Estádio do Mangueirão, em Belém, cumpriu as exigências técnicas e de logística para a realização do jogo
A CBF anunciou na noite desta segunda-feira que a partida entre Brasil x Bolívia, válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo 2026, co-sediada por Estados Unidos, Canadá e México, será realizada no dia 8 de setembro, no estádio Jornalista Edgar Proença (Mangueirão), em Belém. Este será o primeiro jogo da Seleção na busca pela classificação. A última vez que o escrete jogou na capital paraense foi em setembro de 2011, pelo Superclássico das Américas, quando derrotou a Argentina por 2 x 0.
Nas redes sociais, o governador Helder Barbalho confirmou a escolha de Belém e conclamou o público esportivo a prestigiar a presença da Seleção na capital paraense. O jogo marcará também a estreia oficial do técnico Fernando Diniz no comando do escrete.
Com a reforma, o Mangueirão ganhou status de arena, com capacidade para 50 mil pessoas, gramado que segue as especificações da Fifa, sistema de segurança, novas rampas de acesso dos torcedores, além de infraestrutura de serviços como bares e restaurantes, pontos de atendimento médico e estacionamento para 9 mil veículos, entre outras mudanças.
O estádio do Mangueirão teve a aprovação da equipe de delegados da Conmebol, após uma inspeção em todas as instalações do local. “As decisões na atual gestão visam unicamente as melhores condições técnicas e de logística para a Seleção Brasileira. Vamos buscar ao longo dessa eliminatória questões que consideramos prioritárias, como deslocamento dos jogadores, desgaste da equipe, menor distância entre os locais das partidas, infraestrutura que traga conforto e segurança para toda a delegação. Além disso, não será analisado um jogo isoladamente, e sim a melhor composição do conjunto das partidas”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
O Remo sofreu e fez seu torcedor sofrer, mas conseguiu finalmente vencer depois de cinco rodadas. Derrotou o Ypiranga-RS por 2 a 1 depois de um jogo duríssimo, difícil e recheado de erros de parte a parte. O empate persistiu até os 39 minutos do 2º tempo, mas um gol salvador de Richard Franco tirou o time do sufoco e da zona da degola.
A atuação do primeiro tempo foi confusa, cheia de tentativas erradas de chegar ao gol. Muriqui, cansado de brigar junto à área, precisou recuar até o meio-campo para iniciar jogadas. Lá, na área de criação, deveria estar Rodriguinho, que se posicionou no lado esquerdo.
Ronald era o atacante na direita, sofrendo o mesmo problema de outros jogos. Além de estar do lado errado, enfrentava sozinho dupla marcação, sem apoio de Lucas Marques, muito ocupado em vigiar Eric Farias, o artilheiro do Ipiranga.
Aliás, quando o jogo ainda estava 0 a 0, Marques deu um passe horizontal em direção à área do Remo e presenteou Eric, que disparou um chute perigoso à esquerda do gol de Vinícius. Foi o primeiro ataque de fato do Ipiranga, que se conformava em ficar tocando bola no setor defensivo.
A iniciativa tinha que partir do Remo, mas a lentidão e os passes errados comprometiam as tentativas. A primeira chance foi de Muriqui, complementando passe de Paulinho Curuá, mas a bola saiu alta. Aos 31 minutos, Evandro cruzou e a bola veio baixa. Claudinei se antecipou à zaga e mandou no canto esquerdo do gol de Caíque.
Nem era um placar condizente com o que se via em campo, mas o gol deu ânimo novo ao Remo e encantou a torcida – 8 mil azulinos presentes ao Mangueirão. O problema é que no 2º tempo o velho drama da desatenção voltou a castigar a defensiva azulina.
Com os laterais Lucas Marques e Lucas Mendes correndo pela direita, depois que Ronald foi substituído, o Remo tomou o gol justamente por aquele lado. Aos 6 minutos, MV foi lançado, entrou livre na área e só precisou tocar na saída de Vinícius. O que era alegria se tornou angústia.
Ricardo Catalá partiu para novas mudanças. Colocou Jean Silva no lugar de Lucas Marques, corrigindo o equívoco inicial. Em seguida, substituiu Fabinho e Curuá por Elton e Richard Franco. E foi justamente o paraguaio que conseguiu o gol da vitória, já aos 39’, após um bate-rebate na área. Gol de raça e força, como o momento da competição exige. (Fotos: Beatriz Reis)
Golaço salva Papão de derrota nas dunas de Natal
O PSC foi superior ao América-RN em boa parte do jogo de ontem, na Arena das Dunas, em Natal. O Alvirrubro saiu na frente nos acréscimos do primeiro tempo, com Álvaro, mas o Papão empatou com um golaço de Mário Sérgio aos 43 minutos do 2º tempo.
Apesar de ter batalhado em busca da vitória, o PSC conquistou um ponto precioso, que garante sua permanência temporária no G8 – só perde essa posição se o São Bernardo vencer a partida de hoje contra o Brusque.
Em partida muito truncada pela marcação forte, PSC e América buscavam chegar ao gol com disparos de fora da área, sem efeito prático. Curiosamente, no momento em que atuava melhor, o Papão tomou o gol. Aos 47 minutos, Matheuzinho cruzou, Nicolas Careca errou no desarme e a bola se ofereceu para Álvaro abrir o marcador.
Disposto a empatar, o PSC trouxe Gustavo Custódio no ataque e Mário Sérgio deslocado para atacar pelos lados. Os ataques se repetiam, o América se encolhia, mas nada de sair o gol, que só veio no fim e de forma brilhante: Mário Sérgio, após passe de Paulão e corta-luz de Leandrinho, disparou um foguete no ângulo, sem chances de defesa. Um golaço.
Resultado satisfatório para o PSC, mas com protestos de Hélio dos Anjos e dos jogadores por um pênalti não marcado sobre Mário Sérgio.
Com organização e bolas aéreas, França vence Brasil
Perder para a França é um resultado normal e aceitável. Afinal, trata-se de um clássico e as francesas têm histórico melhor em Copas do Mundo. A expectativa era que a evolução brasileira sob o comando de Pia Sundhage fosse suficiente para proporcionar um jogo mais equilibrado. O placar (2 a 1) foi apertado, mas a seleção francesa foi superior no desenvolvimento das jogadas e na ocupação inteligente de espaços.
O futebol feminino ainda exibe, em alguns times, certa desorganização tática que se transforma em deficiência fatal quando bem explorada por um adversário mais competitivo. Foi basicamente o que ocorreu no confronto de sábado. O Brasil tinha grande dificuldade para trocar passes, o que limitou suas ações a tentativas de cruzamento e chutes tortos.
A França demonstrava saber o que fazer em todos os momentos. O Brasil passava por tensão e insegurança. A eficiência no desarme fez com que o adversário tivesse sempre a posse de bola no meio-campo. Chegou ao gol ainda no 1º tempo com bola alta, casquinha no primeiro e cabeceio no centro da área. Fácil, muito fácil.
No reinício do jogo, o Brasil mostrou mais velocidade nas saídas. Em dois lances, Tamires e Debinha levaram perigo. Até que veio o lance perfeito. Debinha recebeu na área e bateu com categoria, fora do alcance da goleira. Um belo gol.
Nem isso fez a equipe ir em busca da vitória. Ao contrário, a França seguiu jogando do mesmo jeito, marcando intensamente e saindo rápido para o ataque. O segundo gol veio, de novo, numa bola pelo alto. Lance manjado para a zagueira Renard, que o Brasil esqueceu de marcar.
Mesmo com óbvios avanços na maneira de jogar, a Seleção tem problemas sérios num fundamento básico: o passe. Difícil ir longe com tantos equívocos coletivos e individuais. Algumas jogadoras também se mostraram aquém do esperado e Marta poderia ter entrado mais cedo.
Devido à derrota, o Brasil parte para um jogo decisivo contra a Jamaica na quarta-feira. Com obrigação de vencer, a expectativa é que o time esteja mais conectado e evitando sempre que possível as jogadas aleatórias.
(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 31)