Marçal, Gian e Dida foram os melhores do jogo

O baionense Marçal foi o grande nome da partida deste domingo, em Tucuruí. Ao lado de Gian, outra peça fundamental no esquema de Sinomar Naves, participou das principais ações ofensivas do time e envolveu por completo a marcação remista. Aproveitou bem a lerdeza dos meio-campistas azulinos e arriscou várias subidas ao ataque. Bem posicionado, recebeu livre a bola que o goleiro Lopes desviou no lance que originou o segundo gol do Independente. Teve calma e categoria para dominar a jogada, fintar o goleiro e bater para as redes.

No geral, o time mandante se apresentou muito bem, jogando com extrema simplicidade e valorizando a posse de bola. Os zagueiros Adson e Marraketi atuaram com firmeza e não deram chances aos atacantes adversários nas jogadas mais agudas. Outra figura importante na partida foi o goleiro Dida, que defendeu pelo menos três grandes chutes desferidos por Moisés (duas vezes) e Marlon. Menos agressivo do que de costume, o lateral-esquerdo Fábio manteve-se mais na cobertura. O mesmo ocorreu com Lima, que estava atento à marcação de Jailton Paraíba.

Do lado remista, apenas Jailton pareceu mais empenhado em lutar. O problema é que, muito isolado e sem receber lançamentos, teve poucas oportunidades para explorar a velocidade. Rodrigo Dantas foi figura apagada, bem como todo o setor de meia-cancha, dominado pela troca de passes do Independente. A defesa também teve falhas, a começar pela dupla Morisco e Diego Barros, insegura desde o gol inicial do Independente. Os laterais Marlon e Granja erravam muitos passes e praticamente não apoiaram o ataque. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

Independente vai à final do turno e elimina Remo

O Independente Tucuruí só precisou de 15 minutos para reverter a vantagem que favorecia ao Remo no confronto desta tarde de domingo no estádio Navegantão, em Tucuruí. O time mandante derrotou o Remo por 2 a 0 e se classificou para a decisão do returno do Campeonato Paraense. O Remo foi eliminado da competição, perdeu seu sexto turno consecutivo e está fora do Brasileiro da Série D. O primeiro gol do jogo foi marcado pelo zagueiro Evandro Pará, escorando cruzamento de Lima e aproveitando falha coletiva da zaga remista. O jogador subiu entre os dois zagueiros do Remo, que nem saíram do chão. Até aquele momento o jogo era rigorosamente igual, com chances desperdiçadas de parte a parte, embora os donos da casa mostrassem mais organização em campo e segurança nas ações de meio de campo.

O Remo só levava algum perigo através de chutes de fora da área, como o de Marlon aos 17 minutos, que o goleiro Dida espalmou para escanteio. Um cochilo da zaga do Independente quase permitiu o empate remista em chute forte de Moisés, também defendido por Dida. Como o Remo não conseguia produzir jogadas ofensivas, prejudicado pela fraca atuação do meia Ratinho, o Independente tomou conta do meio-campo, onde Gian e Marçal manobravam livremente, lançando os atacantes Joãozinho e Marcelo Peabiru sempre com grande perigo.

Aos 27 minutos, um cruzamento para a área do Independente foi desviado com o braço pelo zagueiro Adson, mas a arbitragem considerou o lance normal. Aos 42 minutos, depois que o volante Mael foi desarmado junto à área do Independente, Joãozinho foi acionado no ataque e cruzou rasteiro para a pequena área. Moisés e o goleiro Lopes se atrapalharam e a bola sobrou livre para Marçal, que dominou e bateu no centro do gol, estabelecendo a vantagem definitiva na partida.

Depois do intervalo, o Remo voltou com Tiaguinho substituindo a Ratinho, a fim de tentar melhorar o passe no meio-campo. Apesar das tentativas, o panorama continuou exatamente o mesmo, porque não havia marcação sobre os meias do Independente e a zaga falhava muito na antecipação das jogadas. Desorganizado e apático, o Remo não oferecia resistência e nem estabelecia pressão em busca do empate. Givanildo tentou, então, uma cartada surpreendente: tirou Rafael Morisco e botou Elsinho em campo. A mudança durou pouco, pois Elsinho cometeu duas faltas seguidas e foi expulso, com rigor, pelo árbitro Cláuber José Miranda.

Como último recurso, Givanildo trocou Rodrigo Dantas por Finazzi, mas este também pouco produziu. Isolado no ataque, quase não recebia bolas e ainda sofria duro combate dos zagueiros. Em lance confuso, aos 43 minutos, o centroavante foi expulso, deixando o Remo com apenas nove em campo. A essa altura, o Independente só controlava o jogo, tocando bola e deixando o tempo passar. Joãozinho ainda seria derrubado na área remista, mas o árbitro mandou o jogo seguir. A partida terminou aos 48 minutos do segundo tempo, com justa vitória da equipe interiorana, que vai decidir o returno em vantagem contra o Cametá. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

E a montanha pariu um rato

No mundo de fantasia que cerca a Fifa, nenhuma história é capaz de surpreender ninguém. Depois dos ensaios de transparência, com a propalada investigação do presidente Sepp Blatter pelo comitê de ética, a verdade verdadeira começa a aparecer. O único candidato de oposição na eleição presidencial da entidade, Mohamed Bin Hammam, desistiu oficialmente de sua candidatura neste sábado, quatro dias antes do pleito. O presidente da Confederação Asiática de Futebol anunciou sua decisão em nota oficial, dizendo estar desapontado com os acontecimentos recentes na entidade. A notícia da desistência de Hammam surgiu apenas um dia antes de ele e Blatter prestarem depoimento ao tal comitê de ética. Ambos são acusados de pagamento de propina e envolvimento com uma máfia de venda de ingressos para eventos da entidade. “Os últimos acontecimentos me deixaram machucado e decepcionado, tanto no aspecto profissional quanto no pessoal”, disse Bin Hamman na nota oficial sobre a desistência. Além dos depoimentos dos candidatos, a Fifa voltou a ser sacudida sobre denúncias de subornos envolvendo o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Como de hábito, nada acontecerá. E, sem oposição, Blatter marcha tranquilo para a reeleição ao cargo que ocupa desde 1998.

Números e cifras que impressionam

O Barcelona não impressiona apenas pelo futebol que vem jogando. É imbatível também nos números. Tem a folha salarial mais cara do planeta futebol, superando Real Madri, Milan e Manchester United – e até times da NBA e do beisebol. Lionel Messi lidera a lista dos atletas mais valorizados do Barça no mercado, cotado em R$ 225 milhões. Depois, aparecem Iniesta (R$ 135 mi), Xavi e David Villa (R$ 114 mi cada). O brasileiro Daniel Alves está valendo R$ 80 milhões. O ‘salário mínimo’ do tetracampeão da Champions é o goleiro reserva Pinto, avaliado em R$ 1,3 milhão. O ‘bicho’ pelo título conquistado em Wembley será de R$ 1,6 milhão para cada jogador.

Tribuna do torcedor

Por Antonio Valentim

Véspera de decisão é sempre assim. Até quando o maior adversário não está no páreo,  dão um jeito – parece-me – de tentar tumultuar as coisas para o lado do Leão Azul paraense. Tem nada, não. Já estamos acostumados a isso, e nada poderá atrapalhar o Clube do Remo na luta pela consecução desse grande objetivo, que é, no momento e em primeiro lugar, a participação no campeonato brasileiro, não importando agora a divisão. O que há agora na mídia esportiva do Pará – pelo menos em uma parte dela – é o favoritismo exagerado conferido pelos expertos aos times do interior – principalmente Cametá e Independente – que estão aí na luta pela conquista do returno, em concorrência com o Clube do Remo. Pois bem! Vamos então aos números:

Primeiro, a classificação atual do returno:

– 1º São Raimundo: 16 pontos, 8 jogos, 5 vitórias, 17 gols marcados, 10 sofridos, saldo de 7 bolas;
– 2º Clube do Remo: 16 pontos, 8 jogos, 5 vitórias, 14 gols marcados, 9 sofridos, saldo de 5 bolas;
– 3º Independente: 15 pontos, 8 jogos, 5 vitórias, 13 gols marcados, 9 sofridos, saldo de 4 bolas; e
– 4º Cametá:  15 pontos, 8 jogos, 5 vitórias, 13 gols marcados, 9 sofridos, saldo de 2 bolas.

Agora, a classificação geral:

– 1º Clube do Remo: 34 pontos, 17 jogos, 10 vitórias, 3 derrotas, 30 gols marcados, 19 sofridos, com saldo de 11 bolas;
– 2º Paissandu: 33 pontos, 18 jogos, 10 vitórias, 5 derrotas, 42 gols a favor, 33 sofridos, um saldo de 9;
– 3º Cametá: 27 pontos, 19 jogos, 8 vitórias, 8 derrotas, 40 gols a favor, 39 sofridos, com saldo de 1 bola;
– 4º Independente: 25 pontos, 17 jogos, 8 vitórias, 8 derrotas, 29 gols a favor, 25 sofridos, saldo de 4; e
– 5º São Raimundo: 22 pontos, 15 jogos, 6 vitórias, 5 derrotas, 26 gols a favor, 24 sofridos, saldo de 2.

Coloquei os números para que todos cheguem à conclusão de que, apesar dos pesares, o Remo não está tão mal assim a ponto de darem os times do interior como favoritíssimos, quase imbatíveis em seus domínios. Vejam ainda que dos cinco times relacionados (incluindo aí o grande rival listrado), o Remo foi o que menos perdeu, e tem mais pontos mesmo jogando menos que Cametá e Paissandu. Perdeu três vezes – espero que sejam só essas, senão a vaca vai de vez para o brejo – e justamente para os três adversários remanescentes no returno: Cametá 4 a 1, São Raimundo 3 a 1 e Independente 2 a 1. Todas fora de casa. Se formos para o lado da superstição, como vem decrescendo o número de gols tomados, vamos esperar um 1 a 1. Se assim for, excelente, dá Leão Azul.

Todos os demais têm mais derrotas: Cametá perdeu oito vezes, fazendo dois jogos a mais que o Remo e sua defesa levou 39 gols (um saldo de apenas 1 bola); Independente perdeu oito vezes (duas vezes para o Remo em Belém), levando 25 gols; e São Raimundo perdeu cinco vezes e levou 24 bolas, saldo de 2. Mas, como disse, é bom que haja toda essa festa em favor dos adversários do Remo, em especial, agora o Independente. Um treinador competente, como é o caso de Givanildo Oliveira, pode muito bem tirar proveito disso, como deverá tirar (tem que tirar!). É claro que não é só isso. O time tem de entrar em campo como se fosse jogar uma decisão contra o Paissandu, ou seja, cem por cento ligado em tudo.

Falando nisso, lá no Cametá há um jogador que está sendo muito badalado, que inclusive, segundo dizem, está até apalavrado com o rival listrado. É o Robinho. No concurso ‘Troféu Camisa 13’, do Diário do Pará, o jogador do Cametá está sendo votado em peso como a maior revelação, um craque etc etc. Claro está que o torcedor bicolor, cujo time está em baixa, votou em massa no jogador. Uma forma de secar o Remo. Tudo bem! Maravilhas também se dizia em relação a outro jogador do Paissandu e que está agora atuando em outro país. Contra o Remo, o dito cujo não jogou nada e o time dele até perdeu de 3 a 1. É o chamado craque de adversários descuidados, além de um outro, grande artilheiro, artilheiro de defesas fracas. É botar alguém em cima, não lhe dando espaço, que o cara não faz nada. Isso o Givanildo tem de cuidar contra o Independente domingo.

Nesse campeonato o Remo perdeu apenas para os três times do interior. A diferença agora é que dessa vez não terá mais uma segunda chance. Não pode errar mais. É vencer ou vencer! VAMOS lá, Leão Azul, o Grêmio de Periçá!

Cametá já está na final do returno

Com grande atuação, principalmente no segundo tempo, o Cametá derrotou o São Raimundo por 3 a 0 na tarde deste sábado e garantiu presença na decisão do returno. Leandro Cearense abriu o placar aos 24 do primeiro tempo. Na etapa final, o time santareno tentou reagir, mas o Cametá seguiu melhor e ampliou para 2 a 0 aos 28 minutos, em pênalti cobrado por Leandro Cearense. Aos 38, Jailson marcou o terceiro gol e deu números finais à partida. A equipe de Fran Costa havia perdido o jogo de ida por 1 a 0, em Santarém.