STJD concede efeito suspensivo e libera torcida para o clássico Re-Pa

O clássico Re-Pa da próxima segunda-feira, 17, terá público pagante. Maurício Neves, relator do processo no qual o STJD puniu o Paysandu com a perda de dois mandos de campo, acatou o pedido de reconsideração apresentado pela Diretoria Jurídica da Federação Paraense de Futebol (FPF). O tribunal então liberou a presença de público pagante no clássico marcado válido pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série C, no estádio Jornalista Edgar Proença (Mangueirão).

Na decisão, o STJD enfatiza que, mesmo com o público liberado, não será permitida a entrada de nenhuma torcida ou facção organizada e de nenhum material alusivo a elas, como bandeiras, camisas, faixas e similares.

Reivindicada pelos dois clubes, a liberação de público foi muito bem recebida pelos dirigentes de Remo, PSC e Federação Paraense de Futebol. “Estamos extremamente satisfeitos com a decisão do relator. Primeiro, porque é sabido que o mando do clássico sempre foi compartilhado em todos os aspectos. Segundo, porque foi feita justiça ao torcedor local, que não teve nenhuma participação nos lamentáveis incidentes ocorridos em um estádio localizado a mais de 3.000 km de distância de Belém. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) demonstrou sensibilidade e mostrou que sua missão institucional vai muito além de simplesmente aplicar punições”, disse André Cavalcante, advogado e diretor jurídico da FPF, que assinou o pedido de reconsideração.

A expectativa é de um público recorde no estádio, com renda superior a R$ 1,2 milhão. Remo e PSC chegam ao clássico em situação delicada na tabela de classificação da Série C, o que transforma o jogo em verdadeira decisão.

O STJD prevê ainda ações contra violência durante o clássico. Mensagens no telão e no sistema de som do Mangueirão irão reforçar a necessidade de convivência civilizada dentro e fora do estádio, reforçando a conscientização contra qualquer tipo de intolerância.

O PSC foi punido com a perda de dois mandos de campo pelo STJD por causa de uma confusão entre torcedores no jogo contra o Operário-PR, fora de casa, na 7ª rodada. (Com informações da FPF e DOL)

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