CBF condena declarações de auxiliar técnico do Palmeiras e informa que STJD será acionado

A CBF emitiu nota oficial lamentando atos do auxiliar técnico do Palmeiras, João Martins, depois do jogo com o Atlético-PR; o STJD será acionado

“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lamenta profundamente o que se viu ontem (02/07) por parte do auxiliar técnico do Palmeiras, João Martins, designado para a entrevista coletiva pós jogo. O ato lamentável foi muito além das reclamações semanais da arbitragem. O que ocorreu, de fato, foi um desfile de grosserias e uma tentativa infantil e até xenofóbica de reduzir a relevância do futebol brasileiro na Europa, mostrando inclusive desconhecimento do próprio campeonato que disputa, que já teve tricampeões, bicampeões, com vários times ganhando seguidamente.

O comportamento do jogador brasileiro, que o funcionário em questão tanto critica, não corresponde à realidade, na medida em que o Brasil é o país do mundo que mais tem jogadores atuando no exterior, inclusive na própria seleção portuguesa.

A atual gestão da arbitragem da CBF nunca, em nenhum momento, esteve tão transparente e se expôs tanto, dando satisfações públicas semanais, inclusive reconhecendo eventuais equívocos. Somos o único país do mundo a oferecer avanços tecnológicos nos estádios, com os telões mostrando os lances da partida em tempo real. Inclusive, o lance em questão, alvo de reclamação, foi acompanhado por todo o estádio, por jogadores e torcedores. A CBF, através de sua comissão de arbitragem, quer assim dar total transparência aos lances duvidosos que normalmente ocorrem durante as partidas.

Nunca a entidade investiu tanto no aprimoramento da arbitragem. Nesta segunda-feira (03/07), por exemplo, os árbitros designados para a próxima etapa da Copa do Brasil estão em treinamento no Rio de Janeiro. E também hoje à tarde, e pelos próximos 15 dias, as árbitras vão passar por cursos, treinamentos e aprimoramento técnico. Os investimentos são expressivos e com foco na constante melhoria da qualidade do quadro de arbitragem. Avanços esses que somos pioneiros no mundo.

Equívocos de arbitragem, de jogadores, técnicos, acontecem em todos os lugares, inclusive e, principalmente, na Europa. São parte do processo, do mecanismo do futebol, que não é feito por máquinas. Portanto, nada justifica o que se viu ontem e que foi amplamente divulgado pela imprensa em todo o mundo.

A CBF está encaminhando o vídeo contendo as declarações do profissional do Palmeiras ao presidente e ao procurador do STJD para que ele revele qual seria o esquema ou o sistema no futebol brasileiro que não permite que o melhor vença”.

RESPOSTA DO PALMEIRAS

Depois que a CBF emitiu uma nota nesta segunda-feira repudiando as falas do auxiliar João Martins após o empate contra o Athletico-PR, o Palmeiras resolveu se posicionar sobre o caso. Em um comunicado, o clube fez alguns questionamentos à entidade sobre erros de arbitragem.

O Verdão rebateu às falas da instituição sobre o seu profissional e alegou que não houve inconformidades sobre as opiniões de João Martins. A equipe também contestou que a conduta do auxiliar tenha sido xenofóbica.

Além disso, o Palmeiras também relembrou de alguns lances em que foi prejudicado por possíveis erros de arbitragem. Além da cotovelada de Zé Ivaldo em Endrick no último domingo, também foi citado um lance contra o Bahia, em um chute de Artur que a bola pode ter passado pela linha.  Outro lance citado foi o impedimento não marcado de Calleri no clássico contra o São Paulo em 2022, pela Copa do Brasil.

As falas de João Martins ocorreram após o empate do Verdão em 2 a 2 com o Athletico-PR, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. O árbitro da partida expulsou Gustavo Garcia após bola na mão na área do Palmeiras, o que gerou o início da recuperação do Athletico.

Futebol ganha 7 novas regras a partir do segundo semestre

A International Football Association Board (IFAB) coloca em vigor, a partir deste mês de julho, mudanças em sete regras do futebol. São modificações importantes, que foram implantadas para tornar o jogo mais prático e possa fluir melhor.

Abaixo, o que cada uma delas diz a partir de agora:

COMPORTAMENTO DOS GOLEIROS

As provocações de Emiliano Martínez, goleiro da Argentina, durante as disputas de pênaltis na Copa do Mundo, fizeram a IFAB debater e alterar a regra sobre o comportamento destes jogadores. Martinez explorou o momento das cobranças para provocar e tentar desestabilizar o cobrador. Na final, contra a França, as atitudes do goleiro argentino passaram dos limites e poderiam ter sido punidas com o cartão vermelho.

A nova medida prevê que os goleiros devem ficar em cima da linha, frente a frente com o cobrador, sem agir de uma maneira que desconcentre ou distraia o adversário, bem como atrase a batida. Também não é permitido que esses atletas toquem nas traves ou na rede.

ACRÉSCIMOS POR COMEMORAÇÃO

A partir de agora, o tempo desperdiçado durante as comemorações de gol também serão considerados pelos árbitros para a decisão do tempo de acréscimo de cada etapa da partida.

NA DÚVIDA, CARTÃO PARA O TÉCNICO

A nova regra prevê que, caso o árbitro não consiga identificar algum membro da comissão técnica ou jogador reserva que tenha cometido uma infração, principalmente do banco de reservas, o cartão deverá ser dado para o treinador da equipe.

INVASÃO DE CAMPO ANTES DO GOL

Caso um jogador ou membro da comissão técnica da equipe que marcar um gol esteja dentro de campo e interfira diretamente na jogada do gol, o tento deverá ser anulado e a partida reiniciada com uma falta no local onde o ‘invasor’ estava. Em contrapartida, se não houver interferência no lance, o gol será validado. Em caso de um jogador ou membro da comissão técnica do time que sofreu o gol invadir o campo e interferir diretamente na jogada, o gol também será validado.

JOGADOR IMPEDIDO RECEBE BOLA DO ADVERSÁRIO

A nova regra prevê expressamente que qualquer atacante que esteja impedido e receba uma bola de um adversário que tinha “total controle” dela, estará habilitado para jogar. O único caso ao qual isso não será aplicado se dará quando um goleiro rebater um chute adversário e a bola se oferecer para um jogador impedido. Neste caso, o lance deverá ser anulado.

Caso a arbitragem julgue que o defensor que tocou na bola não tinha total controle dela no momento em que acabou ‘servindo’ o adversário, o impedimento também deverá ser marcado.

CARTÃO VERMELHO NO PÊNALTI

A nova recomendação prevê que o árbitro só deve expulsar um jogador que cometeu um pênalti caso ele não tenha disputado a bola em momento algum. Se o atleta cometer a penalidade tendo mostrado qualquer tentativa de parar o lance na bola, ele não deverá ser expulso.

ASSISTENTE RESERVA PODE OPINAR

Antes, a regra previa que apenas o árbitro, os assistentes, o quarto árbitro e os árbitros assistentes adicionais podiam dar suas opiniões durante a partida. Agora, o árbitro assistente reserva, que também faz parte da comissão de arbitragem, poderá participar das comunicações entre eles.

Um empate com sabor de prejuízo

POR GERSON NOGUEIRA

Remo foi melhor em boa parte do jogo, mas não impôs a pressão necessária para alcançar um domínio pleno. Aliás, o time costuma travar e se acomoda quando encontra dificuldades para agredir o adversário. As ausências de Uchoa, Pablo Roberto e Kevin pesaram na balança, situação agravada pela presença nula de Marcelo no setor de criação.

No primeiro tempo, o Remo ia esporadicamente ao ataque. Quando chegava, levava perigo. Fabinho e Pedro Vitor construíram as melhores jogadas. A questão é que o time demonstrava uma certa preguiça em insistir no ataque. Desistia fácil, se distraía com jogadinhas bobas no meio.

Para agravar o quadro, Wendell Lomar na lateral esquerda e Lucas Mendes na direita pouco participavam, o que é um pecado grave para quem explora o contra-ataque. Muriqui e Rodriguinho tiveram presença discreta, talvez em função das dificuldades de Marcelo em armar jogadas.

Vinícius se saiu bem em duas faltas cobradas por Ricardinho na área. O Floresta não ameaçava e a dupla de zaga Diego Ivo e Diego Guerra não teve muito trabalho. Até o arisco Romarinho não criou problemas.

Depois do intervalo, o Remo quase chegou lá em lance iniciado por Muriqui, que descolou lançamento em profundidade para Pedro Vitor. Ele foi à linha de fundo e cruzou. A zaga não cortou e Fabinho chegou livre para finalizar, mas o chute resvalou no goleiro e beijou o travessão. No rebote, em cima da linha, Marcelo não conseguiu botar a bola para as redes.

Foi a bola do jogo. Talvez irritado pelo vacilo, Catalá trocou Fabinho, Rodriguinho e Marcelo por Elton, Vitor Leque e Álvaro. Não adiantou muito porque o time não cruzou mais bolas altas na área para o camisa 9 aproveitar.

Aos 25 minutos, outro bom momento do ataque. Pedro Vitor se livrou de dois marcadores e disparou um chute que raspou o travessão, pela segunda vez na partida. Logo depois, Álvaro entrou na grande área e foi empurrado por um defensor, mas o árbitro não deu o pênalti.

O confronto ganhou em intensidade a partir dos 30 minutos, quando o Floresta lançou os atacantes Tiago Alagoano e Leilson. Com ações em velocidade, ambos criaram dificuldades para a defensiva remista. Bochecha e Henrique ainda entraram, mas a situação não mudou. O jogo foi se arrastando e o Remo passou a tocar ainda mais para trás, satisfeito (não se sabe por que) com o empate.

Papão decepciona torcida na estreia de Hélio

A reestreia de Hélio dos Anjos não foi como a torcida esperava. O torcedor, como se sabe, é afobado e vive sonhando com milagres. O técnico não teve tempo suficiente (chegou na quinta-feira) para montar o time à sua maneira. O PSC que enfrentou o Brusque ainda tinha muito das ideias (ou falta de) de Marquinhos Santos. Jogou do mesmo jeito do mesmo jeito acidentado que mostra desde a primeira rodada.

O empate do primeiro tempo deu a falsa impressão de que a partida poderia terminar com um resultado favorável ao Papão. O problema é que, em nenhum momento, os bicolores conseguiram se impor aos visitantes. Apesar da escalação de perfil ofensivo, o time batia cabeça nas ações de meio-campo e ainda sofria com a fragilidade da zaga.

Filemon e Jacy Maranhão formaram a dupla central da defesa. Uma dupla que ainda não havia sido escalada na Série C. Pelo lado de Filemon, o Brusque percebeu que poderia achar o caminho da vitória. Insistiu por algum tempo, mas faltou pontaria.

Na etapa final, o Brusque começou a explorar o contra-ataque, utilizando sempre os dois lados do campo, com Everton Bala e o ex-remista Alex Ruan se destacando no confronto direto com seus marcadores.

Os gols vieram cedo e com curto espaço entre ambos, o que atrapalhou a tentativa de reação do PSC. O primeiro surgiu aos 9 minutos. Um lance fulminante, pelo lado direito. Madison chegou batendo forte e cruzado. Thiago Coelho deu rebote nos pés de Alex Ruan, que chutou para o fundo do barbante.

Cinco minutos depois, veio o 2 a 0. Jogada muito parecida com a do primeiro gol, inclusive na falha do goleiro Thiago Coelho. Guilherme Queiroz entrou sem marcação e disparou em direção ao gol. Thiago espalmou de novo, nos pés de Everton Bala, que só teve o trabalho de fuzilar para o gol.   

Com a consolidação do placar, o Brusque se dedicou a tocar a bola e evitar problemas. Teve ainda duas boas chances para ampliar, explorando a insegurança dos zagueiros do Papão. Do lado alviceleste, prevalecia a afobação e a ausência de criatividade para superar as linhas de marcação.

Hélio colocou Vinícius Leite e Bruno Alves para tentar qualificar o ataque, mas a desorganização no meio-campo impedia qualquer possibilidade de reação. Geovane e João Vieira não foram capazes de municiar os atacantes, que foram pouco acionados na reta final da partida.

As vaias, mais do que justificadas, contribuíram para afundar ainda mais o lado emocional do time. No fim, a explosão de fúria dos torcedores (dentro e fora da Curuzu) é sintomática do momento complicado que o time vive na Série C, cada vez mais distante do sonho de classificação.

Vitória no clássico representa afirmação do Fogão

O pânico dos botafoguenses era uma queda de rendimento após a saída de Luís Castro. Preocupação inteiramente normal, visto que o técnico foi o responsável pela montagem do time. Sob a direção interina de Cláudio Caçapa, o Botafogo foi altivo e confiante para cima do Vasco.

Conquistou uma vitória tão justa quanto importante para mostrar que a equipe não sofreu abalos com o adeus do comandante. Tiquinho Soares fez outra atuação portentosa, com assistências, movimentação constante e uma bicicleta que quase resultou em gol.

Outro aspecto fundamental é a presença maciça do torcedor, que a cada jogo agarra-se à esperança de conquista do título, 28 anos depois, embora faltem dois terços de competição. Por ora, sonhar é plenamente possível. 

(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 03)

Leão perde chances e só empata com o Floresta

Floresta e Remo ficaram no 0 a 0, na noite deste domingo, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. A melhor oportunidade do Leão no primeiro tempo foi com Fabinho, que cabeceou na trave. Pedro Vitor também bateu em direção ao gol com muito perigo. No segundo tempo, Fabinho e Marcelo perderam uma chance de ouro, depois que a bola bateu no travessão. Em seguida, Pedro Vitor disparou um chute que também raspou na trave.

O próximo jogo do Remo será com o Operário-PR, na próxima semana, em Belém. O empate não ajudou o Remo a melhorar sua posição na tabela,