Título da Champions consagra o craque Messi

Wembley provou, como se ainda fosse necessário, que não há mesmo limites para Lionel Messi. Aos 23 anos, o craque argentino e protagonista de mais um título do Barcelona na Uefa Champions League se firmou mais uma vez, neste sábado, como o grande nome de sua geração e principal jogador do futebol mundial na primeira década do terceiro milênio. Ovacionado pela torcida azul-grená e formado nas categorias de base do clube catalão, onde chegou aos 13 anos, Messi praticamente assegurou a terceira Bola de Ouro da Fifa de sua carreira como o melhor futebolista do planeta.

Com o terceiro troféu da Champions garantido depois de desbancar mais uma vez o Manchester United na decisão – em 2009, o argentino já havia feito um dos gols da vitória do Barça por 2 a 0 que valeu o título europeu contra os Diabos Vermelhos – , Messi se prepara para entrar no seleto grupo de jogadores eleitos melhores do mundo em três ocasiões. Até aqui, apenas o brasileiro Ronaldo (1996, 1997 e 2002) e o francês Zinedine Zidane (1998, 2000 e 2003) ostentam tal honraria. Nas últimas temporadas, o prêmio da entidade máxima do futebol mundial tem ficado com o grande nome do principal torneio de clubes do Velho Continente. Foi o que aconteceu com o brasileiro Kaká, campeão pelo Milan em 2007, o português Cristiano Ronaldo, vencedor em 2008 pelo United, e o próprio Messi, protagonista do título do Barça em 2009.

Desde 2004, quando estreou no time A do Barça, Messi já colecionou cinco títulos do Campeonato Espanhol (incluindo os três consecutivos entre 2009 e 2011), três da Champions, três da Supercopa da Espanha, um da Copa do Rei, um da Supercopa da Europa e outro do Mundial de Clubes da Fifa. Individualmente, o argentino assegurou nesta temporada a artilharia da Liga dos Campeões pela terceira vez seguida (já havia atingido o feito em 2009 e 2010), agora com 12 gols. Com isso, Messi iguala a façanha do alemão Gerd Müller, artilheiro máximo da competição entre 1973 e 1975. E mais: com os 12 tentos marcados na edição 2010/2011 da Champions, o craque do Barcelona se iguala ao holandês Van Nistelrooy, que balançou as redes 12 vezes em 14 partidas no campeonato da temporada 2002/2003, pelo Manchester United, e é o maior artilheiro de uma única edição da Liga dos Campeões. Os 12 gols de Messi foram anotados em 13 jogos.

Com um currículo tão vasto e um número de conquistas maior que a média dos principais jogadores de sua idade, é improvável que Messi não seja novamente escolhido o melhor do mundo em 2011. De posse de seu terceiro troféu Bola de Ouro, o argentino se igualará a Ronaldo e Zidane, os dois grandes craques da geração que despontou mundialmente na segunda metade dos anos 1990 e se consagrou no início da atual década. Com os troféus de melhor do planeta em 2009, 2010 e, muito provavelmente, 2011, Lionel Messi vai se firmando como o grande nome de seu tempo – deixando para trás adversários de peso como Kaká, Cristiano Ronaldo e até mesmo Ronaldinho Gaúcho, com quem conviveu nos primeiros anos de Barcelona. (Da ESPN)

Leão escalado para decisão em Tucuruí

Lopes; Rafael Granja, Diego Barros, Rafael Morisco e Marlon; Mael, San, Moisés e Ratinho; Jaílton Paraíba e Rodrigo Dantas. É o time que Givanildo Oliveira está anunciando para o jogo deste domingo contra o Independente Tucuruí, no estádio Navegantão. Luís André e Tiago Marabá foram os jogadores sacados do time para a entrada de Moisés e Jailton Paraíba.

Artigo: Fifa acende luz amarela para Copa 2014

Por Marcondes Brito

Em comunicado oficial, a Fifa tornou pública a sua preocupação com o atraso nas obras de infra-estrutura da Copa do Mundo no Brasil, em 2014: “É crucial que todos os locais que sediarão a Copa do Mundo da Fifa tenham infraestrutura adequada, que atenda aos milhares de espectadores e possibilite que eles se movimentem pela cidade para irem a um jogo. Se esse não for o caso, não poderemos sediar jogos nessas cidades”, diz o secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke.

Aqui em São Paulo, a situação é de completa indefinição. A cidade não tem estádio, nem para a abertura, nem para outros jogos de menor importância. Já não há mais chance de sediar a Copa das Confederações. Para piorar, a indicação do Rio Centro, no Rio de Janeiro, como sede do IBC (sigla em inglês de Centro Internacional de Transmissões) faz da cidade fluminense favorita para receber a abertura da competição. É possível que o paulistano comum esteja dando pouca importância a essa queda-de-braço que se desenrola nos bastidores. Talvez tenha muita gente torcendo até para que nem tenha Copa no Brasil, muito menos em São Paulo. Mas não creio que o Brasil vá dar o vexame de desistir. Não vai, não.

Não podemos esquecer que a importância de uma cidade-sede vai muito além da realização de duas ou três partidas oficiais. Vai muito além do esporte. É preciso contabilizar o que isso representa na divulgação da cidade, na melhoria que ela terá em sua infraestrutura de transporte, hotelaria e segurança, e também na geração de empregos. Dito isto, o melhor que os políticos e os cartolas do futebol do Estado podem fazer é não se conformarem com as derrotas que estão acumulando ultimamente.

Perguntinha do dia (53)

O São Raimundo, em crise e com o técnico em rota de colisão com a diretoria, está em condições de passar pelo Cametá e garantir vaga nas finais do returno? 

Série C não terá transmissão da TV Brasil

Em nota divulgada na sexta-feira à noite, a TV Brasil anunciou oficialmente que não irá mais transmitir jogos do Campeonato Brasileiro da Série C, como estava previsto. “No início deste ano, a Empresa Brasil de Comunicação – EBC iniciou conversações com empresas credenciadas pela Confederação Brasileira de Futebol – CBF, com vistas à aquisição dos direitos de transmissão, pela TV Brasil e Rede Pública de Televisão, dos jogos da Série C do Campeonato Nacional. Esta semana, a EBC reuniu-se com dirigentes da CBF, que se empenharam na busca de uma fórmula contratual que possibilitasse o fechamento do acordo. Em seguida, a diretoria da EBC realizou um rigoroso exame de sua situação orçamentária e financeira, concluindo que seria imprudente destinar ao referindo evento esportivo, embora reconhecendo sua importância e relevância, recursos que poderiam comprometer outras atividades da empresa e do Sistema Publico de Comunicação que gerencia”, esclarece o comunicado. “A EBC espera, para o próximo ano, uma situação orçamentária mais confortável, que lhe permita financiar a transmissão desta competição, tão importante para as populações dos estados e cidades mais remotos do Brasil”, conclui.

Alex e Pep, dois técnicos elogiados de menos

Por Julio Gomes, da ESPN

Com um amigo meu, culé de coração, eu costumo ter altos debates sobre o Barcelona. Adoro fazer o advogado do diabo, faz parte da minha personalidade – alguns falam que eu gosto de ser “do contra”. Enfim, eu gosto é de debates, acho que o ser humano fica mais inteligente e aberto quando ouve, fala, ouve, fala, absorve, aprende, leva. Em nosso debates, eu sempre repeti a frase: “Guardiola não inventou o futebol!”. Eu tenho uma ideia de que Pep Guardiola é um personagem importantíssimo, fundamental, dentro dessa era de sucesso do Barcelona que nasceu lá em 2003. Não considero que o sucesso tenha começado no meio de 2008, quando ele assume o cargo. Esse meu amigo é dos que exageram no papel de Guardiola. Mas sinto que a enorme maioria exagera para o outro lado quando fala de Pep.

“Queria ver se pegasse um time ruim”. “Com o Messi no time, até eu me consagro”. “Só ganha porque tem esquema na Uefa”. Não faltam frases como essas espalhadas e sendo ditas por aí. Guardiola pega um time destroçado em 2008. Moralmente destroçado. A qualidade estava lá, logicamente, mas era necessário resgatar uma equipe que não acreditava mais em si e que não tinha nenhum comando. Em três anos, Guardiola colocou suas ideias em prática e foi diretamente responsável pelos 9 títulos (de 13 possíveis) conquistados pelo Barcelona.

Abriu mão de ter um número 9, um atacante de referência; inventou um Messi como falso centroavante, se movendo entre linhas e permitindo as movimentações em diagonal de seus ‘pontas’; trouxe Busquets e Pedro da base para serem titulares até da seleção; adaptou seu sistema ao melhor lateral do mundo, em vez de fazer o contrário; acreditou nos baixinhos; acabou com a concentração; enfim, a lista é longa. É errado não dar a Guardiola o que é de Guardiola. “A perfeição não existe, mas você tem que buscá-la mesmo assim”. “O maior risco que você pode correr é não correr riscos”.  “Não estou aqui tratando com jogadores, estou tratando com pessoas. Que têm medos e se preocupam em não fazer papel de bobos diante de 80 mil pessoas. Eu tenho que fazê-los perceber que, sem estarem juntos, eles não são nada.”

Guardiola não dá entrevistas exclusivas nem para a TV do clube. As frases acima, belíssimas, vêm todas de coletivas. Ele não é metido a poeta, mas fala bem como poucos e mostra, com palavras, como é como pessoa. A construção da história do Barcelona nos últimos 30 anos tem Cruyff como grande mentor, Guardiola como perfeito seguidor e, possivelmente, Xavi como futuro receptor do bastão. Não é pouco o que Guardiola fez e faz, assim como não é pouco o que Sir Alex Ferguson faz para transformar o Manchester United em um time que nunca está fora de nenhuma briga.

É verdade, é fato, que com o passar dos anos sua função gerencial foi ganhando mais importância em relação ao trabalho de campo. Mas daí a dizer que quem treina o time é o auxiliar X ou Y e que, de bola mesmo, Ferguson não entende, vai uma distância tremenda. Não é exatamente o auxiliar que encontra figuras como Chicharito Hernández a preço de banana. Ferguson entende sim, e muito, de futebol. É um técnico que, em um país de dois times, o dele mesmo, pegou o pequeno Aberdeen e ganhou 10 títulos em 8 anos, incluindo aí uma Recopa para cima do Real Madrid. Que pegou um gigante em apuros, o Manchester United, e ganhou 12 títulos ingleses em 25 disputados. É uma aberração um número como esse.

O ex-sindicalista nascido na industrial periferia de Glasgow só não é, talvez, o maior treinador de todos os tempos porque ele nunca revolucionou o futebol, não mudou o jogo. Mas o futebol nunca passou nem perto de revolucionar com ele. O tempo engole muitos. Mas não, Sir Alex. A incrível capacidade de adaptação deste homem, a rede de olheiros, a confiança no que faz, a liderança para com os jogadores… Ferguson é inacabável. O deste sábado, é o segundo capítulo do duelo de gerações, é mais um capítulo do duelo entre os dois clubes que dominaram o futebol europeu nos últimos quatro anos. O duelo entre dois homens que já estão na história do futebol. Não no pé de uma página qualquer, mas merecedores de todo um capítulo das enciclopédias. São elogiados de menos. São bons demais.

A frase do dia

“Maradona já foi afastado de uma Copa (em 94) por doping, já confessou ter participado de uma trama sórdida para drogar adversários em outra (contra o Brasil, no famoso episódio da água batizada dada a Branco, em 90) e agora revela que ele e toda a seleção argentina tomaram um “café esperto” antes do jogo decisivo para a classificação ao Mundial dos EUA, diante da Austrália. Pior, revela isso tudo às gargalhadas, como se contasse vantagem. Resumo da ópera: é um desclassificado, um farsante, um escroque do esporte. Dono de talento sublime com a bola, não se discute. Mas de atitudes eticamente repulsivas. Depois de tantos episódios e confissões, deveria ser banido do esporte. Não fosse a Fifa o que é…”.

De Renato Maurício Prado, em sua coluna no Globo e no DIÁRIO

Paissandu terá time completo nas finais

O departamento médico do Paissandu confirmou que todos os jogadores estão em condições de disputar as finais do campeonato. O artilheiro Rafael Oliveira, o que mais preocupava, já está recuperado. Ele sofreu uma contratura muscular no jogo contra o São Raimundo e foi afastado dos amistosos no Amapá. O meia Andrei e os zagueiros Diguinho e Ari, também lesionados, devem ser liberados para treinos com bola a partir de segunda-feira.