O passado é uma parada…

PKT5334-392367 MICK JAGGER SINGER 1969 Rolling Stones' lead singer Mick Jagger an dhis friend actress Marianne Faithful. Later they made a short appearane at Marlborough Street Court on a charge of possessing cannabis and where remanded on bail until june 23. They were arrested at their home in Cheyne Walk, Chelsea, last night and later released on bail.
Mick Jagger com a namorada Marianne Faithful, atriz e cantora. Londres, 1969. Neste domingo, Jagger completou 72 anos de idade. 

Leão vence amistoso em Castanhal

Em amistoso disputado na manhã deste domingo em Castanhal, o Remo derrotou a seleção do município por 3 a 1. Edcléber (2) e Welthon marcaram para o Leão e Jefferson, de pênalti, descontou para Castanhal. O jogo serviu para que o técnico Cacaio observasse os laterais estreantes Gabriel e Rodrigo Soares, ambos com bom rendimento. Na etapa final, o técnico fez várias alterações na equipe.

O que explica o ódio assassino da Abril a Lula

POR PAULO NOGUEIRA, no DCM

Os franceses têm uma frase para a investigação de crimes: “Procure a mulher.” Você pode adaptá-la para o Brasil de hoje. “Procure o dinheiro.” É o que você deve fazer caso queira entender o ódio desumano da Veja pelo PT, expresso mais uma vez na capa desta semana.

Isso vale não apenas para a Veja, é bom acrescentar.

O jornalista Ricardo Kotscho, que fez parte da equipe de Lula em seus primeiros tempos, conta uma história reveladora. Roberto Civita queria uma audiência com Lula, algum tempo depois de sua posse. E pediu a Kotscho que a arranjasse. O objetivo não era discutir os rumos do Brasil e do mundo. Era pedir dinheiro para o governo, na forma de anúncios.

Ou mais dinheiro.

As coisas não correram como Roberto esperava. As consequências editoriais estão aí. Nem a morte de Roberto deteve a fúria assassina da Veja. É um paradoxo. As mesmas empresas liberais que condenam o Estado são visceralmente dependentes do dinheiro público que ele canaliza para elas.

Sem esse dinheiro, elas simplesmente não sobreviveriam.

Não é errado dizer que o Estado brasileiro financia as grandes empresas jornalísticas. É, para elas, um Estado Babá. Não é apenas dinheiro de anúncios, embora seja este o grosso. Ele vem de outras formas.

Poucos anos atrás, quando ainda tinha resultados contábeis expressivos, a Abril levou cerca de 25 milhões de reais do BNDES para uma obra que deveria ter sido bancada por ela mesma, e não pelo contribuinte: um arranjo em seu sistema de assinaturas.

É um dado público.

Parêntese: se na CPI do BNDES for aberto um capítulo para as relações da mídia com o banco, teremos informações sensacionais.

Em 2009, quando a Veja já abdicara de qualquer honestidade no ataque ao PT, a Abril levou 50 milhões de reais do governo de Lula apenas em anúncios.

Por que tamanha revolta, então?

Mais uma vez: procure o dinheiro. A Globo estava levando, e continua a levar, dez vezes mais, 500 milhões por ano.

Lula e Dilma, ironicamente, vem financiando a mídia que tenta exterminá-los.

Tamanha dependência leva a surtos de paranoia a cada eleição: e se a festa acabar? E se o governo decide reduzir ao mínimo os investimentos publicitários que vão dar nas corporações jornalísticas?

Seria uma calamidade para essas empresas. Elas cresceram graças ao dinheiro público posto nelas em proporções nababescas.

Note. Não é só o governo federal. Quantos recursos públicos não são encaminhados para as companhias de jornalismo pelo governo de São Paulo, o mais ricos do Brasil? De anúncios a compras de assinaturas, a mãozinha amiga está sempre presente.

No futuro, estudiosos tentarão decifrar por que nem Lula e nem Dilma mexeram adequadamente neste sistema que irriga recursos do contribuinte para mãos e bolsos particulares.

Minha hipótese é: medo, medo e ainda medo.

Quando os dados se tornaram públicos, e começou a surgir aqui e ali indignação, inventou-se uma coisa chamada “mídia técnica” para justificar o injustificável.

Com isso, teoricamente estava explicado por que anualmente o governo colocava 150 milhões de reais no SBT para terminar num jornalismo com Sheherazades.

Mas era e é uma falácia. Governo nenhum é obrigado a colocar dinheiro em empresa nenhuma, sobretudo quando há fundadas desconfianças sobre o caráter dela e seu comprometimento com o bem estar público.

No caso específico da Abril, e da Veja, a questão do dinheiro público se tornou especialmente dramática com a Era Digital e seu efeito destruidor sobre a mídia impressa.

Um governo amigo melhoraria extraordinariamente a situação financeira da Abril. O declínio não seria estancado, porque é impossível, mas seria mitigado.

A verba de anúncios federais cresceria instantaneamente. Lotes gigantescos de assinaturas de revistas seriam comprados. Financiamentos a juros maternais seriam obtidos.

É isso o que move a Abril — e, em medidas diferentes, as demais grandes empresas jornalísticas.

Procure o dinheiro, caso queira entender a sanha homicida delas, maldisfarçada num moralismo cínico, demagógico e canalha, para não dizer criminoso.

A frase da semana

“Estou cansado de mentiras e safadezas, de agressões à mulher que governa este país”.

Lula, sobre a escalada midiática contra o governo Dilma.

À caça de um novo Vandick?

POR GERSON NOGUEIRA

Souza é quase uma unanimidade. Negativa. Desde que chegou ao Papão há cinco meses marcou apenas um gol, naquela tarde em que o São Francisco levou de 9 a 0 na Curuzu e que até Ricardo Capanema balançou as redes. Desde então, Souza virou mero figurante. Passou quase toda a fase inicial da Segundona vendo os jogos do banco de reservas.

Nos últimos quatro jogos, dois pela Série B e dois pela Copa do Brasil, virou titular absoluto. Passou em branco, pouco produziu pelo time, mas se manteve no time.

Dado Cavalcanti justifica a escolha pela experiência do atacante e a necessidade de rodar jogadores no elenco, a fim de garantir reposição e dar vez a todos os atacantes – e o Papão tem nove jogadores na posição.

Contra o Bahia, prendeu os zagueiros por algum tempo apenas. Até a dupla baiana perceber que o artilheiro já não chega junto nas divididas e aparenta não ter os mesmos reflexos de antes.

Já em Macaé, há duas semanas, a escalação surpreendeu a todos. Como se temia, não funcionou. Souza teve várias oportunidades, desperdiçando sempre. Perdeu de carimbar a condição de titular contra uma linha de defesa nervosa e atrapalhada.

Quando Misael perdeu o pênalti que ele mesmo havia sofrido e logo a seguir a defesa permitiu o segundo gol do Macaé, muitos se voltaram contra os que falharam nos minutos finais. Nada mais injusto. Se alguém deveria ser responsabilizado por aquela derrota era Souza, pelo desperdício de gols no primeiro tempo.

Os dois jogos válidos pela Copa do Brasil mostraram um Souza menos perdulário, mas ainda assim deixando passar duas grandes chances no jogo de ida. Felizmente, o placar de 3 a 0 permitiu que o time administrasse o jogo em Salvador, garantindo classificação.

Contra o Sampaio Corrêa, pela Série B, no último sábado, a participação foi novamente discreta. Não teve agilidade para aproveitar um rebote que em outros tempos certamente transformaria em gol. Ontem à tarde, em Maceió, teria nova oportunidade. Quem sabe não ocorre a redenção? (Por razões industriais, o caderno fecha antes do término da partida.)

Discute-se o que faz o Papão a gastar tempo e dinheiro (um bom dinheiro, sem dúvida) com um jogador que é apenas sombra do passado. Em meio a muitas especulações, penso haver um sincero esforço para que Souza venha a ser decisivo na fase aguda do campeonato, fazendo gols e readquirindo confiança. Isso tudo remete a um exemplo histórico no clube.

O investimento é bem mais vultoso, mas o objetivo lembra a aposta em Vandick, que também levou meses para deslanchar, transformando-se depois no mais importante (quanto a títulos) camisa 9 da história do Papão. O perigo é que nem tudo pode ser revivido na plenitude. Aliás, ensina Marx, a história se repete primeiro como tragédia, depois como farsa.

A conferir.

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Cacaio testa opções do Leão em Castanhal

O amistoso do Remo frente à seleção de Castanhal, hoje pela manhã, vale apenas pela movimentação do time e pelas experiências que o técnico Cacaio deve fazer, lançando três novatos e testando nova dupla de ataque. Como é tempo de férias e o horário não é dos mais favoráveis, a partida não deve atrair grande público, mas pode ser extremamente valiosa para o futuro do Remo na Série D.

A estreia dos alas Gabriel e Rodrigo Soares e do volante Leandro é aguardada com expectativa, pois são setores ainda carentes no atual elenco. Nas duas primeiras partidas, contra Vilhena e Rio Branco, a fraca participação dos alas foi determinante para o isolamento do ataque e a centralização do jogo.

Levy e Alex Ruan, os alas disponíveis no Baenão, são jogadores valorosos e de boa técnica, mas não atravessam fase favorável. Levy não tem sido usado como titular, muitas vezes dando lugar ao improvisado Ilaílson. Alex, de recente safra azulina, perdeu a pegada ofensiva que fazia dele um dos mais promissores alas do nosso futebol.

Gabriel vem para disputar posição com Levy na direita. Oriundo do Fluminense, tenta a sorte na Série D, pensando em voos maiores. Veio bem avalizado. Na esquerda, Rodrigo Soares é mais rodado, com experiência no futebol paulista. Também traz boas recomendações.

No ataque, Welton ganha chance ao lado de Rafael Paty. A oportunidade foi conquistada nos 20 minutos de presença contra o Rio Branco, sábado passado. Welton entrou bem, imprimindo nova dinâmica pelo lado esquerdo. Foi produtivo e superou o então titular Aleílson.

Caso mantenha regularidade, pode ser o atacante de lado tão necessário ao esquema de Cacaio para esta primeira fase da Série D.

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Uma sucessão de irresponsabilidades

Espaço aberto para a sempre abalizada participação do amigo Ronaldo Passarinho, grande benemérito azulino e um dos mais assíduos baluartes da coluna. Como conhecedor da matéria, ele esclarece a história recente da dívida do Remo junto à Justiça do Trabalho:

“Em janeiro de 2014, o presidente Zeca Pirão, para evitar bloqueios e o leilão do Carrossel, assinou um acordo com a Justiça do Trabalho comprometendo-se a pagar R$ 120 mil mensais. Pagou as duas primeiras e deixou pendentes dez meses, totalizando R$ 1,2 milhão. Após a eleição do Pedro Minowa, para evitar execução, comprometeu quatro parcelas do patrocínio da Funtelpa, sendo 2 em 2015 e 2 em 2016. Não pagou nenhuma. A consequência: bloqueio total e leilão do Carrossel, em decisão unânime do Pleno da JT. Esta é a verdade. Considero os dois presidentes irresponsáveis na condução dos problemas do clube. O Remo precisa ultrapassar esta barreira de silêncio”.

Simples assim.

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Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda a atração a partir de 00h10, na RBATV, com a participação de Valmir Rodrigues, João Cunha e deste escriba de Baião. Futebol paraense na mesa de debates, como sempre.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 26)