O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso pela Polícia Federal (PF), na manhã desta quarta-feira (9), em Santa Catarina, por suposta interferência no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. A prisão preventiva aconteceu na capital Florianópolis, por meio da autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Silvinei está sendo levado para Brasília.
Depoente na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas no último dia 20 de junho, Silvinei negou qualquer interferência no pleito presidencial ou irregularidades nas blitze realizadas pela PRF no Nordeste, reduto de eleitores do presidente eleito Lula (PT), no dia da votação.
Vale ressaltar, que na véspera do pleito, o ex-PRF publicou em suas redes sociais uma imagem em apoio ao ex-presidente e então candidato, Jair Bolsonaro.
De acordo com a PF, os fatos investigados na operação “configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro”.
A dupla Re-Pa demorou a entender a urgência de acumular pontos na Série C. O PSC acordou um pouco antes, há cinco rodadas, quando emplacou uma sequência de três vitórias e dois empates – 11 pontos em 15 disputados. Para isso, foi preciso que a diretoria fizesse a troca de treinador, trazendo o veterano Hélio dos Anjos.
O Remo tardou um pouco mais a pegar no tranco. Até a 13ª rodada vinha capengando e acumulando tropeços, incluindo derrotas em casa, até se reerguer com o empate diante do Náutico no Recife e as duas vitórias em casa, contra Ypiranga e Volta Redonda.
No momento, tanto bicolores quanto azulinos já se encontram livres da ameaça de rebaixamento, sendo que o PSC reúne condições muito mais favoráveis para sonhar com a classificação à fase de quadrangulares.
O Remo, com 20 pontos, depende de um quase milagre: vencer os três jogos restantes, contra Manaus, CSA e Altos. Com isso, chegaria aos 29 pontos da chamada linha de corte para classificação. Não é exatamente impossível, até porque não depende de ninguém, mas a trajetória oscilante do time ainda não permite projeções mais otimistas.
Com duas partidas seguidas programadas para a Curuzu, o PSC tem motivos mais do que merecidos para acreditar na classificação, pois depende exclusivamente de suas forças para garantir um lugar no G8 final. Além disso, desde que Hélio chegou o PSC não perdeu mais.
Em qualquer competição, as rodadas finais são as mais difíceis, pois todos os times têm interesse direto na pontuação, alguns para classificar e outros para não cair. De toda sorte, tanto PSC quanto Remo precisarão cada vez mais contar com opções do elenco, até mesmo jogadores que não costumam ser titulares.
Nas últimas apresentações, o técnico Ricardo Catalá lançou mão de jogadores que não vinham atuando, casos de Jean Silva, Richard Franco e até Buchecha, que entrou nos minutos finais do jogo com o Volta Redonda. Talvez precise recorrer ainda mais ao almoxarifado, levando em conta a possibilidade de lesões e suspensões.
O mesmo vem ocorrendo no PSC, onde Hélio dos Anjos viu-se obrigado a utilizar jogadores que não estavam entre os titulares habituais. Foi assim que Dalberto, Giovani e Kevin foram aproveitados contra o Altos, domingo passado. Dalberto, por sinal, desde que se recuperou de lesão, tem sido um jogador sempre aplicado e impondo forte presença física no ataque.
Ao mesmo tempo, alguns jogadores começam a ficar de lado, superados pela melhor performance dos que entram. No Remo, o lateral-esquerdo Evandro assumiu de vez a posição, deixando Kevin no banco. No meio, Claudinei tem atuado bem, junto ou no lugar de Uchoa.
No PSC, Custódio assumiu um lugar no ataque, deixando Vinícius Leite na reserva. Bruno Alves voltou à titularidade no lugar de Nicolas Careca. São mudanças que refletem o momento de cada jogador e revelam a qualidade de um elenco. (Foto: Jorge Luís Totti/Ascom PSC)
Mobilizada e confiante, Fiel já comprou 5 mil ingressos
Para o primeiro encontro entre os dois times depois da polêmica partida de 2019, quando o árbitro Leandro Vuaden marcou um pênalti inexistente e causou a perda do acesso pelo PSC, a torcida alviceleste mostra-se extremamente motivada.
Além de representar um jogo decisivo na luta entre os dois times para garantir classificação, o jogo terá um aspecto de revanche, embora o clube pernambucano não possa ser responsabilizado pela barbeiragem de Vuaden, que tempos depois admitiu o erro.
Dentro da disputa pela permanência no G8, o PSC pode pela primeira vez ultrapassar o Timbu pernambucano. Com 23 pontos, em caso de vitória, o Papão deixará o Náutico para trás. Um revés, porém, pode significar a perda do oitavo lugar.
Para atiçar ainda mais a torcida, o clube lançou uma promoção estabelecendo o preço de R$ 30,00 (arquibancada) até amanhã – ou enquanto durar o estoque. Até ontem, cinco mil ingressos já haviam sido adquiridos, o que confirma o nível de interesse dos torcedores.
A expectativa agora é pelo julgamento pelo pleno do STJD, marcado para hoje, da punição de dois jogos sem torcida ainda pelos incidentes da partida com o Operário, em Ponta Grossa (PR). Caso seja mantida a pena inicial, o jogo de domingo será de portões fechados.
Surpresas e confirmações marcam a Copa Feminina
Depois que os Estados Unidos e a Alemanha foram eliminados da Copa do Mundo Feminina, abriu-se um cenário de incertezas na competição disputada na Austrália e Nova Zelândia. Dos favoritos de sempre, restam na disputa quatro países: Holanda, Inglaterra, França e Japão. Os demais – Suécia, Espanha, Colômbia e Austrália – têm chances, mas chegaram ao mundial fora da lista dos mais cotados.
A Colômbia, que estava no grupo onde a Alemanha sucumbiu, mostra arrojo e velocidade a partir de uma equipe predominantemente jovem, com algumas jogadoras muito habilidosas, casos de Linda Caicedo e Catalina Usme. Com merecimento, eliminou a Jamaica, algoz do Brasil e dona da melhor defesa do torneio.
De quebra, as colombianas provaram que mesmo sem a badalação que cercou a campanha brasileira é possível ir até além das expectativas. Por outro lado, quem frustrou a torcida (e os apostadores) foi a seleção norte-americana. Alex Morgan e Megan Rapinoe não conseguiram passar pela resiliente Suécia de Asllani e Musovic.
As quartas de final prometem duelos muito interessantes. Suécia x Japão coloca em cena duas escolas radicalmente diferentes. Espanha x Holanda deve ser um confronto essencialmente tático. Já Austrália e França será um embate entre a empolgação das anfitriãs e a experiência das europeias. Já as favoritas inglesas terão a missão de parar a zebra colombiana.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quarta-feira, 09)
O governo Lula apresentou, nesta terça-feira (8), as linhas gerais do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a líderes partidários, antecedendo o lançamento oficial, marcado para sexta-feira (11). De acordo com o Executivo, o novo PAC terá R$ 1 trilhão de investimento nos próximos quatro anos, montante composto por recursos públicos, financiamento de empresas estatais, gastos privados e parcerias público-privadas.
Inicialmente, serão retomadas as obras paradas. No próximo mês, o Palácio do Planalto fará uma chamada pública para incluir projetos de saúde e educação.
“Vamos fazer com que todas as obras paralisadas voltem a ser construídas. Só no campo da educação, temos quatro mil obras paradas. Ao todo, são 14,8 mil obras paradas e a gente vai começar a tocar todas elas para que o País volte a caminhar”, afirmou o presidente Lula ainda em fevereiro, durante entrega de unidades da Minha Casa, Minha Vida.
As reunião foram conduzidas pelos ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padinha, das Relações Institucionais, a fim de mostrar o projeto para a cúpula do Congresso Nacional e líderes de bancada.
Um dos participantes foi o senador Cid Gomes (PDT-CE), que antecipou a cifra total de investimento. “[Será] R$ 1 trilhão ao longo de 4 anos, envolvendo recursos com características de PAC feito por outros órgãos e até pela iniciativa privada, fruto de PPPs (Parcerias Público-Privadas) ou concessões”, comentou o parlamentar após a reunião.
Segundo o senador, o maior investimento virá da Petrobras, que deve destinar R$ 300 bilhões ao programa nos próximos quatro anos. (Transcrito do Jornal GGN)
Um ano após expulsarem invasores das suas terras, indígenas Kayapó comemoram a volta do rio limpo e acendem esperança de um futuro melhor para as próximas gerações
Em agosto de 2022, garimpeiros foram retirados da Terra Indígena Baú, no sudeste do Pará, após serem subjugados por lideranças Kayapó. Os garimpeiros foram retirados com o apoio do Ibama, da Força Nacional e da Força Aérea. Na época, o Instituto Kabu, que atua no Bloco Xingu, promovendo a gestão sustentável dos territórios Kayapó-Panará no sudeste da Amazônia, declarou que havia pelo menos 79 garimpeiros na região.
Um ano depois, a terra permanece livre de invasores e os rios estão ficando limpos novamente. Os indígenas montaram uma base de vigilância no local do garimpo a fim de impedir o retorno dos invasores. As lideranças, apoiadas pelo Kabu e projetos que atuam nas áreas protegidas, como o LIRA/IPÊ, estão dispostas a preservar a terra para as próximas gerações.
O cacique Bepjo, 46 anos, que liderou a expulsão dos garimpeiros, afirma que há uma constante fiscalização para impedir a entrada de garimpeiros e madeireiros. “Pegamos as coisas deles, os documentos e mandamos para a Funa, Ibama e Kabu. Não queremos briga – há parentes nossos que trabalham para o branco e pensam só no dinheiro. Não queremos matar nosso parente, queremos defender a terra e a floresta para as novas gerações não sofrerem”, diz ele. “Se a gente der oportunidade para o branco, não vamos ter mais terra. Temos que pensar no futuro. Ao defendermos nossa floresta, vamos pescar, caçar, viver. Se entregarmos nossa vida, nosso lar, nossa floresta, a gente não vai existir mais”, diz Bepjo, que assumiu a liderança da aldeia Baú há um ano e meio.
A área da TI Baú equivale a 1,5 milhão de campos de futebol e teve o território homologado em 2008. Ali vivem cerca de 190 indígenas, incluindo os do grupo Py’rô, que são isolados, os Kayapó e há a ameaça dos invasores, que é constante. “O garimpo na TI Baú remonta aos anos 1960. As velhas lideranças, de alguma maneira, eram complacentes com os brancos”, conta Luis Carlos Sampaio, consultor do Instituto Kabu. “Felizmente, boa parte da nova geração quer mudar esse cenário. São jovens que cresceram com doenças de pele, diarreia, entre outros problemas, por conta da destruição dos rios. Hoje, podemos comemorar – eu não acreditava que seria possível reverter o rio e ele está limpo. Mas foi preciso uma geração inteira emergir para isso acontecer”, diz ele.
Como é a vigilância
Enquanto os indígenas fazem a fiscalização por terra, a rede de apoio trabalha de maneira remota. “Temos o suporte de satélites para acompanhar o desmatamento, a degradação em parceria com o Rede Xingu+ (SIRAD X) e, com isso, criamos uma espécie de zona tampão”, diz Luis. A coordenadora do LIRA/IPÊ, Fabiana Prado, afirma que para fazer a vigilância, os indígenas contam com uma base e uma estrutura, apoiadas pelo LIRA. “A vigilância é muito importante. Quando percebem que há risco de invasão, os indígenas pressionam, circulam, não deixam entrar ou retiram invasores. Na base, eles têm uma rotina em que se revezam os grupos de agentes de vigilância a cada seis dias”, conta ela. “Os indígenas bloquearam três garimpos sem disparar nenhum tiro. Isso é uma vitória”, conclui.
Sobre o LIRA/IPÊ
O LIRA é uma iniciativa idealizada pelo IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), pelo Fundo Amazônia e pela Fundação Gordon e Betty Moore, parceiros financiadores do projeto. Os parceiros institucionais são a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Amazonas (Sem-AM) e o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio). O projeto abrange 34% das áreas protegidas da Amazônia, considerando 20 UCs Federais, 23 UCs Estaduais e 43 Terras Indígenas, nas regiões do Alto Rio Negro, Baixo Rio Negro, Norte do Pará, Xingu, Madeira-Purus e Rondônia-Acre. O objetivo do projeto é promover e ampliar a gestão integrada para a conservação da biodiversidade, para a manutenção da paisagem e das funções climáticas e para o desenvolvimento socioambiental e cultural de povos e comunidades tradicionais.
Clássico de Bob Dylan magnificamente interpretado por Neil Young e a banda Crazy Horse no concerto beneficente Farm Aid em Nova Orleans, Louisiana (EUA), em setembro de 1994. Versão personalíssima, com especial capricho nas guitarras e a participação luxuosa de Willie Nelson. Jimi Hendrix é o autor de uma versão muito apreciada de “All Along the Watchtower”, mas Young conseguiu um registro igualmente excepcional.