Histórias do mundo da bola

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A rainha Elizabeth II entrega a taça Jules Rimet ao capitão Bobby Moore, após a vitória inglesa na final da Copa do Mundo de 1966.

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Romário parte para o ataque contra Veja

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POR FERNANDO BRITO, do Tijolaço

O senador e eternamente marrento Romário tocou de lado para que seus eleitores chutassem. Ontem, publicou no Facebook a pergunta “inocente”:

Alguém aí tem notícias dos repórteres da revista Veja Thiago Prado e Leslie Leitão, que assinaram a matéria afirmando que tenho R$ 7,5 milhões não declarados na Suíça? E do diretor de redação Eurípedes Alcântara? Dos redatores-chefes Lauro Jardim, Fábio Altman, Policarpo Junior e Thaís Oyama? Gostaria que eles explicassem como conseguiram este documento falso.

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E tascou os links para as páginas de Facebook dos indigitadossem sugerir nada, porque era desnecessário.

Foi uma avalanche de críticas e ironias nas páginas cujos endereços eletrônicos foram fornecidos pelo “baixinho”.

As de Thiago Prado e Leslie Leitão saíram do ar. A página de Lauro Jardim, que ainda funcionava hoje de manhã, tinha centenas de comentários que o ridicularizavam.

Certo que alguns exageradamente agressivos, mas a maioria indignados e irônicos:

  • E sobre o Romário Faria não vai falar nada ou vai desativar o Facebook também?
  • Amigo, explica como arranjaram o documento falso do Romário por gentileza? Abraço!
  • Quem foi o estelionatário que falsificou o documento da sua matéria contra o Romário ? Algum parceiro seu? Peixe!
  •  É sobre o documento do Romário Faria? Sendo falso pode citar a fonte, ou será que é falsa a noticia?
    E um dos mais engraçados:
  • Tem um vizinho meu aqui que tá me incomodando muito, já tivemos até algumas rusgas. Gostaria de saber quanto a Veja cobra para publicar uma matéria dizendo que ele tá enriquecendo urânio na casa dele?

A revista mantém o mais sepulcral silêncio desde que Romário contestou a informação publicada. Nada, nem uma palavra ou explicação.

Se a revista confia no trabalho dos seus repórteres e na autenticidade do que publica, é obvio que teria respondido. Eles próprios deveriam exigi-lo. A redação inteira, aliás.

Se não descambar para a agressão, o método “cobrança direta” estimulado por Romário talvez seja uma boa lição. Somos responsáveis pelo que escrevemos e, se erramos, temos de reconhecer que erramos e porque o fizemos. Disse ontem aqui que não há “sigilo de fonte” quando se trata de uma falsificação para atingir a honra alheia.

E mais: se temos o direito e o dever de em nome da apuração jornalística publicar o que temos segurança de que é verdadeiro, também temos o dever de suportar as consequências disso.

Romário tem o direito de reagir e um argumento irrespondível para os que vierem com “punhos de renda” politicamente corretos contra sua iniciativa de publicar os endereços onde seus detratores tem de ler o que se leu acima. Afinal, eles tem um império de comunicação para responder e, 24 horas depois de apontada a farsa, não o fizeram.

Ditadura brasileira planejou invadir o Uruguai

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POR RODRIGO MARTINS, na CartaCapital

Sob o monitoramento dos Estados Unidos, a ditadura brasileira planejou invadir o Uruguai caso a coalizão de esquerda Frente Ampla saísse vitoriosa das eleições de 1971. Em telegrama datado de 24 de agosto daquele ano, o embaixador americano no Brasil, William Manning Rountree, informou às autoridades de seu país que os militares não iriam tolerar um governo socialista tão próximo da fronteira. “Se a Frente assumir o poder, o governo brasileiro consideraria de forma relevante uma intervenção militar direta, incluindo uma demonstração pública de poderio bélico.”

A correspondência integra um lote de 538 documentos secretos dos anos 70 que tiveram o sigilo desclassificado total ou parcialmente pelo governo de Barack Obama, em decorrência da recente visita de Dilma Rousseff aos EUA. A maioria dos papéis foi produzida pelo Departamento de Estado, especialmente pelas embaixadas e consulados no Brasil. São telegramas, memorandos e relatórios. O acervo revela que os americanos estavam muito bem informados sobre as mortes e graves violações aos direitos humanos nos porões da ditadura, mas optaram por esconder os pecados de seu principal aliado na luta contra os movimentos de esquerda no continente.

Menos de um mês após o desaparecimento de Rubens Paiva, Washington foi informada de que o ex-deputado não havia resistido ao interrogatório dos agentes da repressão. Temia-se que o episódio viesse a público e comprometesse a imagem do presidente Richard Nixon, aliado do regime brasileiro. Da mesma forma, os Estados Unidos souberam que Virgílio Gomes da Silva, mentor do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, em 1969, morreu sob a custódia do Estado. E jamais acreditaram na versão oficial sobre o atentado no Riocentro, tramado pelos próprios militares.

No caso do Uruguai, o telegrama de Rountree lança luzes sobre um episódio tratado por muitos anos como teoria conspiratória. Desde 1964, o país era observado com muita atenção pelos militares nativos. Além da posição geográfica estratégica na região platina, o vizinho abrigava grande número de exilados, entre eles, o ex-presidente João Goulart e o ex-governador gaúcho Leonel Brizola, observa Ananda Simões Fernandes, do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul. A historiadora sustenta que o plano de intervenção emergiu logo após a formação da Frente Ampla, em 1971. Para o governo dos EUA e a ditadura brasileira, havia o temor de a esquerda conquistar o poder, a exemplo do ocorrido no Chile dois anos antes, com a vitória da Unidade Popular, de Salvador Allende.

“O Brasil arquitetou um plano de invasão a Montevidéu, que ficou conhecido, nos meios militares, como Operação Trinta Horas. Tal plano seria executado em caso de vitória da Frente Ampla nas urnas”, afirma a pesquisadora. O jornalista Paulo Schilling, assessor e braço direito de Brizola, foi o primeiro a denunciar a trama, ainda no início dos anos 1970, nas páginas do semanário uruguaio Marcha. Desacreditado por sua militância de esquerda, Schilling viu suas denúncias serem corroboradas em meados dos anos 1980 pelo coronel brasileiro Dickson Grael, oficial que apoiou o golpe de 1964, mas, desiludido com os rumos da ditadura, registrou em livro um detalhado depoimento sobre o episódio.

Segundo Grael, a Operação Trinta Horas foi montada no III Exército. À época, o coronel era oficial do Estado-Maior do Quartel-General da 2ª Divisão de Cavalaria, sediada em Uruguaiana, fronteira com a Argentina. Novas declarações vieram a público em janeiro de 2007, quando, em um programa de tevê gaúcho, o general Ruy de Paula Couto, ex-chefe do III Exército, afirmou ter sido o então presidente uruguaio Jorge Pacheco Areco quem solicitou apoio das tropas brasileiras. A coalização de esquerda saiu derrotada da disputa presidencial, mas elegeu cinco senadores, 18 deputados e 51 vereadores. Com o golpe de 1973 no Uruguai, a intervenção foi definitivamente descartada.

“A Frente Ampla se espelhava na Unidade Popular do Chile, com forte discurso anti-imperialista. À época, Allende era a principal ameaça aos EUA no continente, pois chegou ao poder pelo voto, desmistificando a tese de que o socialismo era incompatível com a democracia”, avalia a historiadora Fernandes. “O Brasil insere-se, nesse contexto, como o principal aliado da administração Nixon na América do Sul. Não por acaso, a ditadura brasileira participou ativamente do golpe na Bolívia em 1971 e financiou grupos extrema-direita no Chile para derrubar Allende. Esse telegrama revelado agora mostra como o Brasil exerceu ingerência sobre o Uruguai.”

No informe, Rountree observa um esfriamento das relações entre Brasil e Uruguai por causa do fracasso nas negociações pela libertação do cônsul brasileiro Aloysio Gomide, sequestrado pelos tupamaros em 1970. O diplomata só seria libertado após sete meses de cativeiro, mediante pagamento de resgate pela família. Embora considerasse improvável uma intervenção direta no Uruguai, o diplomata pondera que o Brasil poderia patrocinar um golpe preventivo de Pacheco. “A ajuda provavelmente se daria na forma de armas, treinamento, assistência financeira etc.”

Sobre o desaparecimento de Rubens Paiva, um memorando, datado de 11 de fevereiro de 1971 e assinado pelo diplomata John W. Mowinckel, é taxativo: “Paiva morreu durante o interrogatório, de ataque cardíaco ou de outras causas”. No texto, ele pede ao embaixador para “convencer” o governo brasileiro a “punir ao menos alguns desses responsáveis”. Embora destacasse o episódio como mais um exemplo das táticas “irresponsáveis” da ditadura, Mowinckel parecia mais preocupado com a repercussão do crime nos Estados Unidos. “Quando os fatos vierem à tona, não será possível varrê-los para debaixo do tapete”, observa. “Os pecados do governo brasileiro respingarão sobre nós, causando assim mais um problema no Parlamento e na imprensa para a administração Nixon.”

Luiz Antônio Dias, chefe do Departamento de História da PUC de São Paulo, observa que o documento foi produzido menos de um mês após a prisão e o desaparecimento de Paiva. À época, o Exército divulgou a versão de que ele havia sido resgatado por um grupo de terroristas durante sua transferência para uma unidade militar. “Ninguém jamais acreditou nessa falácia. Mas, naquele momento, a família ainda tinha esperanças de encontrá-lo vivo. Preso e possivelmente submetido à tortura, mas vivo.”

Somente 15 anos depois surgiram as primeiras revelações sobre o real destino de Paiva, brutalmente assassinado sob a guarda do Estado. Em 1986, o tenente-médico do Exército Amílcar Lobo confirmou à Polícia Federal ter atendido o ex-deputado às vésperas de sua morte. Em seu relato, ele enfatiza que o preso chegou aos seus cuidados em situação deplorável, “na condição de abdome em tábua, o que em linguagem médica pode caracterizar uma hemorragia abdominal”.

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Outro telegrama, datado de 30 de setembro de 1969, confirma a prisão de Virgílio Gomes da Silva por agentes da Operação Bandeirante (Oban). Segundo o texto, produzido pelo consulado dos EUA em São Paulo, o militante da Ação Libertadora Nacional “morreu enquanto estava sendo questionado”. A correspondência ressalta que “possivelmente a polícia vai não dar conhecimento público de que ele foi preso”.

Silva havia sido assassinado no dia anterior, aos 36 anos, após ser preso em uma emboscada na Avenida Duque de Caxias, na capital paulista. Encapuzado, foi encaminhado diretamente à sala de tortura, de onde sairia morto após 12 horas de suplício, concluiu a Comissão Nacional da Verdade. Vários presos políticos presenciaram os maus-tratos sofridos por ele e as denunciaram em auditorias militares. Apesar das significativas evidências que atestam as circunstâncias de sua morte, os órgãos de segurança até hoje não se posicionaram de forma clara sobre o caso.

Um relatório do Ministério do Exército, emitido pelo CIE em outubro de 1969, afirma que Silva teria se “evadido” após a prisão. O Serviço Nacional de Informação de São Paulo emitiu outro documento, em 3 de outubro de 1969, afirmando que o “terrorista” Virgílio Gomes da Silva, vulgo “Jonas”, teria falecido após resistir à prisão. Já o Relatório dos Ministérios Militares, emitido em 1993, o aponta como “desaparecido”.

Os EUA também tinham conhecimento da farsa montada pelos militares no atentado do Riocentro, em 1981. “De nosso ponto de vista, não há dúvida de que tanto o sargento Guilherme Pereira do Rosário, morto, e o capitão Wilson Luís Chaves Machado, gravemente ferido, eram os pretensos autores e não as vítimas de um ataque à bomba”, diz um relatório, preparado para o Departamento de Defesa.  “Parece claro que os dois indivíduos, como membros do DOI-Codi, agiam sob ordens oficiais no momento em que a bomba acidentalmente explodiu no carro deles.”

Os norte-americanos nem sequer cogitaram aceitar a versão oficial: “Porta-vozes militares de alta patente anunciam continuamente que os socialistas/comunistas tentam comprometer a abertura política e frustrar os esforços do presidente para desenvolver uma democracia. Isso tem sido repetido tantas vezes que alguns estão começando a acreditar, mesmo que não haja nenhuma evidência para apoiar a acusação”.

Os documentos desclassificados comprovam que os Estados Unidos jamais deixaram de monitorar a situação no Brasil, e sua influência não ficou restrita ao golpe de 1964, avalia Dias: “A violência praticada pelo Estado foi percebida pelos americanos. E eles sabiam que não eram casos isolados perpetrados por alguns ‘desajustados’ dentro do sistema repressivo montado. Por mais que recriminassem os excessos da ditadura, pareciam satisfeitos com o papel desempenhado pelo Brasil na contenção aos movimentos de esquerda, dentro e fora das fronteiras”. 

*Uma versão desta reportagem foi originalmente publicada na edição 859 de CartaCapital, com o título “Os cães de guarda da ditadura”

Como será o transporte no futuro

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Você já pensou em quanto tempo – e dinheiro – perde toda vez que fica parado em um congestionamento? Estimativa do Instituto Akatu aponta que o Brasil deixa de gerar 90 bilhões de reais por ano com a perda de produtividade dos trabalhadores que passam pelo menos meia hora por dia no trânsito. É o equivalente a 2,5% do PIB.

Uma maneira de driblar o problema é investir em melhorias para o sistema de transporte público. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os moradores das nove maiores regiões metropolitanas do país gastam, em média, 1 hora e 22 minutos por dia no transporte coletivo. “Nossas cidades ainda precisam avançar muito para melhorar isso”, diz Ricardo Corrêa, dono da TC Urbes, empresa que faz projetos de mobilidade urbana.

A tecnologia tem um papel fundamental para garantir que os sistemas de metrô, trem e ônibus sejam cada vez mais eficientes. Em países como França, Espanha e Alemanha, meios de transporte automatizados têm garantido um salto de qualidade que se reflete em aumento da capacidade, menos tempo de espera, maior segurança na operação e diminuição no impacto ambiental.

Conheça algumas tendências dos sistemas de transporte inteligentes – e entenda por que eles mostram como será a mobilidade no futuro.

Direção automatizada

Trens e metrôs operados remotamente por meio de softwares de controle proporcionam mais conforto, rapidez e segurança aos usuários. É o que os especialistas conhecem como sistemas driverless, literalmente sem motorista. A automação possibilita programar a velocidade e o intervalo dos trens conforme a necessidade, e até determinar o tempo de abertura das portas. As informações também ajudam a evitar contingências, já que o programa determina quando é preciso fazer uma manutenção preventiva.

O metrô de Paris (foto de abertura), na França, é um bom exemplo dos benefícios do modelo driverless. Inaugurada em 1900, a linha 1, a mais tradicional da cidade, concluiu a migração de sistema em 2013. A mudança aconteceu depois que bons resultados foram alcançados na linha 14, inaugurada em 1998. Na linha 1, os intervalos entre um trem e outro foram reduzidos de 105 segundos para 85 segundos – o que permitiu aumentar a capacidade de passageiros em quase 50%. Como os trens estão perfeitamente sincronizados, é menor a necessidade de fazer paradas bruscas, o que fez o consumo de energia cair 15% em ambas as linhas.

Planejamento em tempo real

Programas de análise de dados em tempo real têm transformado a rotina do trânsito ao redor do mundo. Os sistemas de monitoramento permitem mudar os padrões do tráfego, reprogramando o intervalo dos semáforos para aliviar congestionamentos. A alemã Berlim, por exemplo, possui um sistema que cruza informações fornecidas por órgãos oficiais para fazer cálculos de curto prazo e assim informar os usuários sobre a situação do trânsito no momento. As informações são exibidas nas paradas de trens e ônibus, estacionamentos públicos e displays espalhados pela cidade.

Alguns desenvolvedores criaram sistemas de gestão que não requerem complexos centros de controle. Pelo tablet ou pelo smartphone, um engenheiro de tráfego é capaz de dar comandos que aliviam o fluxo de automóveis. Cidades menores que não requerem grande capacidade de processamento de dados têm utilizado esse tipo de sistema. É o caso de Viena, a capital austríaca, que possui 1,7 milhão de habitantes, e a alemã Düsseldorf, cuja população não chega a 600 000 pessoas.

Recentemente, a cidade de Petaling Jaya, na Malásia, adotou um sistema que permite simular como a infraestrutura de transporte seria impactada caso mais gente passasse a usar o sistema público. O objetivo é ajudar as autoridades locais a planejar os investimentos em infraestrutura urbana. Atualmente, um quinto da população utiliza transporte coletivo. Até 2030, o governo estima que 40% da população se locomoverá pelo sistema público.

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Conexão com o usuário

Em 2013, pela primeira vez, o número de smartphones vendidos no mundo ultrapassou a marca de 1 bilhão de aparelhos, segundo a empresa de pesquisa IDC. No mesmo ano, os smartphones representaram mais de 55% do total de telefones móveis vendidos, uma marca inédita. O acesso a celulares com mais tecnologia tem tornado os usuários mais conectados e isso abre caminho para sistemas que permitem ao cidadão acompanhar em tempo real o trânsito nas cidades.

Aplicativos de metrô são cada vez mais corriqueiros nas cidades que oferecem esse tipo de transporte. As funcionalidades são inúmeras. Há os que apenas orientam o passageiro a escolher a melhor rota até os que são abastecidos em tempo real com informações úteis para a viagem, como problemas na linha ou manifestações que geram aglomerações nas estações.

Em cidades com sistemas de mobilidade inteligente, os aplicativos são capazes de mostrar o panorama geral da rede de transporte, integrando informações sobre ônibus, metrôs, táxi ou trem. É o caso de Barcelona (foto acima), na Espanha, onde o órgão responsável pelos serviços de transporte urbano implantou um sistema de gestão que calcula os tempos percorridos por ônibus e trens e mantém essa informação permanentemente atualizada e acessível nos sete aplicativos que dispõe.

Com esse sistema, 90% dos ônibus conseguem cumprir seu horário, mais que o dobro da média de 10 anos atrás. Os passageiros, por sua vez, contam com estimativas de tempo mais precisas para planejar sua viagem, o que aumenta a comodidade. (Da revista Exame)

Agência de análise de risco rebaixa a Globo

DO PORTAL FÓRUM

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s revisou ontem (29) a nota de trinta grandes companhias brasileiras, passando a perspectiva de estável para negativa. Entre as empresas desse grupo, estão a Rede Globo, a Ambev e a NET. Foi alterado também o viés de onze bancos ou entidades financeiras. A Petrobras, reconhecida como a maior estatal brasileira, não foi afetada pela mudança.

Essa avaliação é um dos pontos considerados por agências de crédito e investidores estrangeiros na hora de fazer suas aplicações. A S&P manteve as notas das empresas e mudou somente a perspectiva, assim como fez com a nota de crédito em moeda estrangeira do Brasil no longo prazo, que permanece em BBB-. Isso significa que o país manteve o grau de investimento, ou seja, continua sendo considerado seguro, mas pode ter a nota rebaixada no futuro.

Confira a lista abaixo.

Bancos e entidades financeiras que tiveram perspectiva revisada para negativa:

– Banco Bradesco S.A.;
– Itau Unibanco Holding S.A.;
– Itau Unibanco S.A.;
– Banco Citibank S.A.;
– Banco do Brasil S.A;
– Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.;
– Banco Santander (Brasil) S.A.;
– Banco do Nordeste do Brasil S.A.;
– BM&FBOVESPA S.A-Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros;
– Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;
– Caixa Econômica Federal.

Sofreram a mesma ação as empresas:

– AmBev – Companhia de Bebidas das Americas (AmBev);
– Atlantia Bertin Concessoes S.A. (AB Concessões) e suas subsidiárias,
– Rodovia das Colinas S.A. e Triangulo do Sol Auto-Estradas S.A.;
Arteris S.A. e sua subsidiária, Autopista Planalto Sul S/A.;
Braskem S.A.;
– CCR S.A. e suas subsidiárias, Autoban – Concessionaria do Sistema Anhanguera Bandeirantes S.A., Concessionaria da Rodovia Presidente Dutra S.A., e Rodonorte Concessionaria de Rodovias Integradas S.A.;
– CESP-Companhia Energpetica de São Paulo;
– Companhia de Gás de São Paulo – Comgás;
– Companhia Energética do Ceará – Coelce;
– Duke Energy International Geração Paranapanema S.A. (Duke);
– Ecorodovias Concessões e Serviços S.A. e Concessionária Ecovias dos Imigrantes S.A.;
– Elektro Eletricidade e Serviços S.A. (Elektro);
– Eletrobrás-Centrais Elétricas Brasileiras S.A.;
– Globo Comunicação e Participações S.A. (Globo);
– Itaipu Binacional;
– Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A. (Multiplan);
– Net Servicos de Comunicação S.A. (Net);
– Samarco Mineração S.A.;
– Tractebel Energia S.A.;
– Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (TAESA);
– Ultrapar Participações S.A. (Ultrapar);
– Votorantim Participações S.A. e suas subsidiárias, Votorantim Industrial S.A. e Votorantim – Cimentos S.A.

Perspectivas mantidas

Perspectiva estável

– Ache Laboratorios Farmaceuticos S.A.;
– BRF S.A.;
– Embraer S.A.;
– Fibria Celulose S.A.;
– Raízen

Perspectiva negativa

– Natura Cosmeticos S.A.;
– Vale S.A. e sua subsidiária Vale Canada Ltda.

As empresas Klabin S.A.; Neoenergia S.A.; Odebrecht Engenharia e Construção S.A.; e Petroleo Brasileiro S.A. – Petrobras não foram afetadas pela alteração de perspectiva.

O aniversário do Possesso

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Uma das glórias da história do Botafogo, atacante Amarildo, com a camisa do Botafogo, em 1962. O Possesso, como era chamado, comemora hoje seu 75º aniversário. Foi campeão do Torneio Rio-SP pelo Fogão, tricampeão carioca e campeão mundial pelo Brasil em 1962, no Chile, quando substituiu Pelé (contundido) e ajudou a garantir a conquista.

Palmeiras cede lateral-esquerdo ao Remo

O Palmeiras cedeu ao Remo o lateral-esquerdo Mateus, que era terceiro reserva no elenco. Os dois clubes inauguram parceria e o jogador vem sem ônus para o Baenão. Foi apresentado hoje com a camisa azulina e vai começar a treinar junto com os demais jogadores. Com a chegada de Mateus, o Remo deve negociar Alex Juan, que tem propostas de outros clubes.

O passado é uma parada…

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Há exatamente 50 anos, os Beatles chegam para a pré-estreia do filme “Help!”, em Londres. Na foto da APImages.com, George Harrison, John Lennon (com a esposa Cynthia) e Ringo Starr (com a esposa Maureen Cox).

A frase do dia

“Não vamos para cima do Eduardo Cunha no dia 16. Ele tem um papel importante”.

Carla Zambelli, líder do movimento “Nas Ruas”, que diz combater a corrupção no país