Brilha a estrela do Papão

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POR GERSON NOGUEIRA

Depois de sua fulgurante passagem pelos gramados da Maravilhosa, Pikachu faz por merecer a divertida homenagem que lhe fez Dinho Menezes, repórter da Rádio Clube, chamando-o de “menino do Rio” depois da partida contra o Fluminense na quinta-feira. Ontem, na manhã de sol a pino, a estrela do ala do Papão brilhou mais do que a do Botafogo em pleno estádio Nilton Santos.

unnamedDesempenhos em alto nível num espaço de apenas quatro dias. Não há mais dúvida – se é que houve algum dia – das qualidades de Pikachu, a justificar o declarado interesse de vários grandes clubes brasileiros e a atenção da comissão técnica da Seleção Brasileira. Ontem, se a Estrela Solitária esperava brilhar, acabou tendo que assistir a brilhante atuação do jovem lateral paraense.

O giro que o Papão fez pelo Rio de Janeiro, teve saldo extremamente positivo. É verdade que perdeu na Copa do Brasil, mas com gol marcado na casa do adversário. Estreou com o pé direito no returno da Série B, encostando novamente no G4. E, de quebra, aproveitou para se mostrar ao país como o time vencedor e aguerrido, reacendendo o prestígio conquistado na Libertadores 2003.

Acima de todos, porém, pairou a figura de Pikachu. Em grande fase técnica, exibiu aos cariocas e ao país a capacidade de finalização que nenhum lateral direito da Seleção Brasileira tem. Atuou contra equipes de nível razoável e levou a melhor sobre seus sistemas de defesa, marcando gols importantes nos dois confrontos.

Contra o Flu marcou cobrando falta, uma de suas especialidades. Ontem, diante do Botafogo, exibiu a conhecida velocidade nos últimos 20 metros e a pontaria mortal. Ao receber o passe dentro da pequena área, esperou a saída de Jefferson e meteu rasteiro no canto esquerdo da meta alvinegra. Proezas de quem realmente sabe jogar.

Ocorre que o Papão não foi apenas Pikachu no Niltão. Foi um time bem armado e ciente de seus limites. Aceitou a pressão inicial do Botafogo, que marcava a saída de Fahel e Jonathan, atrapalhando a chegada do Papão ao ataque. Por cerca de 20 minutos os donos da casa cercaram a área e tiveram pelo menos duas chances, uma delas terminou nas mãos de Emerson e outra passou rente à trave.

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Curiosamente, na parada técnica o jogo começou a mudar. O Papão voltou mais aceso e determinado, com Valdívia se movimentando mais e Pikachu aparecendo nas ações ofensivas. Aos 26 minutos, o ala recebeu dentro da área, limpou a jogada e disparou, rasteiro, para o barbante, vencendo ao goleiro Jefferson, que não conseguiu abafar o chute.

O apagão botafoguense se completaria um minuto depois. Em novo cochilo dos zagueiros, foi a vez de Tiago Martins definir, após receber livre pelo lado direito do ataque. Bateu forte e cruzado para estufar as redes.

Até sofrer os gols o Botafogo tinha se apresentado bem, atacando mais e retendo a posse da bola, embora sem competência para marcar. Com 2 a 0 no placar, o Papão passou a dar as cartas, controlando bem a movimentação no meio-de-campo e explorando os contra-ataques em cima do desespero dos botafoguenses.

Depois do intervalo, Neilton e Daniel Carvalho criaram várias situações de perigo, mas o Papão também dava suas estocadas, principalmente com Aylon, que se deslocava muito e confundia os marcadores. Aos 18 minutos, Daniel Carvalho descontou depois de troca de passes que mobilizou todos os atacantes alvinegros.

A torcida que enchia as arquibancadas do Niltão não teve nem tempo de festejar. Contra-ataque mortal iniciado por Valdívia e finalizado magistralmente por Jonathan resultou no terceiro gol bicolor, aos 20. A reação fulminante conteve o ímpeto do Botafogo em momento crucial do jogo. A partir daí, já com Dão em campo e Carlinhos no meio, o Papão se dedicou a defender a vantagem, recuando e correndo muitos riscos.

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O Botafogo aumentou o cerco e sufocou nos minutos finais, aproveitando o espaço existente na intermediária do Papão. Chegou ao segundo gol com Sassá, aos 36, mas não teve força para ameaçar mais porque Ricardo Gomes prestou um serviço a Dado Cavalcanti tirando seu melhor atacante, Neilton, e deixando o apagado Luís Henrique em campo.

Papão mereceu a vitória porque soube neutralizar a armadilha inicial do Botafogo e teve aplicação e frieza, mostrando objetividade para aproveitar todas as chances que teve na partida.

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Triunfo teve cinco grandes destaques

Pelo lado do Papão, atuação quase impecável de Pikachu, que provou mais uma vez sua utilidade como falso atacante e categoria nos momentos decisivos. Destacaram-se também os zagueiros Tiago Martins e Pablo, o meio-campista Jonathan, que marcou seu segundo gol pelo Papão, e o goleiro Emerson, responsável por três difíceis defesas.

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Leão vence, mas permite sufoco no final

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A vitória foi importante, deixando o Remo quase classificado no grupo A1 da Série D, mas o comportamento da equipe voltou a ser claudicante. Marcou logo no começo, em disparo caprichado de Edcléber no ângulo. O Nacional pouco incomodava e permitia chances seguidas.

No etapa final, o gol de Sílvio logo aos 7 minutos após grande arrancada serviu para tranquilizar o time, que ainda assim continuava a errando muito. O Naça se defendia, distribuindo chutões a torto e a direito. Aos 28, Henrique marcou o terceiro gol e tudo parecia sacramentado. Só que não.

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Felipe aproveitou bobeira geral da zaga e diminuiu aos 31 minutos. O próprio Felipe foi expulso logo a seguir, mas o Remo entrou em parafuso nos minutos finais, abrindo espaço para que o Naça buscasse a reação.

Aos 43, Junior Paraíba fez o segundo se valendo de uma bobeira do volante Felipe Macena. E o que era para ser um jogo tranquilo terminou em drama na Arena Verde.

Os mesmos erros mostrados contra o Náutico-RR apareceram em vários momentos da partida, principalmente pelo desequilíbrio no meio-de-campo, onde Eduardo Ramos não atuou bem. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 24)

Botafogo x PSC (comentários on-line)

Campeonato Brasileiro da Série B 2015

Botafogo x Paissandu – estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, 11h

Rádio Clube _ IBOPE_ Segunda a Sexta _ Tabloide

Na Rádio Clube, Valmir Rodrigues narra, João Cunha comenta. Reportagens – Carlos Gaia e Dinho Menezes. Banco de Informações – Jerônimo Bezerra.

E o Brasil redescobre o Pará

POR GERSON NOGUEIRA

A Copa do Brasil tem, entre outras virtudes, a de clarear as coisas quanto ao verdadeiro poder de fogo dos clubes brasileiros. A rodada desta semana expôs, em toda a sua intensidade, o surpreendente equilíbrio de forças entre equipes de divisões diferentes. O todo-poderoso São Paulo caiu do cavalo frente ao Ceará, lanterna da Série B. O Fluminense, integrante do G4 da Série A, passou maus pedaços e poderia até ter perdido para o Papão aqui do Norte se o futebol fosse mais justo. Venceu nos acréscimos, depois de tomar um sufoco nos 15 minutos finais.

unnamedÉ claro que o formato da competição privilegia a emoção e acaba dando lugar muitas vezes ao inusitado, a partir de um mau momento de uma equipe mais qualificada. No sistema de pontos corridos dos Brasileiros das Séries A e B, inexiste a possibilidade de surpresas na classificação final. Copas, ao contrário, sobrevivem justamente da sempre presente hipótese do inesperado.

Como nada tem a ver com isso, o Papão mostrou que tem condições de se entestar com um grande da Primeira Divisão sem precisar se retrancar ou apelar para o jogo mais ríspido. Atuou no mesmo nível do adversário e, em várias ocasiões, foi nitidamente superior. Por tudo isso, a rápida visita ao Rio de Janeiro pode se tornar extremamente lucrativa para o time e para um de seus mais importantes jogadores.

Mesmo com a derrota diante do Flu por 2 a 1, o Papão saiu engrandecido. Sim, parece estranho, afinal perder nunca é bom. Ocorre que, pelo sistema de disputa da Copa do Brasil, marcar gol em terreno inimigo representa um bom negócio. Tanto que na partida de volta, em Belém, um placar simples de 1 a 0 servirá para classificar os bicolores.

Acima de tudo, o bom jogo feito pelo Papão garantiu repercussão amplamente positiva nos meios de comunicação de Rio e São Paulo, jogando luz sobre o futebol que se pratica na parte de cima do mapa. Pode ser uma atenção passageira, mas ainda assim representa muito para quem vive normalmente segregado do resto do país.

Permitiu, inclusive, que algumas vozes de expressão voltassem a falar na bizarra discriminação que Belém sofreu por ocasião da Copa do Mundo de 2014, alijada de sediar jogos para que cidades sem qualquer tradição boleira pudessem participar do banquete.

Cuiabá e Manaus, para ficar só em dois casos, não tinham como vencer a capital paraense caso a seleção cumprisse normas claras e lógicas. Como dependeu dos humore$ de Ricardo Teixeira e sua gangue, a candidatura de Belém nem sequer foi considerada a sério.

Mas, além das loas ao Papão, a súbita descoberta do futebol do Pará levou ao reconhecimento de Pikachu, subitamente elevado à condição de astro da semana em programas de esportes da TV e manifestações na internet. Foi preciso que o camisa 2 bicolor mostrasse sua habilidade na cobrança de faltas para que obtivesse aplausos gerais e até um olhar mais atento por parte dos responsáveis pela Seleção Brasileira que vai disputar os Jogos Olímpicos do Rio.

Um telefonema de Gilmar Rinaldi a Charles Guerreiro, na tarde de sexta-feira, deu a entender que Pikachu pela primeira vez é considerado como possível nome para o escrete olímpico. Por aqui todos já sabiam de seus recursos como ala ofensivo, mas o Brasil só costuma ver o óbvio quando este passeia sob seus olhos em gramados cariocas e paulistas. Que Pikachu tenha a chance que já faz por merecer há pelo menos dois anos.

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No templo da Enciclopédia do Futebol

No universo da Série B, jogar fora de casa significa iminência de derrota. Felizes aqueles que subvertem essa regra não escrita. Podem não alcançar o reino dos céus, mas é certo que disparam na tabela de classificação. O Papão tem a chance de cumprir esse rito, hoje pela manhã, no estádio Nilton Santos, frente ao vice-líder Botafogo.

Quis o destino que pela primeira vez nesta Série B o estádio esteja lotado de botafoguenses, ávidos por vibrar e celebrar com o time de Ricardo Gomes, que demonstra ter recuperado o apetite por vitórias depois de uma curva descendente que custou o emprego de Renê Simões.

O Papão chega credenciado pela atuação contra o Fluminense. A maneira destemida como se exibiu na quinta-feira faz com que seja olhado com respeito. Pelas palavras do técnico Dado Cavalcanti é provável que o meio-de-campo seja mantido com Capanema, Augusto Recife e Jonathan, com Fahel ficando no banco.

A única mudança no setor seria a inclusão de Valdívia, substituindo ao improdutivo Carlinhos com a missão de injetar dinamismo e criatividade ao setor. O ataque segue com Leandro Cearense e Aylon, dupla mais entrosada do Papão nesta Série B. Na defesa, Pablo é o mais provável substituto de Gualberto.

O teste de fogo no Maracanã mostrou que a equipe dispõe daquela força interior necessária para não se intimidar diante de adversários aparentemente superiores. No caso do Botafogo, nem há uma vantagem acentuada, pois tecnicamente os times se equivalem. O que pode fazer a diferença é o apoio da apaixonada torcida alvinegra, que parece disposta a dividir com o time as responsabilidades pelo acesso.

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O clamor de Jóbson por justiça

Durante a semana, o atacante Jóbson esteve no Botafogo tratando de questões burocráticas e aproveitou para clamar de novo por justiça, aquela instância a que todos os homens recorrem quando se sentem prejudicados.

E se há alguém que pode bater no peito e reivindicar este é Jóbson, punido pelo tribunal da Fifa com quatro longos anos de suspensão, pena tão rara quanto draconiana, capaz de sepultar a carreira de qualquer futebolista.

Por mais que o atleta paraense tenha cometido irregularidades – e, de fato, cometeu – nada justifica uma sanção tão inclemente. De origem humilde, negro e com pouca instrução, Jóbson é alvo fácil para discriminações.

Tem direito, como todo homem, a uma nova oportunidade.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 23)

Mr. Prime Fighter promove luta feminina

POR PEDRO HENRIQUE

A quarta edição do Mr. Prime Fighter Champion está programada para acontecer no próximo dia 29 nas dependências da academia Team Nogueira, em Ananindeua, com 8 grandes lutas de MMA e uma luta de K-1 feminina, entre Paula Bittencourt x Elizete Lemos.

11253956_676463822453458_5706766379700492767_n-e1440069992639-479x400Paula (foto) treina na academia Bio Wellnes, possui seis vitórias e duas derrotas, compete há um ano e meio e mostra-se otimista quanto ao próximo compromisso.

“Eu estou muito confiante para essa luta, um dos motivos é que minha rotina de treino é dura, eu passo mais de 4 horas dentro de uma academia treinando forte com meu mestre Fernando Silva, a minha confiança está na vontade de vencer lutadoras mais experientes, Elizete Lemos é uma ótima lutadora, mais eu sei que posso vencê-la, pretendo fazer uma grande luta para o público”, disse.

Ingressos antecipados no valor de R$ 20,00, já à venda na unidade da Team Nogueira Ananindeua, que fica na avenida 3 Corações, nº 1001 (próximo à Mario Covas), no bairro do Coqueiro. Informações (91) 3346-3051.

Mr Prime Fighter Champion 04
Data 29/08
Local: Team Nogueira Ananindeua

K-1 Feminino
Paula Bittencourt x Elizete Lemos