Fifa teria “vendido” Copa 2022 para o Qatar

O tsunami prometido por Jack Warner no último final de semana começa a causar seus efeitos na Fifa. Suspenso pelo Comitê de ética da entidade, o presidente da Concacaf disse primeiro que Joseph Blatter teria comprado votos para sua reeleição na presidência da Fifa. Depois, de acordo com a emissora britânica BBC, Warner apontou sua metralhadora para Jérome Valcke, secretário-geral da Fifa e segundo homem mais forte do organismo, dizendo que tem um e-mail enviado pelo dirigente francês no qual ele sugere que Mohamed Bin Hamman, presidente da Confederação Asiática – também suspenso pelo comitê de ética -, teria comprado a Copa de 2022 para o Qatar.

Em comunicado, o comitê organizado do Mundial no país do Oriente Médio negou categoricamente as acusações. “Estamos tentando, urgentemente, esclarecer com a Fifa a declaração de seu secretário-geral”, diz um trecho da nota. Valcke, por sua vez, segundo a BBC, disse que o e-mail enviado a Warner não deveria ter sido divulgado. E Bin Hamman, que até o último sábado era concorrente de Blatter nas eleições da próxima quarta – ele retirou sua candidatura no domingo pela manhã antes de ser suspenso -, lamentou o ocorrido e também negou as acusações.

Em entrevista coletiva concorrida e conturbada, na manhã desta segunda-feira, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, falou sobre as acusações e escândalos envolvendo a entidade nos últimos dias. No entanto, nada de respostas diretas sobre as denúncias da Jack Warner, presidente da Concacaf que foi suspenso pelo Comitê de ética da Fifa no domingo.

Blatter, que foi acusado de comprar votos para sua reeleição na próxima quarta-feira, começou a entrevista em Zurique garantindo que a entidade não está em crise e apenas enfrenta dificuldades. O dirigente suíço assegurou também que a eleição da próxima quarta-feira será realizada normalmente e que não é ele que deve tomar alguma outra decisão a respeito do pleito e, sim, o comitê executivo da Fifa.

Éguaaa… te dizer.

Roberto Fernandes é o novo técnico do Papão

Roberto Fernandes, ex-Náutico, é mesmo o novo técnico do Paissandu. A informação foi dada com exclusividade no final da manhã pelo repórter Dinho Menezes, da Rádio Clube do Pará, mas inicialmente não foi confirmada por Fernandes. Ele disse que ainda faltam detalhes para um acerto. Ele virá para dirigir o time nas finais do Parazão e montar elenco para o Brasileiro da Série C. Fernandes já trabalhou no Brasiliense e em diversas equipes do Nordeste. É disciplinador, pertence à nova geração de profissionais da área e está na faixa salarial de R$ 50 mil mensais.

Bom técnico, contratação certeira.

E assim caminha a humanidade…

Para refletir. Se você depositou R$ 100,00 na poupança em 1994, hoje você tem um saldo de R$ 374,00. Se sacou R$ 100,00 naquele ano e não pagou, sua dívida hoje é de R$139.259,00.

A frase do dia

“Acho que o esquema poderia ter sido outro. Deveríamos ter jogado mais fechados na defesa e só sair no contra-ataque. Afinal, o empate era nosso. Foi assim que o Independente jogou lá em Belém e era assim que nós tínhamos que jogar aqui”.

Do zagueiro Rafael Morisco, capitão do Remo, tentando justificar a eliminação em Tucuruí.

Artilheiro do Cametá não poupa diretoria

O Cametá é de novo finalista de turno no Campeonato Paraense 2011. Time ostenta o melhor ataque (43 gols) e a pior defesa (39 gols) da competição. Nem tudo são flores no Mapará, mas o elenco parece unido em torno do objetivo de conquistar o inédito título paraense. No sábado, depois da categórica vitória sobre o São Raimundo, o artilheiro Leandro Cearense (19 gols) soltou o verbo, criticando a falta de estrutura (alimentação, espaço para treinamentos etc.) e o atraso de salários no clube. Disse, porém, que o time é formado por guerreiros. “Estavam falando de mim, fui lá e decidi. Nosso grupo tava fechado nessa conquista. Aqui só tem guerreiro”, desabafou. Horas depois, o jogador foi chamado pelos dirigentes para uma conversa e o mal-estar foi contornado com o pagamento de um bicho de R$ 10 mil aos jogadores. (Foto: NEY MARCONDES/Bola)

Paissandu vai anunciar novo técnico até sexta

O técnico Sérgio Cosme foi demitido, no último sábado, pelo presidente do Paissandu, Luiz Omar Pinheiro. A comunicação, porém, só foi feita oficialmente na manhã desta segunda-feira. Jaciel Papaléo Paes, conselheiro do clube e colaborador informal do blog, havia dado a informação na noite de domingo. Cosme deixa o clube com um saldo de 11 vitórias, 7 empates e 6 derrotas em 24 jogos oficiais. O substituto temporário será o auxiliar Lecheva.

O novo treinador deve ser anunciado até o final da semana. Na Curuzu, as especulações giram em torno dos nomes de Vagner Benazzi, Argel e Givanildo Oliveira. O pernambucano disse, porém, ao se despedir do Remo, que não tem planos de trabalhar no Paissandu.

Há pouco, na Rádio Clube, o repórter Dinho Menezes informou que o novo técnico é Roberto Fernandes, recentemente demitido do Náutico (PE). Fernandes já treinou Brasiliense e Sport-PE. A diretoria, porém, não se pronunciou a respeito.

Coluna: Uma decisão interiorana

E o quadro desastroso que se desenhava desde a semifinal do primeiro turno acabou se materializando, ontem, em Tucuruí. Com competência e simplicidade, o Independente eliminou o Remo e afundou de vez um dos titãs do nosso futebol, novamente fora do Parazão e alijado do Brasileiro da Série D.
A rigor, foi jogo de um time só, pois o Remo não deu as caras. Apático, parecia desplugado. Esbanjando lentidão, levou o primeiro gol logo aos 15 minutos, perdendo a vantagem estabelecida na partida anterior. E não foi um gol qualquer. Nasceu de lance primário, só possível quando a marcação é frouxa e a zaga mostra-se desatenta. Evandro Pará subiu livre e sem pressão entre os beques remistas, que se limitaram a olhar.
A falha não foi um acidente, como se veria a seguir. Várias outras situações denunciaram o total desinteresse dos jogadores, que erravam passes bobos e desperdiçavam chances diante do goleiro Dida. O Independente, que nada tinha a ver com a indolência do adversário, foi tomando as rédeas do embate e lá pelos 30 minutos já era dono absoluto das ações.
Organizado, com efetiva aproximação entre os setores, o Independente centralizava seu jogo em Marçal e Gian, como faz habitualmente. O surpreendente é que o Remo deixou a dupla jogar com inteira liberdade. Ou seja, brincou com fogo. E foi num contragolpe rápido, após Mael ter sido desarmado no ataque, que nasceu o segundo gol. Moisés e Lopes trombaram e a bola caiu nos pés de Marçal, que fintou o goleiro e finalizou.
O Remo teve até algumas chances, por obra do puro acaso. Moisés e Marlon chegaram perto do gol, chutando forte, mas Dida apareceu bem. Houve um pênalti que a arbitragem não deu, mas a produção ofensiva era irregular. O time ia à frente, trocava passes improdutivos e não agredia. Ratinho, apagado, foi trocado por Tiaguinho, que também sumiu em campo. Jailton corria muito, mas não recebia lançamentos.
Desse modo, entre a lerdeza e o tédio, o Remo encarou os 45 minutos finais (e decisivos) como um piquenique. Ao contrário, o Independente voltou com a mesma pegada, mantendo a vigilância na defesa e levando perigo no ataque. Mandou uma bola na trave e esteve perto de aumentar o placar.
Givanildo foi elegante ao final de tudo, preferindo atribuir ao mau condicionamento a vergonhosa atuação em Tucuruí. Com a experiência de tantas jornadas, deve ter percebido que, além dos problemas físicos, o time não tinha a flama característica dos vitoriosos. Os jogadores podiam ter saído do campeonato dignamente, lutando. Saíram, porém, pela porta dos fundos, desrespeitando as esperanças e sentimentos da grande torcida. 

    
 
A nova gestão remista, que já havia sofrido baque sério com o anúncio da condenação do presidente Sérgio Cabeça durante a semana, caminha aceleradamente para igualar os feitos (no futebol) da desastrosa gestão anterior. Não ganhou nenhum turno e segue fora de série. Triste sina. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 30) 

Na Fifa, tudo como dantes…

A Fifa resolveu de vez todos os seus incômodos problemas. O comitê de ética absolveu o presidente Josep Blatter das acusações de irregularidade (pagamento de propinas e esquema fraudulento na venda de ingressos) no comando da entidade e o secretário geral Jerome Valcke garantiu que Ricardo Teixeira, presidente da CBF, está “completamente limpo” em meio às acusações de corrupção. Blatter agora tem o caminho livre, sem opositores, para se reeleger presidente da entidade. Como previsto, sobrou apenas para o ex-candidato Mohamed Bin Hammam, suspenso provisoriamente do Comitê Executivo da entidade.

Te dizer…