu um prato especial exclusivo para o evento, ao preço individual de R$ 59,90, com direito à entrada, prato principal e sobremesa.

A capital paraense é detentora do Selo de Cidade Criativa da Gastronomia desde 2015 e o projeto “Festival Gastronomia das Ilhas” na atual gestão já realizou quatro edições (Ilha do Combu, Mosqueiro, Icoaraci e Outeiro), reunindo cerca de 70 empreendedores, capacitando mais de 650 trabalhadores, gerando algo em torno de três mil empregos diretos e indiretos.

Dados da Diretoria de Desenvolvimento e Negócios (DDN) da Codem contabilizam a participação de cerca de 50 mil pessoas durante os dois dias de realização dos eventos, durante as quatros edições do festival, movimentando cerca de R$ 4 milhões.

Desde 2015, Belém possui o selo de Cidade Criativa da Gastronomia, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O selo tornou a cidade uma referência mundial em gastronomia, passando a integrar a rede que busca desenvolvimento de maneira sustentável e de modo socialmente justo.

Atualmente, a administração do selo está sob a responsabilidade da Codem, que promove, apoia e fortalece eventos e atividades nessa área, sendo ainda responsável pela elaboração dos relatórios e articulações junto à Unesco, poder público, iniciativa privada e sociedade civil.

O Brasil possui quatro cidades com selo da gastronomia criativa: Florianópolis (RS), Paraty (RJ), Belo Horizonte (MG) e Belém (PA). “Belém tem uma das culinárias mais ricas e originais do país, que têm raízes indígenas e possui influências portuguesas e africanas. Possui um caráter nativo com ingredientes baseados na fauna e flora amazônicas”, afirma o gastrólogo Rodin Miranda.

Insumos  – Ingredientes como o açaí, tacacá, filhote no tucupi, maniçoba e pirarucu têm atraído o interesse de especialistas, chefs em gastronomia e turistas de todo o mundo. Cozinheiros brasileiros e estrangeiros estão vindo à região procurando inspiração nessa culinária criativa.

“É devido à originalidade e às possibilidades de sua cozinha exótica que o Pará é um dos destinos gastronômicos mais promissores do mundo. A culinária de Belém transforma esta experiência em uma viagem pelo universo amazônico, mistura cores e sabores típicos dessa região, com ingredientes exóticos e exclusivamente regionais direto de quem pesca, colhe ou produz mantendo sua originalidade em todos os pratos que oferece”, afrma o diretor-presidente da Codem, Lélio Costa. .

O Festival de Gastronomia das Ilhas tem o apoio da Fundação Escola Bosque (Funbosque), Universidade da Amazônia (Unama), Agência Distrital de Outeiro (Arout) e Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém (MMIB), Banco do Povo de Belem e Secretaria Municipal de Turismo (Belémtur). (Com informações da Agência Belém; colaboração: Lucas Santos)

Tudo começa no meio-campo

POR GERSON NOGUEIRA

Todo time precisa de um meio-campo organizado, criativo e firme na marcação. Está nos manuais, desde que os ingleses assumiram a paternidade do esporte. Com o Remo não é diferente. O time andou se atrapalhando em várias partidas da Série C, principalmente logo no começo, devido à indefinição entre cuidar do setor defensivo e investir na criatividade. Tinha bons jogadores, mas não se encontrou como time.

Por um desses acasos que o futebol proporciona de vez em quando, eis que na reta final da fase de classificação o técnico Ricardo Catalá encontrou uma formação razoavelmente interessante, com Anderson Uchoa, Claudinei, Richard Franco, Paulinho Curuá e Rodriguinho.

De vez em quando, troca uma das peças, mas no geral esses jogadores têm segurado a peteca na meia-cancha. Nada excepcional ou brilhante, mas com uma regularidade que tem sido suficiente para garantir ao time um processo de saída de bola mais eficiente.

Claudinei, em particular, tem sido um jogador fundamental, pois, além do trabalho de proteção à zaga, aventura-se em saídas rumo ao ataque. Foi desse modo que marcou o primeiro gol azulino diante do Ypiranga, há duas rodadas, aparecendo como elemento surpresa dentro da área.

Quando o ataque não funciona, por alguma razão específica, é importante que os homens de meio se aproximem. Claudinei, que começou hesitante e abusando da lentidão, evoluiu muito à medida que ganhou melhor condicionamento.

Ao lado de Anderson Uchoa, forma uma dupla de qualidade. Sem Uchoa, como vai ocorrer no jogo de domingo contra o Manaus, ele deve ter a companhia de Paulinho Curuá, de características diferentes, mas de rendimento também satisfatório.

Desde o confronto com o Volta Redonda, na 16ª rodada, um trio diferente passou a ser utilizado por Catalá; Claudinei, Curuá e Richard Franco. O paraguaio entra com funções mais avançadas, quase como um meia de ligação. Claudinei, porém, também pode se revezar nessa tarefa.

Deu certo contra o time carioca e pode encaixar de novo contra os amazonenses, em jogo que deve ter um volume maior de pressão sobre o setor defensivo remista, em função da situação de desespero do Manaus. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

Com raça e cabeceios, Olímpia despacha o Flamengo

Com três gols de cabeça, o Olímpia paraguaio derrubou o favoritíssimo Flamengo ontem à noite no icônico Defensores Del Chaco, em Assunção. Foram lances telegrafados e previsíveis, mas a defensiva zaga rubro-negra patinou e permitiu cabeceios tranquilos, sem marcação. Saiu na frente, com um bonito gol de Bruno Henrique, mas se acomodou e permitiu o crescimento do adversário.

Mesmo com a boa vantagem (2 a 0) no agregado, o Flamengo parecia intranquilo, com jogadores muito nervosos. Gabriel Barbosa é normalmente assim, passa os jogos questionando arbitragem. Ontem, a tática não funcionou. O árbitro ignorou o chororô e o jogo foi disputado à moda da Libertadores, com bicudas e pescotapas.

Com raça e determinação, o time treinado por Arce foi ocupando espaços e usou as únicas armas que tinha: os cruzamentos altos na área. Foi assim que fez o primeiro gol minutos depois do gol de Bruno Henrique.

A partir daí, o Fla desceu ladeira abaixo. Ficou sem o técnico Jorge Sampaoli, expulso após um festival de reclamações e impropérios, e sofreu com as más performances de Arrascaeta, Gerson e Everton Ribeiro. A zaga tremia feito vara verde a cada bola cruzada pelo Olímpia. Foi assim que surgiram os dois gols paraguaios no 2º tempo, fechando a contagem.

Os narradores, naquele desespero doentio para afagar a maior torcida do país, insistiam ao final da partida em dizer que o resultado era uma zebra. Bobagem. O Olímpia, três vezes campeão do continente, é um dos times mais tradicionais da Libertadores. Não custa respeitar.

Foi a pior participação do Flamengo na Libertadores desde 2018, quando foi eliminado pelo Cruzeiro. Um ano depois, com Jorge Jesus à frente, emergiria para a conquista da América e o vice mundial. A lembrança dessa coincidência deve servir de consolo para os rubro-negros.

Neymar: de aspirante a melhor do mundo a astro descartável

Um cenário absolutamente novo na carreira de Neymar começa a se desenhar no PSG, depois da chegada do técnico Luis Enrique. As informações de bastidores indicam que o espanhol não quer o brasileiro no elenco, pois tem planos de remodelar completamente o time para o certame francês e a Liga dos Campeões.

Neymar e seus assessores não confirmam a saída e o jogador segue treinando normalmente, mas a imprensa francesa garante que, além de Mbappé, que ainda não renovou contrato, o clube deve ficar sem outros cinco jogadores. Uma verdadeira limpeza.

Incomodado com a condição de possível dispensado, Neymar se apressou em informar que pediu para ser transferido. Nesse sentido, o problema fica ainda mais sério, pois nenhum dos grandes clubes europeus se mostrou disposto a negociar sua contratação.

A fama de pouco comprometimento e de prioridade a projetos pessoais corre o mundo. Por isso, de candidato a melhor do mundo há seis anos, Neymar hoje é um craque em disponibilidade. Curiosamente, aos 31 anos, é um astro que ninguém quer.

O jornal L’Equipe chegou a noticiar que Neymar estaria disposto a voltar ao Barcelona. Ocorre que sua contratação abre uma discórdia no clube catalão entre os jogadores e junto ao próprio técnico Xavi, que já comentou que o brasileiro não se encaixa em seu sistema de jogo.

A hipótese de regresso do brasileiro foi posta na mesa da diretoria, mas não prosperou – e não apenas pelas complicações de natureza econômica.

(Coluna publicada na edição do Bola desta sexta-feira, 12)

Rock na madrugada – Rolling Stones, “Gimme Shelter”

Áudio daquela que é considerada a melhor versão de “Gimme Shelter”. Show no Spectrum, Filadélfia 1972. O áudio captura o auge criativo da banda, com pleno domínio de seus poderes. O diferencial em relação a outras versões deste clássico é a participação de Mick Taylor nos solos. O então jovem guitarrista estava particularmente inspirado e registra seu grande momento ao vivo do curto período em que reforçou o time de Jagger, Richards, Wyman e Watts.