Baêa contrata o rei do chinelinho

Três dias depois de contratar o veterano meia Ricardinho, o Bahia anunciou nesta sexta-feira a contratação do meia Carlos Alberto, 26, que foi dispensando pelo Grêmio no final de abril. O jogador ainda pertence ao Vasco e foi cedido ao time baiano até o final da temporada por empréstimo. “Não trouxe o Marcos Assunção, mas Carlos Alberto chega amanhã [sábado]! Não vou medir esforços esse ano! Bora Baea!”, comemorou via Twitter o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, confirmando a contratação do meia. Campeão brasileiro em 2005 pelo Corinthians, o jogador tem vínculo com o Vasco até o final de 2013. Ele vai assinar contrato com o Bahia neste sábado, em Salvador.

Agora vai…

Copa 2014: centro de imprensa será no Rio

Por Sergio Rangel, da Folha de SP

Depois de descartar São Paulo da Copa das Confederações, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ameaçou excluir a cidade da Copa do Mundo. O dirigente criticou a demora para o início da construção do Itaquerão durante a reunião de hoje do Conselho de Administração da Fifa e do comitê organizador local do Mundial e admitiu que São Paulo corre o risco de perder a competição “em breve”, caso permaneça a indefinição. Ao ameaçar São Paulo, Valcke disse que sem estádio uma cidade não pode abrigar a Copa do Mundo. Orçado em cerca de R$ 1 bilhão, o estádio do Corinthians, que foi aprovado pela Fifa, ainda não saiu do papel. Os dirigentes do Parque São Jorge estimam a conclusão do Itaquerão em, no máximo, 31 meses. Faltam 37 meses para o início da Copa do Mundo. No ano passado, o estádio do Morumbi foi descartado pela entidade mundial. A próxima reunião do conselho será em julho, no Rio. A participação de São Paulo no Mundial será um dos temas principais da reunião.

No encontro realizado na Suíça na manhã de hoje, São Paulo foi excluída da Copa das Confederações. A Fifa também tirou Natal do torneio de 2013, que servirá de ensaio para o Mundial. A Copa das Confederações será disputada em cinco cidades. Valcke anunciou o Rio como sede do IBC (International Broadcast Center, ou centro internacional de mídia). O Riocentro foi o local escolhido. São Paulo e Brasília disputavam com o Rio o direito de receber o IBC. O interesse em receber o IBC era motivado pelo fato de que os frequentadores do local e os dirigentes ficam na cidade por períodos longos e gastam mais dinheiro do que turistas comuns com hotéis, refeições e transporte.

Champions League e o marketing campeão

Hoje é fácil explicar o motivo de tanta atenção em torno da Liga dos Campeões: com os melhores jogadores reunidos nos clubes mais poderosos (e jogando nos melhores estádios, no torneio mais emocionante), qualquer fã de futebol fica interessado. Mas vale lembrar como times como o Barcelona e o Manchester United chegaram até aqui. Eles já eram os clubes mais ricos do planeta. Mas desde a transformação da antiga Copa dos Campeões da Europa em Liga dos Campeões, em 1992, a força dessas agremiações só aumentou – e muito disso tem a ver com a organização do torneio. A Uefa entregou a missão de administrar a competição a executivos competentes (ao contrário do que acontece em boa parte do mundo, com cartolas amadores envolvidos em tudo). A Liga virou uma máquina de fazer dinheiro. E a estratégia de marketing que cerca o evento tem muito a ver com esse sucesso.

Antes da final de sábado, por exemplo, foi criado um emblema exclusivo da decisão, que estampa dezenas de produtos licenciados – e, como na Europa a pirataria é combatida com seriedade, os torcedores acabam comprando os brindes oficiais, com preços entre 40 reais por um cachecol a 80 por uma camisa pólo. Os produtos estão à venda em vários pontos da cidade, mas a loja que faz mais sucesso foi erguida em pleno Hyde Park, dentro do chamado Festival dos Campeões, uma espécie de feira itinerante, com entrada gratuita, montada uma semana antes de cada final de Liga dos Campeões – e que acaba, invariavelmente, virando uma atração turística temporária nas cidades que recebem as finais. O festival tem um campinho de grama sintética, onde a Uefa promove no sábado um jogo entre veteranos campeões do torneio. Existe também um museu da competição, com chuteiras, bolas e camisas de craques históricos, como Zidane, Di Stéfano, Beckenbauer e Platini.

O resto do festival é composto por estandes corporativos das empresas que pagam (muito) para ter suas marcas associadas ao torneio. Existe o bar que serve cerveja Heineken, a tenda que exibe produtos da Sony e, claro, as lojas onde se compram os produtos oficiais pagando com o cartão de crédito MasterCard. Os patrocinadores gastam muito dinheiro nos contratos com a Uefa, mas não reclamam – o retorno é garantido. (Na manhã desta sexta, a Heineken anunciou a renovação do contrato até 2015). A cota de patrocínio na Liga dos Campeões é explorada de todas as formas possíveis. No estádio, por exemplo, só são permitidas placas dessas empresas – logotipos de outras empresas são cobertos em dia de jogo do torneio. Com isso, a Uefa pode cobrar alto pelas cotas. E o dinheiro volta para os clubes, que aí sim têm dinheiro para pagar os salários de craques como Messi (23,8 milhões de reais por ano) e Rooney (21,2 milhões). (Por Giancarlo Lepiani – de Londres)