
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou nesta segunda-feira, 3, que o clássico entre Paysandu e Remo, válido pela 13ª rodada da Série C, será de portões fechados. A partida está marcada para 17 de julho (segunda-feira), no estádio estadual Jornalista Edgar Proença, o Mangueirão. O PSC foi punido pelo STJD no dia 28 de junho com multa de R$ 30 mil e perda de mando de dois jogos, devido aos atos de violência da torcida no jogo contra o Operário-PR, fora de casa, pela 7ª rodada da competição nacional. O Operário também foi punido.
A decisão de programar o jogo com portões fechados afeta também ao Remo, “visitante” da partida. Papão e Leão têm um acordo de divisão de renda (50% para cada) nos clássicos entre ambos. Sendo assim, o jogo não terá a presença das duas maiores torcidas da Amazônia.

Em resposta à comunicação da CBF, a FPF enviou ainda na segunda-feira, dia 3, um pedido formal de reconsideração ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para que o clássico tenha público.
“O Re-Pa é o maior evento esportivo do Estado do Pará e precisa ser defendido por todos os meios disponíveis, além disso, todos sabem que há anos a renda do clássico é dividida, logo, a decisão também afeta os interesses do Clube do Remo e, até mesmo, da Federação, que também tem participação na renda da partida”, disse o diretor jurídico da FPF, André Cavalcante.
O diretor jurídico afirma ainda não ser justo que “legítimos torcedores” sejam punidos por causa do episódio de violência ocorrido longe de Belém, ocasionado por “supostos torcedores”.
“Ademais, nos parece injusto que supostos torcedores de um estado a mais de 3.000 km de distância de Belém, que não passavam de 100 indivíduos, segundo o Boletim Financeiro da partida, possam cercear o direito de milhares de legítimos torcedores não somente do Paysandu, como do Clube do Remo. Entramos nessa luta em defesa dos nossos filiados e dos verdadeiros torcedores paraenses”, complementou André.
O pedido de reconsideração foi protocolado junto ao STJD, assinado por André Cavalcante e endereçado ao relator do recurso, Maurício Neves Fonseca. O tribunal deve se pronunciar ainda nesta semana.
Tumultos ocorridos na partida entre PSC e Brusque também devem gerar novas punições ao clube bicolor. A arbitragem registrou na súmula os atos de protesto da torcida nas arquibancadas, forçando o alambrado e atirando objetos no gramado durante e depois do jogo.