De camarote

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Sem poder ficar ao lado do gramado, por ter sido expulso na partida diante do CRB no último sábado, o técnico Dado Cavalcanti acompanhou o jogo de uma cabine no estádio Jornalista Edgar Proença, ao lado de um auxiliar. Nervoso com o andamento da partida, ficou a maior parte do tempo de pé, observando a movimentação de sua equipe em campo. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

A resposta esperada

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POR GERSON NOGUEIRA

Não foi um show, mas o Papão conseguiu se reencontrar com seus melhores momentos na competição. Jogou o suficiente para ser amplamente superior e estabelecer 2 a 0 sobre o América-MG, que ocupava até então a vice-liderança. Grande resultado, que reabilita o time depois de quatro resultados ruins. Mais que isso: dá tranquilidade para seguir lutando e acreditando no acesso.

Wellington Jr., pelos dois gols e a grande movimentação no ataque, foi o grande nome da partida. Quase no mesmo nível, Leandro Cearense reapareceu mostrando utilidade para o equilíbrio ofensivo do time. Foi importantíssimo no cerco aos zagueiros e volantes do América na saída de bola. Roubou, por sinal, as duas bolas que resultaram nos gols de Wellington.

Leandro só não conseguiu corrigir o velho problema de vacilar nas finalizações mais fáceis. Logo a dois minutos, deixou de fazer o gol preferindo forçar uma penalidade em cima do goleiro João Ricardo. O árbitro não foi na conversa e o Papão perdeu excelente oportunidade.

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Logo depois, porém, se redimiu brigando pela recuperação da bola no lado esquerdo do ataque, passando a João Lucas, que cruzou para Wellington abrir o placar, aos 12 minutos. Cearense também perderia outra preciosa chance de ampliar aos 18. Mas se empenhou bastante, junto com Misael e Wellington, em barrar as tentativas de ligação entre defesa e ataque do América, funcionando como uma primeira barreira de marcação.

A estratégia deu tão certo que, logo aos 2 minutos do segundo tempo, nova roubada de bola por Cearense possibilitou o segundo gol. No lance, Cearense exibiu categoria de lançador, deixando Wellington à frente dos zagueiros para finalizar – em dois chutes – e marcar.

E o mais impressionante é que tudo isso ia acontecendo sem que o meio-campo mostrasse um mínimo lampejo de criatividade. Em contraponto com a boa atuação de quase todos os demais jogadores, Carlos Alberto manteve a regularidade: foi nulo e ausente.

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Cauteloso como sempre foi, Givanildo Oliveira posicionou o América para não perder. Faz isso há uns quatrocentos anos, algumas vezes com sucesso. Contra o Papão de Dado Cavalcanti o expediente fracassou porque havia uma estratégia para atrapalhar a movimentação dos mineiros em campo, começando pela marcação adiantada feita pelos atacantes.

Com Capanema e Fahel bem postados à frente da defesa e com vigilância de Misael e Wellington aos alas do América, o Papão impedia que o adversário explorasse as laterais, forçando as tentativas pelo meio, justamente onde havia maior concentração de jogadores. Givanildo viu o jogo todo transcorrer sem se atentar para esse truque.

Na verdade, o América só criou algum embaraço na metade do primeiro tempo, quando passou a vigiar também a saída de bola do Papão, forçando alguns erros de passes. Mas, ainda assim, a forte presença dos três atacantes permitia sempre boas situações ofensivas para os bicolores. Além disso, o time mineiro padecia do mesmo mal no setor de criação: ausência total de inspiração.

A vitória do Papão se consolidou com o gol logo no começo do segundo tempo. A ampliação da vantagem deixou o América ainda mais atrapalhado e na dúvida entre marcar os rápidos atacantes do Papão e buscar uma reação. Acabou não fazendo nem uma coisa nem outra, embora Givanildo buscasse saídas, substituindo atacantes. Sem sucesso, o América não conseguiu acertar o passo. Méritos do Papão. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

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Direto do blog

“Dois resultados hoje decididos nos acréscimos, Mogi Mirim 2 x 3 Bragantino e Boa Esporte 2 x 1 Luverdense. Oque dá a real impressão de que a partida nunca estará decidida até que o árbitro aponte para o centro do gramado encerrando a partida! Os jogos são pegados, alguns feios de se ver, mas a série B é isso, muito briga em campo onde em certos momentos o que vai valer é a entrega total em campo.”

Miguel Ângelo Carvalho, refletindo sobre as agruras da Segundona.

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Mesmo improdutivo, Souza deixou adeptos

O torcedor reage de maneira sempre surpreendente quando a situação envolve paixão. A dispensa do atacante Souza, depois de vários meses improdutivos na Curuzu (marcou apenas um gol), dividiu opiniões no clube. Nem mesmo a boa atuação diante do América-MG impediu que parte da torcida lamentasse a saída do improdutivo Kaveirão. A nostalgia pelo exemplo histórico de Vandick talvez explique essa reação.

De toda maneira, o Papão que se apresentou ontem à noite mostrou uma diferença importante em relação à equipe que tinha Souza como titular: todos os jogadores participam da marcação, da busca pela recuperação da bola e do combate aos adversários.

Com o veterano centroavante, o time tinha um homem a menos para correr e acabava se desgastando mais. Com a escalação de três atacantes, Dado Cavalcanti conseguiu extrair do time agressividade e capacidade de bloqueio, surpreendendo o América em seu próprio campo. Com Souza em campo, a estratégia seria impraticável.

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Choque de realidade ajusta preço de ingressos

Logo depois da partida de ontem, a diretoria apressou-se em informar que os ingressos continuam com os mesmos preços para o jogo contra o Mogi Mirim na sexta-feira: R$ 20,00 (arquibancada) e R$ 40,00 (cadeira). Nada como o choque de realidade da Série B para permitir a simplificação das coisas. Os preços iniciais muito altos, visando atrair sócios torcedores, afugentavam o torcedor comum, baixando drasticamente a média de público nos jogos do Papão.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 29)

Rock na madrugada – Velvet Underground, I’m Waiting For The Man

Betinho, ex-Palmeiras, é novo reforço do Papão

No embalo da vitória sobre o América, o Papão resolveu abrir o cofre e anunciou na noite desta terça-feira a contratação de mais um reforço para o ataque: Betinho, que defendia o Santa Cruz, mas não vinha sendo utilizado. O jogador, de 28 anos, começou a carreira no Fortaleza em 2010, sendo eleito um dos melhores atacantes do campeonato Cearense, em 2010 foi emprestado para o Coritiba, onde sagrou-se campeão brasileiro da Série B. Em 2011 foi transferido para o Vila Nova e em seguida para o  São Caetano. Em maio de 2012, Betinho foi contratado pelo Palmeiras/SP chegando até a marcar o gol do título da Copa do Brasil conquistada no mesmo ano. No Santa, ele fez 5 gols no Campeonato Pernambucano e jogou apenas uma vez na Série B deste ano. Abaixo, o gol mais famoso de Betinho. (Com informações da Ascom/PSC)

Público e renda no Mangueirão

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Público pagante de 11.761 espectadores no Mangueirão para ver Papão x América-MG. Renda de R$ 137 mil. Não pagantes: 2.037. Público total: 13.709. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

O passado é uma parada…

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Mestre John Huston dirigindo Marlon Branco, em 1967.

Papão x América-MG (comentários online)

Campeonato Brasileiro da Série B 2015

Paissandu x América-MG – estádio Mangueirão, 19h30

Rádio Clube _ IBOPE _  Sábado e Domingo _ Tablóide

Na Rádio Clube, Ronaldo Porto narra; Carlos Castilho comenta. Reportagem – Dinho Menezes, Carlos Gaia, Mauro Borges. Banco de Informações – Fábio Scerni

Legendas do mundo da bola

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Gianni Rivera e Pelé no Maracanã, em 1963, antes da final do mundial de clubes entre Santos e Milan.

Pronatec Aprendiz vai combater Mapa da Violência

DO BRASIL247

A presidente Dilma Rousseff lançou nesta terça-feira (28) a primeira fase do Pronatec Aprendiz, que cria 15 mil vagas visando a qualificação de jovens a partir dos 14 anos. O programa é fruto de parceria entre as micro e pequenas empresas e o governo, que bancará o custo da qualificação de jovens com idades entre 14 e 18 anos, por meio dos cursos do Pronatec.

Inicialmente serão contemplados 81 municípios brasileiros, escolhidos de acordo com sua posição no Mapa da Violência, priorizando os jovens em maior grau de vulnerabilidade social. A iniciativa começará nas áreas “onde há maior grau de violência e, portanto, maior vulnerabilidade” de jovens e adolescentes, disse Dilma.

Durante o evento de lançamento, a presidente criticou a redução da maioridade penal, projeto aprovado em primeiro turno pela Câmara dos Deputados. “Aonde não há Estado, parceria e organização empresarial, a tendência é que ações criminosas se desenvolvam mais e substituam as ações do Estado e da sociedade”, afirmou.

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“Temos que combater o uso de jovens pelo crime organizado […] Não podemos aceitar que o crime organizado substitua o Estado e a sociedade”, completou em seguida. Confira abaixo matéria do Blog do Planalto, com mais dados sobre o programa:

Governo lança Pronatec Aprendiz para as micro e pequenas empresas

A presidenta Dilma Rousseff anunciou, nesta terça-feira (28), o Pronatec Aprendiz na Micro e Pequena Empresa para dar a jovens em vulnerabilidade social oportunidades de iniciação no mercado de trabalho e acesso à qualificação profissional nas melhores escolas técnicas do País. O lançamento do programa ocorreu durante encontro de trabalho no Palácio do Planalto, com a presença de ministros e representantes de entidades do setor.

Na primeira etapa do programa serão disponibilizadas 15 mil vagas, em 81 municípios, selecionados de acordo com a classificação no Mapa da Violência.

O programa é um desdobramento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec ), e fruto de uma parceria entre a Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE) e os ministérios da Educação, do Desenvolvimento Social e do Trabalho e Emprego.

O programa Pronatec Aprendiz na Micro e Pequena Empresa tem como foco principal jovens entre 14 e 18 anos matriculados na rede pública de ensino, com prioridade para aqueles em situação de vulnerabilidade social (em abrigos, resgatados do trabalho infantil, adolescentes egressos do cumprimento de medidas socioeducativas e pessoas com deficiência).

O aprendiz vai ter acesso a capacitação técnica e oportunidade de inserção no mercado de trabalho, com um contrato de dois anos. O jovem deverá cumprir 400 horas de aulas teóricas na escola. A experiência será registrada na Carteira de Trabalho e será garantida a cobertura da Previdência Social.

Os cursos técnicos serão ofertados pela Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, pelas escolas técnicas estaduais e municipais e pelos integrantes do Sistema “S” (Senai, Sesi, Senac, Sesc, Sebrae, Senar, Sest, Senat e Sescoop) e custeados pelo governo federal. Para se inscrever o jovem deverá procurar o Centro de Referência e Assistência Social (Cras) da sua cidade, onde terá acesso à lista dos cursos oferecidos.